Bancada Hidráulica P6100

Documentos relacionados
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

Laboratório de Turbomáquinas

FACULDADE DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO - FESP LABORATÓRIO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE - BT1 CENTRO TECNOLÓGICO DE HIDRÁULICA - CTH

Ensaio de Bombas Centrífugas

Mecânica dos Fluidos II Problemas de Apoio às aulas práticas Semanas de 26 a 30 de Maio de 2008 e 2 a 6 de Junho de 2008

Bombas. Máquinas hidráulicas capazes de elevar a pressão de um fluído, isto é, de lhe comunicar energia;

Resumo de exercícios de bombas. Exercício 1

V. Módulo de transferência solar (2015/03) PT

LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA. Aula Prática Curvas Características e Associação de Bombas Centrífugas

DEPARATMENTO DE ENERGIA LABORATÓRIO DE HIDRÁULIA GERAL ENSAIO DE CAVITAÇÃO

V. Módulo de transferência solar (2011/04) PT

Mecânica dos Fluidos II

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA - DETALHES

hydrostec VÁLVULAS DE REGULAÇÃO MULTIJATO Atuador Redutor Transmissor de posição Suporte Arcada Corpo Eixo Placa móvel Placa fixa

Escoamento Interno Viscoso

CIRCULADORES ELETRÔNICOS COM FLANGES (Simples e Duplas) Ego (T) 50 H, (T) 65 (H), (T) 80 (H), 100 H

Variação na Curva do Sistema

n o máx zul min

Este tipo de medidor de caudal foi construído por Henri de Pitot ( ).

PME/EP/USP. Prof. Antonio Luiz Pacífico

Mecânica dos Fluidos II. Aula VI Análise Dimensional Aplicada às Turbomáquinas e Modelos Reduzidos

Mecânica dos Fluidos I

UFPR - Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica TM Laboratório de Engenharia Térmica Data : / / Aluno :

MEC UFRGS IPH LISTA DE EXERCÍCIOS DHH IPH MÁQUINAS HIDRÁULICAS - INSTALAÇÕES DE RECALQUE - TRANSIENTES HIDRÁULICOS 27/04/2007

n perdas de carga localizadas, determine a expressão genérica da curva característica da instalação. L 2 D 2 D 1

Nona aula de laboratório de ME5330

INTRODUÇÃO. Exemplos de cavitação: 1. Bomba centrífuga. 2. Bomba de lóbulos. 3. Bomba de engrenagem

Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos

EXPERIMENTO 03. Medidas de vazão de líquidos, utilizando Rotâmetro, Placa de orifício e Venturi. Prof. Lucrécio Fábio

TRANSMISSÃO DE CALOR

Mecânica dos Fluidos II (MEMec) Aula de Resolução de Problemas n o 10

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA

Experiência de bomba. Objetivos

Nona aula de laboratório de ME5330. Segundo semestre de 2014

Mecânica dos Fluidos I

Eficiência Energética. Eficiência energética em sistemas de bombeamento. Setembro, 2017

Mecânica dos Fluidos I

DEPARTAMENTO DE ENERGIA LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS

HA10VSO R00 BOMBA DE PISTÃO VARIÁVEL PARA CIRCUITO ABERTO SÉRIE 31 1/8 2 - SIMBOLOGIA HIDRÁULICA 1 - CARACTERÍSTICAS

Admissão. Ar novo. Extracção. Ar viciado

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Características de Desempenho 1ª Parte

CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA A CORRETA SELEÇÃO E INSTALAÇÃO DE MOTOBOMBAS CENTRÍFUGAS

ATAS DE REGISTRO DE PREÇOS VIGENTES

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 10 ROTEIRO

BOMBAS. Bombas CLASSIFICAÇÃO BOMBAS ALTERNATIVAS APLICAÇÕES 06/04/2011 BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO

MÁQUINAS HIDRÁULICAS AULA 8 CAVITAÇÃO E NPSH

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS

BANCADA DIDÁTICA PARA TREINAMENTO DE TESTE E MANUTENÇÃO

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

Aula 3 de Operações Unitárias I. Prof. Geronimo

Instalação de Recalque

TÉCNICO DE LABORATÓRIO/HIDRÁULICA

DEPARTAMENTO DE ENERGIA LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MEDIDAS DE VELOCIDADE E VAZÃO

CATÁLOGO TÉCNICO. Bombas Submersíveis 4"

Posição Quantid. Descrição Preço Unit. Preço a pedido

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CURSOS DE ENGENHARIA DE ENERGIA E MECÂNICA MEDIÇÕES TÉRMICAS Prof. Paulo Smith Schneider

Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular

Bombas PME/EP/USP. Prof. Antonio Luiz Pacífico. PME Mecânica dos Fluidos I. 2 Semestre de 2016

Curso: a) 24 b) 12 c) 6,5 d) 26,5 e) 97

Calibração de um Caudalímetro Electromagnético

Capítulo 4. Elementos finais de controle

Vácuo. Figura 2.1: Esquema explicativo para os conceitos de pressão absoluta e pressão manométrica.

LISTA DE EXERCÍCIOS 2 Máquinas de Fluxo

Caixa de ventilação CVPF. criamos conforto

3 Equipamento de Cisalhamento Direto com Sucção Controlada da PUC-Rio

SINAIS E SISTEMAS MECATRÓNICOS

Instrumentação. Aula Medição Vazão Prof. Sergio Luis Brockveld Junior. Material desenvolvido com base na aula do professor Guilherme P.

Roteiro - Aula Prática Perda de carga:

Mecânica dos Fluidos I

LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Máquinas de Fluxo

instruções e manutenção

Instruções de montagem

Transmissão de Calor e Massa I

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

BAMOFLU 100. Medidor de caudal de turbina

TRABALHO PRÁTICO 2 GASES: DETERMINAÇÃO DA RELAÇÃO DO VOLUME COM A PRESSÃO DE UMA AMOSTRA DE AR EM TEMPERATURA CONSTANTE VERIFICAÇÃO DA LEI DE BOYLE

Descrição das séries: Wilo-Yonos MAXO-Z

GUIA DE LABORATÓRIO LABORATÓRIO 1 TANQUE ELECTROLÍTICO

Descrição das séries: Wilo-Star-Z

CIENCIAS DE ENGENHARIA QUÍMICA MEF

BOMBAS. Definições. ALTURA DE SUCÇÃO (H S ) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o nível dinâmico da captação e o bocal de sucção da bomba.

HVPV R00 BOMBA DE PALHETAS DE DESLOCAMENTO VARIÁVEL COM REGULAGEM DE PRESSÃO DIRETA SÉRIE 10 1/6 2 - SIMBOLOGIA HIDRÁULICA

EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL COM AMONÍACO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA AMBIENTAL E CIVIL AULA 4 SISTEMAS ELEVATÓRIOS

Transmissão de Calor

MÁQUINAS DE FLUXO BOMBAS PARTE 2

5. HIDRODINÂMICA TURBOMÁQUINAS. BOMBAS E TURBINAS

Paulo Moisés Almeida da Costa. As Máquinas Primárias

ACUMULADORES DE ÁGUA FRESCA FS/WP

HIDRÁULICA APLICADA. Trabalho Laboratorial 2004/2005. Nota explicativa

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Cavitação e Altura de Carga de Sucção Positiva Disponível 1ª Parte

Mecânica dos Fluidos 1ª parte

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica. Aerodinâmica. Trabalho experimental

Bancada para medição de fenômeno hidráulico durante a operação de um grupo gerador como síncrono

RECALQUE. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/

Forma de fornecimento

Prof.: Victor Deantoni Lista de Exercícios Hidráulica Geral A Parte ,00m. 75mm. 1,5km

Transcrição:

ÍNDICE ENSAIOS EXPERIMENTAIS NA BANCADA HIDRÁULICA ----------------------- 1. ALGUNS COMPONENTES DA BANCADA HIDRÁULICA P6100 --------------4. INSTRUÇÕES DE OPERAÇÃO -------------------------------------------------------- 10 3. CONTROLO DO FLUXO ---------------------------------------------------------------- 10 4. MEDIÇÃO DO CAUDAL EM ESCOAMENTO-------------------------------------- 11 5. MEDIÇÃO DA PRESSÃO ---------------------------------------------------------------- 1 6. PROCEDIMENTO DE PARAGEM ---------------------------------------------------- 1 7. CALIBRAÇÃO DO DISPLAY DA BOMBA (P610) ------------------------------- 1 8. BOMBAS ------------------------------------------------------------------------------------- 13 1

ENSAIOS EXPERIMENTAIS NA BANCADA HIDRÁULICA Encontra-se disponível uma série de equipamentos e acessórios, para a realização de uma vasta gama de experiências.

Esquema Legenda: 1- Painel de pressões P6106 10- Válvula de sucção - Tanque de altura variável P6104 11- Bomba centrífuga Medidor de pressão e válvula de 3- selecção multi-ponto 1- Bomba auxiliar P6101 Tanque de medição de caudal 4- volúmico em escada 13- Rotâmetro P6108 5- Escala volumétrica do Tanque Unidade de controlo da velocidade e 14- botão on/off da bancada Válvula de controlo do tanque de 6- descarga 15- Visor da velocidade da bomba P610 7- Reservatório de água 16- Válvula reguladora de caudal 8- Rodas Acessório P61 (perdas de carga em 17- tubos e ligações) 9- Manómetro da pressão de sucção 18- Tanque de altura constante P6103 3

1. ALGUNS COMPONENTES DA BANCADA HIDRÁULICA P6100 1.1 Bomba e Motor A bomba centrífuga de alta velocidade é fabricada pela Stuart Turner. A flange em bronze é conectada ao motor e o rotor é uma extensão do eixo do motor, cuja configuração é designada por acoplamento fechado. À velocidade máxima de aproximadamente 5400 rpm o caudal debitado pela bomba é de 4 l/min para uma altura de aproximadamente 5 m, sendo que a altura máxima de elevação que é atingida é de 0 m para um caudal nulo. 1. Sensor de Pressão e selecção das Válvulas Um sensor de pressão do tipo Bourdon montado no painel da bancada hidráulica é conectado através de um selector especial de 4 vias a vários pontos de derivação: a) Primeira saída da bomba b) Fornecimento de energia eléctrica c) Derivação auxiliar não se deve rodar o selector da válvula para Auxiliar quando esta posição está ligada d) Segunda saída da bomba só uma bomba é ligada. 1.3 Acessórios da Bancada 1.3.1 Bomba auxiliar e unidade de variação de velocidade P6101 Existe uma segunda bomba centrífuga para aumentar a capacidade de escoamento de água, permitindo que a bancada possa realizar ensaios de maior capacidade. A disposição das bombas e os respectivos canais de comunicação permitem realizar testes com associação das bombas em série ou em paralelo. A unidade de controlo de velocidade permite uma variação contínua das velocidades das bombas pelo que as curvas características das bombas podem ser obtidas para diferentes velocidades. 4

Legenda: 1- Válvula reguladora do caudal 5- Válvula de sucção da bomba Válvula para associação em - paralelo 6- Válvula de sucção da bomba 1 Sensor da pressão de sucção da Sensor da pressão de sucção da 3-7- bomba bomba 1 4- Válvula para associação em série 5

1.3. Visor da velocidade das bombas P610 1.3.3 Tanque de entrada com altura constante P6103 Existem duas posições de excesso de forma a fornecer alturas de 50 mm ou 500 mm. 6

1.3.4 Tanque de saída com altura variável P6104 O tubo de descarga pode ser posicionado entre 50 mm e 300 mm acima da linha de referência (ver figura anterior). 1.3.5 Conjunto P6105 Este conjunto é fornecido para utilizações sem o tanque de entrada com altura constante. Experiências em que é necessário mais do que 500 mm de altura de elevação. 1.3.6 Manómetro P6106 O manómetro de colunas de vidro é necessário nas experiências em que se quer medir a queda de pressão ou a perda de altura. 7

1.3.7 Tubo de Pitot e escala volumétrica P6107 Este sensor possibilita a realização de medições verticais à escala, em vários pontos ao longo do comprimento horizontal do tanque descarregador. Implica o uso dos orifícios calibrados P63 e P64 para a representação da trajectória horizontal dos jactos, e juntamente com P65 e P66 para a determinação da altura de água acima do descarregador. 1.3.8 Rotâmetro P6108 Campo de medida: 0,4 a 4,0 m 3 /h. 8

1.3.9 Watímetro P6109 É utilizado para medir a potência eléctrica de entrada no motor da bomba. 9

. INSTRUÇÕES DE OPERAÇÃO 1) Assegure-se que a válvula de entrada da bomba está completamente aberta; ) Verifique o nível de água no tanque; 3) Coloque o cesto de esferas no final do troço esquerdo do canal de escoamento, ou monte o equipamento de medida desejado; 4) Assegure-se que a válvula de regulação da bancada está fechada; 5) Ajuste o botão da unidade de controlo de velocidade para uma posição média. Conecte a ficha de alimentação e ligue. 6) Ajuste a válvula de bancada e a velocidade da bomba para o caudal desejado. 3. CONTROLO DO FLUXO Existem duas formas de funcionamento: 1) Funcionamento a velocidade constante: embora exista duas válvulas no circuito principal, o controlo do fluxo de escoamento só deverá ser feito com a válvula do painel de instrumentos (válvula de regulação da bancada). A outra válvula (admissão da bomba) deverá ser mantida totalmente aberta sempre que a bomba estiver em funcionamento. A única excepção a isto é durante a demonstração da Cavitação. ) Funcionamento com velocidade variável: a velocidade da bomba pode variar entre 30 a 700 rpm utilizando o variador de velocidade da bomba. A fonte AC que é fornecida à bomba é regulável pelo botão colocado na montagem, sendo que a velocidade aumenta no sentido horário. 10

4. MEDIÇÃO DO CAUDAL EM ESCOAMENTO A medição do caudal pode ser feita de três formas: Tanque volumétrico: Fechar a válvula de saída do tanque; Iniciar a medição temporal quando o nível de água estiver em zero ou outra medida conveniente; O tempo de aquisição pode variar consoante sejam caudais altos ou baixos; Depois das medições estarem feitas, abra a válvula de saída do tanque; 3 V [ m ] O valor médio do caudal pode ser obtido por: Q =. À t [] s temperatura ambiente a massa volúmica da água é ρ = 1000 kg/m 3. Medição do caudal no canal de escoamento do descarregador: A parede direita do canal possui uma escala calibrada em l/min. Para leituras acima dos 10 l/min pode-se utilizar a escala para fazer medições instantâneas do caudal em escoamento. Rotâmetro: este aparelho mostra uma leitura instantânea do caudal em escoamento (mas para caudais acima dos 0,4 m 3 /h). 11

5. MEDIÇÃO DA PRESSÃO A pressão à saída da bomba pode ser monitorizada no painel de pressões através de uma correcta selecção do botão para a posição auxiliar. A pressão de sucção da bomba é medida directamente pela linha de pressão (barómetro) colocada a montante desta. Note-se que: quando se mede a pressão de saída da bomba deve-se considerar uma tolerância pelo facto de que o barómetro estar colocado 0,7 m acima do ponto de derivação, i.e., deve-se adicionar 0,07 bar à leitura feita no barómetro. É aconselhável rodar o selector de pressão no sentido anti-horário, de forma a minimizar a possibilidade de sair um jacto de água pelo ponto auxiliar de derivação, enquanto não estiver em uso. 6. PROCEDIMENTO DE PARAGEM 1) Fechar a válvula de regulação da bancada; ) Assegurar que a válvula de saída do tanque está aberta; 3) Desligar a fonte de alimentação (botão) da bancada hidráulica; 4) Fechar a válvula de admissão da bomba; 5) Rodar o variador de velocidade da bomba para o mínimo. 7. CALIBRAÇÃO DO DISPLAY DA BOMBA (P610) Pág. 1-34 1

8. BOMBAS 8.1 Introdução A gama experimental é aumentada por uma unidade de visualização da velocidade da bomba (P610) e por um Watímetro (P6109). Quando se utiliza duas bombas pode-se utilizar dois Watímetros. 8. Dados da Bomba Tipo: 1 HS Stuart Turner Centrifugal Pumps Desempenho: Qmax = 4 l/min.vs. 5m às 5400 rpm. Hmáx = 0 m quando Q = 0 l/min. 8.3 Velocidade específica, Ω a O desempenho das bombas, principalmente em grandes instalações, é muitas vezes previsto a partir de pequenos modelos com desenho geométrico semelhante. A velocidade específica é um índice de desempenho da bomba, a partir do qual se podem fazer estudos comparativos entre bombas geometricamente semelhantes, mas de tamanhos diferentes. A velocidade específica indica a capacidade de dada bomba realizar determinada tarefa. Altos caudais de descarga para alturas, H, baixas Ω a altas, enquanto que H elevados requerem Ω a baixas. O valor numérico de Ω a depende do sistema de unidades utilizado, mas se for utilizado Q [m 3 /s], H [m] e N [rpm], a Ω a em bombas centrífugas varia de 10 a 150. d 3 g. H Q = φ ( N. D ) k (8.1) N. D 13

Duas Bombas: Actual Q, N, D, H Específica Q s, N s, D s, H s Considerando Q s = 1 m 3 /s e H s = 1 m, as duas bombas pertencem à mesma FTMGS Do coeficiente de caudal resulta que: 3 N. D D 3 s = (8.) N. Q s Do coeficiente de altura resulta que: D s N N s. D. H = (8.3) Conjugando as expressões anteriores: 3 3 N. D N. D Ds = = (8.4) N s. Q N s. H 3 1 N. Q N s = (8.5) 3 4 H 8.4 Altura manométrica, H m P P1 H m = (8.6) ρ. g 8.5 Potência e rendimento A potência hidráulica, W h, é dada por: ( ) h = P P Q = g H Q = g H. 1... m.. m m W ρ (8.7) Com o Watímetro podemos medir a potência de entrada da bomba e do motor. O rendimento da unidade bomba/motor pode ser calculada a partir da potência hidráulica que é fornecida e pela potência eléctrica fornecida. 14

η = Potência hidráulica 0 Potência de entrada (8.8) 8.6 Cavitação Nas condições de sucção que ocorrem na entrada das bombas centrífugas e em especial em zonas de alta velocidade, onde o aumento dinâmico da pressão provoca uma diminuição da pressão estática, é possível que a pressão se torne muito baixa e promova a formação de bolhas de ar ou vapor que podem colapsar cavitação. O termo cavitação inclui formação, existência e subsequente colapso de bolhas. A cavitação na zona de sucção ou no rotor de uma bomba centrífuga promove uma drástica redução do desempenho da bomba. Mais importante é que o colapso das bolhas quando atingem uma pressão ligeiramente maior causam um grande impacto nas superfícies adjacentes, o que pode originar danos sob a forma de picadas de corrosão. Tabela 8.1: Pressão vapor em função da temperatura. Temperatura [ºC] 0 10 0 40 60 80 100 Pressão vapor [mbar] abs. 6,15 1,3 3,4 74 00 474 1015 Para evitar a ocorrência de cavitação em bombas centrífugas é necessário assegurar que a mais baixa pressão estática que possa ser encontrada em qualquer parte da zona de sucção ou no rotor seja maior que a pressão vapor e a pressão de libertação de gás. 15