Monitoramento da Cultura de Cana-de-Açúcar no Estado de São Paulo I. PANORAMA

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Transcrição:

Versão Online Boletim No: 14 Dezembro, 2015 Monitoramento da Cultura de Cana-de-Açúcar no Estado de São Paulo I. PANORAMA A safra 2015/16 chegou ao fim, mas seus desdobramentos ainda repercutem no próximo ano. As chuvas dos últimos meses atrasaram grande parte da colheita e muitas usinas se deparam com uma situação em que tem de fazer escolhas em relação ao que colher e o que deixar para o próximo ano. O Boletim conversou com o Professor da ESALQ, Dr. Paulo César Sentelhas, especialista em agrometereologia, sobre as previsões climáticas para o ano de 2016 e as perspectivas da safra 2016/2017. "É difícil falar da próxima safra sem falar da atual. Neste ano estamos em uma situação de El Niño, que apesar de ter sido um ano com muitas chuvas, não foi tão drástico para o estado de São Paulo como foi no Sul do país. No entanto, no estado de São Paulo tivemos uma sequência de meses com chuvas dentro ou acima do normal, e isso, de modo geral, atrasou a safra em grande parte do estado, fazendo com que parte da cana produzida passe agora por um ciclo estendido (cana bisada), sendo colhida no ano seguinte". Diante desse quadro, Sentelhas afirma que devido à sobra de cana no campo a próxima safra deve começar mais cedo. No entanto, o El Niño deverá continuar trazendo problemas para o início da colheita. "O El Niño deve persistir por uma boa parte do primeiro semestre de 2016. Para o estado de São Paulo, a previsão é de que as chuvas no começo da safra sejam dentro ou acima do normal, e isso deve atrapalhar o início da colheita em meados de março/ abril, trazendo preocupação para as usinas". Esse cenário crítico, explica o professor, se deve ao fato das usinas terem poucos dias trabalháveis, pois possivelmente o solo estará úmido. Colher com solo úmido acarretará em problemas de compactação do solo, o que futuramente poderá repercutir em redução da produtividade, relacionada a uma série de impactos causados no solo e, consequentemente, na disponibilidade de água para as plantas. Dessa forma, as usinas deverão obedecer às condições mínimas de colheita e priorizar as áreas de reforma. O professor também destaca que a previsão de altas temperaturas deve persistir para o próximo ano, o que, no entanto, não representa problema para a cultura da cana, bem adaptada a condições de temperaturas elevadas. "A cana é uma cultura que sob altas temperaturas e boa disponibilidade de água no solo tem a capacidade de intensificar a fotossíntese, o que repercute diretamente em sua produtividade. Portanto, a expectativa para o ano que vem é de que os níveis de produtividade continuem tão elevados quanto aos observados neste ano, especialmente devido às boas chuvas que ocorreram em grande parte do estado de SP durante os meses inverno". Por fim, Sentelhas afirma que a atmosfera é um sistema extremamente complexo e dinâmico e que mudanças nesse panorama poderá ocorrer ao longo dos próximos meses, porém até o momento o que se espera é um verão quente e com chuvas dentro ou acima do normal. por Maria Eduarda Moreira Destaque As chuvas regulares que ocorreram durante o inverno de 2015 fizeram com que os canaviais crescessem e as produtividades subissem.

A partir dessa edição passaremos a apresentar o mapa do balanço hídrico climatológico. Devido ao grande volume de chuvas observados este ano, principalmente a partir de setembro, observa-se a quase inexistência de déficit hídrico, com exceção no extremo norte do Estado. As condições hídricas atuais favorecem o início da recuperação das reservas de água no solo. *Desvio padrão: mede a dispersão do valor de cada evento em torno da sua média.

III. DESEMPENHO DA SAFRA DO MÊS DE NOVEMBRO Os índices de vegetação no mês de novembro estão acima da média histórica, e indicam um bom começo de desenvolvimento da safra 2016/17. Com precipitações acima da média em todas as mesorregiões. Essa tendência sendo mantida, as condições dos canaviais para as próximas safras serão prósperas. *O NDVI é um índice que está diretamente correlacionado com vários parâmetros da vegetação como o índice de área foliar (IAF) e a biomassa.

ECMWF http://www.ecmwf.int/en/research/climatereanalysis/era-interim Jansle Vieira Rocha Coordenador FEAGRI-UNICAMP Michelle C. A. Picoli Coordenadora Cauã G. Miranda Daniel Garbellini Duft Fabio V. Scarpare Maria Eduarda M. Moreira Simone T. Ruiz-Corrêa Thayse A. D. Hernandes