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Transcrição:

RENATO SARAIVA ARYANNA LINHARES Processo do TRABALHO concursos públicos 13. a edição revista, atualizada e ampliada

CAPÍTULO 1 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, COMPETÊNCIA SUMÁRIO: 1.1. Organização da Justiça do Trabalho: 1.1.1. Introdução; 1.1.2. Tribunal Superior do Trabalho; 1.1.3. Tribunais Regionais do Trabalho; 1.1.4. Juízes do trabalho 1.2. Órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho 1.3. Dos distribuidores 1.4. Competência da Justiça do Trabalho: 1.4.1. Jurisdição e competência; 1.4.2. Competência em razão da matéria e da pessoa: 1.4.2.1. Ações oriundas da relação de trabalho; 1.4.2.2. Entes de direito público externo; 1.4.2.3. Servidores da administração pública; 1.4.2.4. Ações que envolvam o exercício do direito de greve; 1.4.2.5. Ações sobre representação sindical; 1.4.2.6. Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data; 1.4.2.7. Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista; 1.4.2.8. Ações de indenização por dano moral ou patrimonial; 1.4.2.9. Ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 1.4.2.10. Execução de ofício das contribuições sociais; 1.4.2.11. Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho; 1.4.2.12. Poder normativo; 1.4.2.13. Ações que versam sobre descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores; 1.4.3. Competência territorial das varas do trabalho 1.5. Resumo da matéria; 1.6. Questões correlatas. 1.1. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 1.1.1. Introdução O art. 111 da CF/1988 define como órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho (TST); os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs); os juízes do trabalho. O Judiciário trabalhista, portanto, é dividido em três graus de jurisdição, quais sejam: TST (terceiro grau de jurisdição), TRTs (segundo grau de jurisdição) e os juízes do trabalho (primeiro grau de jurisdição, que exercem a jurisdição nas Varas do Trabalho).

26 PROCESSO DO TRABALHO Renato Saraiva e Aryanna Manfredini A EC 45/2004 implementou algumas mudanças na organização da Justiça do Trabalho, as quais serão examinadas neste capítulo. 1.1.2. Tribunal Superior do Trabalho O TST surgiu em 1946, ano em que a Justiça do Trabalho foi integrada ao Poder Judiciário. O Tribunal Superior do Trabalho é o órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, com sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional. A EC 45/2004, dispondo sobre o TST, criou o art. 111-A da CF/1988, cuja redação é a seguinte: Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 1.º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. 2.º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. O TST é composto por 27 ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. A EC 24/1999 extinguiu a representação classista em todos os níveis na Justiça do Trabalho. Da totalidade de 27 ministros, deverá ser observado o quinto constitucional em relação aos membros provenientes do Ministério Público do Trabalho e da OAB, sendo o restante dos magistrados escolhidos dentre juízes dos TRTs, oriundos da magistratura de carreira.

Capítulo 1 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, COMPETÊNCIA 27 A escolha dos membros oriundos do quinto constitucional ocorre da seguinte maneira: primeiro é apresentada ao TST uma lista sêxtupla elaborada pela OAB e pelo Ministério Público indicando os nomes. Recebidas as indicações, o tribunal formará uma lista tríplice. Essa lista é encaminhada ao chefe do Poder Executivo, que, no prazo de 20 dias, escolhe um dentre os três nomes. O escolhido é sabatinado e, se aprovado pelo Senado, ele será nomeado pelo Presidente da República. Para provimento dos cargos ocupados por magistrados de carreira são elaboradas pelos Ministros do TST listas tríplices, dispensando-se o respeito aos critérios de antiguidade/merecimento. É importante mencionar que, mesmo se o Juiz integrar essa lista por três vezes seguidas ou cinco alternadas, não será promovido obrigatoriamente. A competência do Tribunal Superior do Trabalho será fixada em lei. Atualmente, a Lei que a regula é a de n. 7.701/1988. Os magistrados do TST recebem o título constitucional de ministros, a exemplo de todos os tribunais superiores e do próprio Tribunal de Contas da União. O TST editou a Resolução Administrativa 1295/2008 (Regimento Interno do TST), definindo, em seu art. 59, os órgãos que compõem o próprio TST, quais sejam: Tribunal Pleno; Órgão Especial; Seção Especializada em Dissídios Coletivos; Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas subseções; e Turmas. O art. 111-A da CF/1988 também criou dois órgãos, que funcionarão junto ao TST, que também estão previstos no parágrafo único do art. 59 do Regimento Interno do TST, quais sejam: Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para ingresso e promoção na carreira; Conselho Superior da Justiça do Trabalho cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

28 PROCESSO DO TRABALHO Renato Saraiva e Aryanna Manfredini Frise-se, por último, que o art. 95, parágrafo único, V, da CF/1988, com redação dada pela EC 45/2004, proíbe que o juiz exerça a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do desligamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Portanto, sendo aposentado ou exonerado um Ministro do TST, este não poderá exercer a advocacia, pelo prazo de três anos perante o próprio TST, órgão em que atuou antes da aposentadoria ou exoneração. 1.1.3. Tribunais Regionais do Trabalho A exemplo do TST, em 1946, quando a Justiça do Trabalho foi integrada ao Poder Judiciário, surgiram os TRTs, em substituição aos Conselhos Regionais do Trabalho. A EC 45/2004 conferiu nova redação ao art. 115 da Carta Maior, dispondo sobre os TRTs. Veja a redação do dispositivo constitucional em comento: Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. 1.º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 2.º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Anteriormente, a Constituição da República previa que haveria pelo menos um TRT em cada Estado, o que nunca chegou a ocorrer, visto que os Estados de Tocantins, Roraima, Acre e Amapá nunca possuíram TRT. O território nacional está dividido em 24 regiões para efeito da Jurisdição dos Tribunais Regionais. Portanto, hoje existem 24 regiões e 24 Tribunais Regionais do Trabalho, sendo dois deles situados no Estado de São Paulo,

Capítulo 1 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, COMPETÊNCIA 29 o da 2.ª Região (capital de São Paulo, região metropolitana e Baixada Santista) e o da 15.ª Região (cidade de Campinas e cidades do interior de São Paulo). Não há Tribunal Regional do Trabalho nos seguintes Estados: Tocantins, Amapá, Acre e Roraima. Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho elaborar seu próprio Regimento Interno (art. 96, I, a, da CF/1988). O art. 115 da Constituição da República estabelece que os TRTs são compostos, no mínimo, de sete juízes, recrutados, quando possível, nas respectivas regiões, e nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. Na composição dos TRTs também deve ser observado o quinto constitucional de membros oriundos do Ministério Público do Trabalho e da OAB, com os demais juízes nomeados mediante promoção de magistrados do trabalho vinculados às Varas, alternadamente, por antiguidade e merecimento, sendo o número de magistrados variável (no mínimo sete juízes), atendendo ao critério da necessidade de desmembramento em Turmas em função do movimento processual. Uma inovação trazida pelo art. 115 da CF/1988 foi a criação da denominada justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. Isso, sem dúvida, vai favorecer a população, pois a justiça móvel propiciará melhor acesso ao Judiciário das pessoas que residem em lugares distantes dos centros urbanos. Ainda em relação ao art. 115 da Constituição, outra novidade é que os TRTs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Essas Câmaras regionais deverão atuar, principalmente, nos Estados que não possuem TRT, como é o caso de Tocantins, Amapá, Roraima e Acre. 1.1.4. Juízes do trabalho Em função da extinção das Juntas de Conciliação e Julgamento (EC 24/1999), a jurisdição trabalhista no primeiro grau passou a ser exercida por um juiz singular, denominado juiz do trabalho, que exerce suas funções nas denominadas Varas do Trabalho.

30 PROCESSO DO TRABALHO Renato Saraiva e Aryanna Manfredini Estabelece o art. 112 da Carta Maior (com redação dada pela EC 45/2004) que a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. A Súmula 10 do STJ dispõe que, instalada a Vara do Trabalho, cessa a competência do juiz de direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas. Por sua vez, determina o art. 113 da Carta Maior que a lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. O art. 650 da CLT estabelecia que a jurisdição de cada Vara do Trabalho abrangia todo o território da Comarca em que tinha sede, somente podendo ser estendida ou restringida por lei federal. A Lei 6.947/1981 estabelece normas para criação de uma vara do trabalho, definindo como requisito que a frequência de reclamações trabalhistas em cada órgão já existente exceda, seguidamente, a 1500 reclamações trabalhistas por ano. Nas comarcas onde não houver juiz do trabalho, por lei, os Juízes de Direito poderão ser investidos da jurisdição trabalhista. Das sentenças que proferirem caberá recurso ordinário para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112 da CF/1988 e art. 668 da CLT). Como bem esclarece o professor Mauro Schiavi (Manual de direito processual do trabalho. 4.ª ed. São Paulo: LTr, 2010. p. 155): O Juiz do Trabalho ingressará na carreira como Juiz do Trabalho Substituto, após aprovação em concurso público de provas e títulos, sendo designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas Varas do Trabalho. Após dois anos de exercício, o Juiz do Trabalho substituto torna-se vitalício. Alternadamente, por antiguidade ou merecimento, o Juiz será promovido a juiz Titular da Vara do Trabalho e, posteriormente, pelo mesmo critério, a juiz do Tribunal Regional do Trabalho. Além disso, poderá chegar ao posto de Ministro do Tribunal Superior do Trabalho desde que preencha os requisitos constitucionais. 1.2. ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO Os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho são prestados por servidores e órgãos de auxílio.

Capítulo 1 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, COMPETÊNCIA 53 q 1.5. Resumo da matéria 1. São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os juízes do trabalho. 2. O judiciário trabalhista, portanto, é dividido em três graus de jurisdição, quais sejam: TST (terceiro grau de jurisdição), TRTs (segundo grau de jurisdição) e os juízes do trabalho (primeiro grau de jurisdição, que exercem a jurisdição nas Varas do Trabalho). 3. A EC 45/2004 implementou algumas mudanças na organização da Justiça do Trabalho. 4. O TST, que tem sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional, passou a ser composto de 27 ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. 5. Da totalidade de 27 ministros, deverá ser observado o quinto constitucional em relação aos membros provenientes do Ministério Público do Trabalho e da OAB, sendo o restante dos magistrados escolhidos dentre juízes dos TRTs, oriundos da magistratura de carreira. 6. O TST editou a Resolução Administrativa 1295/2008 (Regimento Interno do TST), definindo, em seu art. 59, os órgãos que compõem o próprio TST, quais sejam: Tribunal Pleno, Órgão Especial, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas subseções; e Turmas. Por sua vez, o parágrafo único do art. 59 do novo Regimento Interno do TST, estabelece que são Órgãos que funcionam junto ao Tribunal Superior do Trabalho a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho ENAMAT; e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho CSJT. 7. Foi criada pela EC 45/2004 a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para ingresso e promoção na carreira. 8. Também restou criado o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 9. Frise-se, por último, que o art. 95, parágrafo único, V, da CF/1988, com redação dada pela EC 45/2004, proíbe que o juiz exerça a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do desligamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

54 PROCESSO DO TRABALHO Renato Saraiva e Aryanna Manfredini 10. Anteriormente, a Constituição da República previa que haveria pelo menos um TRT em cada Estado, o que nunca chegou a ocorrer, visto que os Estados de Tocantins, Roraima, Acre e Amapá nunca possuíram TRT. 11. Foi excluída esta obrigatoriedade da Carta Maior, apenas exigindo o atual art. 115 que os TRTs sejam compostos, no mínimo, de sete juízes, recrutados, quando possível, nas respectivas regiões, e nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. 12. Na composição dos TRTs também deve ser observado o quinto constitucional de membros oriundos do Ministério Público do Trabalho e da OAB, com os demais juízes nomeados mediante promoção de magistrados do trabalho vinculados às Varas, alternadamente, por antiguidade e merecimento, sendo o número de magistrados variável (no mínimo sete juízes), atendendo ao critério da necessidade de desmembramento em Turmas em função do movimento processual. 13. Uma inovação trazida pelo art. 115 da CF/1988 foi a criação da denominada justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. Isso, sem dúvida, vai favorecer a população, pois a justiça móvel propiciará melhor acesso ao Judiciário das pessoas que residem em lugares distantes dos centros urbanos. 14. Ainda em relação ao art. 115 da Constituição, outra novidade é que os TRTs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras Regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Essas Câmaras Regionais deverão atuar, principalmente, nos Estados que não possuem TRT, como é o caso de Tocantins, Amapá, Roraima e Acre. 15. O Estado de São Paulo possui dois Tribunais do Trabalho, quais sejam: 2.ª região (SP/ Capital) e 15.ª região (Campinas). 16. Em função da extinção das Juntas de Conciliação e Julgamento (EC 24/1999), a jurisdição trabalhista no primeiro grau passou a ser exercida por um juiz singular, denominado juiz do trabalho, que exerce suas funções nas denominadas Varas do Trabalho. 17. Estipula o art. 112 da Carta Maior (com redação dada pela EC 45/2004) que a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 18. A Súmula 10 do STJ dispõe que, instalada a Vara do Trabalho, cessa a competência do juiz de direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas.

Capítulo 1 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, COMPETÊNCIA 55 19. Por sua vez, estabelece o art. 113 da Carta Maior que a lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. 20. O art. 650 da CLT estabelecia que a jurisdição de cada Vara do Trabalho abrangia todo o território da Comarca em que tinha sede, somente podendo ser estendida ou restringida por lei federal. 21. A Lei 6.947/1981 estabelece normas para criação de uma vara do trabalho, definindo como requisito que a frequência de reclamações trabalhistas em cada órgão já existente exceda, seguidamente, a 1500 reclamações trabalhistas por ano. 22. No âmbito da Justiça laboral, a competência material e em razão da pessoa tem como fundamento jurídico principal o art. 114 da Carta Maior, artigo este alterado pela EC 45/2004, a qual ampliou, significativamente, a competência material da Justiça do Trabalho. 23. Seguramente, a mais importante inovação trazida pela EC 45/2004 foi a ampliação da competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho (art. 114, I, da CF/1988). Portanto, após a EC 45/2004, passou a Justiça do Trabalho a ter competência para processar e julgar qualquer relação de trabalho e não só a relação de emprego. 24. Relativamente às ações acidentárias (previdenciárias) decorrentes de acidente de trabalho, embora envolvam situações decorrentes da relação de trabalho não se encontram na esfera de competência material da Justiça do Trabalho, sendo a Justiça Ordinária (Varas de Acidente de Trabalho) competente para processar e julgar ação acidentária proposta pelo empregado (acidentado segurado) em face do INSS (seguradora), conforme previsto no art. 643, 2.º, da CLT. 25. O art. 120 da Lei 8.213/1991 determina que, em caso de acidente de trabalho causado por negligência do responsável pelo cumprimento das normas de segurança e saúde no trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva dos segurados (empregador), ajuizará a Previdência Social ação regressiva em face de tal empregador perante a Justiça Federal (art. 109 da CF/1988). Nesta hipótese, o empregador não se exime de sua responsabilidade pelo fato de a Previdência Social ter honrado prestações decorrentes da incapacidade gerada pelo acidente de trabalho. 26. Quanto às ações indenizatórias por danos morais e patrimoniais, foi pacificada a discussão: o STF editou a Súmula Vinculante 22 estabelecendo que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito de primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004.

Capítulo 1 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, COMPETÊNCIA 61 1.6. QUESTÕES CORRELATAS 01. (TRT-1/Técnico Judiciário Área Administrativa/2013) Conforme previsão contida na Constituição Federal, são órgãos da Justiça do Trabalho no Brasil: (A) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais de Justiça e Varas do Trabalho. (B) Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais do Trabalho e Juntas de Conciliação e Julgamento. (C) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Varas do Trabalho. (D) Supremo Tribunal Federal, Tribunais Regionais do Trabalho e Varas do Trabalho. (E) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juizados Especiais Trabalhistas. 02. (TRT-9/Analista Judiciário Área Judiciária/2013) Conforme normas legais aplicáveis à organização da Justiça do Trabalho, incluindo o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e as Varas do Trabalho, é correto afirmar que (A) o Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. (B) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de 17 Ministros, togados e vitalícios, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 60 anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Congresso Nacional. (C) dentre os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho, 11 serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, integrantes da carreira da magistratura trabalhista, três dentre advogados e três dentre membros do Ministério Público do Trabalho. (D) em cada Estado e no Distrito Federal haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não forem instituídas, atribuir sua jurisdição aos juízes de direito, sendo que nesse caso os recursos são julgados diretamente pelo Tribunal Superior do Trabalho. (E) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, 11 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos. 03. (TRT-1/Analista Judiciário Área Judiciária/2013) A Constituição da República Federativa do Brasil apresenta normas relativas à organização e competência da Justiça do Trabalho. Segundo tais normas, é INCORRETO afirmar que (A) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. (B) funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

62 PROCESSO DO TRABALHO Renato Saraiva e Aryanna Manfredini (C) haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distrito Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não forem instituídas, atribuir jurisdição aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal de Justiça. (D) compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. (E) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. 04. (TRT-1/Analista Judiciário Execução de Mandados/2013) Sobre a organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, nos termos da legislação vigente, é correto afirmar que (A) a Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação de trabalho, visto que por envolver trabalho marítimo a competência é da Justiça Federal. (B) a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado, independentemente do local onde prestou seus serviços ao empregador. (C) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. (D) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria simples do Congresso Nacional. (E) a Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar a execução, de ofício, das contribuições sociais previdenciárias e de imposto de renda, decorrentes das sentenças que proferir. 05. (TRT-9/Técnico Judiciário Área Administrativa/2013) Conforme normas legais que regulam a matéria, a competência da Justiça do Trabalho EXCLUI a análise e julgamento de ações (A) relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização das relações de trabalho. (B) de indenizações por danos morais e também danos materiais ou patrimoniais, decorrentes da relação de trabalho. (C) penais para apuração de crimes contra a organização do trabalho, incluindo trabalho escravo e trabalho infantil irregular. (D) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores. (E) oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Capítulo 1 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, COMPETÊNCIA 63 06. (TRT-9/Técnico Judiciário Área Administrativa/2013) Conforme previsão constitucional, as vagas destinadas à advocacia e ao Ministério Público do Trabalho nos Tribunais Regionais do Trabalho, observado o disposto no artigo 94 da CF, serão de (A) um terço dentre os advogados com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de cinco anos de efetivo exercício. (B) um quinto dentre os advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício. (C) um quinto dentre os advogados com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de cinco anos de efetivo exercício. (D) um terço dentre os advogados com mais de três anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de três anos de efetivo exercício. (E) um quinto dentre os advogados com mais de três anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de três anos de efetivo exercício. 07. (TRT-1/Técnico Judiciário Área Administrativa/2013) Quanto à composição e funcionamento da Justiça do Trabalho, nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que (A) o Tribunal Superior do Trabalho é composto por dezessete ministros escolhidos entre brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos. (B) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, onze juízes escolhidos entre brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos. (C) as Varas do Trabalho funcionarão com a presença de um Juiz do Trabalho que será seu presidente e dois vogais ou classistas, sendo um representante dos empregadores e outro dos empregados. (D) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal de Justiça do Estado. (E) os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 08. (TRT-5/Analista Judiciário Área Administrativa/2013) Conforme previsão constitucional, a competência da Justiça do Trabalho abrange (A) as ações oriundas da relação de trabalho. (B) os conflitos decorrentes das relações de emprego e, mediante lei especial, outras controvérsias decorrentes de relações de trabalho, exceto as que envolvam representação sindical. (C) todos os conflitos decorrentes de relações de trabalho e alguns casos de relações de emprego, sempre nos termos da lei específica. (D) os conflitos decorrentes de relações de emprego e, mediante lei ou convenção coletiva, outras controvérsias decorrentes de relação de trabalho. (E) todos os conflitos decorrentes das relações de trabalho, exceto naqueles em que forem parte os entes de direito público externo e da Administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Capítulo 1 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, COMPETÊNCIA 73 (C) o julgamento de ação promovida por um segurado do Instituto Nacional de Seguro Social INSS, que sofreu um acidente de trabalho e pede o restabelecimento do benefício previdenciário. (D) a execução de cheque sem fundos passado pelo empregador ao empregado para o pagamento de verbas salariais. (E) o julgamento de crime contra a organização do trabalho atribuído à empresa privada, relativo à falsa anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social. GABARITO 01 C 02 A 03 C 04 C 05 C 06 B 07 E 08 A 09 B 10 A 11 D 12 B 13 D 14 E 15 E 16 E 17 B 18 B 19 E 20 D 21 A 22 A 23 A 24 C 25 A 26 B 27 C 28 C 29 C 30 B 31 A 32 D 33 A