ESTUDO DE INIBIDORES DE CORROSÃO RECOMENDADOS PARA CONCRETO



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Transcrição:

ESTUDO DE INIBIDORES DE CORROSÃO RECOMENDADOS PARA CONCRETO Ana Cecília Vieira da Nóbrega (1) anacecilia@eol.com.br Djalma Ribeiro da Silva (1) djalma@ccet.ufrn.br (1) Laboratório de Corrosão Departamento de Química - UFRN 6 COTEQ Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos 22 CONBRASCORR Congresso Brasileiro de Corrosão Salvador - Bahia 19 a 21 de agosto de 22 As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade dos autores.

SINOPSE: O concreto, devido à sua natural alcalinidade, proporciona ao aço além da proteção química (PH > 12), a física, proveniente do recobrimento da armadura. Talvez, por esse motivo, acreditava -se que as obras construídas em concreto seriam eternas. Porém, o aço submerso no concreto está sujeito ao ataque de agentes agressivos, causando problemas de corrosão. Natal, por ser uma cidade litorânea, convive diariamente com problemas de corrosão devido a alta concentração de íons cloretos relacionados ao ambiente marinho. Para minimizar este ataque existem diferentes métodos de proteção das barras de aço imersas no concreto, entre eles destacam-se os inibidores de corrosão que possuem a vantagem relativa do fácil uso por serem dissolvidos em água e adicionados direto à mistura. O presente trabalho tem como objetivos verificar a eficácia dos inibidores de corrosão e estudar a influência da adição destes quanto à inalterância das propriedades mecânicas comuns ao concreto. Estudou-se a influência dos inibidores de corrosão do aço embutido no concreto nitrito de sódio e dicromato de potássio, nas proporções,,5, 1, 2, 3% em relação à massa do cimento, isolados e em mistura, num traço 1:1,5:2,5 (cimento, areia e brita), superplastificante 1,% e fator água/cimento,4. Os corpos de prova foram imersos em solução aquosa de NaCl 3,5%, com o objetivo de acelerar o início do processo corrosivo. Para avaliar o concreto e os inib idores foram realizados os ensaios de Compressão dos Corpos de Prova Cilíndricos de Concreto, Determinação da Consistência pelo Abatimento do Tronco de Cone, Determinação da Absorção de Água e Polarização. Palavras-chave : Corrosão, Concreto, Inibidores, Durabilidade.

1 - INTRODUÇÃO: É notório o uso do concreto pela humanidade. Este material só perde em utilização no nosso planeta para a água; pois, segundo METHA(1994), apesar de não ser tão resistente e tenaz quanto o aço, apresenta resistência a ação da água, mostra-se de fácil execução quando em elementos estruturais, e por último, apresenta -se mais barato e mais facilmente encontrado no canteiro. O concreto, devido à sua natural alcalinidade, proporciona ao aço além da proteção química (PH>12) (HELENE, 1986), a física, provenientes do cobrimento da armadura; talvez por este motivo, acreditava -se que as obras construídas em concreto seriam eternas. Porém, o aço submerso no concreto está sujeito a ataques dos agentes agressivos, causando problemas de corrosão. Várias são as vezes em que o profissional de engenharia civil se vê diante de um problema de corrosão de armadura nas estruturas de concreto armado. Devido a complexidade do processo, em muitas situações não é fácil nem rápido justificar o porquê de uma estrutura corroída quando tantas outras, em tudo semelhantes e similares, não apresentam. A corrosão das armaduras de concreto armado é um fenômeno de natureza predominantemente eletroquímica que ocorre em presença de água, íons e oxigênio. Além disso, uma série de outros fatores intrínsecos (espessura do recobrimento, permeabilidade do concreto, resistividade elétrica, o tipo de cimento, areia e brita utilizados) têm importante papel na velocidade da corrosão. Também o ambiente onde a estrutura se encontra tem influência sobre o desenvolvimento desse fenômeno. Natal, por ser uma cidade litorânea, convive diariamente com este problema devido à grande concentração de íons cloretos relacionados com o ambiente marinho. Como conseqüência, algumas obras apresentam problemas patológicos necessitando de reparo, mesmo antes da sua conclusão, como é o caso de inúmeros hotéis da via costeira da cidade. Na última década houve um crescimento substancial do estudo da corrosão no mundo e em parte este acréscimo deve -se ao estudo da corrosão no concreto. Este estudo nasceu do pensamento errôneo de que as estruturas de concreto armado, ao longo do tempo, apresentavam uma melhora nas suas propriedades mecânicas e, como conseqüência, denotava uma falta de manutenção preventiva ou mesmo a ausência de preocupação em projetar -se estruturas adequadas para determinados ambientes agressivos. Acabou-se por encontrar na barra de aço que está imersa na estrutura de concreto, dando ao material o nome de concreto armado, a principal causa de diminuição da vida útil das estruturas. A degradação da barra de aço é ainda um problema sem solução definitiva, mas tem motivado muitos estudos do comportamento de todos os meios que interagem com o siste ma. Entre eles: o cimento, que confere o ambiente básico no qual a barra de aço está inserida a água, material que promove as reações entre o aglomerante e os agregados, e a fina camada de passivação, que protege indefinidamente, em condições ideais, a barra inserida no concreto, de quaisquer agentes agressivos que possam surgir e dar início ao processo. Valendo-se desta situação é estudada a entrada de um novo aditivo, conhecido como inibidor de corrosão que é pré -misturado ao concreto antes do seu lançamento, tendo a vantagem relativa do fácil uso porque é dissolvidos em água e adicionados direto à mistura. Para a utilização desses inibidores de corrosão tornou-se imprescindível a interação da Engenharia de Estruturas com uma ciência de

fundamental importância no mundo moderno: a Química. Mediante estudos através de técnicas eletroquímicas, surgiu uma corrente de estudos próspera que dá ênfase ao uso de inibidores no combate ou mesmo o retardamento da reação típica de corrosão moderna. Diante dessa problemática é que propomos no trabalho em questão, adicionar um inibidor de maneira prévia à mistura para minimizar ou retardar o início das reações de corrosão. Figura 1. Manchas de ferrugem por corrosão da armadura. Figura 2. Fissuração do concreto de cobertura devido ao aumento de volume. 2 - OBJETIVOS: O objetivo principal deste trabalho é analisar o comportamento dos inibidores de corrosão Nitrito de Sódio e Dicromato de Potássio, bem como a sua mistura, na avaliação do processo de corrosão para o aço embutido no concreto armado, através de diferentes técnicas eletroquímicas, bem como as propriedades mecânicas desse concreto não convencional, e selecionar aquelas porcentagens de inibidores que apresentem melhor comportamento. Bem como, a longo prazo, contribuir com a difusão da utilização de inibidores de corrosão como métodos de proteção das barras do concreto armado, visando maior durabilidade das estruturas e garantindo menor investimento a médio e a longo prazo por parte dos construtores, diminuindo a relação custo-benefício da dita edificação. Utilização esta, não só a nível de laboratório, mas desenvolvendo a assimilação e o amadurecimento da utilização dos compostos nos canteiros de obras por parte do operador da betoneira e nas centrais dosadoras de concreto. 3 - METODOLOGIA: Os inibidores serão exaustivamente testados na confecção de concreto para avaliar suas propriedades terapêuticas em relação à corrosão e a influência de cada um deles quando empregados em conjunto com o cimento, assim como, seus efeitos sobre a trabalhabilidade e as propriedades mecânicas e elétricas do concreto. Assim, estudou-se a influência dos inibidores de corrosão do aço embutido no concreto: nitrito de sódio e dicromato de potássio, nas proporções,,4,,5,,8, 1,, 1,2, 1,6, 1,8, 2, 3% em relação à massa do cimento, isolados e em mistura, num traço 1:1,5:2,5 (cimento, areia e brita), superplastificante 1,% e fator água/cimento,4. Para avaliar o concreto e os inibidores foram realizados os ensaios de Compressão dos Corpos de Prova Cilíndricos de Concreto, Determinação da Consistência pelo Abatimento do Tronco de Cone, Determinação da Absorção de Água e Polarização.

Vale a pena salientar que em uma primeira fase do presente trabalho, optou-se por realizar os ensaios para as porcentagens dos ditos inibidores para,,5, 1, 2 e 3%, com o objetivo de verificar como seria o comportamento do concreto frente às adições que estavam sendo propostas, tanto do ponto de vista das propriedades mecânicas quanto do ponto de vista eletroquímico, já que como para cada traço com respectivas adições são confeccionados 25 (vinte e cinco) corpos de prova, sendo 1 (dez) para resistência à compressão, 1 (dez) para medidas eletroquímicas e 5 (cinco) para absorção, num total de 1 (dez) porcentagens e 3 substâncias (nitrito de sódio, dicromato de potássio e mistura), totalizando um líquido de 75 corpos de prova necessários para a realização do presente trabalho; Assim, pretendia -se economizar tempo e matéria -prima necessários para a confecção dos corpos de prova sem um breve conhecimento do comportamento dos resultados frente as porcentagens e os inibidores propostos no presente trabalho. Assim, além das vantagens propostas apara a divisão do trabalho em duas fases, onde na segunda visualizava-se um refinamento dos resultados obtidos na primeira quanto à localização do ponto crítico, como na primeira fase por exemplo :encontrou-se para o nitrito um ponto crítico de 2% (As concentrações críticas, ou seja, a concentração de maior eficácia do inibidor em questão, estas são de grande importância devido ao fato de que a adição cujo percentual seja diferente desta concentração provoca o resultado contrário ao desejado, ou seja, a corrosão, com conseqüente aumento da corrente do corrosão em questão), mas como se tinha apenas os resultados dos intervalos 1-2 e 2-3, havia a possibilidade natural do ponto crítico ser qualquer valor entre 1-2, próximo a 2 ou entre 2-3, próximo a 2. Então, na segunda fase realizou-se os ensaios para,,4,,8, 1,2, 1,6, 1,8 e 2,; objetivando-se um refinamento dos dados e buscando-se confirmação nos resultados já obtidos. Tudo isso com uma vantagem, além do refinamento de dados, desfrutava -se da vantagem de correções em alguns pontos observados na primeira fase como influenciadores negativos para trabalhos desse tipo de análise de inibidores; pontos estes que são observados ao longo do desenvolvimento prático dos experimentos e análise de resultados e podendo, assim, os dados serem mais confiáveis ainda que os anteriormente obtidos. Entre esses pontos podemos citar: a mudança na área de estudo, pois inicialmente a área era isolada em 5% e optou-se por isola-la toda, lixando-se apenas uma das extremidades quando da leitura dos potenciais e correntes de corrosão, pois se detectou que o método anterior, devido a área ser grande e isolada com fita crepe, favorecia o surgimento de falhas no que diz respeito à delimitação da área de leitura. E utilizou-se a introdução de uma ponte salina para melhor leitura do eletrodo de trabalho quanto a coleta da corrente de corrosão e potenciais de corrosão quanto da cela eletroquímica. Foram utilizados os seguintes materiais na confecção dos corpos de prova usados nos ensaios experimentais: Cimento Portland comum; Agregado miúdo - é importante relatar que toda areia utilizada passou por secagem em estufa; Agregado graúdo - este foi selecionado entre os disponíveis no mercado local, buscando-se aquele que apresentasse melhores características para utilização neste trabalho de pesquisa; superplastificante, normalmente encontrado no mercado nacional, cujas características indicam ser à base de melanina sulfonada.; Água de amassamento dos concretos, sendo proveniente da rede pública de abastecimento; Aço - na produção dos corpos de prova destinados as medidas voltamétricas foram usados peças de aço CA-5 A com diâmetro 5/16'' (8 mm) na quantidade de 2 peças com 1 cm de tamanho cada (estas peças

foram obtidas submetendo-se um varão ao corte na oficina mecânica da UFRN). As peças de aço foram submetidas a um processo de limpeza (decapagem) realizado no próprio laboratório que tem como função tratar a superfície do aço retirando, sem agredir sua superfície, a camada de óxido naturalmente existente na peça e que prejudica nosso trabalho. Quanto aos equipamentos utilizados, podemos destacar: Ensaio de Abatimento(Slump): Este ensaio foi executado visando determinar a consistência (grau de trabalhabilidade) do concreto, verificando sua plasticidade e coesão de acordo com NBR - 7223 de 1982. Utilizou-se molde de aço em tronco de cone reto, com 3 mm, de altura, e ambas as bases abertas, a inferior com 2 mm e a superior com 1 mm; Haste de aço para socamento, com 6 mm de comprimento e diâmetro com 16 mm; Resistência à Com pressão: Prensa hidráulica AMSLER - SCHAFFAUSEN -Suiça no 699/474, escala 1 t com subdivisão de 1 kg. Foram analisados cinco corpos de provas para cada variável em estudo. O procedimento do ensaio segue a NBR - 9778. A operação de mistura foi realizada em betoneira de eixo vertical, com capacidade máxima de 12 litros. A ordem de colocação dos materiais na betoneira em movimento foi a seguinte: 8% da mistura de água e superplastificante, cimento (cimento+microssílica), areia, brita e 2% da mistura de água e superplastificante; esta ordem foi mantida constante para todas as misturas. O passo seguinte foi moldar os corpos de prova; onde foram moldados dez corpos de prova com dimensões 15x3 cm, fazendo uso de moldes cilíndricos de aço e três corpos de prova com dimensões 7,2x8 cm utilizando nestes moldes também cilíndricos de PVC; Proporcionando uma fácil desmontagem, estanqueídade e boa uniformidade nos corpos de prova. O processo de adensamento adotado foi manual, tendo o devido cuidado de empregar o golpe sempre com a mesma intensidade e o mesmo número de vezes. Figura 3. Betoneira de eixo inclinado Figura 4. Prensa hidráulica. com capacidade de 12 litros. Após a moldagem, os corpos de prova foram mantidos no laboratório por aproximadamente vinte quatro horas; onde, após este período efetuo-se a desmoldagem dos corpos de prova. Imediatamente após a retirada das fôrmas, os corpos de prova foram colocados em um tanque com água até a data de realização dos ensaios de ruptura e absorção de água por imersão, idade de 28 dias.

Os corpos de prova cilíndricos, dimensões 15x3 cm, destinados aos ensaios de resistência à compressão, foram capeados com pasta de enxofre; Absorção de Água: Estufa FANEM microprocessada modelo 515 C; Balança eletrônica digital GEHAKA MG - 4, com capacidade máxima de 2, kg e precisão de,1 g. Foram analisados cinco corpos de prova para cada variável em estudo. O procedimento do ensaio seguiu a NBR - 5739. Ensaios eletroquímicos: As medidas de potencial de corrosão e corrente de corrosão foram realizadas com o auxílio de um potenciostato conectado a um microcomputador. Confeccionaram-se, inicialmente para os traços com porcentagens de,5, 1, 2 e 3% de nitrito de sódio, dicromato de potássio e mistura com corpos de prova de 5mm x 1mm, contendo uma barra de aço de aço com diâmetro 5/16" (8mm) e 1mm de comprimento, pintada com tinta à base de alcatrão de hulha, de forma a proteger metade de sua superfície, ou seja, 5mm de seu comprimento, da oxidação prematura devido ao contato com a meio ambiente. Numa segunda fase, onde se refinou os dados, com a realização de ensaios com a porcentagens de,4,,8, 1,2, 1,6 e 1,8 e 2% não mais pintou-se a barra em 5% e sim toda ela, lixando-se apenas uma das extremidades quando da leitura dos potenciais e correntes de corrosão, pois detectou-se que o método anterior, devido a área ser grande e isolada com fita crepe, favorecia o surgimento de falhas no que diz respeito à delimitação da área de leitura. Quanto ao tratamento para limpeza das barras de aço, podemos destacar: a) Primeiramente, as barras de aço foram mergulhadas em uma solução de ácido nítrico a 1,%, por aproximadamente 1 minutos, ou até que se note o início do desprendimento da camada de óxido; b) Em seguida as peças foram lavadas em água corrente para que a camada preta de óxido largasse totalmente da superfície e colocadas em uma solução de hidróxido de cálcio a 1,% por 5 minutos; c) Na última etapa as peças foram retiradas da base e secas em estufa a 1 o C. É muito importante salientar que as peças devem ser analisadas procurando pontos de ferrugem. Estas peças rejeitadas passam por todo o processo novamente até que os pites desapareçam por completo. d) É colocada uma fita crepe de exatos 5mm, como na primeira fase; ou, toda pintada, como na segunda fase do presente trabalho. e) Os ferros são então pintados com tinta à base de alcatrão de hulha. Barra de aço Fita 1m 5m Figura 5. Barra de aço pronta para ser para medidas eletroquímicas. Figura 6. Dessecador utilizado com a finalidade de cura.

Os corpos de prova previamente confeccionados e curados por 28 (vinte e oito) dias em dessecador, foram deixados imersos em solução salina, a 3,5% de NaCl, durante 4(quatro) dias, para gerar um meio artificial que acelerasse o processo corrosivo e principalmente para garantir a absorção de eletrólito pelo concreto. Fazendo um total de 32 (trinta e dois) dias da confecção do concreto até o ensaio propriamente dito. Em vez de uma câmara úmida, local onde geralmente são curados os corpos de prova de concreto de acordo com a norma NBR 5738, os corpos não foram imersos em água, mas colocados num dessecador em presença de água de modo que a umidade ambiente foi mantida sempre em 1%, mas com esse artifício, garantiu-se que a concentração do inibidor não iria diminuir em contato direto com a água pelo fenômeno de osmose, prejudicando assim os experimentos. ELETRODO DE REFERÊNCIA ELETRODO DE TRABALHO CONTRA-ELETRODO NÍVEL DA SOLUÇÃO RECIPIENTE COM SOLUÇÃO 3,5 % DE NACL Figura 7. Esquema de cela eletroquímica utilizada nos ensaios e potenciostato. Figura 8. Potenciostato. Para a realização das medidas, usou-se uma cela eletroquímica, que continha um contra-eletrodo cilíndrico de aço inoxidável, quase que totalmente imerso em solução de NaCl 3,5%, com o eletrodo de trabalho ao centro (corpo de prova) e o eletrodo de referência, de prata cloreto de prata (Ag/AgCl), em forma de haste fixado na parede externa do corpo de prova e sempre na mesma posição, no sentido longitudinal. A cela é ligada ao potenciostato PAR & EGG 273A, instrumento que controla a diferença de potencial que atravessa o conjunto: eletrodo de trabalho - contra-eletrodo e é ajustada para manter a d.d.p. entre o eletrodo de trabalho e o eletrodo de referência de acordo com o programa fornecido por um gerador de função, seu trabalho é forçar através do eletrodo de trabalho qualquer corrente de modo a alcançar o potencial desejado a qualquer tempo. Três contatos elétricos fazem parte do potenciostato, e são usados para interligar o contra-eletrodo, eletrodo de trabalho e eletrodo de referência. É medido inicialmente o potencial de corrosão em relação ao eletrodo de prata/cloreto de prata, chamado potencial de equilíbrio, nesta fase o programa desconecta o eletrodo auxiliar e adquire o potencial entre o eletrodo de trabalho e o de referência. Logo em seguida é realizada a pola rização, iniciando no potencial de corrosão medido e variando de -15mV a +15mV, de forma linear a uma velocidade de,1mv/s, em relação ao potencial de equilíbrio.

Partindo do potencial de equilíbrio, varreu-se até 9 mv com uma velocidade de varredura de 1mV/s, ambas as varreduras foram realizadas no sentido anódico. 4 - RESULTADOS: Nitrito de sódio 5 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Resistência (Mpa),4,8 1 1,2 1,6 1,8 2 3 Slump (cm) Absorção (%),4,8 1 1,2 1,6 1,8 2 3 Absorção (%) 5,1 6,2 4,8 5,87 5,9 5,7 4,76 5,66 5,9 Slump (cm) 2 2 19 17 15 15,5 13,5 13 6,5 Resistência (Mpa) 4 45,56 45,67 47,26 39,7 38,67 48,59 39,45 4,21 Dicromato de Potássio Absorção (%) Slump (cm) Resistência (Mpa) 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Resistência (Mpa),4,8 1 1,2 1,6 1,8 2 3 Slump (cm) Absorção (%),4,8 1 1,2 1,6 1,8 2 3 Absorção (%) 4,78 4,67 4,8 4,9 4,86 5,21 5,13 4,59 5,8 Slump (cm) 2 16 15 13 1 7,5 6 5,5 3,5 Resistência (Mpa) 4 3,42 3,98 33,89 39,54 42,89 43,1 39,31 44,18 Absorção (%) Slump (cm) Resistência (Mpa)

Mistura 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Resistência (Mpa),4,8 1 1,2 1,6 1,8 2 3 Slump (cm) Absorção (%),4,8 1 1,2 1,6 1,8 2 3 Absorção (%) 4,21 4,55 5,8 4,24 5,86 4,78 5,17 5,31 5,41 Slump (cm) 2 2 19 18 18 17,5 16 16 8,5 Resistência (Mpa) 4 41,45 4,56 4,53 39,23 42,89 4,11 34,41 37,77 Absorção (%) Slump (cm) Resistência (Mpa) Gráfico 1. Resultados de resistência mecânica, slump e absorção para traços aditivados com todas as porcentagens e aditivos estudados. Absorção (%) Slump (mm) Absorçao (%) 8 6 4 2,2,4,6,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 % de inibidor Nitrito Dicromato Mistura Slump (mm) 25 2 15 1 5,2,4,6,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 Nitrito Dicromato Mistura Resistência à Compressão (KPa) Resistência à Compressão (KPa) 6 5 4 3 2 1,2,4,6,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 Nitrito Dicromato Mistura

Gráfico 2. Gráfico referente aos resultados obtidos quanto a absorção, resistência à compressão e slump em mm. 16 2,5 14 Corrente de corrosão (ua) 12 1 8 6 4 Corrente de corrosão ( µa) 2 1,5 1,5 2,5 1 1,5 2 2,5 3 Nitrito Dicromato Mistura Gráfico 3. Gráfico relativo aos resultados de corrente de corrosão obtidos na primeira e segunda fases do trabalho, respectivamente. Através de análises dos gráfic os pode -se destacar alguns pontos importantes: O fato de dois gráficos de corrente de corrosão está relacionado a mudança na área de estudo da barra que influi em mudanças no raio e forma de ação do campo magnético gerado pela passagem da corrente, alterando seus valor; O comportamento idêntico do gráfico 3 mostra a veracidade dos resultados obtidos, já que os traços foram feitos em épocas e condições diferentes; A trabalhabilidade é uma característica preponderante no canteiro de obras, pois uma trabalhabilidade inadequada leva a concretos de baixa resistência à compressão, alta porosidade e conseqüentemente baixa durabilidade, assim a adição de 1% de superplastificante é benéfica, já que os inibidores de corrosão em questão diminuem a trabalhabilida de do concreto em todos os traços com todas as adições estudadas. O traço com que sofreu maior influência foi o dicromato de potássio, conforme gráficos 2. Não se pode ser preciso quanto ao comportamento dos picos de resistência à compressão, pois varia m de traço para traço. Embora essa variação não seja excessiva, não se pode tomar nenhum comportamento como padrão, apenas pode -se afirmar que variam e não sofrem sempre um mesmo comportamento, conforme gráfico 1; O inibidor de melhor eficiência é o nit rito de sódio, pois apresentou menores correntes de corrosão,na primeira fase,com comportamento comprovado na segunda fase do presente trabalho, conforme gráfico 3. A concentração ótima do inibidor nitrito de sódio foi de 2%, em relação a massa de cimento na primeira fase. Resultado este errôneo, pois quando do refinamento dos resultados, obteve-se 1,8%, comprovando a necessidade do refinamento. Então, a concentração ótima para o nitrito de sódio é de 1,8%, conforme gráfico 3. Idem para o dicromato de potássio de,5% para,4% e para a mistura de,5%. O mais interessante no presente trabalho é que as propriedades mecânicas casaram com as elétricas, ou seja, o melhor inibidor em sua adequada porcentagem, que ofereceu melhores propriedades mecânicas; também foi o que ofereceu menores correntes de corrosão, mostrando-se o mais eficiente eletroquimicamente.,5 1 1,5 2 2,5 Nitrito de sódio Dicromato de potássio Mistura

Assim, em resumo, quanto à resistência à compressão e a absorção de água, os resultados foram dentro dos esperados, ou seja, a resistência à compressão dos corpos de prova varia com a adição percentual de cada inibidor e mistura, e a trabalhabilidade diminui em todos os percentuais de adição. No que diz respeito à técnica da polarização potenciostática, utilizada para medida da icorr (corrente de cor rosão), observou-se sua boa reprodutibilidade, desde que seja feito o condicionamento e proteção dos corpos de prova, de modo que não haja erro na interpretação das medidas. Quanto às concentrações críticas, ou seja, a concentração de maior eficácia do inibidor em questão, estas são de grande importância devido ao fato de que a adição cujo percentual seja diferente desta concentração provoca o resultado contrário ao desejado, ou seja, a corrosão, com conseqüente aumento da corrente do corrosão em questão; Neste trabalho, as concentrações críticas foram 1,8% de adição para o nitrito de sódio e,4% para o dicromato de potássio e mistura. A menor corrente do corrosão observada foi no nitrito de sódio a 1,8%, portanto, sendo este o inibidor que apresenta maior eficiência nesta proporção e condições do presente trabalho. 5 - CONCLUSÕES: O desenvolvimento empregado no presente trabalho quanto a realização de uma primeira fase de intervalos de porcentagens mais abertos para inicial verificação do comportamento da adição que está sendo realizada se mostrou de ótima valia, pois não há o desperdício de material e tempo, bem como há um refinamento nos resultados, não só do ponto de vista quantitativo, mas principalmente do ponto de vista qualitativo, na medida em que numa Segunda etapa de realização de mesmos experimentos, os erros e prováveis problemas que possam vir a surgir já serão eliminados após o desenvolvimento da primeira fase. A adição de inibidores de corrosão ou a mistura de inibidores, desde que na concentração crítica, diminui a corrente de corrosão e o potencial torna -se mais catódico. A influência nas propriedades mecânicas do concreto por parte dessas adições de inibidores, mostra-se com boa reprodutibilidade, de forma que se torna mais fácil o controle das mesmas. Além disso, deve-se ressaltar o fato de que os inibidores de corrosão analisados reduzem a trabalhabilidade do concreto, devendo-se ter o cuidado quanto ao estudo mais criterioso da dosagem dos traços aditivados com nitrito de sódio, dicromato de potássio ou mistura, no que diz respeito à porcentagem de superplastificante. Além disso, evidenciou-se a infinita possibilidade de associação de inibidores de corrosão e constatou-se a facilidade do uso do inibidor de corrosão no dia-a-dia da construção civil, seja nas betoneiras, seja nas centrais dosadoras de concreto. 6 - BIBLIOGRAFIA: ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. GENTIL, Vicente. Corrosão. 3ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. HELENE, Paulo R. L. Corrosão em armaduras pa ra concreto armado. São Paulo: Pini, MEHTA, P. K., Concreto, Propriedades e Materiais, São Paulo: Pini, 1994. NEVILLE, A M., Propriedades do Concreto, 2 a ed., São Paulo: Pini, 1997. ALMEIDA, Maria das Vitórias Vieira. Contribuição ao estudo da corrosão no concreto armado através de medidas de polarização potenciostática. 8p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) - Centro de Tecnologia, UFRN, 1996.