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Transcrição:

Nota Fiscal Carioca Serviços Tomados - RJ 07/12/2016

Sumário 1 Questão... 3 2 Normas Apresentadas pelo Cliente... 3 2.1 Apresenta posicionamento da IOB... 3 3 Análise da Consultoria... 4 3.1 Período de Competência... 4 3.2 Período de Competência prestador e tomador do serviço no municipio do RJ... 5 3.3 Período de Competência de prestadores fora município do RJ... 5 3.4 FAQ da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro... 7 3.5 Manual de Envio da Declaração de Serviços Tomados de Terceiros... 8 3.6 Do Registro de Entradas de Materiais e Serviços de Terceiros (REMAS)... 8 4 Conclusão... 9 5 Informações Complementares... 10 6 Referencias... 10 7 Histórico de Alterações... 10 2

1 Questão O cliente, empresa prestadora de serviços sediada no município do Rio de Janeiro, autorizado à emissão da Nota Carioca, deve declarar os serviços tomados, por meio de sistema, os serviços tomados de prestadores não emitentes desse documento fiscal, inclusive os localizados fora do município do Rio de Janeiro. Ao gerar o arquivo de ISS para importacao no site da Nota Fiscal Carioca (NFERIO), o cliente verificou que o sistema considera a data de emissão como competência dos documentos dos serviços tomados e não a data do pagamento. Citam como exemplo a seguinte situação : Uma nota de entrada de serviço é emitida em 21/02/14, com uma condição de pagamento de 30 dias, ou seja, o vencimento será em 21/03/14. O sistema vai escriturar essa nota no arquivo de fevereiro, com base na data de emissão. O cliente alega que a legislação determina que a data a ser considerada é a data de pagamento e não a data de emissão, assim, no exemplo acima essa nota deveria ser escriturada no arquivo no mês de março. Questionam em qual mês essa nota deve ser escriturada, considerando o exemplo, se seria em fevereiro ou em março e se o correto for escriturar em março, como será se a condição de pagamento for por parcela, por exemplo, em 30/60/90/120 dias? 2 Normas Apresentadas pelo Cliente O cliente nos encaminhou a passagem do Regulamento do ISS quanto a retenção do ISS de serviços prestados no município do Rio de Janeiro. DECRETO Nº 10.514 DE 08 DE OUTUBRO DE 1991 Art. 39. O sujeito passivo obrigado a reter o imposto de terceiros deverá efetuar o seu pagamento no prazo fixado pelo Poder Executivo, observado o mês em que o serviço for pago, bem como o disposto no art. 40. (Redação dada pelo Decreto nº 23.753 de 02.12.2003) Parágrafo único. O imposto retido será pago por guia específica, sob a inscrição de quem efetuar a retenção. (Parágrafo incluído pelo Decreto nº 23.753 de 02.12.2003) Art. 40. No caso de retenção do imposto ou de substituição tributária, considera-se período de competência o mês da retenção ou do recebimento do tributo. (Redação dada pelo Decreto nº 23.753 de 02.12.2003) 2.1 Apresenta posicionamento da IOB Além disso, ele também nos enviou uma consulta que efetuou na IOB quanto a esta questão, conforme reproduzimos abaixo: RECEBIDO : 30-01-2014 16:53 Respondido : 31-01-2014 16:54 Código da Consulta : 1819020-20140130164020-204799031 3

PERGUNTA: ISS RETIDO PELO TOMADOR DOS SERVIÇOS Consulta : ISS no Município do Rio de Janeiro conduta do Tomador de Serviço. O SENAI-RJ estabelecido no município do Rio de Janeiro na condição de tomador de serviço retém o ISS pelos serviços tomados de empresas prestadoras estabelecidas em outros municípios e que não estejam cadastradas no CEPOM do Município do Rio de Janeiro. Pergunto, para efeito de retenção e recolhimento, se o SENAI deve seguir ao regime da competência da prestação do serviço (data de emissão da nota fiscal) ou do regime de caixa (data do pagamento pelo serviço tomado)? E as informações dos serviços tomados que devemos imputar no site do Município do Rio de Janeiro tem como base a data de emissão das notas fiscais dos serviços tomados ou a data de pagamento pelos serviços tomados? RESPOSTA: Prezado Cliente Os prestadores de serviços autorizados a emitir a Nota Carioca deverão declarar, por meio do sistema, os serviços tomados a partir do 1º dia do mês de autorização, de prestadores não emitentes desse documento fiscal, inclusive dos localizados fora do município. A obrigação acima se aplica também aos responsáveis tributários não emitentes da Nota Carioca com relação aos serviços tomados a partir do 1º do mês do cadastramento. A declaração deverá ser prestada até o dia 10 do mês seguinte ao mês de competência, dos serviços tomados. Quanto a retenção na fonte com o advento da Nota Carioca será considerado como competência o mês de pagamento da Nota fiscal ao prestador, que deverá ser informado na declaração de serviços tomados. Resolução SMF nº 2.617/2010, art. 26, 1º, 2º e 3º. 3 Análise da Consultoria 3.1 Período de Competência A norma que trata da Nota Fiscal Carioca, mencionada pelo consultor da IOB, Resolução SMF nº 2.617/2010, dispõe o seguinte quanto a retenção do ISS pela prestação de serviços no Rio de Janeiro e declaração destes valores pelo tomador do serviço : Art. 16. A conversão do RPS em NFS-e NOTA CARIOCA deverá ser efetivada até o vigésimo dia seguinte ao da sua emissão, não podendo, entretanto, ultrapassar o dia oito do mês seguinte ao mês de competência. 1º Considera-se mês de competência: I o mês em que o serviço for executado ou em que houver o recebimento, sinal ou pagamento antecipado; II o mês em que houver o pagamento do serviço, na hipótese de previsão de retenção do ISS. Art. 26. Os prestadores de serviços autorizados a emitir a NFS-e NOTA CARIOCA deverão declarar, por meio do aplicativo referido no 1º do art. 1º, os serviços tomados a partir do primeiro dia do mês de autorização, de 4

prestadores não emitentes desse documento fiscal, inclusive dos localizados fora do Município. 1º Aplica-se o disposto no caput aos responsáveis tributários citados no 4º do art. 25, com relação aos serviços tomados a partir do primeiro dia do mês do cadastramento. 2º A declaração de que trata o caput deverá ser prestada até o dia dez do mês seguinte ao mês de competência dos serviços tomados, mesmo que os serviços sejam objeto de retenção do ISS, observado o disposto no 1º do art. 16. 3º A falta da declaração no prazo estabelecido, ou das correções ou complementações exigidas, sujeitará o obrigado à penalidade prevista na legislação. 3.2 Período de Competência prestador e tomador do serviço no municipio do RJ Observadas as hipótese da responsabilidade tributária, os responsáveis tributários elencados no art. 14 da Lei nº 691/84 e no artigos 2º da Lei nº 1.044/87, devem efetuar o recolhimento do ISS nos prazos regulamentares, atribuindo a competência ao mês da retenção do tributo, sob a inscrição do estabelecimento tomador ou intermediador. No caso de prestador e tomador do serviço, ambos localizados no município do Rio de Janeiro, a competência a ser adotada para retenção do ISS, será a data de emissão da NFS-e, pois na condição de prestador de serviço o mesmo já emite a NFS-e diretamente no sistema da Nota Carioca, e o tomador do serviço ao efetuar a apuração e fechamento da guia (DARM), terá relacionado os valores do ISS que deverão ser retidos em nome do Prestador do Serviço, na condição de responsável substituto tributário, ficando assim dispensado que o tomador faça qualquer declaração das NFS-e já emitidas pelo prestador de serviço. Esta informação é confirmada pela FAQ da Própria Prefeitura: 9.04. O prestador de serviços que emite NFS-e deverá lançar na Declaração de Informações Econômico-Fiscais - DIEF as notas fiscais de serviços convencionais recebidas? Não. O prestadores de serviços que emitem NFS-e deverão declarar no próprio sistema NFS-e as notas fiscais de serviços convencionais recebidas e as NFSe de outros municípios. Não deverá declarar as NFS-e do município do RJ, pois estas já são declaradas automaticamente no sistema NFS-e. Os prestadores emitentes da NFS-e estão dispensados da apresentação da DIEF justamente pelas razões acima: no sistema da NFS-e constarão todas as informações relativas às NFS-e por ele emitidas e às notas fiscais de serviços convencionais recebidas, estas últimas informadas mediante declaração no sistema. 3.3 Período de Competência de prestadores fora município do RJ Os contratantes localizados neste município deverão reter e recolher o imposto quando os prestadores estiverem localizados fora do Município do Rio de Janeiro, aplicando a alíquota constante do anexo do Decreto nº 24.147/2004 sobre a base de cálculo. 5

O inciso XXII do art. 14 da Lei nº 691/84, acrescentado pela Lei nº 4.452/06, atribui ao tomador de serviço estabelecido neste município a responsabilidade pela retenção e recolhimento do ISS toda vez que o prestador de serviço emita documento fiscal autorizado por qualquer outro município do país, se esse prestador não estiver em situação regular perante o CEPOM. Somente deverá providenciar o cadastramento a pessoa jurídica que prestar serviço relacionado no Anexo I do Decreto 28.248/07 para tomador estabelecido no Município do Rio de Janeiro. No mesmo sentido, somente caberá retenção por não inscrição no CEPOM quanto aos serviços descritos no Anexo I do citado Decreto. O período de competência para retenção por parte dos tomadores de serviços a serem retidos dos prestadores de fora do município do RJ, e que não tenham o cadastro no CEPOM será o período de pagamento do serviço ao prestador do serviços, conforme orientação contida no site da Prefeitura do Rio de Janeiro no endereço: http://www.rio.rj.gov.br/web/smf/exibeconteudo?id=2813714 Fonte: Secretaria Municipal de Fazenda - SMF Portanto em análise ao artigo 39 da norma mencionada pelo cliente através do Decreto nº 10.514/1991 deve ser observado para retenção de prestadores de serviços de fora do munícipio o mês em que o serviço for pago para efetuar a retenção. DECRETO Nº 10.514 DE 08 DE OUTUBRO DE 1991 6

Art. 39. O sujeito passivo obrigado a reter o imposto de terceiros deverá efetuar o seu pagamento no prazo fixado pelo Poder Executivo, observado o mês em que o serviço for pago, bem como o disposto no art. 40. (Redação dada pelo Decreto nº 23.753 de 02.12.2003) Parágrafo único. O imposto retido será pago por guia específica, sob a inscrição de quem efetuar a retenção. (Parágrafo incluído pelo Decreto nº 23.753 de 02.12.2003) Art. 40. No caso de retenção do imposto ou de substituição tributária, considera-se período de competência o mês da retenção ou do recebimento do tributo. (Redação dada pelo Decreto nº 23.753 de 02.12.2003) 3.4 FAQ da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro A Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro esclareceu algumas dúvidas quanto à competência e à Declaração de Serviços Tomados, conforme segue : 8.07. Qual é a data de vencimento do ISS referente às NFS-e? O pagamento do ISS referente à NFS-e deverá ser efetivado até o dia 10 (dez) do mês seguinte ao da prestação do serviço ou àquele em que for recebido adiantamento, sinal ou pagamento antecipados. Para o pagamento de NFS-e com o ISS retido, inclusive das notas convencionais recebidas em que houve ISS retido, o vencimento ocorre no dia 10 do mês seguinte da competência informada. 8.05. O responsável tributário não emitente de NFS-e está obrigado a cadastrarse no sistema da NFS-e para fins de emissão de DARM? Sim. Ao cadastrar-se no sistema da NFS-e, o usuário poderá consultar as NFSe emitidas para ele, esteja ou não na condição de responsável tributário, e deverá informar, na opção de menu Declaração de NFS Recebida, os serviços tomados de prestadores emitentes de Nota Fiscal de Serviço convencional ou NFS-e de outros municípios. Na emissão do DARM, será levado em conta o imposto retido decorrente das NFS-e (automaticamente reconhecidas pelo sistema) e dos demais documentos informados pelo responsável. 8.06. O que deve fazer o responsável tributário quando o prestador deixar de efetuar a conversão dos RPS por NFS-e? Deverá declarar por meio do sistema da NFS-e, opção Declaração de NFS Recebida, tipo da nota Recibo, os RPS não convertidos em NFS-e e gerar o DARM respectivo. Consulte, também, a Pergunta nº. 3.14. 9.04. O prestador de serviços que emite NFS-e deverá lançar na Declaração de Informações Econômico-Fiscais - DIEF as notas fiscais de serviços convencionais recebidas? Não. O prestadores de serviços que emitem NFS-e deverão declarar no próprio sistema NFS-e as notas fiscais de serviços convencionais recebidas e as NFSe de outros municípios. 7

Não deverá declarar as NFS-e do município do RJ, pois estas já são declaradas automaticamente no sistema NFS-e. Os prestadores emitentes da NFS-e estão dispensados da apresentação da DIEF justamente pelas razões acima: no sistema da NFS-e constarão todas as informações relativas às NFS-e por ele emitidas e às notas fiscais de serviços convencionais recebidas, estas últimas informadas mediante declaração no sistema. 3.5 Manual de Envio da Declaração de Serviços Tomados de Terceiros O Manual de Envio de RPS, Declaração de Notas Recebidas e Declaração de Materiais (REMAS) em Lote (Arquivo TXT Versão 3.1), orienta que as seguintes informações devem ser consideradas quanto à Declaração de Notas Recebidas 3.6. Registro Tipo 40 Declaração de Notas Convencionais Recebidas Campo 05 Data de Emissão da Nota Convencional Informe a Data de emissão da Nota Convencional Campo 28 Valor dos Serviços Valor dos Serviços da nota fiscal, incluindo os centavos (sem ponto decimal e sem R$) Caso a situação da nota seja igual a 2 (Cancelada), as 15 posições poderão estar preenchidas com zeros. Campo 33 Data de Competência Utilize a data de emissão da NFS em caso de ISS não retido e a data para pagamento em caso de ISS retido. 3.6 Do Registro de Entradas de Materiais e Serviços de Terceiros (REMAS) O Regulamento do ISS do Rio de Janeiro prevê o seguinte quanto à escrituração dos documentos de entradas de materiais e serviços tomados de terceiros : DECRETO Nº 10.514 DE 08 DE OUTUBRO DE 1991 Dos Livros em Geral Art. 160. Todos os prestadores de serviços, pessoas físicas ou jurídicas, inclusive consórcios, condomínios e cooperativas, obrigados à inscrição no cadastro de contribuintes do Município, deverão manter em cada um dos seus estabelecimentos os seguintes livros fiscais, de acordo com as operações que realizarem, ou com a forma pela qual se constituírem: I Registro de Entradas - modelo 1: II Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências modelo 2; III Registro de Apuração do ISS modelo 3: Obs.: O art. 12, I do Decreto nº 32.250, de 11.05.2010, dispensa a escrituração do Livro modelo 3 para prestadores de serviços autorizados a emitir Nota Fiscal de Serviços Eletrônica NFS-e. IV Registro de Entradas de Materiais e Serviços de Terceiros (REMAS ) modelo 4; 1º O livro a que se refere o inciso I deverá ser escriturado pelo contribuinte que receber, em seu estabelecimento, bens que serão objeto da prestação de serviços. 8

Os serviços a que se referem o livro registro de entradas, REMAS, são os seguintes : 2º Os livros a que se referem os incisos IV e V serão de uso obrigatório pelos contribuintes que prestem os serviços previstos nos subitens 7.02. 7.04, 7.05 e 7.15 da lista do art. 1º deste Regulamento. (Redação dada pelo Decreto nº 23.753 de 02.12.2003) Art. 166. Os lançamentos nos livros fiscais devem ser feitos à* tinta, com clareza e exatidão, observada rigorosa ordem cronológica e, salvo disposição em contrário, somados no último dia de cada mês. (Redação dada pelo Decreto nº 23.753 de 02.12.2003). Do Registro de Entradas de Materiais e Serviços de Terceiros REMAS Art. 175. O livro de Registro de Entradas de Materiais e Serviços de Terceiros (REMAS) modelo 4 destina-se à escrituração das deduções cabíveis nos serviços previstos nos subitens 7.02, 7.05 e 7.15 da lista do art. 1º, bem como dos serviços para obras isentas ou não tributáveis, dos materiais provenientes de desmonte e dos serviços sujeitos à retenção do imposto. Parágrafo único. Os lançamentos serão feitos, documento a documento, na ordem cronológica da entrada efetiva dos materiais e da prestação dos serviços. 7.02 Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.04 Demolição 7.05 Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.15 Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres. 4 Conclusão Conforme verificamos no Regulamento do ISS do Rio de Janeiro, os contribuintes obrigados à escrituração do REMAS, correspondente ao registro do tipo 40 da Nota Carioca, os documentos de entradas devem ser escriturados em ordem cronológica de entrada efetiva no estabelecimento. A data de competência prevista nas normas mencionadas serve de referência para a conversão do RPS em NF-e e também é informativa no registro tipo 40 do arquivo contendo as Notas fiscais recebidas de serviços tomados, conforme o próprio consultor da IOB esclareceu. 9

Por esses motivos, entendemos que os documentos de serviços tomados de terceiros devem ser encaminhados à Prefeitura do Rio de Janeiro no arquivo referente ao mês da entrada do documento na empresa, mencionando-se a data de emissão desse no campo 05 e a data de vencimento ou pagamento se existir retenção do ISS no campo 33. Caso existam mais de um vencimento ou pagamento com retenção do ISS para o mesmo documento, o campo 33 deverá ser preenchido com a primeira data de vencimento ou pagamento, já que o campo 28 desse registro refere-se ao Valor dos Serviços da Nota Fiscal e não ao Valor do pagamento, o que inviabiliza o envio de informação da Nota Fiscal Recebida a cada título pago. 5 Informações Complementares Exemplo : Nota fiscal de serviço tomado de terceiro : Recebida na empresa no dia 03/03/2014 (data da entrada); Emitida pelo prestador no dia 28/02/2014; Vencimento real em 10/05/2014; Este documento deverá constar do arquivo do mês 03/2014, o campo 05 Data de Emissão da Nota Convencional deverá ser preenchido com : 28/02/2014 e o campo 33 Data de Competência com : 10/05/2014. 6 Referencias http://www2.rio.rj.gov.br/smf/fcet/legislacao.asp https://notacarioca.rio.gov.br/faq.aspx https://notacarioca.rio.gov.br/files/manuais/nfse_layout_rps.pdf http://www.rio.rj.gov.br/web/smf/exibeconteudo?id=2813714 7 Histórico de Alterações ID Data Versão Descrição Chamado/ Ticket LJAC 27/03/2014 1.00 Nota Fiscal Carioca de Serviços Tomados RJ TPAHVH AM 07/12/2016 2.00 Nota Fiscal Carioca de Serviços Tomados RJ 110351 10