Direito Eleitoral do TRE/PR

Documentos relacionados
Código de Org. Jud. do RS e Consolidação Normativa

Regimento Interno do TJ/RS

Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública

Introdução Professor Ricardo Gomes

Introdução Professor Ricardo Gomes

PARCELAMENTO DO SOLO URBANO - LEI Nº 6.766/1979 TRT 7ª REGIÃO

Legislação Específica TJ/MS Analista Judiciário Direito (itens 2 e 5)

Direito das Pessoas com deficiência TRT 7ª REGIÃO

Legislação Específica TCE/SP

Noções de Legislação - TJ/MS Analista Jurídico (Área Meio e Direito)

Sistema Processo Judicial Eletrônico

Organização da Justiça Militar da União STM

Lei Federal /2011, Decreto 7.724/2012 e Lei Distrital 4.990/ CLDF

ESTATUTO DOS POLICIAIS CIVIS DO PERNAMBUCO PC-PE DELEGADO TEORIA E EXERCÍCIOS

Legislação Aplicável aos servidores públicos - ALERS

DIREITOS HUMANOS PC-PE DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL TEORIA E EXERCÍCIOS

ATOS DE OFÍCIO - CARGO DE COMISSÁRIO DA INFANCIA E JUVENTUDE TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS (TJ-MG). TEORIA E EXERCÍCIOS

FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI)

LEGISLAÇÃO ESPECIAL PC-PE AUXILIAR DE LEGISTA TEORIA E EXERCÍCIOS

Normas da Corregedoria-Geral da Justiça TJ/SP

Aula 00 Aula Demonstrativa

Aula 00 Aula Demonstrativa AMLURB

Direito Eleitoral TRE/SP Analista e Técnico Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

DIREITO ELEITORAL PC-PE DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL TEORIA E EXERCÍCIOS

Legislação Institucional AL-MS

ACESSIBILIDADE AULA DEMONSTRATIVA. Professor Ricardo Gomes. Acessibilidade -- TRF-1 ANALISTA E TÉCNICO

Direito Eleitoral TRE/PE Técnico Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

Direito Eleitoral do TRE/RJ

Direito Eleitoral TRE/SP Analista e Técnico Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

Direito Eleitoral TRE/SP Analista e Técnico Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

Direito Eleitoral do TRE/BA

Legislação Aplicável ao MP/BA

DIREITO ELEITORAL TRE/TO

AULA DEMONSTRATIVA TJ/MG. Introdução Professor Ricardo Gomes. Aula 00 Aula Demonstrativa

AULA DEMONSTRATIVA TJ/MG. Introdução Professor Ricardo Gomes. Aula 00 Aula Demonstrativa

Direito Eleitoral TRE/PE AJAA Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

Bases Legais e Temas da Educação Nacional e Distrital - Conhecimentos Básicos para SEDF Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

Lei sobre a Informatização do Processo Judicial - TJ/MG

Introdução Professor Ricardo Gomes

Bases Legais e Temas da Educação Nacional e Distrital - Conhecimentos Básicos para SEDF Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

Direito Eleitoral TRE/PE AJAJ Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

Lei nº Oficial Judiciário Atos de Ofício - TJ/MG

Lei Orgânica do DF CLDF Aula 0 Prof. Ricardo Gomes

Organização da Justiça Militar da União - STM

Legislação Itens 1 e 2 - TERRACAP

AULA DEMONSTRATIVA. Legislação NOVACAP. Introdução Professor Ricardo Gomes.

Aula 00 Aula Demonstrativa MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (MPE/RJ)

Conhecimentos Específicos - Itens 1 a 4 - Técnico em Fiscalização (Cód. 201) - Terracap

Legislação Específica do TRF1

Normas aplicáveis aos servidores públicos - Lei nº 2.138/1992 Prefeitura de Teresina - Todos os Cargos

AULA DEMONSTRATIVA. Acessibilidade. Introdução Professor Ricardo Gomes. Aula 00 Aula Demonstrativa

Acessibilidade - Legislação

DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS TRIBUNAIS AULA DEMONSTRATIVA. Prof. RICARDO GOMES

Direitos da Pessoa com Deficiência

Regimento Interno do TRT-11

AULA DEMONSTRATIVA. Ética - TRE/RJ. Introdução Professor Ricardo Gomes.

Direitos da Pessoa com Deficiência TJ/SC

Direitos da Pessoa com Deficiência

Noções sobre Direitos das Pessoas com Deficiência

Introdução Professor Ricardo Gomes

Legislação Específica do TRF1

Noções sobre Direitos das Pessoas com Deficiência - TST

AULA DEMONSTRATIVA. Introdução. Professor Ricardo Gomes

Noções Sobre Direitos da Pessoa com Deficiência

Direitos da Pessoa com Deficiência STJ

Noções sobre direitos das pessoas com deficiência TRT-20 Analista e Técnico

Noções sobre direitos das pessoas com deficiência TRT-11 Analista e Técnico Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

Normas aplicáveis aos servidores públicos

AULA DEMONSTRATIVA. Noções sobre direitos das pessoas com deficiência TRE/TO. Professor Ricardo Gomes.

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E CNMP

Noções sobre direitos das pessoas com deficiência TRF-2 Analista e Técnico Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

AULA DEMONSTRATIVA ÉTICA - MPU. Introdução Professor Ricardo Gomes. Aula 00 Aula Demonstrativa

Noções sobre direitos das pessoas com deficiência TRT-24 Analista e Técnico Aula 0 - Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

Regimento Interno do TRE/BA

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO STM

Acessibilidade TJAA, AJAA e AJAJ TRE/RJ

Regimento Interno do TRE/PR

Súmario. Teoria da Constituição e das Normas Constitucionais Poder Constituinte e Direito Constitucional Intertemporal...

Processo Legislativo II. Prof. ª Bruna Vieira

Legislação Aplicada à EBSERH

DIREITOS DE CIDADANIA. Sumário

Sumário APRESENTAÇÃO RAIO-X DAS QUESTÕES... 13

Ética no Serviço Público - TERRACAP

FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL

AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA (ABIN)

1.1 Fundamento constitucional

ATOS DE OFÍCIO PARA OFICIAL DE APOIO JUDICIAL - TJ/MG

Instituições de direito FEA

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Direito Processual Penal Conceito, Finalidade, Características, Fontes. Prof. M.Sc. Adriano Barbosa Delegado de Polícia Federal

ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Direito Eleitoral do TRE/BA

CONCEITO, FONTES, CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Publicado no Diário Oficial da União nº 191-A, de 5 de outubro de 1988

Nº da aula 01. A Resolução nº 810/97 não está expressamente citada na matéria do edital, mas o conteúdo

Direito Eleitoral do TRE/BA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO PARÁ (PM/PA) LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL POLÍCIA MILITAR DO PARÁ SOLDADO TEORIA E EXERCÍCIOS

Sumário CAPÍTULO I TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS... 13

Direito Administrativo

Transcrição:

AULA DEMONSTRATIVA Direito Eleitoral do TRE/PR Introdução Professor Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br Aula 00 Aula Demonstrativa www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 1

Aula Conteúdo Programático Data Aula 0 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 19/06/2017 Conceito e fontes. Aula 1 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 23/06/2017 Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965): Introdução; - Parte 1 Aula 2 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 26/06/2017 Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965): Introdução; - Parte 2 Aula 3 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 01/07/2017 Dos Órgãos da Justiça Eleitoral; - Parte 1 Aula 4 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 03/07/2017 Dos Órgãos da Justiça Eleitoral; - Parte 2 Aula 5 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 07/07/2017 Dos Órgãos da Justiça Eleitoral; - Parte 3 Aula 6 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 10/07/2017 Dos Órgãos da Justiça Eleitoral; - Parte 4 Aula 7 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 14/07/2017 Das Eleições; Disposições Várias: Das Garantias Eleitorais; - Parte 1 Aula 8 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 17/07/2017 Das Eleições; Disposições Várias: Das Garantias Eleitorais; - Parte 2 Aula 9 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 21/07/2017 Dos recursos; Disposições Penais; Disposições Gerais e Transitórias. - Parte 1 Aula 10 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 24/07/2017 Dos recursos; Disposições Penais; Disposições Gerais e Transitórias. - Parte 2 Aula 11 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 28/07/2017 Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar nº 64/1990 e alterações posteriores). Parte 1 Aula 12 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 31/07/2017 Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar nº 64/1990 e alterações posteriores). Parte 2 Aula 13 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 04/08/2017 Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995 e alterações posteriores). Parte 1 Aula 14 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 07/08/2017 Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995 e alterações posteriores). Parte 2 Aula 15 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 11/08/2017 Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997 e alterações posteriores). - Parte 1 Aula 16 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 14/08/2017 Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997 e alterações posteriores). - Parte 2 www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 2

Aula 17 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 18/08/2017 Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997 e alterações posteriores). - Parte 3 Aula 18 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 21/08/2017 Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997 e alterações posteriores). - Parte 4 Aula 19 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 25/08/2017 Lei nº 6.091/1974 e alterações posteriores. Aula 20 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 28/08/2017 Resolução TSE nº 21.538/2003. Súmulas do TSE. - Parte 1 Aula 21 - Direito Eleitoral - Data Prevista: 28/08/2017 Resolução TSE nº 21.538/2003. Súmulas do TSE. - Parte 2 Sumário 1. Breve Apresentação... 4 2. Metodologia e conteúdo do curso... 5 3. Aula Demonstrativa... 7 4. Exercícios Comentados... 18 5. Exercícios com Gabarito... 33 6. Resumo da Aula... 34 www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 3

Breve Apresentação Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de DIREITO ELEITORAL TRE/PR! Muitos alunos estavam ansiosos com o lançamento do Curso, eis que consegui lançar agora! Creio que muitos já me conhecem aqui do Ponto dos Concursos, pois ministro cursos há mais de 7 ANOS, não só de Direito Eleitoral, mas também de Regimentos e Legislação, Processo Civil, Direitos Humanos, etc. Já foram diversos os concursos que fechamos a prova de Legislação, Direito Eleitoral e de Regimento Interno com base em meus cursos ministrados aqui no Ponto dos Concursos. Pretendemos realizar o mesmo neste concurso! Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve apresentação: Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei o primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando fui aprovado exatamente no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). nos anos de 2006/2007. Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do Trabalho (TRE/PR) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central do Brasil (BACEN), em 2009/2010. Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira pedra quem não é ou não foi! Rsrs. Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU). Por derradeiro, fui aprovado em 7º lugar para Consultor da Câmara dos Deputados Área 2 (Direito Processual Civil, Civil e Internacional) em 2014. Ricardo Gomes Por sua aprovação! www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 4

Metodologia e Conteúdo do Curso Como já descrito, tenho confeccionado material em PDF para o Ponto dos Concursos há mais de 7 ANOS em algumas matérias, especialmente em Legislação Específica, Direitos Humanos e Direito Eleitoral. Foram mais de 20 TREs/TSE, bem como TRTs, TJs, MPU e MPs, STF, STJ, TRE/PR, STM, TJDFT, CGU, TCU, AGU, ICMSs, Ministérios, Agências Reguladoras, PCs, PRF, MTE, entre outros, nos quais disponibilizamos material de Direito Eleitoral, Direito Processual Civil, Regimentos Internos, Legislação Específica, Direitos Humanos, Ética etc. Ao longo desse período nós tivemos a oportunidade de criar e desenvolver uma metodologia própria de estudo das matérias, caracterizada principalmente pela objetividade (direto ao ponto), concisão, completude, poucas divagações, revisões e remissões constantes, exercícios de fixação e leitura da legislação seca. Por conta disso, conseguimos alcançar em quase todos os concursos pelos quais ministramos aulas 100% das questões cobradas na prova! O nosso curso será estruturado de acordo com a seguinte ordem metodológica: 1. TEORIA estudo teórico dos itens constantes do Sumário; 2. EXERCÍCIOS COMENTADOS questões dos concursos mais recentes; 3. EXERCÍCIOS com GABARITO para treinamento e fixação da matéria; 4. RESUMO DA AULA com os principais pontos estudados na aula, de leitura obrigatória após a aula e nas revisões semanais; 5. LEGISLAÇÃO SECA texto literal da legislação tratada na aula, para leitura e fixação. Já é de conhecimento de todos que uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos, elaborados para determinados concursos, é a abordagem específica de CADA PONTO DO EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de matérias e questões a serem cobradas pelo examinador. Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua prova. Por outro lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada item do edital, www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 5

com comentários teóricos e por meio de exercícios de fixação dos assuntos especificamente estudados nas aulas. Certamente, com o estudo desse material, você, Aluno, não precisará preocuparse com a aquisição de outros materiais adicionais ou Livros da matéria estudada. A dica é estudar as Aulas Teóricas, fazer os Exercícios Comentados, ler a lei seca e repetir os exercícios com gabarito. Aconselho a ler o material pelo menos 3 VEZES, deixando 1 delas para a última semana antes da prova. Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos Concursos, este Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, efetivamente, vem sendo cobrado nas últimas provas de concursos. Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem que dominar, é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e refaça quantos exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, aperfeiçoados e lapidados. Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões ficamos com um montão de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, e ai dizemos: mas eu estudei isto? como não sei responder à questão? Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de prática e por não ter visto o assunto com outros olhos, outro viés. Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos: lapidarem seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não percebidas ao longo do estudo teórico, além também de revisarem e rememorarem a teoria. Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas dos pontos altos, e uma lista de várias questões comentadas! Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria! Até porque comentaremos exaustivamente todos os pontos relevantes do Edital! www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 6

AULA DEMONSTRATIVA 1. Direito Eleitoral. 1.1. Conceito. A conceituação de um ramo do Direito é campo de vastas discussões e subjetividades dos juristas. O Direito Eleitoral não é diferente. Cada doutrinador apresenta, a seu modo, o conceito que entende mais adequado. O Direito Eleitoral é o conjunto sistemático de normas e princípios que regulam o regime representativo moderno e a participação do povo na formação do governo. www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 7

Por sua vez, Francisco Dirceu Barros ensina que o Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados com os direitos políticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares dos mandatos eletivos e das instituições do Estado. (BARROS, 2010, p. 1) Com outro raciocínio, Fávila Ribeiro, citada por Fernando Carlos Santos da Silva, assim define o Direito Eleitoral: O Direito Eleitoral, precisamente, dedica-se ao estudo das normas e procedimentos que organizam e disciplinam o funcionamento do poder de sufrágio popular, de modo que se estabeleça a precisa equação entre a vontade do povo e a atividade governamental. (SILVA, 2008, p. 13) Em lapidar ensinamento, o Professor José Jairo Gomes (meu tio, pelo sobrenome, rsrs), assevera que (GOMES, 2010, p. 19): Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público cujo objeto são os institutos, as normas e os procedimentos regularizadores dos direitos políticos. Normatiza o exercício do sufrágio com vistas à concretização da soberania popular. A despeito de compreendermos os conceitos apresentados pelos doutrinadores, para que possamos responder com precisão a uma eventual pergunta a respeito do Conceito do Direito Eleitoral, é preciso que memorizemos os principais elementos que o estruturam. Abaixo, sistematizo 3 elementos conceituais: 1. RAMO DO DIREITO PÚBLICO Em contraposição ao Direito Privado, que rege preponderantemente as relações particulares, o Direito Eleitoral faz parte do que a doutrina chama de Direito Público, que, em breve resumo, consiste nas regras jurídicas normatizadoras do Estado no seu âmbito interno e de suas relações com a sociedade civil. Compõem o Direito Público os seguintes Direitos : Direito Administrativo, Constitucional, Tributário, Ambiental, Eleitoral, etc; 2. DIREITOS POLÍTICOS o Direito Eleitoral trata dos Direitos Políticos, que são o conjunto de regras que disciplinam as formas de atuação da soberania popular. Segundo José Afonso da Silva, consistem na disciplina dos meios necessários ao exercício da soberania popular (SILVA, 2003, 344). Por sua vez, soberania www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 8

popular é conceituada pela própria Constituição Federal no seu art. 1º, parágrafo único ( Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. A soberania popular é um postulado normativo que implica na absoluta atribuição do poder político ao povo. Na vigência de um regime democrático (com soberania popular) não há espaço para as Ditaduras, Regimes de Exceção ou Tiranias, pois o povo é o dono do poder. A vontade do povo é respeitada, permitindo-se o exercício concreto da liberdade de participação no gerenciamento político do Estado. Com isso, o Direito Eleitoral rege os Direitos Políticos, que resguardam essencialmente a soberania popular. 3. ELEIÇÕES As eleições são a materialização do Princípio Democrático insculpido na soberania popular, ao facultar o poder de escolha ou opção dos chefes dos Poderes Executivos e dos membros dos Poderes Legislativos Federais, Estaduais e Municipais. O fim último do Direito Eleitoral é consolidar o regime democrático através da regulação e execução do sufrágio e do voto popular (Eleições). 1.2. Fontes do Direito Eleitoral. O que são fontes do Direito? Parece até algo complexo, difícil, mas não é. As fontes do Direito são apenas os suportes de onde emanam as normas jurídicas. São as formas como surge o direito. Ex: Constituição, Leis, Decretos, Resoluções, Decisões Judiciais, Jurisprudência, etc. Quanto ao Direito Eleitoral, para se saber quais são as suas fontes, basta perquirir: onde estão as normas jurídicas de natureza eleitoral? Listaremos abaixo, de forma didática, as principais fontes de direito eleitoral. A doutrina elaborou uma multiplicidade de classificações das fontes do Direito Eleitoral, como por exemplo, fontes primárias e secundárias, fontes próprias e subsidiárias, etc. Contudo, a forma como são colocadas, em sua maioria, não tem relevância para o nosso estudo, porque não são consideradas pelas bancas concursais. www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 9

sistematizadas: As Fontes ou normas jurídicas de natureza eleitoral podem ser assim 1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988 (CF-88) Lei mãe de todas as leis. De qualquer ramo jurídico, a Constituição Federal sempre será fonte. Especialmente nos artigos 14 a 17 e 118 a 121 da CF-88 residem as normas eleitorais constitucionais, ao estabelecer o constituinte os Direitos Políticos, Partidos Políticos e a Organização da Justiça Eleitoral ( Dos Tribunais e Juízes Eleitorais ). Na CF-88 é que foi originado o Direito Eleitoral, onde estão fincados seus princípios basilares; 2. LEIS FEDERAIS: Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) principal diploma normativo nacional do Direito Eleitoral. Foi editado inicialmente como Lei Ordinária, mas a CF-88 o recepcionou como Lei Complementar. Portanto, o Código Eleitoral goza de status de Lei Complementar. Possui mais de 380 artigos; Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) estabelece normas gerais sobre o processo eleitoral. É também chamada de LEI ELEITORAL por ser a principal Lei Ordinária de natureza eleitoral; Lei Complementar nº 64/90 (Lei das Inelegibilidades) estabelece hipóteses de inexigibilidade e prazos de cessação. Sofreu a recente atualização conhecida por todos vocês como Lei da Ficha Limpa, por meio da Lei Complementar nº 135/2010, que tratou de alterar e acrescentar dispositivos à Lei Complementar nº 64/90; Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995) estabelece a organização, funcionamento, finanças, acesso ao rádio e à TV dos Partidos Políticos; Lei nº 9.996/2000 disciplina a anistia de multas eleitorais; www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 10

Lei nº 10.408/2002 alterou a Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições) para estabelecer normas para ampliar a segurança e a fiscalização do voto eletrônico; ATENÇÃO! Conforme preceitua a Constituição Federal no seu art. 22, inciso I, compete PRIVATIVAMENTE à UNIÃO legislar sobre Direito Eleitoral. In verbis: Art. 22. Compete privativamente à UNIÃO legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, ELEITORAL, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; Mas você sabia que os ESTADOS podem legislar sobre DIREITO ELEITORAL? Como assim Professor? Eu aprendi em Direito Constitucional que Direito Eleitoral é matéria de competência legislativa privativa da União! Isto é verdade. Ocorre que, em decorrência da previsão contida no art. 22, inciso I, combinado com o parágrafo único, da CF-88, a União pode delegar aos Estados competência para legislar também sobre Direito Eleitoral! Denomina-se esta previsão constitucional de Delegação de competência da União para os Estados (art. 22, parágrafo unido da CF-88). Vejam: Art. 22 (...) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo (...DIREITO ELEITORAL...). CUIDADO! A Doutrina, no entanto, não encara as Leis Estaduais como fontes diretas do Direito Eleitoral, pois esta possibilidade reside apenas em tese no texto constitucional, não havendo registros de leis eleitorais estaduais ensejadores de sua inclusão no rol das fontes formais eleitorais. Para fins de provas de concurso, as Leis Estaduais ainda NÃO são fontes formais do Direito Eleitoral. Poderão vir a ser, mas a doutrina é quase unânime nesse sentido. www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 11

Portanto, a delegação de competência legislativa da União aos Estados quanto à matéria Eleitoral, deve ser lembrada na prova de Direito Constitucional! 3. RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE) O Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965), em seu art. 1º, parágrafo único, e art. 23, inciso IX, prevê que o TSE expedirá instruções normativas. Destaca-se, também, a previsão contida no art. 105 da Lei nº 9.504/1997. O TSE o faz, principalmente, por meio de Resoluções. Elas são da maior relevância para a regulamentação do processo eleitoral, suprindo as lacunas e as necessárias especificações do Código Eleitoral e das Leis Federais. Uma das mais importantes Resoluções do TSE é a Resolução TSE nº 21.538/2003, presente em mais 90% dos concursos dos Tribunais Eleitorais! Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) Art. 1º (...) Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para sua fiel execução. Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, (...) IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; Lei nº 9.504/1997 Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 12

audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) Ponto de grande relevo sobre as RESOLUÇÕES DO TSE, que, inclusive, é matéria quente a ser questionada em concursos públicos, é sobre a NATUREZA JURÍDICA da Resolução Eleitoral. Tecerei alguns comentários, apesar do assunto tocar a seara dos Direitos Administrativo e Constitucional. Segundo Francisco Dirceu Barros, as Resoluções do TSE podem ter 2 (duas) naturezas jurídicas. Antes de indicar a classificação do autor, faço uma incursão sobre a diferença entre Ato Normativo Primário e Secundário. Ato Normativo Primário tem por fundamento a própria Constituição Federal, podendo inovar no ordenamento jurídico como força primária. São atos que criam originalmente a norma, normatizam situação não regulada por outra norma legal. Ex: Leis Complementares, Leis Ordinárias, Medidas Provisórias, etc. Estão previstas no art. 59, caput, da CF-88: Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Dos atos normativos primários, cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN ou ADI). Ato Normativo Secundário regulamenta, interpreta e/ou executa o ato normativo primário. Regulamentam as leis em sentido amplo. Desses atos não cabe ADIN ou ADI. TSE: Vamos então às 2 diferentes naturezas jurídicas das Resoluções do 1. ATO NORMATIVO PRIMÁRIO as Resoluções que normatizam as eleições, em decorrência do permissivo legal www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 13

contido no citado art. 105 da Lei nº 9.504/1997, têm força de lei ordinária federal, com mesmo status normativo da citada lei autorizadora. Por isso, dessas resoluções com força de ato normativo primário, caberia Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN ou ADI). 2. ATO NORMATIVO SECUNDÁRIO já as Resoluções que meramente interpretam as diversas Leis Eleitorais ou a própria CF-88, têm caráter meramente regulamentar (são atos infralegais), não cabendo, portanto, ADIN. Cabe, no entanto, o que é chamado no meio eleitoral de Consulta ao TSE. Exemplo: Resolução nº 23.331/2010, que dispõe sobre a utilização do horário gratuito de propaganda eleitoral reservado aos candidatos no segundo turno da eleição presidencial de 2010 e aprova o plano de mídia das inserções. Então, as Resoluções do TSE que regulamentam as Eleições, conforme previsto no art. 105 da Lei nº 9.504/1997, têm caráter de Ato Normativo Primário. Por outro lado, as Resoluções administrativas regulamentadoras de diversas matérias eleitorais são regulamentos comuns. Friso, contudo, que todas as Resoluções do TSE são Fontes do Direito Eleitoral! FONTES CONSIDERADAS NÃO FORMAIS (NÃO DIRETAS) DO DIREITO ELEITORAL: 1. Consultas aos Tribunais Eleitorais (TSE e TREs): quando formulada consulta sobre matéria de direito eleitoral duvidosa no mundo jurídico, em tese, não no caso concreto, a decisão passa a ser vetor de orientação das decisões dos Tribunais Eleitorais respectivos; 2. Doutrina Eleitoral juristas, estudiosos do Direito Eleitoral, através dos Livros, Publicações, artigos e teses; 3. Jurisprudência do TSE decisões reiteradas da Corte sobre determinada matéria; 4. Súmulas dos Tribunais Superiores e Eleitorais (STF, STJ, TSE e TREs). 5. Estatutos dos Partidos Políticos. www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 14

6. Fontes Subsidiárias: Código Penal e de Processo Penal, Código Civil e de Processo Civil, Direito Financeiro e Direito Tributário; Pessoal, este foi apenas um aperitivo, tão-somente uma demonstração de como serão as Aulas deste Curso. Na próxima Aula continuaremos nosso estudo! De todo modo, curtam alguns exercícios!!!! Abaixo 2 listas de Exercícios: 1ª com comentários e a 2ª apenas com gabarito. www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 15

EXERCÍCIOS COMENTADOS QUESTÃO 1: [FCC] - TRE-AM - Analista Judiciário Judiciária. Considere as seguintes normas jurídicas, além da Constituição Federal e das Leis Complementares Federais: I. Leis Ordinárias Federais. II. Leis Complementares Estaduais. III. Leis Ordinárias Estaduais. IV. Leis Ordinárias Municipais. V. Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. São fontes diretas do Direito Eleitoral, APENAS a) I e V. b) I, III e V. c) I, III, IV. d) II e V. e) IV e V. COMENTÁRIOS: No rol comentado um pouco acima, apenas são fontes do Direito Eleitoral a Constituição Federal, as Leis Federais e as Resoluções do TSE. Logo, Leis Estaduais e Municipais não são fontes do Direito Eleitoral. Com isso, apenas estão certos os itens I e V, sendo a resposta certa a Letra A. Observe-se, todavia, que o aluno poderia tender ao erro ao pensar que pelo fato da CF-88 ter autorizado aos Estados a legislar sobre matéria eleitoral na forma de Lei Complementar Federal específica, Leis estaduais eleitorais fariam parte das fontes formais do direito eleitoral. A doutrina majoritária entende que, a despeito dessa previsão constitucional, leis estaduais eleitorais NÃO SÃO FONTES DO DIREITO ELEITORAL. Se a questão viesse com outro viés, perguntando se seria possível lei estadual regular matéria eleitoral, aí sim é que a abordagem estaria correta. www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 16

RESPOSTA CERTA: A QUESTÃO 2: [CESPE] - TRE-MT - Analista Judiciário Judiciária (ADAPTADA). O estudo das fontes do direito encontra aspectos deveras sugestivos em amplitude e variedade no direito eleitoral. As fontes não se isolam como elemento de vínculo exclusivo com o direito eleitoral, em virtude de indilacerável unidade da ordem jurídica em que está integrado. Mas não deixam de contar com elementos próprios, que refletem suas condições peculiares. Para melhor ordenação lógica, há de se partir da Constituição Federal, que é a fonte suprema de onde promana, em distribuição hierarquizada, a ordem jurídica estatal, estabelecendo conexão formal e padrões de validade à criação e à aplicação do direito em geral. - Fávila Ribeiro. Direito eleitoral. 4.ª ed. Forense, 1997, p. 15 (com adaptações). Tomando o texto acima como referência inicial, assinale a opção incorreta a respeito das fontes do direito eleitoral. A - A Constituição de 1988 prevê a possibilidade dos Estados Federados legislarem acerca do Direito Eleitoral, por meio de delegação legislativa da União. B - Legislar sobre direito eleitoral é competência privativa do Congresso Nacional. C As resoluções do Tribunal Superior Eleitoral têm força de lei complementar federal, tendo o mesmo status normativo do Código Eleitoral. D O Código Eleitoral confere ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) competência para expedir instruções para sua fiel execução. COMENTÁRIOS: Item A correto. Apesar da competência privativa da União de legislar sobre Direito Eleitoral, a própria CF-88 previu hipótese de delegação de competência legislativa aos Estados para legislar sobre Direito Eleitoral. Tal interpretação é extraída da combinação entre o art. 22, I, com o art. 22, parágrafo único, da CF- 88. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 17

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (...) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo (...DIREITO ELEITORAL...). Item B correto. Conforme já comentado, a competência para legislar sobre Direito Eleitoral é privativa da União. Não confundir com competência exclusiva, que é indelegável! Item C errado. Nunca as Resoluções do TSE terão força de Lei Complementar, apenas de Lei Ordinária Federal nos casos em que as Resoluções são tidas como Atos Normativos Primários, por normatizarem as eleições, em decorrência do permissivo legal contido no citado art. 105 da Lei nº 9.504/1997. Item D correto. Sim, tanto o Código Eleitoral quanto a própria Constituição Federal prevêem a competência regulamentar do TSE e da própria Justiça Eleitoral. DICA: Interessante item, pois poderia o aluno não saber exatamente se era o Código Eleitoral ou a CF-88 que previam tal hipótese. Às vezes o examinador exige o conhecimento de um específico diploma legal. Um exemplo disso é este item. Por isso, temos que nos atentar ao máximo o que diz cada texto normativo, senão, apesar de termos o conhecimento da questão, poderemos confundir as bolas. Rsrs. Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) Art. 1º (...) Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para sua fiel execução. Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, (...) IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; RESPOSTA CERTA: C www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 18

EXERCÍCIOS com GABARITO www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 19

QUESTÃO 1: [FCC] - TRE-AM - Analista Judiciário Judiciária. Considere as seguintes normas jurídicas, além da Constituição Federal e das Leis Complementares Federais: I. Leis Ordinárias Federais. II. Leis Complementares Estaduais. III. Leis Ordinárias Estaduais. IV. Leis Ordinárias Municipais. V. Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. São fontes diretas do Direito Eleitoral, APENAS a) I e V. b) I, III e V. c) I, III, IV. d) II e V. e) IV e V. QUESTÃO 2: [CESPE] - TRE-MT - Analista Judiciário Judiciária (ADAPTADA). O estudo das fontes do direito encontra aspectos deveras sugestivos em amplitude e variedade no direito eleitoral. As fontes não se isolam como elemento de vínculo exclusivo com o direito eleitoral, em virtude de indilacerável unidade da ordem jurídica em que está integrado. Mas não deixam de contar com elementos próprios, que refletem suas condições peculiares. Para melhor ordenação lógica, há de se partir da Constituição Federal, que é a fonte suprema de onde promana, em distribuição hierarquizada, a ordem jurídica estatal, estabelecendo conexão formal e padrões de validade à criação e à aplicação do direito em geral. - Fávila Ribeiro. Direito eleitoral. 4.ª ed. Forense, 1997, p. 15 (com adaptações). Tomando o texto acima como referência inicial, assinale a opção incorreta a respeito das fontes do direito eleitoral. A - A Constituição de 1988 prevê a possibilidade dos Estados Federados legislarem acerca do Direito Eleitoral, por meio de delegação legislativa da União. www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 20

B - Legislar sobre direito eleitoral é competência privativa do Congresso Nacional. C As resoluções do Tribunal Superior Eleitoral têm força de lei complementar federal, tendo o mesmo status normativo do Código Eleitoral. D O Código Eleitoral confere ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) competência para expedir instruções para sua fiel execução. GABARITOS OFICIAIS 1 2 A C RESUMO DA AULA www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 21

Conceito de Direito Eleitoral - é o conjunto sistemático de normas e princípios que regulam o regime representativo moderno e a participação do povo na formação do governo. Principais Elementos do Conceito de Direito Eleitoral RAMO DO DIREITO PÚBLICO TRATA DOS DIREITOS POLÍTICOS REGULA AS ELEIÇÕES O Direito Eleitoral integra o Direito Público, em contraposição ao Direito Privado, por também regular relações da sociedade com o Estado. O Direito Eleitoral estabelece as diretrizes basilares dos Direitos Políticos, disciplinando a atuação da soberania popular. O fim último e pragmático do Direito Eleitoral é a regulação das Eleições. Principais Fontes do Direito Eleitoral: 1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988 (CF-88); 2. LEIS FEDERAIS: Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965); Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997); Lei Complementar nº 64/90 (Lei das Inelegibilidades) Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995); Lei nº 9.996/2000; Lei nº 10.408/2002 3. RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE) www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 22

FONTES NÃO FORMAIS (NÃO DIRETAS) DO DIREITO ELEITORAL: 1. Consultas aos Tribunais Eleitorais (TSE e TREs); 2. Doutrina Eleitoral; 3. Jurisprudência do TSE; 4. Súmulas dos Tribunais Superiores e Eleitorais (STF, STJ, TSE e TREs); 5. Estatutos dos Partidos Políticos. 6. Fontes Subsidiárias: Código Penal e de Processo Penal, Código Civil e de Processo Civil, Direito Financeiro e Direito Tributário. DICAS o O Direito Eleitoral é matéria de competência privativa da União; o O art. 22, parágrafo único, da CF-88 faculta a possibilidade de Lei Complementar Federal autorizar que os Estados possam legislar sobre Direito Eleitoral; o Até então, Leis Estaduais Eleitorais NÃO SÃO FONTES FORMAIS DO DIREITO ELEITORAL. o Todas as Resoluções do TSE são Fontes do Direito Eleitoral! Natureza Jurídica das Resoluções do TSE ATO NORMATIVO PRIMÁRIO ATO NORMATIVO SECUNDÁRIO As Resoluções que regem as eleições, conforme o art. 105 da Lei nº 9.504/1997, têm força de lei ordinária federal. Por isso, cabe ADIN As Resoluções que apenas interpretam/executam/regulamentam as Leis Eleitorais ou a própria CF-88, www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 23

têm caráter meramente regulamentar (são atos infra-legais). Não cabe ADIN, apenas Consulta ao TSE. Finalizo aqui os meus comentários desta pequena Aula Demonstrativa, convidando a todos para a próxima aula (AULA 1), que dará continuidade ao estudo do Código Eleitoral e da Composição e Competência da Justiça Eleitoral. Espero a todos na AULA 1! Fraterno Abraço e até a próxima! Ricardo Gomes Por sua aprovação! www.pontodosconcursos.com.br Professor Ricardo Gomes 24