Análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes idades fetais

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A r t i g o I n é d i t o Análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes s fetais Rafael Souza Mota*, Vinícius Antônio Coelho Cardoso*, Cristiane de Souza Bechara*, João Gustavo Corrêa Reis**, Sérgio Murta Maciel*** Resumo Objetivo: verificar se há assimetria de crescimento entre as hemimandíbulas esquerda e, durante o 2º e início do 3º trimestre de gestação. Métodos: foram utilizadas 68 hemimandíbulas (34 mandíbulas) de fetos conservados em solução de formalina a 10%, sendo 20 femininos e 14 masculinos, e realizadas as seguintes mensurações: Côndilo-Processo Coronoide (Co-PC), Gônio-Processo Coronoide (Go-PC), Gônio-Gnátio (Go-Gn), Côndilo- Gnátio (Co-Gn), Altura da Sínfise (AS) e Ângulo da Mandíbula (AM). Os dados foram coletados, tabulados e analisados com auxílio do programa SPSS, versão 11.0, 2005, onde foi realizado o estudo One Way Anova para a comparação entre as médias dos valores das medidas anatômicas das hemimandíbulas e esquerda, sendo a dividida entre segundo trimestre (Período 1: 13-18 semanas e Período 2: 18-24 semanas), e início do terceiro trimestre (Período 3: 24-30 semanas) de gestação. Resultados: houve discreta assimetria no ritmo de crescimento das medidas Go-Gn, Co-PC, Co-Gn, Go-PC e AS, comparando-se os lados direito e esquerdo, entre o 2º e início do 3º trimestre gestacional, apesar de não estatisticamente significativa (p > 0,05). Constatou-se, também, que houve redução da medida AM, com discreta assimetria, no mesmo período pré-natal, sendo estatisticamente significativa (p < 0,05). Conclusão: não foram observadas diferenças estatísticas significativas quanto ao crescimento das hemimandíbulas e esquerda no período estudado. Por outro lado, houve redução da medida do ângulo da mandíbula no mesmo período, apresentando significância estatística. Palavras-chave: Crescimento. Mandíbula. Feto. * Graduados em Medicina pela Univers Federal de Juiz de Fora (UFJF). ** Mestre em Morfologia pela UFRJ. *** Mestre em Saúde Coletiva pela UERJ. Especialista em Ortodontia e professor adjunto do departamento de Morfologia da UFJF. Dental Press J. Orthod. 113 v. 15, no. 2, p. 113-121, Mar./Apr. 2010

Análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes s fetais INTRODUÇÃO A mandíbula está presente no adulto como um osso único. No entanto, várias porções ou subuns podem ser encontradas durante seu processo de desenvolvimento: o corpo da mandíbula, no qual a porção alveolar é ligada; os processos condilares, coronoides, os ângulos mandibulares e o mento 3. O processo de desenvolvimento facial tem início, a partir do primeiro e segundo arcos faríngeos, durante a quarta semana de gestação 9. Proffit 10 afirmou que o primeiro arco faríngeo, também denominado arco mandibular, dá origem aos tecidos que se desenvolverão nos músculos da mastigação e na mandíbula. O arco mandibular contém a Cartilagem de Mecke l, responsável por sua sustentação. A porção anterior da Cartilagem de Meckel origina o corpo mandibular a partir da ossificação intramembranosa da porção ventral do primeiro arco branquial. O côndilo mandibular, por sua vez, inicia seu desenvolvimento a partir de uma cartilagem secundária, a qual é coberta por uma cápsula fibrosa 10. Segundo Moyers 9, as dimensões mandibulares apresentam diferentes padrões de crescimento durante o período pré-natal e após o nascimento. Por muito tempo, perpetuou-se a ideia de que o côndilo fosse o centro de crescimento mandibular 3. O advento da Teoria da Matriz Funcional, entretanto, proporcionou o surgimento de outras teorias relacionadas ao crescimento e desenvolvimento dessa estrutura óssea 8. Sabe-se que o côndilo representa importante papel no crescimento da mandíbula, mas não é o único responsável por ele, uma vez que o crescimento mandibular é um processo complexo, não podendo ser explicado de forma simplista 3. As pesquisas sobre crescimento mandibular fetal correlacionam, basicamente, o desenvolvimento de estruturas mandibulares com a do feto 1,4,5,16. Em seu trabalho, Mandarim et al. 6 forneceram um método simples e preciso para classificação da fetal, no qual, sabendo-se o valor de um dos parâmetros do feto tais como o crescimento do módulo cefálico, comprimento do maior pé, comprimento vértex-cóccix e o peso, é possível determinar a fetal. Lançou-se mão de uma tabela proposta inicialmente por Streeter 17, e que foi aperfeiçoada pelos autores, podendo determinar tal em semanas pós-concepção com uma aproximação aceitável 6. O trabalho de Mandarim et al. 6 foi retificado e mostrou-se que há correlação entre o comprimento do pé e o crescimento em comprimento da medida vértex-coccix 14. O estudo da mandíbula durante o período pré-natal é de suma importância para a avaliação e diagnóstico precoce de anomalias congênitas da face, visto que anomalias mandibulares podem estar associadas a diversas síndromes 1,4,5,7,12. Dessa maneira, os dados deste estudo podem contribuir para uma melhor compreensão do processo de formação e desenvolvimento do esqueleto facial 13. O objetivo do presente estudo é fornecer uma comparação entre diferentes dimensões anatômicas das hemimandíbulas () e esquerda durante o segundo e o início do terceiro trimestre de gestação. A utilização de métodos ultrassonográficos para o estudo de estruturas de crescimento mandibular e para o diagnóstico de más formações fetais, como a micrognatia e a macrognatia, definem parâmetros de avaliação para o diagnósticos de anomalias mandibulares ainda em útero, possibilitando um diagnóstico precoce e o estabelecimento de propedêutica adequada para sua correção 12. Pesquisas reforçam que as mudanças estruturais da cartilagem mandibular no período pré-natal são mais relacionadas a fatores mecânicos locais e ativ articular do que fatores de crescimento ósseo geral 12. As funções dos músculos masséteres e temporais ajudam no crescimento do ramo da mandíbula na 11ª semana 1. Dental Press J. Orthod. 114 v. 15, no. 2, p. 113-121, Mar./Apr. 2010

Mota RS, Cardoso VAC, Bechara CS, Reis JGC, Maciel SM MateriaL e Métodos Foram utilizadas 68 hemimandíbulas (34 mandíbulas) de fetos conservados em solução de formalina a 10%, sendo 20 femininos e 14 masculinos. Os fetos oriundos do Departamento de Morfologia da Univers Federal de Juiz de Fora eram brasileiros e não apresentavam qualquer tipo de má formação. Houve aprovação prévia do Comitê de Ética da Univers Federal de Juiz de Fora ao início do estudo. A gestacional está compreendida entre 13 e 30 semanas pós-concepção (spc), sendo esta estabelecida pelo critério do comprimento do maior pé e peso segundo protocolo 5,6,16 (Tab. 1). Após estimada a fetal, as mandíbulas foram dissecadas, desarticuladas, e imersas em uma cuba plástica de dimensões 50 x 50 x 80cm contendo água. A técnica de maceração utilizada foi em água corrente 12. Foi necessário um período de 6 semanas para a total retirada dos tecidos moles, inclusive o periósteo, para melhor visualização dos pontos anatômicos escolhidos para análise. Após esse processo, foram feitas as mensurações descritas a seguir 5 e ilustradas na figura 1. Tabela 1 - Idade gestacional segundo os critérios de comprimento do maior pé e peso. (spc) gênero peso (g) maior pé (mm) 13,4 F 68,2 18 13,7 M 61,5 19 13,7 M 75,2 19 15,2 F 131,3 24 15,2 F 137,3 24 15,7 M 127,9 26 17,4 F 194,8 32 17,4 F 224,1 32 17,8 F 212,5 33 18,1 M 333,7 34 18,1 F 201,7 34 18,4 M 287,7 35 18,4 F 292,8 35 Co-PC Go-PC AS Go-Gn Co-Gn AM (graus) 0,555 0,755 0,425 1,115 1,765 148 d 0,565 0,775 0,400 1,100 1,725 153 e 0,575 0,710 0,365 1,055 1,685 157 d 0,525 0,715 0,365 1,075 1,645 140 e 0,545 0,800 0,415 1,055 1,825 153 d 0,565 0,785 0,400 1,000 1,835 155 e 0,675 0,955 0,385 1,525 2,155 138 d 0,685 1,000 0,385 1,575 2,155 142 e 0,645 0,725 0,415 1,500 2,185 149 d 0,635 0,775 0,400 1,500 2,085 150 e 0,865 0,875 0,445 1,425 2,200 153 d 0,855 0,900 0,445 1,455 2,335 155 e 0,865 1,115 0,635 2,025 2,700 146 d 0,865 1,115 0,635 2,025 2,700 146 e 0,775 1,035 0,535 1,685 2,435 148 d 0,785 1,045 0,535 1,585 2,415 148 e 0,675 1,055 0,500 1,800 2,385 144 d 0,700 1,035 0,500 1,825 2,400 144 e 0,835 1,185 0,645 2,085 2,715 141 d 0,825 1,165 0,645 2,035 2,735 136 e 0,775 1,045 0,600 1,945 2,675 153 d 0,775 1,100 0,600 1,965 2,665 146 e 0,795 0,995 0,615 1,925 2,800 147 d 0,815 1,025 0,575 2,000 2,785 145 e 0,825 1,085 0,535 1,975 2,615 148 d 0,900 1,165 0,535 1,945 2,645 146 e Dental Press J. Orthod. 115 v. 15, no. 2, p. 113-121, Mar./Apr. 2010

Análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes s fetais 18,7 M 309,6 36 19,0 M 320,3 37 19,0 F 319,2 37 19,0 F 387,2 37 20,5 F 418,5 42 20,9 F 459,5 43 21,3 M 477,8 44 21,8 F 462,3 45 21,8 M 535,5 45 21,8 F 541,5 45 22,2 F 507,3 46 23,1 M 657,1 48 24,8 F 699,0 52 25,7 M 628,7 54 27,1 M 1956,3 43 27,5 M 1166,4 58 27,6 F 1303,0 60 28,0 F 1560,4 61 28,0 F 995,8 59 28,9 F 1223,7 63 30,3 M 30,3 66 0,865 1,085 0,585 1,995 2,700 148 d 0,895 1,245 0,575 1,965 2,775 151 e 0,955 1,100 0,555 2,145 2,775 142 d 0,925 1,135 0,565 2,165 2,800 148 e 0,775 1,145 0,525 2,165 2,765 141 d 0,755 1,045 0,495 2,225 2,765 132 e 0,915 1,265 0,545 1,945 2,915 140 d 1,000 1,245 0,545 2,055 2,915 130 e 0,885 1,165 0,555 2,100 2,785 140 d 0,825 1,125 0,555 2,100 2,800 135 e 0,925 1,275 0,665 2,525 3,055 127 d 0,935 1,295 0,665 2,500 3,075 130 e 0,945 1,315 0,735 2,265 3,000 140 d 0,875 1,335 0,735 2,275 2,845 138 e 1,000 1,425 0,855 2,465 3,235 134 d 1,015 1,435 0,855 2,465 3,235 131 e 1,025 1,445 0,700 2,600 3,400 144 d 1,055 1,400 0,665 2,615 3,355 140 e 1,165 1,500 0,845 2,620 3,455 145 d 1,100 1,555 0,800 2,655 3,445 148 e 1,255 1,165 0,665 2,515 3,425 147 d 1,145 1,335 0,665 2,445 3,395 147 e 1,025 1,245 0,800 2,485 3,425 137 d 1,035 1,225 0,800 2,475 3,425 148 e 1,115 1,325 0,675 2,735 3,475 139 d 1,175 1,335 0,685 2,725 3,500 138 e 1,085 1,615 0,965 2,565 3,675 136 d 1,100 1,745 0,965 2,600 3,535 138 e 1,555 1,875 1,315 3,645 4,915 138 d 1,600 2,055 1,300 3,655 4,975 141 e 1,275 1,565 1,135 3,135 4,215 151 d 1,245 1,600 1,100 3,075 4,075 141 e 1,455 1,525 1,045 2,775 4,085 142 d 1,465 1,625 1,045 2,745 4,115 150 e 1,600 1,715 1,155 3,265 4,425 147 d 1,715 1,685 1,100 3,225 4,500 150 e 1,400 1,500 0,955 2,995 4,000 149 d 1,345 1,445 1,965 3,075 3,965 140 e 1,300 1,585 0,975 2,655 4,035 147 d 1,305 1,575 0,975 2,660 4,055 148 e 1,500 1,665 0,965 2,865 4,100 144 d 1,500 1,765 0,935 2,885 4,275 144 e Dental Press J. Orthod. 116 v. 15, no. 2, p. 113-121, Mar./Apr. 2010

Mota RS, Cardoso VAC, Bechara CS, Reis JGC, Maciel SM Co-Gn AS Go-Gn am FIGURA 1 - Mensurações realizadas nas hemimandíbulas. Co-PC Go-PC Os dados foram coletados, tabulados e analisados com auxílio do programa SPSS, versão 11.0, 2005 (Statistical Package for the Social Sciences, SPSS Inc., EUA), onde foi realizado o estudo One Way Anova para a comparação entre as médias dos valores das medidas anatômicas das hemimandíbulas e esquerda, sendo a dividida em período 1 (13 a 18 spc), período 2 (18-24 spc), e período 3 (24-30 spc). O nível de significância foi estabelecido em p < 0,05. Resultados Análise dos seguintes dados com significância estatística de 5% para todas as medidas: 1) Côndilo - Processo Coronoide (Co-PC): distância entre o ponto mais posterior no Processo Condilar e o ponto mais anterior do Processo Coronoide. 2) Gônio - Processo Coronoide (Go-PC): distância entre o gônio e o ponto mais superior do Processo Coronoide. 3) Gônio - Gnátio (Go-Gn): comprimento entre Gônio e Gnátio. 4) Côndilo - Gnátio (Co-Gn): distância entre o ponto mais posterior do Processo Condilar e o Gnátio. 5) Altura da sínfise (AS): medida na região mediana relativa à área futuramente ocupada pelos incisivos centrais inferiores, correspondendo à distância vertical entre as porções mais superior e a mais inferior da sínfise mandibular. 6) Ângulo da mandíbula (AM): medida entre a margem posterior do ramo da mandíbula e a margem inferior do corpo da mandíbula. As medidas foram feitas por um único pesquisador, utilizando um paquímetro com precisão de 0,05cm e uma balança digital. A medida do ângulo mandibular foi feita com o auxílio de um transferidor (Tab. 1). Go-PC, Go-Gn, Co-Gn e Co-PC Houve um padrão de crescimento semelhante entre a e a esquerda durante os três períodos. O lado esquerdo teve um índice de crescimento maior do que o direito, apesar da diferença não ser estatisticamente significativa (Gráf. 1, 2, 3 e 4, respectivamente) para p > 0,05. AS - altura da sínfise Houve um padrão de crescimento semelhante entre a e a esquerda durante os três períodos. O lado direito teve um índice de crescimento maior do que o esquerdo, apesar de não estatisticamente significativo para p > 0,05 (Gráf. 5). AM - ângulo da mandíbula Entre os períodos 1 e 2 e entre os períodos 2 e 3, houve um padrão de crescimento diferente. O ângulo mandibular (AM) da hemimandíbula esquerda diminui mais que o da entre o primeiro e o segundo períodos, e aumentou mais entre o segundo e o terceiro períodos. Mas eles se igualaram quando comparados o primeiro e o terceiro períodos. Esses resultados revelaram significância estatística com p < 0,05, o que vem corroborar o estudo de Malas et al. 7, no qual foram observadas diferenças significativas entre os lados direito e esquerdo no período estudado (Gráf. 6). Dental Press J. Orthod. 117 v. 15, no. 2, p. 113-121, Mar./Apr. 2010

Análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes s fetais 1,8 1,8 média estimada de Go-pc 1,6 1,6 1,4 1,4 1,2 0,8 0,8 Per_1 GRÁFICO 1 - Média estimada de go-pc. 4,5 média estimada de co-gn 4,0 3,5 1,2 3,0 2,5 esquerda 2,0 GRÁFICO 3 - Média estimada de co-gn. média estimada de AS esquerda 1,0 1,0 1,1 150 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 esquerda média estimada de AM média estimada de co-pc média estimada de Go-Gn 1,2 GRÁFICO 2 - Média estimada de go-gn. 1,6 1,4 Per_2 1,0 0,8 0,6 GRÁFICO 4 - Média estimada de Co-PC. 148 146 144 142 140 esquerda esquerda esquerda GRÁFICO 5 - Média estimada de AS. GRÁFICO 6 - Média estimada de AM. Dental Press J. Orthod. 118 v. 15, no. 2, p. 113-121, Mar./Apr. 2010

Mota RS, Cardoso VAC, Bechara CS, Reis JGC, Maciel SM tabela 2 - Crescimento do corpo e ramo da mandíbula. Medida Idade Média das QuantidadE de Crescimento em porcentagem por períodos PER_1 0,68639 18 PER_1 - PER _2 = 35,40% Co-PC PER_2 0,92938 32 PER_2 - PER_3 = 47,83% PER_3 1,37389 18 PER_1 - PER_3 = 100,16% PER_1 0,89833 18 PER_1 - PER _2 = 36,61% Go-PC PER_2 1,22719 32 PER_2 - PER_3 = 32,19% PER_3 1,62222 18 PER_1 - PER_3 = 80,58% PER_1 0,45472 18 PER_1 - PER _2 = 42,26% AS PER_2 0,64688 32 PER_2 - PER_3 = 56,78% PER_3 1,01417 18 PER_1 - PER_3 = 123,03% PER_1 1,46250 18 PER_1 - PER _2 = 52,47% Go-Gn PER_2 2,22938 32 PER_2 - PER_3 = 32,77% PER_3 2,96000 18 PER_1 - PER_3 = 102,39% Corpo x ramo mandibular O crescimento do corpo (comprimento = Go-Gn, altura = AS) foi maior que o do ramo (comprimento = Co-PC, altura = Go-PC) do primeiro para o terceiro período e a maior taxa de crescimento foi encontrada para a altura do corpo (AS) (Tab. 2). Discussão Em situações patológicas, as medidas da mandíbula podem variar alterando o ângulo, o que pode gerar má oclusão e problemas ortodônticos no adulto 8. Em alguns estudos, foram encontradas variações e redução do valor do ângulo condilar, com a evolução do período gestacional 1,2,13,15. O estudo do ângulo da mandíbula de 162 fetos entre 9 e 40 spc evidenciou que a média variou de 122±8 sem diferenças significativas tanto entre os trimestres quanto entre as hemimandíbulas esquerda e 7. Em outro estudo, foram encontrados em 36 fetos, entre 13 e 37 spc valores médios de 139±1, sem mudanças significativas do ângulo durante o segundo e terceiro trimestres de gestação, comparando os lados direito e esquerdo 5. Em nosso estudo, observamos variação do valor da média do ângulo mandibular de 143±6 entre 13 e 30 spc, havendo diminuição do mesmo durante o segundo trimestre, e aumento no início do terceiro trimestre, sendo mais acentuado do lado esquerdo (p < 0,05). Porém, quando comparados os valores das médias do início e do final do período estudado, não foram encontradas diferenças significativas (p > 0,05). Estudos prévios reportam que, com a mastigação, há uma diminuição do valor do ângulo da mandíbula, desde o nascimento até a vida adulta 3,8,9. Isso sugere que o ângulo mandibular não completa seu desenvolvimento no período intrauterino, mas sim ao longo da infância, puberdade e início da vida adulta, sendo influenciado por fatores mecânicos. O estudo do crescimento mandibular através de imagens radiográficas utilizando 19 mandíbulas fetais entre 18 e 41 spc concluiu que o comprimento total da mandíbula (Co-Gn) e do corpo (Go-Gn) aumenta linearmente com a fetal 2. Houve semelhança com esses resultados no presente estudo, sendo que foi constatado que as medidas Co-Gn e Go-Gn possuem um padrão de Dental Press J. Orthod. 119 v. 15, no. 2, p. 113-121, Mar./Apr. 2010

Análise do crescimento das dimensões da mandíbula em diferentes s fetais crescimento discretamente maior na hemimandíbula esquerda, apesar de não ser estatisticamente significativo (p > 0,05). Na revisão bibliográfica, foram encontradas algumas divergências. Durante o 2 e 3 trimestres de vida pré-natal, o crescimento mandibular é alométrico, o corpo da mandíbula cresce com mais intens do que o ramo, tanto em comprimento (Go-Gn) quanto em altura (AS), sendo a maior curva de crescimento encontrada na altura da sínfise 5. Entretanto, segundo outros autores, o ramo mandibular cresce mais rápido do que o corpo, tanto em comprimento (Co-PC) quanto em altura (Go-PC) 2,3, sendo a maior curva de crescimento encontrada para a altura do ramo 2,3. No presente trabalho, foi encontrado um maior crescimento da altura (As) e comprimento do corpo da mandíbula (Go-Gn) em relação ao comprimento (Co-PC) e altura do ramo da mandíbula (Go-PC), conforme mostra a tabela 2. As medidas das dimensões Go-PC e AS, quando submetidas à análise multivariada e uso de PCA, possuem maiores curvas de crescimento no lado direito 5. As demais medidas (Co-PC, Go-Gn, Co-Gn e AM) apresentam curva de crescimento mais elevada no lado esquerdo, entre 13 e 37 semanas de gestação 5. No presente estudo, a análise dos gráficos das médias dos valores das medidas demonstra concordância com esse trabalho, exceto para a medida Go-PC, a qual possui uma curva de crescimento ligeiramente mais elevada na hemimandíbula esquerda. CONCLUSÃO Conclui-se que houve discreta assimetria no ritmo de crescimento das medidas Go-Gn, Co-PC, Co-Gn, Go-PC e AS, comparando-se o lado direito e o esquerdo, entre o 2 e início do 3 trimestre gestacional. Conclui-se que houve discreta assimetria no ritmo de crescimento das medidas Go-Gn, Co-PC, Co-Gn, Go-PC e AS, comparando-se o lado direito e o esquerdo, entre o 2 e início do 3 trimestre gestacional, apesar de não estatisticamente significativa. Constatou-se, também, que houve redução da medida ângulo da mandíbula (AM) durante o 2 trimestre de gestação e aumento do mesmo no início do 3 trimestre, com discreta assimetria, apresentando relevância estatística. Agradecimentos Ao Departamento de Morfologia da Univers Federal de Juiz de Fora. Analysis of mandibular dimensions growth at different fetal ages Abstract Objective: To investigate growth asymmetry between the left and right hemimandibles (s) during the 2nd and early 3rd trimester of pregnancy. Methods: Sixty eight hemimandibles (34 mandibles) of fetuses were used 20 female and 14 male preserved in 10% formalin solution, and the following measurements were performed: Condyle-Coronoid Process (Co-CP), Gonion-Coronoid Process (Go-CP), Gonion-Gnathion (Go-Gn), Condyle-Gnathion (Co-Gn), Symphyseal Height (SH), Mandibular Angle (MA). The data were collected, tabulated and analyzed with the aid of SPSS software, version 11.0, 2005. One-way ANOVA test was performed to compare the mean values of anatomical measurements of the right and left s. Gestational ages were divided into second trimester (Period 1: 13-18 weeks and Period 2: 18-24 weeks), and early third trimester (Period 3: 24-30 weeks) of pregnancy. Results: We noted a slight growth rate asymmetry in Go-Gn, Co-CP, Co-Gn, Go-CP and SH, comparing the left and right mandibular halves, between the 2nd and early 3rd trimester of pregnancy, although not statistically significant (p > 0.05). It was also found that the mandibular angle decreased and showed a slight though statistically significant (p < 0.05) asymmetry in the same prenatal period. Conclusion: The authors concluded that there was a slight asymmetry in the growth rate of measurements Go-Gn, Co-CP, Co-Gn, Go-CP and SH, comparing the left with the right hemimandible between the 2nd and early 3rd trimester of gestation. Keywords: Growth. Mandible. Fetus. Dental Press J. Orthod. 120 v. 15, no. 2, p. 113-121, Mar./Apr. 2010

Mota RS, Cardoso VAC, Bechara CS, Reis JGC, Maciel SM Referências 1. Bareggi R, Sandrucci MA, Baldini G, Grill V, Zweyer M, Narducci P. Mandibular growth rates in human fetal development. Arch Oral Biol. 1995 Feb;40(2):119-25. 2. Berraquero R, Palacios J, Gamallo C, de la Rosa P, Rodriguez JI. Prenatal growth of the human mandibular condylar cartilage. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1995 Aug;108(2):194-200. 3. Enlow, Donald H. Noções básicas sobre o crescimento facial. 1ª ed. São Paulo: Ed. Santos; 1998. cap. 4, p. 57-8. 4. Lee SK, Kim YS, Oh HS, Yang KH, Kim EC, Chi JG. Prenatal development of the human mandible. Anat Rec. 2001 Jul 1;263(3):314-25. 5. Mandarim de LCA, Alves MU. Human mandibular prenatal growth: bivariate and multivariate growth allometry comparing different mandibular dimensions. Anat Embryol (Berl). 1992 Dec;186(6):537-41. 6. Mandarim de LCA, Passos MARF, Fonseca MARP. Determinação da fetal: estudo do crescimento do módulo cefálico, comprimentos de pé e vértex-cóccix, e do peso (com base em dados de Streeter, 1920). Ciênc Cult. 1987 dez;39(12):1171-4. 7. Malas MA, Üngo B, Sulak SMTO. Determination of dimensions and angels of mandible in the fetal period. Surg Radiol Anat. 2006;28:364. 8. Moss ML. The functional matrix hypothesis revisited. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1997;112(4):410-7. 9. Moyers RE. Ortodontia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1991. cap. 3, p. 18-32. 10. Proffit WR. Ortodontia contemporânea. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. cap. 2, p. 22-57, cap. 3, p. 58-65. 11. Radilaski RJ, Renz H, Klarkoviski MC. Prenatal development of the human mandible. Anat Embryol. 2002 Sep;207:221-32. 12. Rodrigues H. Técnicas anatômicas. 1ª ed. Juiz de Fora: Ed. da UFJF; 1973. cap. 1, p. 9-14 13. Rotten D, Levaillant JM, Martinez H, Ducou le Pointe H, Vicaut E. The fetal mandible: a 2D and 3D sonographic approach to the diagnosis of retrognathia and micrognathia. Ultrasound Obstet Gynecol. 2002 Feb;19(2):122-30. 14. Uchida Y, Akiyoshi T, Goto M, Katsuki T. Morphological changes of human mandibular bone during fetal periods. Okajimas Folia Anat Jpn. 1994 Oct;71(4):227-47. 15. de Vasconcellos HA, Prates JC, de Moraes LG. A study of human foot length growth in the early fetal period. Ann Anat. 1992 Oct;174(5):473-4. 16. Vasconcellos HA, Silva DS, Salgado MC. Estudo do crescimento do ramo da mandíbula durante o período fetal humano. Rev Bras Odontol. 1994 jan-fev;51(1):34-6. 17. Streeter GL. Weight, sitting height, head size, foot length and menstrual age of the human embryo. Contrib. Embr. Carn. Inst. Washington. 1920;11:163-70. Enviado em: novembro de 2008 Revisado e aceito: agosto de 2009 Endereço para correspondência Rafael Souza Mota Rua Vila Rica 18/602 São Mateus CEP: 36.025-080 Juiz de Fora/MG E-mail: rafaelsouzamota.jf@gmail.com Dental Press J. Orthod. 121 v. 15, no. 2, p. 113-121, Mar./Apr. 2010