USOS DO CARTÃO DE LOJA, CREDIÁRIO, CARNÊ E CHEQUE PRÉ-DATADO JULHO 2017

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Transcrição:

USOS DO CARTÃO DE LOJA, CREDIÁRIO, CARNÊ E CHEQUE PRÉ-DATADO JULHO 2017

PODER COMPRAR MAIS É MOTIVAÇÃO PRINCIPAL DO BRASILEIRO PARA TER CARTÃO DE LOJA, CREDIÁRIO E CARNÊ Na hora de ir às compras, nem só do cartão de crédito vivem os brasileiros. Embora a aceitação e popularidade deste meio de pagamento sejam significativas, há outros que também captam a atenção dos consumidores, como o cartão de loja, o crediário ou, como é conhecido, o carnê. Ao aderirem a tais modalidades, o principal objetivo parece ser justamente o de poderem consumir mais, graças às facilidades que costumam estar associadas, como o parcelamento longo, descontos e o prazo de carência para pagamento, por exemplo. Porém, muitas pessoas ainda fazem mau uso dessas modalidades, seja por que deixam de observar as taxas de juros praticadas, seja por consumirem além do que a renda permite o que acaba ocasionando a inadimplência e, em alguns casos, a negativação. A pesquisa Usos do Crédito - Crediário, Carnê, Cartão de Loja e Cheque Pré-datado, conduzida pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, pretende mapear a aquisição, formas de solicitação, finalidade, parcelamento, inadimplência e percepção das vantagens e riscos envolvidos, dentre outros aspectos nestas modalidades de crédito. 2

Inicialmente, os resultados indicam que a principal vantagem percebida no uso do cartão de loja, crediário e carnê é poder parcelar as compras (22,7%), seguida da possibilidade de poder fazer compras mesmo quando não há dinheiro (14,3%, com aumento de 5,9 p.p em relação a 2016), sobretudo entre os que residem nas capitais (21,7%), e de ganhar descontos no valor total das compras (13,1%, com aumento 8,8 de p.p em relação a 2016), principalmente na Classe A/B (24,8%). Eles são utilizados ao menos 9,3 vezes por ano, sendo que 23,2% dos entrevistados fazem uso a cada dois ou três meses, geralmente. PRINCIPAL VANTAGEM DE COMPRAR COM CARTÃO DE LOJA, CREDIÁRIO OU CARNÊ Poder parcelar o valor das compras 23% Poder fazer compras mesmo quando não tem dinheiro Ganhar descontos no valor total da compra nas lojas Ter prazo para pagar (período entre a data da compra e o pagamento do carnê ou boleto) Segurança, não precisar andar com dinheiro, cheque ou cartão Poder parcelar as compras mesmo não tendo cheque ou cartão de crédito Não pagar juros 14% 13% 12% 12% 12% 10% Não vejo nenhuma vantagem Outro 1% 3% 3

Os produtos mais adquiridos por meio destas modalidades de crédito são roupas, calçados e acessórios (63,7%, com queda de 13,0 p.p em relação a 2016), eletrônicos (40,4%, com aumento de 12,8 p.p. em relação a 2016) e eletrodomésticos (39,4%). PRODUTOS QUE COMPRA COM CARTÃO DE LOJA, CREDIÁRIO OU CARNÊ Roupas, calçados e acessórios (bolsas, carteiras, cintos, bijuteria, etc) Eletrônicos (computadores, celulares, câmeras digitais, tablets, etc) Eletrodomésticos (fogão, geladeira, ferro de passar roupas, microondas etc) 40% 39% 64% Artigos de cama, mesa e banho Móveis Alimentos (supermercado) 29% 28% 26% Maquiagem, perfumes, cremes, loções, etc Brinquedos 12% 17% Outros Não sei 2% 2% A seguir, serão mostrados os dados específicos de cada modalidade de crédito investigada. 4

CARTÃO DE LOJA 40% POSSUEM CARTÃO DE LOJA; ENTRE ESTES, 36% JÁ FICARAM COM O NOME SUJO DEVIDO AO USO Quatro em cada dez entrevistados possuem cartão de loja (40,5%), com percentuais mais expressivos entre os que pertencem à Classe A/B (57,2%), ao passo em que 58,5% não possuem. A média é de 2,1 cartões por pessoa (aumentando para 2,3 entre as mulheres e na Classe A/B e 2,4 entre os que residem nas capitais), embora a maior parte tenha apenas um cartão (39,5%, com queda de 7,9 p,p em relação a 2016). Considerando a forma de aquisição, observa-se que 50,1% aceitaram a oferta da loja e 39,8% tomaram a iniciativa. Uma em cada quatro pessoas que possuem cartão de loja adquiriram-no com a intenção de poder fazer mais compras (26,3%). Para outros 21,4%, o crédito foi oferecido com um valor pré-aprovado e quiseram aproveitar a oportunidade, enquanto 16,3% mencionam alguma necessidade ou imprevisto. 5

POR QUE ADQUIRIU O CARTÃO DA LOJA 26% 21% 16% 15% 13% 5% 2% 1% 1% Para poder fazer mais compras O crédito foi oferecido com um valor pré-aprovado e quis aproveitar a oportunidade Para alguma necessidade ou imprevisto Para não precisar andar com muito dinheiro no bolso/bolsa/ carteira Porque não tinha muita burocracia para adquirir Porque algum amigo ou familiar pediu para que eu adquirisse Para poder pagar dívidas Para poder realizar um sonho de consumo Não sei 69,8% dos entrevistados que possuem cartão de loja garantem ter analisado as tarifas e juros no momento da aquisição (com aumento de 11,1 p.p em relação a 2016), sendo que 33,9% fizeram a análise completa (com aumento de 19,9 p.p em relação a 2016). Em contrapartida, 27,1% admitem ter negligenciado essas informações, sobretudo os mais velhos (44,0%). Neste caso, a resposta mais comum é que na hora nem pensaram nisso (19,2%). Dividir as compras em prestações que cabem no bolso é algo tentador. Mas é preciso saber, também, se o pagamento dessas prestações não comprometerá a renda e, consequentemente, o pagamento de outras despesas. Além disso, com a facilidade do parcelamento, corre-se o risco de exagerar nas compras por impulso ou sem planejamento. Por mais que cada parcela pareça, individualmente, acessível, o que conta é o comprometimento da renda por períodos que muitas vezes são muito alongados alerta o educador financeiro do Meu Bolso Feliz, José Vignoli. 53,8% daqueles que possuem cartão de loja afirmam não ter parcelas a pagar, atualmente (com aumento de 35,4 p.p em relação a 2016). Dentre os que possuem, a média é de 4,5 prestações (com aumento de 1,8 pontos em relação a 2016). 72,5% garantem não ter parcelas em atraso, ao passo em que 24,9% afirmam o contrário. Neste caso, a média é de 2,3 prestações pendentes de pagamento. Finalmente, 35,9% admitem já ter ficado com o nome sujo por causa do cartão de loja, sendo que 13,0% ainda estão nesta situação (com aumento de 6,6 p.p em relação a 2016), sobretudo os que pertencem à Classe C/D/E (17,8%). 6

CREDIÁRIO E CARNÊ 26% POSSUEM CREDIÁRIO E, ENTRE OS QUE AINDA ESTÃO PAGANDO, 25% DIZ TER PARCELAS EM ATRASO 26,4% da amostra possuem crediário e carnê, especialmente as mulheres (31,1%) e os residentes do interior (29,3%), enquanto 71,7% não possuem esta modalidade de crédito. A média é de 1,5 por pessoa (com queda de 0,2 ponto em relação a 2016), mas vale observar que 51,4% disseram ter apenas um crediário ou carnê no momento da pesquisa. No que diz respeito à forma de aquisição, 48,0% dizem ter feito a solicitação junto ao banco/ loja/ instituição/ fintech/ aplicativo, enquanto 33,4% aceitaram a oferta feita. Assim como na modalidade anterior, a principal motivação para adquirir o crediário/carnê é a possibilidade de fazer mais compras (32,4%), seguida de alguma necessidade ou imprevisto (20,8%) e do fato de não haver burocracia para adquirir (19,1%). 7

POR QUE ADQUIRIU CREDIÁRIO/CARNÊ Para poder fazer mais compras 32% Para alguma necessidade ou imprevisto Porque não tinha muita burocracia para adquirir 21% 19% Para poder realizar um sonho de consumo Para poder pagar dívidas Porque algum amigo ou familiar pediu para que eu adquirisse 14% 6% 2% Não sei 5% 67,2% garantem ter analisado as tarifas e/ou juros cobrados ao adquirir o crediário/carnê, sendo que 32,6% realizaram a análise completa (com aumento de 16,7 p.p. em relação a 2016). Ao mesmo tempo, 27,4% não deram atenção a essas informações. No caso destes consumidores, 13,9% justificam dizendo que na hora nem pensaram nisso. 33,1% dos entrevistados que possuem crediário não têm parcelas a pagar atualmente. Considerando apenas os 48,7% que possuem compromissos, a média é de 4,7 prestações a pagar. A maioria garante não haver parcelas atrasadas no crediário/carnê (68,2%), embora 25,3% admitam entre uma e seis prestações pendentes de pagamento. A pesquisa ressalta ainda que 39,2% já ficaram com o nome sujo devido a pagamentos pendentes no crediário/carnê, sendo que 13,3% ainda estão nesta situação (com aumento de 7,4 p.p em relação a 2016), especialmente as mulheres (18,8%). O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, acrescenta: No caso do crediário e do carnê, há uma particularidade que merece atenção: frequentemente há juros embutidos nas parcelas, o que encarece a compra e pode torná-la desvantajosa. Por isso, o ideal é comparar o valor total da compra parcelada com aquele que seria cobrado na aquisição à vista. Assim a pessoa pode ter uma ideia mais realista dos custos e negociar descontos, por exemplo. Mas, novamente, de nada adianta abrir um crediário se a compra ultrapassar a capacidade de pagamento mensal. O recomendável, então, é analisar cuidadosamente o próprio orçamento e verificar se existem condições para assumir uma dívida de médio prazo. 8

CHEQUE PRÉ-DATADO NECESSIDADES E SITUAÇÕES IMPREVISTAS SÃO AS MOTIVAÇÕES PARA A SOLICITAÇÃO DE CHEQUE PRE-DATADO O cheque pré-datado corresponde à operação de crédito em que o consumidor realiza o pagamento de algum produto ou serviço a prazo, valendo-se, para isso, de quantas folhas de cheque forem acordadas com o vendedor. Assim, por exemplo, se a compra for combinada em três parcelas, será preciso assinar três folhas, cada uma com vencimento específico. Apesar de ser um meio prático de dividir o pagamento de produtos e serviços, a pesquisa indica que o cheque pré-datado é pouco utilizado entre os consumidores. Apenas 7,6% da amostra dizem possuí-lo, enquanto 90,2% afirmam o contrário. Dentre aqueles que utilizam o pré-datado, 48,6% fizeram a solicitação junto ao loja/ instituição, enquanto 28,7% aceitaram uma oferta feita como forma de pagamento da compra. Considerando as motivações para aderir a esta modalidade de crédito, 50,5% mencionam alguma necessidade ou imprevisto, ao passo em que 12,5% pretendiam pagar dívidas e 10,9% justificam dizendo que não houve burocracia na aquisição. Em média, o cheque pré-datado é usado 8,7 vezes ao ano, mas vale acrescentar que a maior parte faz uso raramente (45,7%). Os produtos mais adquiridos com este meio de pagamento são alimentos supermercado/mercearia (34,4%), materiais de construção (19,6%) e móveis (18,5%). 9

Questionado a respeito dos motivos para usar o cheque pré-datado, 27,6% citam o prazo para pagar, enquanto 23,1% falam na possiblidade de fazer compras mesmo quando não há dinheiro. Para outros 11,8%, a justificativa é a o parcelamento do valor das compras. MOTIVOS PARA USAR CHEQUE PRÉ-DATADO 28% 23% 12% 10% 8% 14% 5% Ter prazo para pagar Poder fazer compras mesmo quando não tem dinheiro Poder parcelar o valor das compras Ter maior controle das compras Ter maior controle dos pagamentos Outro Não sei Considerando a posse desta modalidade, 48,3% dos respondentes mencionam apenas um cheque prédatado, sendo que a média encontrada é de 1,7. Quatro em cada dez pessoas não têm parcelas a pagar atualmente (44,3%), embora seja preciso ressaltar que 21,6% não souberam informar. Por sua vez, outros 17,2% garantem possuir apenas uma parcela a pagar. No que se refere ao controle dos gastos mensais no cheque pré-datado, a pesquisa mostra que 86% controlam seus gastos, sendo a principal forma a anotação no canhoto do cheque (42,0%), seguida pela anotação em papel, caderno, agenda (23,4%) e do uso da planilha de computador (21,1%). A maioria afirma ter analisado as tarifas e/ou juros cobrados (59,5%), sendo que 27,8% verificaram ambos. Em contrapartida, 30,3% não verificaram nada, sobretudo por não terem pensado nisto na hora (23,0%). Por fim, a pesquisa revela que 38,4% dos que possuem cheque pré-datado já ficaram com o nome sujo por pagamentos em atraso e 12,7% ainda estão nesta situação. 10

Para a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, ainda que seja uma modalidade de crédito pouco utilizada, negligenciar o controle pode ser arriscado: O cheque pré-datado tem a vantagem de oferecer crédito de forma prática e rápida, mas, ao mesmo tempo, exige disciplina e cuidado. É importante destacar que a modalidade não é regulamentada por lei e, em tese, o cheque pode ser compensado antes da data indicada, gerando embaraços. Além disso, se o consumidor confunde ou se esquece das datas de pagamento, ou mesmo se ele assumir quantias acima de sua capacidade para honrar os compromissos, as consequências podem ser ruins. No uso de qualquer modalidade de crédito, o uso racional é a principal garantia contra o desequilíbrio no orçamento e os problemas financeiros, em geral. Somente o bom controle das parcelas a pagar e das receitas pode evitar que a pessoa perca a noção e acabe gastando além da conta. Ainda que o crédito facilite bastante o consumo, é sempre aconselhável checar o próprio bolso e analisar se, em determinado momento, é prudente assumir novas dívidas. Lembrando que a saúde financeira é uma consequência da organização do consumo e dos gastos. 11

CONCLUSÕES O cartão de loja, o crediário e o carnê são utilizados ao menos 9,3 vezes por ano Os produtos mais adquiridos por meio destas modalidades de crédito são roupas, calçados e acessórios (63,7%), eletrônicos (40,4%) e eletrodomésticos (39,4%). A principal vantagem percebida é poder parcelar as compras (22,7%), seguida da possibilidade de poder fazer compras mesmo quando não há dinheiro (14,3%), sobretudo entre os que residem nas capitais (21,7%), e de ganhar descontos no valor total das compras (13,1%). 12

CARTÃO DE LOJA 40,5% possuem cartão de loja. A média é de 2,1 cartões por pessoa. Considerando a forma de aquisição, observa-se que 50,1% aceitaram a oferta da loja e 39,8% solicitaram. 26,3% adquiriram o cartão de loja com a intenção de poder fazer mais compras. Para outros 21,4%, o crédito foi oferecido com um valor pré-aprovado e quiseram aproveitar a oportunidade, enquanto 16,3% mencionam alguma necessidade ou imprevisto. 69,8% garantem ter analisado as tarifas e juros no momento da aquisição. 53,8% daqueles que possuem cartão de loja afirmam não ter parcelas a pagar, atualmente. Dentre os que possuem, a média é de 4,5 prestações. 24,9% garantem ter parcelas em atraso. Neste caso, a média é de 2,3 prestações pendentes de pagamento. 13,0% estão negativadas pelo atraso no pagamento. 13

CREDIÁRIO E CARNÊ 26,4% da amostra possuem crediário e carnê. A média é de 1,5 por pessoa. Quanto à forma de aquisição, 48,0% dizem ter feito a solicitação junto à loja, enquanto 33,4% aceitaram a oferta feita. A principal motivação para adquirir o crediário/carnê é a possibilidade de fazer mais compras (32,4%), seguida de alguma necessidade ou imprevisto (20,8%) e do fato de não haver burocracia para adquirir (19,1%). 67,2% garantem ter analisado as tarifas e/ou juros cobrados ao adquirir o crediário/carnê. 27,4% não deram atenção a essas informações. 33,1% dos entrevistados que possuem crediário/carnê não têm parcelas a pagar atualmente. Considerando apenas os 48,7% que possuem compromissos, a média é de 4,7 prestações. 25,3% admitem entre uma e seis prestações atrasadas no crediário/carnê (68,2%). 39,2% já ficaram com o nome sujo devido a pagamentos pendentes no crediário/carnê, sendo que 13,3% ainda estão nesta situação. 14

CHEQUE PRÉ-DATADO 7,6% da amostra dizem possuí-lo. Dentre estes, 48,6% fizeram a solicitação junto a loja, enquanto 28,7% aceitaram uma oferta feita. Para aderir a esta modalidade de crédito, 50,5% mencionam alguma necessidade ou imprevisto, ao passo em que 12,5% pretendiam pagar dívidas e 10,9% justificam dizendo que não houve burocracia na aquisição. Em média, o cheque pré-datado é usado 8,7 vezes ao ano. Os produtos mais adquiridos com este meio de pagamento são alimentos supermercado/mercearia (34,4%), materiais de construção (19,6%) e móveis (18,5%). Quanto aos motivos para usar o cheque pré-datado, 27,6% citam o prazo para pagar, enquanto 23,1% falam na possiblidade de fazer compras mesmo quando não há dinheiro. Para outros 11,8%, a justificativa é a o parcelamento do valor das compras. 44,3% não têm parcelas a pagar atualmente, mas 21,6% não souberam informar. 17,2% garantem possuir apenas uma parcela a pagar. No que se refere ao controle dos gastos mensais no cheque pré-datado, a principal forma é a anotação no canhoto do cheque (42,0%), seguida pela anotação em papel, caderno, agenda (23,4%) e do uso da planilha de computador (21,1%). 59,5% afirmam ter analisado as tarifas e/ou juros cobrados, em contrapartida, 30,3% não verificaram nada. 38,4% dos que possuem cheque pré-datado já ficaram com o nome sujo por pagamentos em atraso e 12,7% ainda estão nesta situação. 15

METODOLOGIA PÚBLICO-ALVO MÉTODO DE COLETA TAMANHO AMOSTRAL DA PESQUISA DATA DE COLETA DOS DADOS Consumidores de todas Pesquisa realizada 601 casos, gerando margem 20 a 30 de março as regiões brasileiras, pela web. Os de erro no geral de 4,0 de 2017. das capitais e interior, dados foram p.p para um intervalo de homens e mulheres, pós-ponderados confiança a 95%. com idade igual ou para ficarem maior a 18 anos, representativos do de todas as classes universo estudado. econômicas. 16