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Transcrição:

Boletim 1010/2016 Ano VIII 29/06/2016 Ford renova PPE para evitar demissões no ABC Por Eduardo Laguna Depois de quase três meses de negociação, a Ford acertou com os operários da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a renovação por mais três meses do programa de proteção ao emprego, o PPE. Implementado em janeiro, o programa reduz em um dia por semana a jornada de trabalho no parque industrial, onde são montados carros, do modelo Fiesta, e caminhões. A montadora obtém uma economia de 20% no pagamento de salários e, em troca, fica proibida de demitir seus empregados num momento em que a indústria de veículos enfrenta uma das crises mais graves da história. O acordo, aprovado ontem de manhã em assembleia dos trabalhadores, inclui ainda a abertura de um programa de demissões voluntárias (PDV) a partir do mês que vem. O objetivo é cortar 400 vagas de trabalho: 300 das áreas de produção e 100 de departamentos administrativos, que ficaram de fora da renovação do PPE e voltam a trabalhar normalmente. Nos próximos três meses, com a intenção de aproveitar ao máximo o efetivo, reduzindo a mão de obra ociosa, a Ford vai treinar os operários para que eles possam trabalhar tanto na produção de carros como na linha de montagem de caminhões. Mesmo assim, a montadora ainda terá uma força de trabalho excedente estimada em 450 operários, que serão afastados da produção a partir de outubro quando a fábrica voltará a produzir de segunda a sextafeira em esquema de "layoff" (suspensão temporária de contratos de trabalho). Pelas regras do "layoff", enquanto o trabalhador permanecer afastado, parte de seu salário R$ 1,4 mil será paga pelo governo por um período de no máximo cinco meses. Em comunicado, o sindicato dos metalúrgicos da região diz que o acordo evitou que a Ford demitisse de forma arbitrária cerca de 850 trabalhadores, assim como manteve o reajuste salarial negociado anteriormente. Segundo a entidade, a montadora, após o PDV, se comprometeu a preservar os empregos até janeiro de 2018. A Ford, por sua vez, informou que o acordo trabalhista visa adequar sua estrutura às condições do mercado. 1

Sindicato vai pedir falência da KarmannGhia, no ABC paulista Por Eduardo Laguna - SÃO PAULO O sindicato dos metalúrgicos da região do ABC paulista informou hoje que vai pedir na Justiça a falência da fabricante de autopeças KarmannGhia, cuja fábrica em São Bernardo do Campo está, conforme a entidade, em situação de abandono. O objetivo da medida, tomada após consultas ao departamento jurídico e aos trabalhadores, é garantir a preferência dos funcionários no pagamento de dívidas a partir da decretação da falência da empresa. Insolvente e com uma indefinição sobre a propriedade que não permite saber nem mesmo quem são os reais donos da KarmannGhia, a fábrica de autopeças já está há 47 dias ocupada pelos operários. O movimento visa impedir a retirada de máquinas do local. Os trabalhadores estão sem salários desde o fim de 2015. O último valor pago foi o correspondente a 25% do salário de um mês, depositado em dezembro. Não era possível continuar assim, diz, em nota, o presidente do sindicato, Rafael Marques, acrescentando que a medida judicial deverá ser proposta nos próximos dias. A ocupação começou no dia 13 de maio, depois de a Justiça dar parecer favorável aos antigos proprietários da empresa devido ao não pagamento pelos controladores atuais de valores negociados na compra da fábrica. O impasse jurídico, conforme o sindicato, gerou uma indefinição sobre a propriedade da companhia que agravou o que já era uma grave crise na KarmannGhia. (FONTE: Valor Econômico dia 29/06/2016) 2

Ford unifica equipes de carro e caminhão para enfrentar crise Mesmo grupo de empregados irá trabalhar nas duas linhas em dias alternados; para evitar 850 demissões, empresa fará PDV e lay-off CLEIDE SILVA - O ESTADO DE S.PAULO Em razão da alta ociosidade de suas fábricas, a Ford fará uma sinergia na mão de obra das linhas de produção de automóveis e de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que sempre operaram com equipes independentes. Com a junção de atividades, a empresa alega que ficará com 850 trabalhadores excedentes, de um total de 4,5 mil. Segundo a companhia, com a otimização e sinergia da mão de obra o mesmo grupo de empregados irá trabalhar nas duas linhas em dias alternados. Para evitar demissões aleatórias, a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC acertaram acordo que prevê abertura de um programa de demissão voluntária (PDV) para 400 trabalhadores (300 da produção e 100 do administrativo), voltado principalmente para funcionários já aposentados. Os outros 450 excedentes terão os contratos suspensos, no chamado lay-off, por período inicial de cinco meses, mas com possibilidade de prorrogação. Nesse programa, parte dos salários é paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Outra medida aprovada em assembleia de trabalhadores ontem é a prorrogação, por três meses, do Programa de Proteção ao Emprego para cerca de 3 mil operários. O PPE, adotado em janeiro, venceria amanhã. O programa permite a redução de jornada e salários cuja parcela também é bancada pelo FAT. De julho a setembro, os funcionários dos setores de carros (atualmente a fábrica produz apenas o Fiesta) e de caminhões passarão por treinamento para atuar nas duas linhas. Foi um processo longo de quase três meses de negociação. Com o acordo conseguimos tirar o fantasma das demissões sumárias que pairava sobre a fábrica, disse, em nota, o presidente do sindicato, Rafael Marques. Inicialmente, a entidade foi informada de que a fábrica teria 1.110 excedentes. O acordo vai dar conta de 3

gerir o excedente nesse cenário de crise econômica, que tem impactado profundamente o setor automotivo, preservando os empregos e abrindo espaço para a discussão do futuro da planta, afirmou Marques. A Ford informou, também por meio de nota, que as medidas serão adotadas em razão da contínua deterioração das condições de negócios e consequente redução dos volumes de vendas e produção. Mercado em queda. As vendas totais de caminhões caíram 31,2% de janeiro a maio ante igual período de 2015, para 21,3 mil unidades. As de automóveis e comerciais leves tiveram recuo de 26,4%, para 785,6 mil unidades, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A Ford é a segunda montadora a anunciar que não vai renovar o PPE, nesse caso a partir de outubro. A Mercedes-Benz, outra fabricante de caminhões no ABC paulista, suspendeu o programa no fim de maio, após nove meses de adesão. Como afirma ter 2 mil funcionários excedentes (20% do seu efetivo), a empresa abriu um PDV e mantém 1,8 mil trabalhadores em licença remunerada. Segundo a Anfavea, até o fim de maio o setor contabilizava 6 mil funcionários em lay-off e 29,6 mil no PPE, trabalhando um dia a menos por semana. Chery. Nesta terça-feira, 28, a montadora chinesa Chery e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos confirmaram acordo anunciado na semana passada de lay-off por cinco meses para 180 dos 400 funcionários da fábrica de Jacareí (SP). A partir de segunda-feira toda a produção será suspensa até início de dezembro. Permanecerão na fábrica apenas funcionários dos setores de administração e manutenção. Além de estoques suficientes dos dois modelos fabricados na unidade, o Celer e o QQ, a empresa alega necessidade de preparar a linha de montagem para o início da produção do utilitário-esportivo Tiggo, hoje importado do Uruguai. (FONTE: Estado de SP dia 29/06/2016) 4

Os dois lados da reforma trabalhista Além da terceirização, nenhuma outra iniciativa foi tomada pelo Congresso Duas correntes se digladiam em torno da reforma trabalhista. De um lado integrantes da Justiça do Trabalho e centrais sindicais, contrários a quaisquer alterações. Do outro, os adeptos da modernização, preocupados com o crescente desemprego de Norte a Sul do País. Recente manifesto divulgado por 19 ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) expressa a rejeição contra algo que denominam "desconstrução do Direito do Trabalho". A ideia seria perversa sob os aspectos econômicos, sociais, previdenciários, políticos, entre outros. O documento faz a defesa da Justiça do Trabalho, cujo papel "ganha relevância nos momentos de crise em que a efetivação dos direitos de caráter alimentar é premente e inadiável". Interessante notar que a ideia perversa até hoje não se fez conhecer. Além de projeto de lei que trata da terceirização, e se encontra no Senado Federal, nenhuma outra proposta objetiva se encontra em discussão. Com mais de 73 anos de vida já era tempo de a legislação, cujo centro de gravidade é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ter sido revista e atualizada. O documento do TST confessa "que o Brasil de hoje é bem diferente da época da criação da Justiça do Trabalho, o que é verdade. Temos grandes indústrias, instituições financeiras de porte internacional e tecnologias avançadas que modernizam as relações de trabalho na cidade e no campo, além de liberdade de contratação, o que leva a questionamentos sobre o rigor na proteção ao trabalho". Neste aspecto está correto O mundo passa por transformações incessantes. Países subdesenvolvidos revelam ter evoluído mais e melhor do que o Brasil. 5

O sistema econômico internacional, caracterizado pela rápida evolução tecnológica e crescente globalização, repudia políticas protecionistas que defendam empresas ineficientes e preservem a baixa produtividade. Doze milhões de desempregados deveriam atrair o interesse dos inimigos da reforma e levá-los a investigar os motivos da crise que afeta o mercado interno, reduz o consumo, desindustrializa e elimina postos de trabalho. Retomar o crescimento econômico e gerar empregos é urgente, mas exige muito dinheiro e ambiente caracterizado pela segurança jurídica. Ignorar milhões de conflitos individuais e coletivos que permeiam as relações de trabalho, ou considerá-los fatos positivos, indica aversão à realidade. O capital é raro e precioso, porém móvel e covarde. Há alguns anos o Brasil deixou de ser território atraente aos investidores, em virtude de amplo conjunto de incertezas, entre as quais avultam as questões trabalhistas. Basta olhar para o número de ações trabalhistas, ou observar o volume de pagamentos feitos a reclamantes nas Varas do Trabalho. São dados facilmente localizados no Relatório Anual do Tribunal Superior do Trabalho O documento do Tribunal Superior do Trabalho passa ao largo de questões concretas, tais como a insegurança jurídica que desestimula investidores. Outra questão é a ficção legal de que todo empregado é um incapaz. Há ainda a estrutura sindical sobrevivente da Carta Constitucional de 10 de novembro de 1937, sob a qual foi elaborada a Consolidação das Leis do Trabalho. Modernizar a legislação trabalhista é inadiável. Compete ao presidente Michel Temer (PMDB) assumir a iniciativa. Almir Pazzianotto Pinto é advogado, ex-ministro do Trabalho e ex-presidente do TST pazzianottopinto@hotmail.com 6

Preços na indústria voltam a aumentar em maio, mostra IBGE São Paulo - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem que os preços da indústria (IPP) variaram 0,90% em maio, ante queda de 0,34% em abril. É o primeiro resultado positivo depois de três negativos consecutivos. No mês passado, 11 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços. As quatro maiores ocorreram entre os produtos compreendidos nas indústrias extrativas (11,37%), farmacêutica (2,99%), alimentos (2,82%) e impressão (2,82%). Em termos de impacto, sobressaíram alimentos (0,57 ponto percentual), indústrias extrativas (0,33 ponto), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,13 ponto) e outros produtos químicos (0,09 ponto). O indicador acumulado no ano até maio atingiu retração de 0,61%, contra resultado negativo de 1,49% em 2016 até abril. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador foram destaques: indústrias extrativas (14,58%), outros produtos químicos (-8,19%), farmacêutica (6,90%) e impressão (6,73%), segundo o IBGE. Os setores de maior influência no IPP acumulado de 2016 até foram outros produtos químicos (-0,88 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,68 ponto), alimentos (0,62 ponto) e indústrias extrativas (0,40 ponto percentual). Em 12 meses, a variação de preços ocorrida foi de 5,61% em maio, contra 4,67% em abril. Segundo o IBGE, as quatro maiores variações ocorreram em alimentos (16,61%), fumo (14,24%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (13,62%) e impressão (12,99%). Já entre as grandes categorias econômicas, houve variação de -0,38% em bens de capital; 1,19% em bens intermediários; e 0,75% em bens de consumo, sendo que 0,49% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,83% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Na perspectiva do acumulado no ano, as variações foram de -0,72% em bens de capital (com influência de -0,06 ponto percentual), -1,93% de bens intermediários (-1,10 ponto) e 1,59% de bens de consumo (0,55 ponto). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,14 ponto percentual. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,41 ponto, pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Na taxa acumulada em 12 meses, a variação em bens de capital foi de 6,93%; bens intermediários, 4,03%; e bens de consumo, 7,87%, sendo que a maior influência foi de bens de consumo não duráveis de 2,45 pontos percentuais. Da redação (FONTE: DCI dia 29/06/2016) 7

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