TÍTULO I DO DIREITO PESSOAL SUBTÍTULO I DO CASAMENTO CAPÍTULO X DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DO VÍNCULO CONJUGAL Art

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Transcrição:

Curso de Direito Parte Especial Livro IV Do Direito de Família Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 7 DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DO VÍNCULO CONJUGAL P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA TÍTULO I DO DIREITO PESSOAL SUBTÍTULO I DO CASAMENTO CAPÍTULO X DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DO VÍNCULO CONJUGAL Art. 1.571... 1.582 Conceitos: Separação por mútuo consentimento, Separação Judicial Litigiosa, Divórcio Judicial, Divórcio Direto, Divórcio Direto Consensual Extrajudicial, Separaçãoremédio, Separação-sanção. Espécies de Separações Judiciais Espécies de Separações Judiciais Por Mútuo Consentimento É a separação amigável ou consensual, prevista no artigo 1.574 do Código Civil: Dar-se-á a separação judicial por mútuo consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de um ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente homologada a convenção. Inexiste necessidade de justificar a separação, sendo suficiente a declaração de vontade dos cônjuges. Separação Judicial a Pedido de um dos Cônjuges (Litigiosa) A separação decorre de ação judicial com imputação de falta grave por um dos cônjuges ao outro. Constituem faltas graves violações aos deveres do casamento o descumprimento dos deveres de fidelidade

Curso de Direito Parte Especial Livro IV Do Direito de Família Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 2 / 7 recíproca, ausência de coabitação e recusa ao dever de mútua assistência. Também pode ter por causa a separação de fato há mais de ano associada à impossibilidade de restabelecimento da sociedade conjugal. Doenças mentais de difícil cura adquirida após o casamento e existente há mais de dois anos, crimes difamantes, conduta desonrosa e tentativa de suicídio também são motivos para separação judicial. Divórcio Divórcio O divórcio é causa a ensejar o término da sociedade conjugal, podendo dar-se por sentença judicial ou extrajudicialmente por escritura pública. Permite que os ex-cônjuges contraiam novo matrimônio. Divórcio Conversão Após um ano do trânsito em julgado da sentença que decretar a separação judicial qualquer das partes poderá requerer a conversão da separação em divórcio. Divórcio Direto Na ausência da separação judicial, mas transcorrido dois anos da separação de fato, podem os cônjuges, sem justificativa da causa, requerer o divórcio direto. Divórcio Direto Consensual Extrajudicial O Divórcio Direto, atendidos determinados requisitos, pode ser realizado no cartório com a presença de advogado, com redução do prazo para sua concretização. Requisitos: Separação de fato a mais de dois anos ou judicialmente a mais de um ano; Inexistência de filhos menores ou incapazes; Cônjuges assistidos por advogado. Imóveis a serem partilhados: Certidão da matrícula ou da transcrição de eventuais imóveis; Certidão negativa de Tributos Imobiliários; Comprovante do IPTU quitado. Bens móveis a serem partilhados demonstrativos de:

Curso de Direito Parte Especial Livro IV Do Direito de Família Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 3 / 7 Eventuais veículos: Certificado de Propriedade do Veículo; Eventuais ações negociais na Bolsa; Eventuais cotas de participações em empresas privadas; Eventuais créditos diversos. Se correr excesso de meação (um dos cônjuges renunciar sua parte na divisão dos bens) deverão ser recolhidos o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). Separação-Remédio e Separação-Sanção O Código Civil de 2002 instituiu mudanças nas disposições atinentes à dissolução do casamento, tais como a razão pela qual os cônjuges findam o matrimônio. Duas dessas alterações são a separação-remédio e a separação-sanção. Separação-Remédio: Ocorre quando as partes decidem se separar consensualmente (separação por mútuo consentimento). Separação-Sanção: Ocorre quando um dos cônjuges descumpre um dever conjugal e culmina na separação judicial. Artigos do Código Civil Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: I - pela morte de um dos cônjuges; II - pela nulidade ou anulação do casamento; III - pela separação judicial; IV - pelo divórcio. 1 O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. 2 Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial. Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum. 1 A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição. 2 O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável. 3 No caso do parágrafo 2, reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver pedido a separação judicial, os remanescentes dos bens que levou para o casamento, e se o regime dos bens adotado o permitir, a meação dos adquiridos na constância da sociedade conjugal. Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:

Curso de Direito Parte Especial Livro IV Do Direito de Família Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 4 / 7 I adultério; II tentativa de morte; III sevícia ou injúria grave; IV abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo; V condenação por crime infamante; VI conduta desonrosa. Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum. Art. 1.574. Dar-se-á a separação judicial por mútuo consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de um ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente homologada a convenção. Parágrafo único. O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação judicial se apurar que a convenção não preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cônjuges. Art. 1.575. A sentença de separação judicial importa a separação de corpos e a partilha de bens. Parágrafo único. A partilha de bens poderá ser feita mediante proposta dos cônjuges e homologada pelo juiz ou por este decidida. Art. 1.576. A separação judicial põe termo aos deveres de coabitação e fidelidade recíproca e ao regime de bens. Parágrafo único. O procedimento judicial da separação caberá somente aos cônjuges, e, no caso de incapacidade, serão representados pelo curador, pelo ascendente ou pelo irmão. Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação judicial e o modo como esta se faça, é lícito aos cônjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular em juízo. Parágrafo único. A reconciliação em nada prejudicará o direito de terceiros, adquirido antes e durante o estado de separado, seja qual for o regime de bens. Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar: I - evidente prejuízo para a sua identificação; II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida; III - dano grave reconhecido na decisão judicial. 1 O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá renunciar, a qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome do outro. 2 Nos demais casos caberá a opção pela conservação do nome de casado. Art. 1.579. O divórcio não modificará os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos. Parágrafo único. Novo casamento de qualquer dos pais, ou de ambos, não poderá importar restrições aos direitos e deveres previstos neste artigo. Art. 1.580. Decorrido um ano do trânsito em julgado da sentença que houver decretado a separação judicial, ou da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos, qualquer das partes poderá requerer sua conversão em divórcio. 1 A conversão em divórcio da separação judicial dos cônjuges será decretada por sentença, da qual não constará referência à causa que a determinou.

Curso de Direito Parte Especial Livro IV Do Direito de Família Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 5 / 7 2 O divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os cônjuges, no caso de comprovada separação de fato por mais de dois anos. Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens. Art. 1.582. O pedido de divórcio somente competirá aos cônjuges. Parágrafo único. Se o cônjuge for incapaz para propor a ação ou defender-se, poderá fazê-lo o curador, o ascendente ou o irmão. Questões extraídas de concursos públicos (data do acesso: 22/03/2017). A reprodução das questões segue a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998), em especial os incisos III e VIII do artigo 46: "Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; (...) VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores." Concurso: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro Analista Processual Ano: 2016 Caderno: Tipo 1 Branco Questão: 73 Aplicação: FGV Projetos Disponível em: http://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/concursos/mprj/mprj_2016_analista_do_ministerio_publico_- _Area_Processual_(AMPPR)_Tipo_1.pdf Eduardo, embora casado com Maria, encontra-se separado de fato há três anos, sendo que há um ano e meio vive maritalmente com Alessandra, mantendo convivência pública, duradoura e contínua. Considerando que Alessandra, em virtude de um acidente, não pode ter filhos, é correto afirmar que (A justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica): A) Inexiste união estável entre Eduardo e Alessandra, já que ele se mantém casado; B) Eduardo e Alessandra estão em relação de união estável, pelo simples fato de estarem juntos há mais de um ano, requisito único para sua configuração; C) Eduardo e Alessandra estão em relação de união estável, já que a separação de fato exclui o impedimento decorrente do casamento; D) inexiste união estável entre Eduardo e Alessandra, já que ela não pode ter filhos; E) Inexiste união estável entre Eduardo e Alessandra, já que o prazo mínimo para sua configuração é de cinco anos.

Curso de Direito Parte Especial Livro IV Do Direito de Família Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 6 / 7 Concurso: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro Analista Processual Ano: 2016 Caderno: Tipo 1 Branco Questão: 74 Aplicação: FGV Projetos Disponível em: http://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/concursos/mprj/mprj_2016_analista_do_ministerio_publico_- _Area_Processual_(AMPPR)_Tipo_1.pdf Severino, diante da comprovada infidelidade de sua esposa Conceição, ao manter relação amorosa com Carla, sua colega de trabalho, ajuizou ação de responsabilidade civil pleiteando indenização decorrente de lesão a direito da personalidade. Com base no exposto, é correto afirmar que (A justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica): A) Não há responsabilidade civil de Carla perante Severino, já que não lhe é imposto zelar pelos deveres recíprocos de fidelidade do casal; B) Não há responsabilidade civil de Carla perante Severino, já que não houve lesão a direito de personalidade na hipótese em questão; C) Não há responsabilidade civil de Carla perante Severino por falta de amparo legal, já que a questão de ordem de família não gera efeitos obrigacionais no âmbito da responsabilidade civil; D) Houve dano moral que deve ser ressarcido por Carla, em razão da inobservância do dever de fidelidade; E) Não há responsabilidade civil de Carla por não haver inobservância do dever de fidelidade quando se trata de envolvimento entre pessoas do mesmo sexo. Concurso: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro Analista Processual Ano: 2016 Caderno: Tipo 1 Branco Questão: 76 Aplicação: FGV Projetos Disponível em: http://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/concursos/mprj/mprj_2016_analista_do_ministerio_publico_- _Area_Processual_(AMPPR)_Tipo_1.pdf Everaldo manteve relação de união estável durante treze anos com Priscila. Da união nasceu Barbara. Luciana é a filha mais velha de Priscila, proveniente de outro relacionamento. Após a separação, Everaldo iniciou um relacionamento amoroso com Luciana, o qual já dura dois anos. Nesse contexto, é correto afirmar que (A justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica): A) Não há qualquer impedimento no matrimônio de Everaldo com Luciana, já que nunca houve qualquer vínculo familiar entre eles; B) Everaldo somente poderá contrair matrimônio com Luciana após dez anos de separação de Priscila; C) Por haver uma relação de parentesco em linha reta, Everaldo e Luciana não podem contrair matrimônio; D) Por haver uma relação de afinidade em linha reta, Everaldo e Luciana não podem contrair matrimônio; E) Não há qualquer impedimento no matrimônio de Everaldo com Luciana, já que o vínculo familiar que havia entre eles findou a partir da separação dele e de Priscila.

Curso de Direito Parte Especial Livro IV Do Direito de Família Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 7 / 7 Concurso: Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte Ano: 2015 Caderno: Prova Padrão Questão: 33 Aplicação: CESPE / UnB Disponível em: http://www.cespe.unb.br/concursos/dpe_rn_15_defensor/arquivos/208dpern_001_01.pdf De acordo com as regras que disciplinam o casamento, assinale a opção correta (A justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica). A) Os impedimentos impedientes para o casamento constituem mera irregularidade e geram apenas efeitos colaterais sancionadores, mas não a nulidade do matrimônio. B) Será nulo o casamento do divorciado, enquanto não for homologada ou decidida a partilha dos bens do casal, ainda que seja demonstrada a inexistência de prejuízo para o ex-cônjuge. C) O casamento pode ser realizado mediante procuração, por instrumento público ou particular com poderes especiais. D) A revogação do mandato precisa chegar ao conhecimento do mandatário, pois, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tomem ciência da revogação, o casamento será válido, sem que possa o mandante ser compelido a indenizar por perdas e danos. E) Os impedimentos absolutamente dirimentes para o casamento são proibições legais que, se forem desrespeitadas, geram a nulidade do matrimônio, mas podem ser supridas ou sanadas. Concurso: Concurso Público para Outorga de Delegação de Serviços Notariais e Registrais do Estado do Rio Grande do Sul Ano: 2015 Caderno: Tipo de Prova 1 Questão: 37 Aplicação: FAURGS Disponível em: http://www.faurgsconcursos.ufrgs.br/2015/tjrs1501/gabprv/r%20-%20m1.pdf Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta a respeito da disciplina da realização de inventário, partilha e divórcio consensual, instituída pela Lei nº 11.441/2007 (A justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica). A) Havendo testamento ou interessado incapaz, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. B) A escritura do divórcio consensual não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis. C) O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem de comum acordo, sendo facultativa a assistência por advogado. D) O divórcio consensual pode ser realizado por escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia dos filhos menores.