22-03-2015 PROCESSO DE REABILITAÇÃO. 1as JORNADAS TRANSDISCIPLINARES EM AMPUTADOS DO MEMBRO INFERIOR



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Transcrição:

1as JORNADAS TRANSDISCIPLINARES EM AMPUTADOS DO MEMBRO INFERIOR PROCESSO DE REABILITAÇÃO AVALIAÇÃO EM FISIOTERAPIA DA PESSOA COM AMPUTAÇÃO EM REGIME AMBULATÓRIO Monserrat Conde, Alexandre Coelho Amadora, 13 de Fevereiro de 2015 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Principais objetivos do programa de reabilitação de amputados dos membros inferiores (Ervajec, 2008): Incremento da funcionalidade (ABVD s) com especial incidência na mobilidade, i.e, a capacidade do amputado em deambular de forma independente na comunidade Reintegração a baixo custo e eficaz na comunidade Avaliar a capacidade aeróbia Avaliação funcional da mobilidade, nomeadamente, capacidade residual em deambular de forma independente na comunidade associada ao nível de amputação Avaliar o desempenho das ABVD s Condição física do indivíduo está directamente relacionada com o seu desempenho nas actividades da vida diária (ABVD s) (Butland et al, 1982) Butland RJA PJ, Gross ER, et al. Two-, Six-, and Twelve-Minute Walking Tests in respiratory disease. Br MedJ (Clin Res Ed). 1982;284:1607-8. Erjavec T, Presern-Strukelj M, Burger H. The diagnostic importance of exercise testing in developing appropriate rehabilitation programmes for patients following transfemoral amputation. Eur J Phys Rehabil Med. 2008;44:133-9. 1

AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO Níveis de amputação do membro inferior Hemipelvectomia Desarticulação da anca Transfemoral Desarticulação do joelho Transtibial Syme Níveis de amputação membro inferior Mediotársica /Chopart Tarsometatársica/ Lisfranc Transmetatársica Desarticulação dos dedos AVALIAÇÃO EXAME SUBJETIVO Etiologia de Amputação Vascular Diabetes Mellitus Aterosclerose Vasculite Não Vascular Traumática Neoplásica Queimadura Congénita Infecciosa Data de admissão SMFR Data da Amputação Atual Nº Amputações Antes da Atual Nível das Amputações Cirurgias Anteriores Membro Remanescente (Artralgias/Claudicação intermitente) Medicação Estado Emocional 2

EXAME SUBJETIVO EXAME SUBJETIVO Patologias Associadas (Ex: Cardíaca, HTA, Renal) Consultas de Seguimento HTA Diabetes Cirurgia Vascular Centro de Saúde Médico Família CONTEXTO SOCIAL Vive: Sozinho Familiares Instituição HABITAÇÃO Térrea/Prédio Escadas (nº degraus) Elevador (S/N) Adaptações técnicas (elevador escadas) Produtos Apoio (WC) EXAME OBJETIVO EXAME OBJETIVO CAPACIDADE FUNCIONAL (Testes e Escalas) Antes da Amputação Depois da amputação DEAMBULAÇÃO Cadeira de rodas Andarilho Muletas Axilares Canadianas Tripé Sem auxiliares PARAMETROS VITAIS Peso Sp02 Pressão Arterial Frequência Cardíaca Glicemia MEMBRO RESIDUAL Dor fantasma Sensação de membro fantasma Cicatrização 3

EXAME OBJETIVO EXAME OBJETIVO MEMBRO RESIDUAL Contraturas Choked Stump Syndrome -Hiperémia de pressão negativa Alterações da sensibilidade (superficial/profunda) Neuromas Alterações ósseas (espiculas) Revestimento cutâneo (flictenas, quistos epidermoides, dermatite de contato, infeções bacterianas ou fúngicas, lesões neoplásicas cutâneas (Meulenbelt, 2009) MEMBRO RESIDUAL Cerca de 50% das causas de abandono da utilização da prótese estão relacionadas com questões dermatológicas (Meulenbelt, 2011) Aproximadamente 40% dos amputados já teve um problema de pele (Dudek, 2005) Quanto maior for a actividade do amputado maior a probabilidade de desenvolver problemas de pele (Dudek, 2005). Meulenbelt HE, Jan H. Geertzen, Marcel F. Jonkman, Pieter U. Dijkstra. Determinants of Skin Problems of the Stump in Lower-Limb Amputees. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, Vol. 90, Issue 1, p74 81 Meulenbelt HE, Geertzen JH, Jonkman MF, Dijkstra PU. Skin problemas of the stump in lower limb amputees: 1 A clinical study. Acta Derm Venereol. 2011 Mar;91(2):173-7. Dudek NL, Marks MB, Marshall SC, Chardon JP. Dermatologic conditions associated with use of a lower-extremity prosthesis. Arch Phys Med Rehabil 2005;86:659-6 Meulenbelt HE, Geertzen JH, JonkmanMF, Dijkstra PU. Skin problemas of the stump in lower limb amputees: 1 A clinical study. Acta Derm Venereol. 2011 Mar;91(2):173-7. COMPRIMENTO EXAME OBJETIVO Bordo Inferior do ísquion até à porção distal do membro residual (TF) T. rotuleano até à porção distal do membro residual (TT) PERIMETRIA/FLUTUAÇÕES de VOLUME Desde do bordo inferior do grande trocânter ( 5/5 cm) (TF) Desde T. rotuleano (3/3 cm) (TT) FORÇA MUSCULAR Membros superiores e inferiores AMPLITUDES ARTICULARES Membros superiores e inferiores Questionários, escalas e testes de avaliação de funções do indivíduo amputado (Hebert et al., 2009) Função Mental Activity-Specific Balance Confidence Scale (ABC) Attitudes to Artificial Limbs Questionnaire (AALQ) Body Image Questionnaire (BIQ) Amputee Body Image Scale (ABIS) Engagement in Everyday Activities Involving Revealing the Body (EEARB) Amputation-Related Body Image Scale (ARBIS) Multidimensional Body-Self Relations Questionnaire (MBSRQ) Beck Depression Inventory (BDI) Center for Epidemiological Studies Depression Scale (CES-D) General Health Questionnaire (GHQ-28) Geriatric Depression Survey (GDS) Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) Hebert JS, Wolfe DL, Miller WC, Deathe AB, Devlin M, Pallaveshi L. Outcome measures in amputation rehabilitation: ICF body functions. Disabil Rehabil. 2009;31(19):1541-54. 4

Questionários, escalas e testes de avaliação de funções do indivíduo amputado (Hebert et al., 2009) Função Sensorial e Dor Socket Comfort Score (SCS) Escalas de dor (VAS) Estático Dinâmico Função Cardiovascular e Respiratória One Leg Cycling Test (VO2 max) Função Neuromuscular e Movimento Velocidade na marcha (2MWT, 6MWT) Controlo Postural (L-Test, TUG) Hebert JS, Wolfe DL, Miller WC, Deathe AB, Devlin M, Pallaveshi L. Outcome measures in amputation rehabilitation: ICF body functions. Disabil Rehabil. 2009;31(19):1541-54. - 6 Minutos de Marcha (6MWT) Se o resultado do teste for maior do que 20 segundos, a probabilidade de uma protetização bem sucedida é de cerca de 80% (Bohannon 1994). É um exercício submáximo, seguro, práctico, barato e tecnicamente simples de realizar (Kervio, 2005; Ingle, 2009; Janudis, 2010) Actualmente é o teste de marcha mais usado para avaliar a capacidade aeróbia em diferentes patologias (Newton, 2009) É uma ferramenta útil de prognóstico relativamente: Desempenho funcional capaz de fazer e capacidade funcional realmente fazer (Gailey, 2002; Lin, 2008; Parker, 2010) Avalia o metabolismo aeróbio relacionado com as ABVD s (Davidoff, 1992) Davidoff GN, Lampman RM, Westbury L, Deron J, Finestone HM, Islam S. Exercise testing and training of persons with dysvascular amputation: safety and efficacy of arm ergometry. Arch Phys Med Rehabil. 1992 Apr;73(4):334-8. RICHARD W. BOHANNON (1994) ONE-LEGGED BALANCE TEST TIMES. Perceptual and Motor Skills: Volume 78, Issue, pp. 801-802. Lin SJ, Bose NH. Six-minute walk test in persons with transtibial amputation. Arch Phys Med Rehabil. 2008 Dec;89(12):2354-9. 5

Teste 6 Minutos de Marcha (6MWT) Desenvolvido por (Podsiadlo, 1991) o TUG demonstrou ser similar às actividades da vida diária que envolvem determinadas componentes físicas (Harada, 1999; Kervio, 2003): O teste de marcha deve ser aplicado de acordo com as indicações da American Thoracic Society (ATS, 2002) Mobilidade física Controle postural Realização de transferências Capacidade de marcha Contorno de obstáculos ATS statement: guidelines for the six-minute walk test. Am J Respir Crit Care Med. 2002 Jul 1;166(1):111-7. Schoppen T, Boonstra A, Groothoff JW, de Vries J, Goeken LN, Eisma WH. The Timed "up and go" test: reliability and validity in persons with unilateral lower limb amputation. Arch Phys Med Rehabil. 1999 Jul;80(7):825-8. Kervio G, Ville NS, Leclercq C, Daubert JC, Carre F. [Use of the six-minute walk test in cardiology]. Arch Mal Coeur Vaiss. 2005 Dec;98(12):1219-24. Medida Independência Funcional (MIF) ITENS: 18 SCORE: 1 a 7 Mínimo: 18 Máximo: 126 Podsiadlo D, Richardson S. The timed "Up & Go": a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991 Feb;39(2):142-8. 6

Trans-femoral Fitting Predictor (Condie, 2011) Locomotor Capabilities Index (LCI5) TRANSFEMORAL FITTING PREDICTOR Please answer each of the following questions by drawing a circle around the number of the response that best expresses your assessment of the patient. Is the patient able to: (1) (2) (3) (4) Itens: 9 Score: 1 a 4 Mínimo: 9 Máximo: 36 1 Move from supine to sitting over the side of the bed? 2 Transfer from bed to wheelchair and back? 3 Transfer from wheelchair to a chair with arms? 4 Both apply the brakes and move the footplates on their wheelchair while sitting in it? [Must be able to do both] Itens:14 Score: 0 a 4 Mínimo:14 Máximo: 56 5 Get from sitting to standing in the parallel bars by pushing up from the arms of the wheelchair? 6 Stand on the remaining limb for 5 seconds without holding onto the parallel bars? 7 Stand with the Early Walking Aid in situ, for 30 seconds, with no upper limb support? 8 Walk to the end of the parallel bars using the Early Walking Aid, turn and walk back? 9 Walk, using appropriate walking aids, out with the parallel bars for 10 metres? Condie ME, McFadyen AK, Treweek S,Whitehead L. The Trans-femoal Fitting Predictor: a functional measure to predict prosthetic fitting in transfemoral amputees validity and reliability. Arch Phys Med Rehabil 2011;92:1293-7. Franchignoni, F, Orlandini, D, Ferriero, G, Moscato, T.A (2004) Reliability, Validity, and Responsiveness of the Locomotor Capabilities Index in Adults With Lower Limb Amputation Undergoing Prosthetic Training. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation 85:743-748 Pneumatic Post-Amputation Mobility Aid (PPAM Aid) Femurett DISPOSITIVOS MÉDICOS DE MARCHA Pneumatic Post-Amputation Mobility Aid (PPAM Aid) Auxiliar de pneumático de mobilidade pós-amputação projetado para a carga parcial. Indicado para desarticulações do joelho e amputações transtibiais Permite o inicio utilização 7-10 dias pós amputação Permite a re-educação de reações posturais e equilíbrio Treino de marcha precoce Inicio precoce da transferência de peso Redução do edema do membro residual Aumento do controlo muscular do membro residual Preparação do coto para protetização Permite uma melhor avaliação do potencial de protetização e reabilitação. NHS Training for physiotherapy support workers. Workbook 2, Amputee Rehabilitation, 2003. 7

Femurett Femurett é um dispositivo de treino e avaliação para amputados transfemurais. Indicações de utilização similares ao PPAM Aid Fácil ajuste Pode ser ajustado em altura para satisfazer os medidas exatas do paciente. Joelho- articulado com mola de extensão e trancador para maior segurança do doente Alinhamento ajustável em varo e valgo Limite de peso: 105 kg. NHS Training for physiotherapy support workers. Workbook 2, Amputee Rehabilitation, 2003. Medicare-Níveis de Capacidade Funcional K-Level (Gailey et al. 2002) K-Level 0 Não tem capacidade ou potencial para deambular nem transferir-se de forma segura, com ou sem assistência. Gailey RS, Roach KE, Applegate EB, Cho B, Cunniffe B, Licht S, et al. The amputee mobility predictor: an instrument to assess determinants of the lower-limb amputee's ability to ambulate. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83:613-27. Medicare-Níveis de Capacidade Funcional K-Level (Gailey et al. 2002) Medicare-Níveis de Capacidade Funcional K-Level (Gailey et al. 2002) K-Level 1 Tem capacidade ou potencial para usar uma prótese para transferir-se ou para deambular em superfícies planas com uma cadência regular. K-Level 2 Tem capacidade ou potencial para deambular com possibilidade de transpor barreiras arquitetónicas simples, tais como lancis, escadas ou superfícies irregulares. 8

Medicare-Níveis de Capacidade Funcional K-Level (Gailey et al. 2002) Medicare-Níveis de Capacidade Funcional K-Level (Gailey et al. 2002) K-Level 3 Tem capacidade ou potencial para deambular com cadência variável. Desloca-se na comunidade com possibilidade de transpor a maioria das barreiras arquitetónicas. K-Level 4 Tem capacidade ou potencial para deambular além das competências básicas de deambulação apresentando elevados níveis de impacto, stress ou energia. Este nível inclui as crianças, adultos ativos ou atletas amputados. Encaixe Liner Espuma termoplástica Meias para o membro residual (Nylon, algodão) Revestimento cosmético ( ) Suspensão (Pino ou membrana hipobárica) Articulações (Anca/joelho/Tibio-társica) Mecanismo trancador Pé Avaliação cuidada e sistematizada do amputado Utilização escalas funcionais e testes específicos Determinar os níveis de capacidade funcional (K-level) Utilização de dispositivos médicos específicos de marcha (Pneumatic Post-Amputation Mobility Aid (PPAM Aid); Femurett) Orientação para a prescrição dos componentes da prótese Criar objetivos realistas no amputado e respetivos cuidadores. 9

TUDO É POSSÍVEL! BIBLIOGRAFIA Lim TS, Finlayson A, Thorpe JM, Sieunarine K, Mwipatayi BP, Brady A, et al. Outcomes of a contemporary amputation series. ANZ J Surg. 2006;76:300-5. Butland RJA PJ, Gross ER, et al. Two-, Six-, and Twelve-Minute Walking Tests in respiratory disease. Br MedJ (Clin Res Ed). 1982;284:1607-8. Gailey RS, Roach KE, Applegate EB, Cho B, Cunniffe B, Licht S, et al. The amputee mobility predictor: an instrument to assess determinants of the lower-limb amputee's ability to ambulate. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83:613-27. Hebert JS, Wolfe DL, Miller WC, Deathe AB, Devlin M, Pallaveshi L. Outcome measures in amputation rehabilitation: ICF body functions. Disabil Rehabil. 2009;31(19):1541-54. Henk E. Meulenbelt, Jan H. Geertzen, Marcel F. Jonkman, Pieter U. Dijkstra. Determinants of Skin Problems of the Stump in Lower-Limb Amputees. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. 2009, Vol. 90, Issue 1, p74 81 Meulenbelt HE, Geertzen JH, Jonkman MF, Dijkstra PU. Skin problemas of the stump in lower limb amputees: 1 A clinical study. Acta Derm Venereol. 2011 Mar;91(2):173-7. Dudek NL, Marks MB, Marshall SC, Chardon JP. Dermatologic conditions associated with use of a lowerextremity prosthesis. Arch Phys Med Rehabil 2005;86:659-6 Davidoff GN, Lampman RM, Westbury L, Deron J, Finestone HM, Islam S. Exercise testing and training of persons with dysvascular amputation: safety and efficacy of arm ergometry. Arch Phys Med Rehabil. 1992 Apr;73(4):334-8. Lin SJ, Bose NH. Six-minute walk test in persons with transtibial amputation. Arch Phys Med Rehabil. 2008 Dec;89(12):2354-9. Condie ME, McFadyen AK, Treweek S,Whitehead L. The Trans-femoral Fitting Predictor: a functional measure to predict prosthetic fitting in transfemoral amputees validity and reliability. Arch Phys Med Rehabil 2011;92:1293-7 NHS Training for physiotherapy support workers. Workbook 2, Amputee Rehabilitation, 2003. 10