UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS-UEA PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PÓS-GRADUAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA RICARDO ALFREDO MAIA DA SILVA O FUTSAL FEMININO NA ESCOLA MANAUS AM 2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS-UEA PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PÓS-GRADUAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA RICARDO ALFREDO MAIA DA SILVA O FUTSAL FEMININO NA ESCOLA DISSERTAÇÃO DE CONCLUSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO A SER APRESENTADO À UNIVERSIDADE DO AMAZONAS COMO REQUISITO PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA. ORIENTADOR: PROF. DR. VANDERLAN SANTOS MANAUS - AM 2015
O FUTSAL FEMININO NA ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA RESUMO O presente trabalho tem como objetivo contribuir, sobretudo na educação permanente de adolescentes, que refere à prática esportiva com o objetivo não apenas de desenvolver o físico, mas também o incentivo ao espírito criativo, a consolidação da criação em um ambiente de solidariedade e paz; visando com isso a melhoria na qualidade de vida de nossas alunas que estão incorporando a prática do futsal em suas vidas pela satisfação em jogar promovendo momentos recreativos, culturais e esportivos, onde os participantes possam desenvolver suas habilidades e capacidades, tais como participação em intercâmbios esportivos e culturais, e participação nos Jogos Escolares.
INTRODUÇÃO A escola assumiu o papel mais importante no que diz respeito à aquisição dos hábitos e prática esportiva pelos jovens através dos aspectos físicos e disciplinares, além de promover à autoconfiança, a participação no meio social, a cooperação entre colegas e a compreensão dos princípios democráticos de uma vivência coletiva. O esporte, como um todo, é um dos conteúdos mais utilizados pela educação física escolar. Dentre os esportes o futsal é um dos, se não o mais utilizado no âmbito escolar. Essa escolha se deve pela grande semelhança com futebol, dito o esporte mais popular do Brasil. Na educação física escolar, enquanto o futebol constituía-se no principal, quando não o único, conteúdo das aulas dos meninos, às meninas eram oferecidos jogos e brincadeiras e entre as modalidades esportivas podia-se encontrar o voleibol, o basquetebol e o handebol. Um dos principais empecilhos para a expansão da prática do futebol feminino no Brasil refere-se ao discurso preconceituoso e estereotipado que predominou durante o último século em nosso país que considerava o futebol e /ou futsal como um território masculino, pois a sociedade reservava para as mulheres o papel de esposa, mãe, ou seja, apenas expectadora. Embora o futsal ainda esteja associado ao universo masculino, a visibilidade da mulher no esporte foi sendo modificada ao longo do tempo e, com isso, meninas/mulheres vem conquistando esse território, pois sua participação está cada vez mais em ascensão.
A PRÁTICA DO FUTSAL FEMININO NA ESCOLA Notando o interesse das minhas alunas pelo futsal, elaborei um projeto cujo objetivo é de promover momentos de aprendizagem a adolescentes sobre fundamentos e as regras atualizadas do futsal. Tendo como objetivos específicos: Oferecer atividades esportivas com caráter educacional, estimulando crianças e adolescentes a manter uma interação afetiva com amigos, professores e familiares contribuindo assim, para o seu desenvolvimento integral e social; Proporcionar atividades especifica para a melhoria das capacidades físicas e habilidades motoras de acordo com o nível de cada aluno; Contribuir para a diminuição da exposição aos riscos sociais (drogas, evasão escolar e outros) e melhoria da qualidade de vida; Possibilitar condições físicas adequadas para a prática esportiva, visando participação em competições. Os conteúdos oferecidos são: dorso do pé...); Histórico do futsal; Conhecimento espaço/temporal na quadra; Domínio sobre a bola (chute, passe, recepção, condução...); Passes (de parte interna do pé, de parte externa do pé, com o Condução de bola (pé direito, pé esquerdo...); Chute (rasteiro, meia altura, pé direito, pé esquerdo...); Fintas (individual equipe); Táticas (defensivas e ofensivas); Regras oficiais de acordo com a CBFS;
humano. As drogas e seus efeitos maléficos no corpo e na mente do ser METODOLOGIA Vídeos para se apreender os fundamentos táticos e técnicos, individual e coletivo do futsal; Aulas teóricas e técnicas, individuais e coletivas do futsal; Aulas teóricas e expositivas; Aulas práticas; Jogos amistosos entre escolas; Participação em torneios e campeonatos. LOCAL E PÚBLICO ALVO Esse projeto é executado na Escola Estadual de ensino médio Antonio Lucena Bittencourt, para adolescentes de 15,16 e 17 anos (juvenil). RECURSOS MATERIAS Bolas; Cronometro; Apito; Jogos de Coletes; Cones; Bolas de medicine ball; Bombas para encher bola.
HORÁRIO Segundas, quartas e sexta feira na quadra da escola no horário de 18:00 as 21:30 h. Das 18: as 19:00 h exercícios físicos Das 19: as 21:30 h fundamentos e prática. O processo de escolha dos alunos participantes, foi através de seletiva, onde foram escolhidas 12 alunas e o critério para essa escolha foram: a habilidade técnica e senso coletivo de equipe. No inicio da prática realizei alguns jogos para ver até onde ia à habilidade das alunas, nessa questão houve uma diferenciação muito grande, no primeiro jogo as alunas iam todas para cima da bola, independente do seu time, o gol era pouco visado e o fundamento passe não existia. Ao final da aula os alunos já evidenciaram uma cooperação maior do que a do inicio tocando a bola para as colegas, apesar daquelas com maior habilidade ainda ser mais individualista. Também notei que a afetividade do grupo era quase que nenhuma Já haviam grupos formados e quando eu pedia para elas se dividirem em equipes algumas tinham certa resistência em ficarem juntas, outras não participavam efetivamente das atividades se uma determinada aluna estivesse em sua equipe e através do convívio e conversas essa afetividade sofreu mudanças, pois no decorrer das aulas os grupos não foram desfeitos, más havia uma maior interação entre elas tornando as aulas mais tranquilas. Questões como socialização e cooperação que eram pouco presente entre os grupos formados começaram a surgir, provando mais uma vez que o esporte pode ser usado não apenas de forma técnica mas como instrumento de agregação de povos.
Com os treinamentos houver evoluções técnicas e táticas e fomos para nossa primeira competição os jogos distritais que serve de seletiva para os jogos estudantis, ficamos com a primeira colocação. A nossa segunda competição foram os Jogos Estudantis onde saímos na oitavas de final jogando bem e fomos desclassificados nos pênaltis. Atualmente somos a Escola campeã dos Jogos da Juventude da Federação Amazonense de Desporto Escolar (FADE), titulo esse que nos credencia a participar do Campeonato Brasileiro em 2016 que servira de seletiva para os Jogos Mundiais de Desporto Escolar.
CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS O futsal feminino acaba sofrendo preconceitos que advém de fatores culturais, sociais, os quais precisam ser revistos, já que são fatores limitantes do desenvolvimento não somente do futsal, mas do esporte feminino como um todo. Necessita assim, de apoio das instituições desportivas para que gere uma valorização das praticantes no esporte e no meio em que vivem, a fim de que possibilite uma diminuição ou extinção do preconceito relacionado às mulheres. Na escola há preconceito principalmente por parte de alunos, pois ao ser proposto a atividade, muitos ficaram decepcionados, outros pediram para eu utilizar de outros esportes como vôlei e basquete. Mas no decorrer das aulas pude notar que grande parte desse preconceito foi quebrado. Foram várias as dificuldades encontradas no inicio e no decorrer do projeto, dificuldades são sempre citadas, quando se fala em esporte dentro da escola. Apesar de todas as dificuldades as aulas foram desenvolvidas dentro do esperado atingindo os objetivos propostos.
REFERÊNCIAS BLIOGRÁFICAS DARIDO, S. C. Futebol feminino no Brasil: Do seu Início á Prática Pedagógica, Motriz Revista de Educação Física WWW.rc.unesp.br/efisica/motriz/08n2/darido;pdf Oliveira, R. C. O Futebol nas aulas de Educação Física: entre dribles, preconceitos e desigualdades. Motriz Revista de Educação Física, Rio Claro, vol.12, nº3,2006; WWW.periodicos,rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/article/vie warticle/70.