METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
Objetivo: Preparar seminários. Nesta aula: Seminário e esquema
SEMINÁRIO O seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate. Em geral, é empregado nos cursos de graduação e pós-graduação. A finalidade do seminário é pesquisar e ensinar a pesquisar com método, individualmente ou em grupo. Desenvolve não só a capacidade de pesquisa de análise sistemática de fatos, mas também o hábito do raciocínio, da reflexão, possibilitando ao estudante a elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos. Visa mais à formação do que a informação. Ele pode ser apresentado sob a forma de mesa-redonda. Todavia é necessário que todos os participantes estejam bem preparados sobre o assunto. O seminário exige intensa preparação prévia e não serve para matar aula, colocando alunos despreparados para fala no lugar do professor. Alguns passos para o seminário: Determinar um problema a ser trabalhado; Definir a origem do problema e da hipótese; Estabelecer o tema; Compreender e explicar o tema-problema; Dedicar-se à elaboração de um plano de investigação; Definir fontes bibliográficas, observando alguns critérios.
Características de uma boa apresentação Durante a comunicação oral de trabalhos, exigem-se as mesmas qualidades que devem ter os trabalhos escritos: Concisão Clareza Vocabulário correto A duração deverá ser a mínima exigida para a apresentação sintética do tema. A linguagem e o conteúdo deverão ser adequados para a generalidade dos ouvintes presentes. O entusiasmo e a competência que o autor demonstrar durante a exposição de seu trabalho são decisivos para manter a atenção e o interesse do público, além disso, deve-se trabalhar para que a apresentação seja também bastante atrativa, fazendo-se o uso adequado das projeções. Objetivos Ensinar pesquisando; Revelar tendências e aptidões para a pesquisa; Levar a dominar a metodologia científica de uma disciplina; Conferir espírito científico; Ensinar a utilização de instrumentos lógicos de trabalho intelectual; Ensinar a coletar material para a análise e interpretação, colocando a objetividade acima da subjetividade; Introduzir, no estudo, interpretação e crítica de trabalhos mais avançados em determinado setor de conhecimento; Ensinar a trabalhar em grupos e desenvolver o sentimento de comunidade intelectual entre os educandos e entre estes e os professores. Ensinar a sistematizar fatos observados e refletir sobre eles; Levar a assumir atitudes de honestidade e exatidão nos trabalhos efetuados; Dominar metodologia científica em geral;
Defeitos Improvisação: o principal e mais grave dos defeitos decorre, em geral, da falta de um planejamento da exposição oral, de sua organização apressada, ou de ambas as coisas. Perder muito tempo: introduzindo o assunto e dando detalhes sobre como fez o experimento. Repetição: dizer as mesmas coisas ao fazer a introdução, explicar a metodologia, dar os resultados. Programação: a falta de uma boa programação pode obrigar o autor a voltar atrás para dizer coisas que havia esquecido. Como falar? A apresentação pode ser comprometida pela maneira de falar, pela pronúncia defeituosa (sobretudo em línguas estrangeiras) ou pela dificuldade dos ouvintes escutarem claramente o que diz: Quando o autor fala muito baixo; Quando se volta de costas para o público; Quando expõe sem dirigir-se para o público e fica falando em direção à tela (não olha nos olhos das pessoas). Quando o autor tem defeitos de dicção ou não se esforça para falar com clareza; Quando faz muitas pausas para pensar e procurar palavras., fala rápido demais e de modo monótono (varie o ritmo e o tom de voz ao longo da fala). Quando se apoia em muletas (né, annn, unnn etc.). Quando se mantém parado ou faz gestos repetitivos o tempo todo (varie os gestos e os movimentos). Defeitos relacionados com o material usado ou equipamento: Ilustrações mal feitas; O slide contém frases longas; Letras e números muito pequenos; Projeção fora de foco; As ilustrações estão fora de ordem;
Organização da apresentação Faça um ensaio prévio; Veja no relógio se a duração é conveniente; Corte seletivamente as frases e parágrafos menos importantes; Nunca tentar enganar os interlocutores, inventando ou fugindo do assunto. Responder a questões levantadas sem dar sinais de que isso o perturba ou desagrada. Enfatize resultados e conclusões; Faça um esquema de tópicos com o que pretende abordar. Respondendo às perguntas do auditório A apresentação oral não deve ser exaustiva, assim como as respostas, que devem ser curtas e incisivas. Perguntas por escritos podem ser uma boa opção. Se não souber a resposta, diga que não dispõe da informação correspondente.
Roteiro de um Seminário Sobre a exposição oral: Procurar informações por meio de bibliografias, documentos, entrevistas com quem sabe mais sobre o assunto, em observações, etc. Discutir o material coletado, confrontar pontos de vista, formular conclusões e organizar o material. Sobre o procedimento na elaboração do roteiro: qualidade da exposição: controle de si; voz e vocabulário; relacionamento com a classe. seleção e uso do material didático: uso de recursos audiovisuais; uso de ilustrações, textos, etc.; Como todo trabalho científico, o seminário deve conter 3 partes: exatidão da matéria; planejamento; unidade do assunto; sequência no desenvolvimento; adequação da matéria: à classe e ao tempo disponível; seleção da matéria: - qualidade; - quantidade. Introdução: breve exposição do tema central (proposição), dos objetivos e da bibliografia utilizada. Deve-se apresentar para a classe o roteiro do seminário. Desenvolvimento: exposição dos tópicos numa sequência organizada: explicação, discussão e demonstração. Conclusão: síntese de toda a reflexão, com as contribuições do grupo para o tema.
Esquema Características do esquema: Reduz-se à enumeração dos elementos que fazem parte de um texto. O esquema pode ser expresso através de ideias centrais do texto; é a representação gráfica do que se leu. Fidelidade ao original; Estrutura lógica; Flexibilidade e funcionalidade (em uma só olhada, pode-se ter a ideia clara do conteúdo). Serve para: Providenciar documentação e crítica bibliográfica; Realizar a pesquisa; Elaborar um texto-roteiro didático, bibliográfico ou interpretativo. Ele pode ser feito com chaves e listagens numéricas, por exemplo: itens I, II, III, IV, etc. Sua elaboração pressupõe a compreensão das relações entre as partes; sem ela, não é possível esquematizar.
REFERÊNCIAS E LEITURAS RECOMENDADAS: APPOLINÁRIO, Fabio. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2004. BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007, p. 73 D ONOFRIO, Salvatore. Da Odisséia ao Ulisses: evolução do gênero narrativo. São Paulo: Duas Cidades, 1981. D ONOFRIO, Salvatore. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo: Atlas, 1999. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. O ensino jurídico e a produção de teses e dissertações. São Paulo: Edgard Blucher, 2008. LIPMAN, Matthew. A filosofia vai à escola. São Paulo: Summus Editorial, 1990.. A filosofia na sala de aula. São Paulo: Nova Alexandria, 1994.. O pensar na educação. Petrópolis: Vozes, 1995. LORIERI, Marcos Antônio. Filosofia no ensino fundamental. São Paulo: Cortez, 2002. MATTAR, Fauze. Pesquisa de marketing. São Paulo: Atlas, 2001. MEZZAROBA, Orides. Manual de metodologia da pesquisa no direito. São Paulo: Saraiva, 2004 REY, Luís. Planejar e redigir trabalhos científicos. São Paulo: Edgard Blucher, 1993. ROCHA, Ailton Schramm. Metodologia da pesquisa em direito e filosofia. São Paulo: Saraiva, 2011. RODRIGUES, Zuleide Blanco. Desenvolvendo habilidades básicas de pensamento: possibilidades de reflexão e pensar correto. Disponível em: <http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/ desenvolvendohabilidades.htm>. Acesso em 14 mar. 2006. SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez, 1980. SUCHODOLSKI, Bogdan. A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. Lisboa: Livros Horizonte, s/d.