Boletim junho/2017 Programa de Implantação de Compliance Concorrencial 1 Com a palavra, o Agente de Compliance Eduardo Lamy Dia 1º de julho, no Rio de Janeiro será dada continuação ao curso de Compliance Concorrencial para Cooperativas de Anestesiologistas, com as três últimas disciplinas Serão oferecidas mais três disciplinas do Curso de Compliance para Cooperativas de Médicos Anestesiologistas desenvolvido pela Equipe de Compliance da FEBRACAN Todos os participantes do primeiro módulo sejam os que acompanharam em Maceió ou em Florianópolis devem participar da continuação do curso. Mas quem não puder ir agora, não se desespere! Você poderá ir à Brasília depois (JABC) para terminar nosso curso. E não deixem de responder o questionário final! Ele faz parte do processo de avaliação de nosso programa de Compliance.
Mídia digital e Ética médica A edição de abril/2017 trouxe regras para uma comunicação interna conforme o compliance. Agora, a FEBRACAN dá dicas de como se comunicar nas mídias digitais. 2 Todo mundo já sabe que é perigoso postar primeiro, pensar depois. Nudes, piadas sem graça... Se há postagens que afetam as pessoas que você ama, outras podem afetar a sua cooperativa. As mídias digitais fazem parte do dia a dia das organizações e da sua profissão.
O Conselho Federal de Medicina editou a Resolução nº. 2.126 em 2015 1, disciplinando os limites ao uso da comunicação digital, e complementando o que já havia determinado, quando da Resolução nº. 1974, em 2011 2. 3 O art. 2º da nova norma, que altera o texto do art. 13 da Resolução CFM nº. 1.974/2011, dá dimensão para o uso das mídias digitais pelos profissionais da medicina: sites, blogs, Facebook, Twitter, Whatsapp, YouTube e similares. É proibida: A publicação de selfie, imagens ou áudios que caracterizem sensacionalismo, autopromoção e concorrência desleal; Postagem de imagens de antes e depois dos procedimentos realizados. A resolução alerta que postagens frequentes de pacientes com elogio ao profissional ou com imagens sugestivas a esse respeito devem ser averiguadas pelos Conselhos Regionais de Medicina. Pode ser uma autopromoção antiética. As normativas são recentes, mas é a mesma atribuição dos Conselhos em investigar a conduta médica. Por que o rigor do CFM em regular a vida do médico? Pelo prejuízo potencial à coletividade. O uso inadequado de veículos de disseminação de informação e projeção de opinião podem acarretar problemas relevantes ao grupo, além de determinadas medidas afetarem a liberdade de mercado e a concorrência sadia e necessária ao consumidor. 1 Fonte:<https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2015/2126>. 2 Fonte:<https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2011/1974>.
Não é se intrometer na vida pessoal do médico, mas regular os atos que podem tangenciar o exercício da profissão, e afetar a estabilidade da profissão. 4 Não há problema algum que você poste selfies em sua rede social privada, o problema é a divulgação da selfie, enquanto se executa um procedimento médico. Naturalmente o CMF não tem que se meter na vida pessoal de ninguém. Mas, onde termina a vida social e começa a atividade profissional? Conveniente que nelas se mantenha discrição e sobriedade, porque todo e cada profissional é também uma imagem de sua profissão. Cada clique em redes sociais precisa, antes, ser pensada a partir dos parâmetros da ética médica, esboçada nos Códigos do CFM, porque a tangência entre pessoalidade e profissão é muito tênue na medicina. No caso da nova resolução, o CFM está delimitando parâmetros, os moldes que devem ser utilizados pela classe para utilizar mídias digitais de maneira adequada à atividade profissional. Segundo o preâmbulo da resolução de 2011, trata-se de uniformizar a publicidade na área médica, garantindo a livre concorrência. E é uma questão sustentabilidade para as cooperativas, quando elas promovem a conformidade com todas as regras de defesa da concorrência. A concorrência é desleal 3, quando é feita uma autopromoção deformada, isto é, claramente orientada para a captação de clientela. 3 Para todas as modalidades de concorrência desleal, consultar art. 195 da Lei nº. 9.279/1996.
Não se trata de limitar a possibilidade de cada médico promover sua atividade (não é uniformizar no sentido de criar um parâmetro único, mas sim no de apontar o que é proibido). 5 O médico tem condição de mostrar a sua atuação de maneira ética e lícita: as limitações previstas pelo CFM visam proteger a atividade médica. É muito melhor para a sociedade que a promoção profissional venha por informações relevantes com ênfase na própria medicina. É garantir o exercício da publicidade de maneira ética e conforme todos os regulamentos disciplinares do CFM. Portanto são resoluções que confirmam, em sua essência, a finalidade do CFM. E quando se fala em estar conforme os regulamentos, notadamente nas hipóteses em que seu condão é evitar a concorrência desleal (e, portanto, a violação ao regramento concorrencial), fala-se em compliance, fala-se em conformidade! Um abraço e até mês que vem! EQUIPE DE COMPLIANCE DA FEBRACAN Dúvidas sobre concorrência desleal? Acesse o site da FEBRACAN e faça a sua consulta! Vemo-nos dia 1º de julho no Rio de Janeiro, para mais uma etapa do curso e de coleta de dados para aferição da evolução proporcionada pela implantação do programa de compliance da FEBRACAN!