Implantação de Núcleos de Ação Educativa em Museus 1/33

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Transcrição:

Implantação de Núcleos de Ação Educativa em Museus 1/33

Desafios da Educação em Museus. 2/33

Quais estratégias o museu deve utilizar para cumprir o seu papel social? 3/33

Esse papel foi bem enfatizado no 3º Fórum Nacional de Museus, realizado em 2008, cujo tema foi Museus como agentes de mudança social e desenvolvimento. 4/33

Nesse sentido, a falta de compreensão do que seja a adoção de políticas educacionais por parte de alguns atores museais, e principalmente por aqueles que ocupam os cargos diretivos da instituição, impede que os setores educativos desenvolvam um trabalho de qualidade mesmo que eles se esforcem e procurem realizar diversas ações para atender os diferentes públicos. 5/33

Política é uma declaração de princípios, aprovada pela instância superior dos museus, que orienta o desenvolvimento de um plano de ação detalhado. (Educação em Museus Museums and Galleries Comission, p. 17) 6/33

De que modo os museus devem exercer sua política educacional? 7/33

A educação, como uma das políticas centrais do museu, é esclarecida por Santos (2008, p. 141): 8/33

O que é mais importante compreender é que todas as ações museológicas devem ser pensadas e praticadas como ações educativas e de comunicação, mesmo porque, sem essa concepção, não passarão de técnicas que se esgotam em si mesmas e não terão muito a contribuir para os projetos educativos que venham a ser desenvolvidos pelo museu [...]. (SANTOS, 2008, p. 141) 9/33

Para reforçarmos a função primordial do museu que é o seu compromisso com a educação, e o modo como deve ser exercida pelos atores museais, citamos Studart (2004b, p.38) que assim afirma: Não basta os educadores quererem dar um sentido claro ao seu trabalho, se este não fizer parte de uma política institucional. 10/33

Sendo assim, entende-se que não é possível o setor educativo desenvolver um bom trabalho se o conceito de educação não estiver inserido em todas as ações da cadeia operatória do museu. Contudo é possível compreender o porquê de muitos setores educativos estarem fadados ao isolamento dentro de suas próprias instituições, assumindo unicamente a responsabilidade, que deveria ser institucional, sobre o compromisso com a educação. 11/33

A publicação Educação em Museus, originalmente editada pelo Museums and Galleries Commission (2001), um órgão britânico, defende que, para que seja garantida a educação nos museus, é fundamental a adoção de uma política educacional escrita e aprovada pelo conselho do museu. 12/33

Conselho é o órgão máximo do museu, formado por pessoas físicas, ao qual compete a responsabilidade final sobre a política e as decisões relacionadas à governabilidade do museu (adaptado da definição da Associação de Museus). (Educação em Museus Museums and Galleries Comission, p. 18) 13/33

Expõe ainda que [...] cada museu deve procurar maximizar a função educativa de seus acervos e atividades, pois Exposições e documentação de acervos, por exemplo, têm importante potencial educativo (p.17). 14/33

A publicação também defende que o responsável pelo programa educativo seja um especialista em educação em museus e participe da instância diretiva. Assim, entende-se que esse profissional deve participar das discussões do museu e não ser meramente um receptor de decisões. 15/33

Um especialista em educação de museus deve saber como as pessoas aprendem a partir dos objetos, ter boa capacidade de comunicação e experiência prática. Em geral possui formação na área de educação e, talvez, também uma qualificação em Estudos de Museus. (No Brasil, idealmente, o educador de museus deve conhecer os processos de ensino e aprendizagem, as teorias de educação, comunicação e museologia. Sua formação deverá também, idealmente, ser multidisciplinar, abrangendo a área de conhecimento relativa à natureza do acervo do museu, educação e museologia. N. da Revisão Técnica.) (Educação em Museus Museums and Galleries Comission, p. 18) 16/33

Tendo em conta a proposição de ações educativas, tanto para públicos escolares como não escolares, entre eles os públicos especiais, ressalta-se que os museus necessitam de profissionais qualificados, assim como de assessorias de especialistas que orientem o trabalho a ser realizado com cada tipo de público, de acordo com suas especificidades. 17/33

Além disso lembramos que, para os educadores proporem ações direcionadas aos diferentes públicos e trabalharem diretamente com eles, esses profissionais precisam ter, além dos conhecimentos referentes ao acervo, outros que dizem respeito às particularidades relativas ao comportamento e níveis de compreensão de cada público específico, somente dessa forma estará previsto tanto o acesso cultural como também o acesso intelectual ao bem patrimonial. 18/33

Em sentido amplo a EDUCAÇÃO não se restringe a um setor isolado do museu, quando o correto é termos o envolvimento de todos os setores articulados entre si na tomada de decisões para exercer uma política educacional da instituição, inclusive aquelas pessoas que exercem cargos de liderança, ou seja, aqueles que decidem, batem o martelo, para que assim as ações e projetos do museu de fato ocorram. 19/33

Deve haver portanto a interlocução entre todos os atores do espaço museal no que compete a pensar e a planejar a Educação em todas as suas ações desenvolvidas. 20/33

A Educação nos museus possui um sentido muito mais abrangente. Não se restringe, portanto, ao atendimento do público escolar, como ainda pensam alguns gestores e atores de museus. Essa postura de gestão/atuação além de limitar o potencial dos setores educativos, uma vez que não são envolvidos nas discussões pertinentes às políticas e ações do museu, compromete o desempenho da própria instituição enquanto agente de mudança social e desenvolvimento. 21/33

Algumas questões para refletirmos a respeito do exercício da política educacional nos museus: 22/33

Como o museu pode exercer a sua política educacional se não prioriza o próprio acervo em seu planejamento anual de exposições? 23/33

Como o museu pode exercer a sua política educacional sem considerar a Educação para conceber suas exposições? 24/33

Como o museu pode exercer a sua política educacional se não divulga com antecedência sua programação cultural às escolas (ONGs, associações e outras instituições) para que possam organizar suas visitas em tempo hábil? 25/33

E para concluir o Rol de perguntas. 26/33

Como um museu pode promover transformações sociais, incluir e dar acesso se não atinge a amplitude do que caracteriza a Educação em museus? 27/33

Entre os principais obstáculos encontrados pelo setor educativo no desenvolvimento de suas ações, destacam-se: 28/33

A questão financeira; recursos humanos - falta de pessoal permanente no setor educativo, para realização de um trabalho continuado e não apenas ações pontuais; Espaço físico - falta de espaço próprio para o desenvolvimento dos projetos ou espaço apropriado para a aplicação das ações com o público; Política do museu em relação ao seu acervo - não priorizá-lo nos ciclos de exposições; 29/33

Tempo reduzido de duração das exposições temporárias 30 a 40 dias ; Nesse sentido, podemos questionar: São realizadas para quem e com qual propósito? Que públicos queremos atingir em tão pouco tempo? Devemos considerar também o tempo que os educadores necessitam para se apropriar dos conceitos e conteúdos de uma exposição, o que prejudica o desenvolvimento de projetos que contemplem diferentes públicos. Lembramos ainda que até mesmo a visita orientada, ação mais básica desenvolvida pelos educadores de museu, precisa de um tempo hábil de preparação por parte dos educadores, pois não se realiza uma mediação de qualidade sem prévio planejamento, pesquisa e estudo. 30/33

A falta de estratégia para estabelecer a comunicação com os públicos em potencial (rede de ensino formal pública e privada, e com instituições e entidades da sociedade civil organizada) para divulgar a programação, ou até mesmo para identificar possíveis interesses da visita; 31/33

A falta de definição de uma abordagem teórica que norteiam o trabalho educativo em suas ações. - Nesse sentido, indagamos: Quais concepções de educação consideramos como referências para o ensino em museus e por quais motivos? - por trabalhar com métodos que priorizem o diálogo? - por trabalhar com métodos que priorizem problematizações? - por trabalhar com métodos que priorizem a compreensão crítica? - por trabalhar com métodos que priorizem os saberes das pessoas e considerem como relevantes os seus níveis de compreensão? - por terem como princípios epistemológicos, que quem ensina também aprende com o outro? 32/33

Bibliografia de referência Educação em Museus / Museums and Galleries Commission; tradução de Maria Luiza Pacheco Fernandes. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Fundação Vitae, 2001. (Série Museologia, 3). ROSA BARBOSA, M. H.. Ações educativas em museus de arte: entre políticas e práticas. Palíndromo, v. 07, p. 109, 2012. SANTOS, Maria Célia T. Moura. Museu e educação: conceitos e métodos. In: Encontros museológicos: reflexões sobre a museologia, a educação e o museu. Rio de Janeiro: MinC/IPHAN/DEMU, 2008. STUDART, Denise Coelho. Conceitos que transformam o museu, suas ações e relações. In: DOSSIÊ CECA-Brasil. MUSAS Revista Brasileira de Museus e Museologia/ Instituto do Patrimônio Artístico Cultural, Departamento de Museus e Centros Culturais. Vol.1, n.1, (2004). Rio de Janeiro: IPHAN, 2004a.. Educação em museus: produto ou processo?. In: DOSSIÊ CECA-Brasil. MUSAS Revista Brasileira de Museus e Museologia/ Instituto do Patrimônio Artístico Cultural, Departamento de Museus e Centros Culturais. Vol. 1, n.1, (2004). Rio de Janeiro: IPHAN, 2004b. 33/33