Ação Educativa. Museu 2/62
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- Teresa Domingues Dias
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2 Museu 2/62
3 O museu é uma instituição permanente sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, investiga, comunica e expõe o património material e imaterial da humanidade e do seu meio envolvente com fins de educação, estudo e deleite. Base carta patrimonial de SANTIAGO DO CHILE ICOM, 1972 Disponível em: /, acesso em 19/09/14. 3/62
4 A definição contemporânea aponta o museu como espaço de educação e comunicação que, por sua vez, tem a ação educativa/cultural como uma política social e de caráter público. Na perspectiva de construção de uma cidadania consciente, e como reflexo dos desafios contemporâneos enfrentados pelos museus, uma nova forma de relação com o público é estabelecida privilegiando um caráter educativo com intuito de agregar significativos ganhos aos visitantes, ao qualificar seu contato com o bem patrimonial no espaço museológico. 4/62
5 Então para que servem os museus? 5/62
6 O orgulho de representar a cultura de uma nação ou um bem patrimonial mundial. 6/62
7 44: Museu Nacional do Hermitage, São Petersburgo, Rússia. Tempo: 4:56:04 7/62
8 Estar a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento. Assim, a função social foi atribuída ao museu, potencializa-o como um espaço que propicia a ampliação do campo de possibilidades para construção identitária, a percepção crítica da realidade cultural, o estímulo à produção do conhecimento e à produção de novas oportunidades de lazer. 8/62
9 Para que servem os museus? O museu atual é veículo de comunicação, educação e cultura, mas serve para mais do que isso, tornou-se um local de referência para sociedade a qual está inserido, contribuindo para o seu desenvolvimento. 9/62
10 10/62
11 Qual o objetivo de todos os esforços empregados em sua cadeia operatória de aquisição, salvaguarda e comunicação de bens patrimoniais? 11/62
12 Contribuir para o desenvolvimento da sociedade oferecendo conhecimento, educação e entretenimento à pessoas de todas as idades e grupos nas diferentes esferas da vida social. Segundo Figurelli (2012) o caráter social de uma ação museológica deve estar direcionado para a intervenção social que busca a transformação do meio. 12/62 Articulação entre Educação e Museologia: Disponível em: /, acesso em 19/09/14.
13 O museu passa a ser visto como instrumento, ferramenta para intervenção social. Mediante a essa nova concepção, como agir? 13/62
14 Com a promulgação da lei brasileira que rege a instituições museológicas desde janeiro de 2009 (Lei /09), e institui o Estatuto de Museus, estabelecendo em seu artigo 44 a necessidade deles terem seu plano museológico, o que passa a orientar os programas, os projetos e as ações museológicas. 14/62
15 Por meio de programas, projetos e ações que utilizem/trabalhem o bem patrimonial, no âmbito da educação. 15/62
16 Segundo NEVES (2003) [...] não há uma terminologia unificada referente à programação, programas e projetos museológicos, sendo estes conceitos usados como sinônimos não só entre diferentes autores, como, também, em um mesmo texto, o que acaba por gerar uma certa confusão. NEVES, Kátia Regina Felipini. Programas Museológicos e Museologia Aplicada: O Centro de Memória do Samba de São Paulo como estudo de caso. Cadernos de Sociomuseologia. Centro de Estudos de Sociomuseologia. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias P /62
17 Exemplo de Programas do Plano Museológico 17/62
18 Exemplo de estrutura organizacional de um museu 18/62
19 Programa Educativo Programa de exposições Programa de difusão Educação Conhecimento Entretenimento Ação Cultural Programação cultural 19/62
20 Refletir sobre conceitos. 20/62
21 Entende-se por Ação Cultural toda a forma de atividade que possa dinamizar a atuação do Museu e enriquecer a vivência da comunidade em que está inserido. (...) seu principal objetivo: inserir o Museu na vida da comunidade. Princípios básicos da museologia: Disponível em: /, acesso em 19/09/14. 21/62
22 Entende-se por (...) procedimentos que promovem a educação no museu, tendo o acervo como centro de suas atividades. (...) voltada para a participação, reflexão crítica e transformação da realidade social. Fonte: 22/62
23 Educação em Museus Todos os museus oferecem oportunidades para aprendizagem e entretenimento. A educação é uma das funções centrais dos museus. O gerenciamento eficaz das atividades educativas em museus poderá aumentar e aprimorar essas oportunidades. (Educação em Museus Museums and Galleries Comission, p. 17) 23/62
24 Educação em Museus Educação em museus está fundamentada na experiência/vivência, onde às atividades são previamente planejadas para que ocorra o processo ensino aprendizagem por meio da interação público/bem patrimonial, proporcionando ao visitante uma relação prazerosa com o aprender. 24/62
25 Educador de museu 25/62
26 O educador de museu é o profissional preparado para lidar com diferentes públicos, isso significa que ele consegue fazer as adequações necessárias à diversidade de perfis, quanto a linguagem e recortes temáticos realizados na visita, atuando assim na construção da experiência de aprendizagem do visitante. 26/62
27 Visita orientada 27/62
28 A visita orientada é a estratégia educacional para apresentar a exposição, discutindo-a. Apesar do caráter de orientação essa visita mediada pelo educador é a forma de potencializar os conteúdos apresentados na exposição e promover os conceitos educacionais de participação, interação, interatividade e ação. 28/62
29 Educação 29/62
30 No sentido técnico, a educação é o processo contínuo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de melhor se integrar na sociedade ou no seu próprio grupo. 30/62
31 No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte. A educação vai se formando através de situações presenciadas e experiências vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida. BRANDÃO. Carlos R. O que é educação, 33ª Ed. Brasiliense, São Paulo /62
32 32/62
33 Educação formal 33/62
34 Pode ser resumida como aquela que está presente no ensino escolar institucionalizado, cronologicamente gradual e hierarquicamente estruturada. É representada principalmente pelas escolas e universidades. Ela depende de uma diretriz educacional centralizada como o currículo. (acessado em 18 de setembro de 2011) 34/62
35 Educação não formal 35/62
36 Não possui, como a escola, a obrigação com a seriação curricular. Pode ter duração variável, e pode, ou não, conceder certificado de aprendizagem. 36/62
37 Educação informal 37/62
38 Aquela na qual qualquer pessoa adquire e acumula conhecimentos, através de experiência diária em casa, no trabalho e no lazer. (acessado em 18 de setembro de 2011) 38/62
39 Educação em museus 39/62
40 É fundamentada na experiência de visita e no contato do visitante contato com o bem cultural. Explora a ação cultural, permitindo que o museu seja dinamizado e disseminado de forma inteligente e criativa, destacando sua importância cultural e informativa, que amplia a visão de mundo do indivíduo conectando o seu cotidiano a uma experiência educacional de qualidade. 40/62
41 Arte-educação em museus 41/62
42 Oportuniza ao indivíduo o acesso à Arte como linguagem expressiva e forma de conhecimento. Propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana. 42/62
43 os museus de arte, para desenvolver a tarefa de mediação entre obras de arte e públicos, passaram a adotar as teorias de compreensão estética, que buscam desenvolver as habilidades de observação, análise, atribuição de sentidos, contextualização e valorização do objeto artístico. [3] [3] GRINSPUM, Denise. Conferência para o patrimônio: conceitos, métodos e reflexões para formação de política. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL MUSEU E EDUCAÇÃO: conceitos e métodos. São Paulo, p. 43/62
44 Educação Patrimonial 44/62
45 Costuma-se associar o termo Educação Patrimonial a um principio metodológico baseado nas seguintes etapas: observação, registro, exploração e apropriação. O objetivo final é explorar e utilizar todo o potencial que os bens culturais preservados oferecem como recursos educacionais, desenvolvendo as habilidades de observação, análise, atribuição de sentidos, contextualização e valorização do patrimônio. [5] HORTA, M., GRUNBERG, E., MONTEIRO, A. Guia básico de educação patrimonial: Brasília: IPHAN, /62
46 Para desenvolver a tarefa de mediação entre o acervo e o público os museus de História e de Arte utilizam-se metodologias que evidenciavam as especificidades entre suas práticas. 46/62
47 Síntese das metodologias citadas 47/62
48 Educação em museus Princípio metodológico adotado pelos museus: observação, registro, exploração e apropriação. Em ambos os casos essas etapas não são compartimentadas e muitas vezes se confundem umas com as outras. 48/62
49 Exemplos comparativos: Educação Patrimonial Meio utilizado - desenvolver as habilidades de observação, análise, atribuição de sentidos, contextualização e valorização do patrimônio. Arte-educação em museus Meio utilizado - desenvolver as habilidades de observação, análise, atribuição de sentidos, contextualização e valorização do objeto artístico. 49/62
50 Exposição 50/62
51 Estratégia de comunicação institucional, uma forma de discurso que visa o processo educativo da sociedade. Embora possua uma abrangência educacional, é entendida como uma maneira de atuação na dimensão não-formal, pois sua temática não se restringe a grade curricular. 51/62
52 exibição pública de objetos organizados e dispostos com o objetivo de comunicar um conceito ou uma interpretação da realidade. Pode ser de caráter permanente, temporário ou itinerante.. Fonte: acesso em 19/09/14. 52/62
53 O seu conteúdo deve atender a todas as faixas etárias, condições socioeconômicas e culturais. A exposição deve proporcionar a interação dos visitantes, não ter um discurso fechado e, tampouco, autoritário. Não defender uma verdade absoluta, mas propor uma discussão permanente sobre a problemática apresentada. 53/62
54 Para sua melhor eficácia comunicacional, geralmente são empregados recursos de mediação, tais como; textos, impressos, áudio, vídeo e também o trabalho interpessoal realizado por educadores, que ocorre mediante a, onde a visita orientada se apresenta, muitas vezes, como principal estratégia de mediação entre público/exposição. 54/62
55 A linguagem expositiva deve ser cuidadosamente estruturada para que o visitante atue basicamente de três formas: 55/62
56 Cognitivamente - o visitante poderá ler e compreender conhecimentos expostos por diversas mídias, ou seja, o conhecimento deverá ser exposto de maneira inteligível respeitando os códigos culturais do público. e 56/62
57 Afetivamente - o visitante se sentirá parte da problemática exposta e agente do processo, seja interagindo de modo físico ou mental, e a partir do envolvimento emocional alcançará a razão. 57/62
58 Criativamente - o visitante poderá atuar como agente de sua própria mudança atitudinal necessária mediante a problemática apresentada na exposição. 58/62
59 Como se dá o aprendizado e quais conteúdos podem ser aprendidos em uma exposição? 59/62
60 O aprendizado em uma exposição se dá através de uma experiência significativa à própria vida do visitante, ou seja, o que for aprendido tem de ter um sentido claro e uma função para sua vida, não sendo algo isolado que não o motive a se esforçar, mas que desperte o desejo de assimilar ativamente o assunto, modo de agir. integrando-o ao seu novo 60/62
61 A ação educativa, como forma mediação, facilita a aprendizagem dos visitantes de conteúdos denominados como conceituais, pois abrange a apreensão de conceitos e fatos. No entanto, os conteúdos de aprendizagem que geralmente são trabalhados no âmbito de uma exposição são estes; 61/62
62 Conteúdo factual informações memorizadas: Conteúdo conceitual conceitos e princípios: o que sabemos; Conteúdo procedimental técnicas, métodos, regras e habilidades: saber fazer; Conteúdo atitudinal valores, normas, atitudes: quem somos. 62/62
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