QUINTA DA OMBRIA - FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO RELATÓRIO DE GESTÃO RELATIVO AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011



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Transcrição:

QUINTA DA OMBRIA - FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO RELATÓRIO DE GESTÃO RELATIVO AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 INTRODUÇÃO o presente relatório é elaborado visando dar cumprimento às obrigações anuais estabelecidas no no 2 do Art 31 do Decreto-Lei 60/2002 de 20 de Março, tal como alterado. DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE E DOS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS o "Quinta da Ombria - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado", doravante abreviadamente designado por FUNDO QUINTA DA OMBRIA OU Fundo, foi constituído em 23 de Fevereiro de 2009, por subscrição particular, com um capital de ( 15.000.000 (quinze milhões de euros) representado por 15000 unidades de participação emitidas a 1000 euros cada. O Fundo realizou o seu primeiro aumento de capital em 15 de Outubro de 2009, no valor de 2 milhões de euros, subscrito em montante e liquidado por emissão de 2010,44 unidades de participação. O segundo aumento de capital do Fundo ocorreu com liquidação em 31 de Março de 2011, no valor de 1 milhão de euros. Com esta operação o capital do Fundo passou a ser representado por 18029,21 unidades de participação. O FUNDO QUINTA DA OMBRIA foi constituído com uma política de investimentos centrada no desenvolvimento do projecto turístico Quinta da Ombria, em Loulé, cujo Plano de Pormenor do Núcleo de Desenvolvimento Turístico (PPNDTQO) foi aprovado pela Assembleia Municipal de Loulé em 28 de Janeiro de 2008. O Plano de Pormenor da Quinta da Ombria foi desenvolvido de acordo com a Área de Aptidão Turística prevista no PDM de Loulé e abrange uma área de 144ha qualificada como solo rural e solo urbano. O espaço urbano prevê a

construção de um hotel de 5 estrelas; um clube de golfe e um campo de golfe de 18 buracos; 3 aldeamentos turísticos de 4 estrelas, 31 moradias e uma zona de área verde equipada. No solo rural localizam-se as infraestruturas imprescindíveis à concretização do projecto, nomeadamente os furos de abastecimento público domiciliário, de abastecimento para agricultura, jardins e espaço verde de lazer e os reservatórios. Nestas áreas definidas de Protecção e Enquadramento, irão manter-se os valores paisagísticos e naturais, com salvaguarda dos valores cénicos próprios do local. Nas áreas definidas como espaço agrícola haverá hortas ecológicas e espaço verde de lazer, destinado à prática desportiva, recreio e lazer. É um projecto com uma vocação essencialmente turística, muito importante para o desenvolvimento do interior do Concelho de Loulé. O projecto tem uma ocupação de baixa densidade e privilegia a elevada qualidade, salvaguardando os valores naturais e paisagísticos e combatendo a desertificação e assimetrias existentes entre o interior e o litoral. Em 2008 foi interposta pela Cimpor, Indústria de Cimentos, S.A., (doravante Cimpor) uma Acção Administrativa Especial contra o Município de Loulé suscitando a eventual ilegalidade do Plano de Pormenor do Núcleo de Desenvolvimento da Quinta da Ombria, com base nos seus alegados direitos na licença de exploração de uma pedreira, emitida em 10 de Abril de 2008. Em 31 de Março de 2009 a sociedade gestora em representação do FUNDO QUINTA DA OMBRIA intentou uma Acção Administrativa Especial contra o Ministério da Economia e Inovação, requerendo a anulação da licença de exploração emitida à Cimpor relativa à pedreira "Passagem". Em Junho de 2010 o tribunal administrativo de Loulé declarou improcedentes os pedidos formulados pela sociedade gestora. Em Setembro de 2010 a SGFI interpôs recurso jurisdicional de sentença, pelo que se aguarda decisão do Tribunal Central Administrativo Sul relativamente ao processo de recurso. Relativamente ao Procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) do Núcleo de Desenvolvimento Turístico da Quinta da Ombria, foi deferido

em Setembro de 2010 o pedido de prorrogação da Declaração de Impacto Ambiental (DIA), tendo sido também introduzidas algumas alterações à DIA existente. A DIA foi prorrogada por três anos, com efeitos à data de 13 de Julho de 2009. A apresentação do novo Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE), foi efectuada em 14 de Fevereiro de 2011 na Câmara Municipal de Loulé (CM), dando cumprimento às alterações da DIA e aos requisitos enunciados no âmbito da decisão de prorrogação da mesma. A Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR) emitiu parecer favorável ao novo RECAPE em 25 de Outubro de 2011. A Assembleia Municipal de Loulé, em reunião de 18 de Novembro de 2011, aprovou por unanimidade o "Reconhecimento do Interesse Público Municipal do Emprendimento". Em 23 de Janeiro de 2012 por Despacho Conjunto da Secretaria de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, da Secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural e da Secretaria de Estado do Turismo, sob coordenação da Agência para o Investimento Externo Português, E.P.E. (AICEP) foi reconhecido o relevante interesse geral do Empreendimento Túrístico do Núcleo de Desenvolvimento Turístico da Quinta da Ombria. Para cumprimento dos requisitos da DIA e introdução de ajustamentos decorrentes de alterações legislativas ocorridas desde a data de aprovação do PPNDTQO em 28 de Janeiro de 2008 pela Câmara Municipal de Loulé foi desencadeado por esta câmara um procedimento de alteraçao por adaptação do referido plano, aguardando-se a finalização deste procedimento e decisão de aprovação do PPNDTQO por parte da Assembleia Municipal de Loulé. Foi recentemente aprovado um novo aumento de capital do FUNDO QUINTA DA OMBRIA, a decorrer por um período de noventa dias e com três períodos de liquidação, no valor total de 5 milhões de euros, ao valor da unidade de participação do final do mês de Fevereiro. O valor deverá vir a ser totalmente subscrito caso ocorra durante o período de subscrição o licenciamento do empreendimento.

CARTEIRA DE APLICAÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 A carteira de aplicações do FUNDO QUI TA DA OMBRIA totalizava no final do exercício de 2011, o valor de (' 17.583.895 conforme detalhe que se segue, correspondendo cada unidade de participação ao valor de 975,3004. QUINTA DA OMBRIA - FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO IMOBIUARIO FECHADO, CARTEIRA DE APUCAÇOES EM 31-12-2011 I c AQUISIção Valias Valor actual Liquidez 155.119 O 155.119 Imóveis 17.463.214 O 17.463.214 Projecto Quinta da Ombria 17.463.214 O 17.463.214 Outros Valores Activos 146 O 146 TOTAL DO ACTIVO 17.618.479 O 17.618.479 Outros Valores Passivos 34.584 TOTAL DO PASSIVO 34.584 Valor do Fundo Quinta da Ombria em 31-12-2011 17.583.895 N de Up' 5 emitidas 18.029 Valor por UP 975,3004 Lisboa, 29 de Fevereiro de 2012 o Conselhp de A ministrmo Joaquim Maria Aliu Presas Presidente, Carmen Rodrigues dos Santos Vogal João Pedro Almeida Henriques Vogal

Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A. Avenida da República, 90-6º 1600-206 Lisboa Portugal Tel: +351 217 912 000 Fax: +351 217 957 586 www.ey.com Relatório de auditoria elaborado por auditor registado na CMVM sobre informação anual Introdução 1. Nos termos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 8.º do Código dos Valores Mobiliários (CVM) e do n.º 3 do artigo 31.º do Decreto-Lei n.º 60/2002, de 20 de Março, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira do período findo em 31 de Dezembro de 2011, do Quinta da Ombria Fundo Especial Fechado de Investimento Imobiliário, gerido pela entidade gestora SGFI Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., incluída no Relatório de Gestão, no Balanço (que evidencia um total de 17.618.479 euros e um total de capital do fundo de 17.583.895 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 137.328 euros), na Demonstração de Resultados e na Demonstração dos Fluxos Monetários do período findo naquela data, e no correspondente Anexo. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da entidade gestora SGFI - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.: a) a preparação das demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do fundo, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa; b) a preparação da informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo CVM; c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados, atentas as especificidades dos Fundos de Investimento Imobiliário; d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do fundo, posição financeira ou resultados. Sociedade Anónima - Capital Social 1.105.000 euros - Inscrição n.º 178 na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas - Inscrição N.º 9011 na CMVM Contribuinte 505 988 283 - C. R. Comercial de Lisboa sob o mesmo número A member firm of Ernst & Young Global Limited

2 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo CVM, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: a) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; b) a verificação do adequado cumprimento do Regulamento de Gestão do fundo; c) a verificação da inscrição dos factos sujeitos a registo relativos aos imóveis do fundo; d) a verificação da adequada valorização dos valores do fundo; e) a verificação da não realização de qualquer operação vedada (particularmente as transacções entre diferentes fundos administrados pela mesma sociedade) e da realização de operações dependentes de autorização ou não oposição da CMVM nos termos e condições definidas na lei e respectiva regulamentação; f) a verificação do registo e controlo das operações de subscrição e resgate das unidades de participação do fundo; g) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; h) a apreciação sobre se é adequada, em termos gerais, a apresentação das demonstrações financeiras; e i) a apreciação sobre se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

3 Opinião 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Quinta da Ombria Fundo Especial Fechado de Investimento Imobiliário, gerido pela entidade gestora SGFI Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., em 31 de Dezembro de 2011, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa do período findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para os fundos de investimento imobiliário e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Ênfase 8. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior chamamos à atenção para as seguintes situações referidas no Relatório de Gestão: 8.1. A entidade gestora aguarda decisão do Tribunal Central Administrativo do Sul ao recurso interposto na sequência de Acções Administrativas no âmbito de eventual ilegalidade do Plano de Pormenor do Núcleo de Desenvolvimento da Quinta da Ombria, com base em alegados direitos na licença de exploração de terceira entidade. Adicionalmente é aguardada pela entidade gestora a aprovação do Plano de Pormenor do Núcleo de Desenvolvimento da Quinta da Ombria por parte da Câmara Municipal de Loulé, para posterior obtenção dos pedidos de licenciamento para o projecto da Quinta da Ombria. 8.2. Foi recentemente aprovado um novo aumento de capital, a decorrer por um período de noventa dias, no valor de 5 milhões de euros, ao valor da unidade de participação do final do mês de Fevereiro de 2012, que deverá ser totalmente subscrito caso ocorra durante o periodo de subscrição o licenciamento do empreendimento. Lisboa, 26 de Março de 2012 Ernst & Young Audit e Associados SROC, S.A. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Nº 178 Representada por: Ana Rosa Ribeiro Salcedas Montes Pinto (ROC nº 1230)