Eficiência Energética & Minigeração distribuída Oportunidades para prédios públicos e privados Madrona Advogados Novembro de 2016
Micro e Mini Geração Distribuída Histórico e alterações recentes A ANEEL publicou em 2012 a Resolução Normativa nº 482/2012 que regulamenta a micro e minigeração distribuída. Essa resolução estabeleceu as condições para o acesso de tais centrais geradoras aos sistemas de distribuição de energia elétrica, além de inaugurar o sistema de compensação de energia elétrica. Em palavras simples, a micro e minigeração distribuída são modalidades de geração em que os consumidores cativos de energia uma determinada localidade podem produzir energia por fonte hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração, injetando na rede a energia excedente de energia não consumida, sob a forma de empréstimo gratuito. Posteriormente, a quantidade de energia cedida à distribuidora é compensada, num prazo máximo de 60 meses, com o consumo da unidade. *NET METERING
Micro e Mini Geração Distribuída Histórico e alterações recentes ENTRAVES Apesar de representar uma importante inovação no setor elétrico, alguns obstáculos dificultaram o avanço dessa modalidade de geração de energia, entre os quais podem se citar: Impossibilidade de ganho de escala, tendo em vista os limites regulatórios da potência instalada, fixada em 1 MW Indefinições tributárias obrigatoriedade da implantação da geração na própria unidade consumidora viabilizar a compensação
Atualização das Regras Convênio ICMS 16/2015 e Resolução 687/15 Com relação às questões tributárias, com o passar do tempo o problema foi equacionado, na medida em que atualmente há a isenção do ICMS em boa parte dos estados, conforme Convênio ICMS n o 16/2015,, do Conselho Nacional de Política Fazendária CONFAZ, isenção do PIS/COFINS (Lei n o 13.169, de 6 de outubro de 2015), e a redução do imposto de importação sobre bens de capital destinados à produção de equipamentos de geração solar. As questões fiscais serão objeto de item específico no presente memorando. Quanto ao aspecto regulatório, a Resolução ANEEL 687 (publicada em dezembro de 2015) promoveu importantes alterações na Resolução 482/2012. Já em relação ao limite de potência instalada, a norma alterou para 75 kw a limitação no caso da microgeração, e de até 3 MW para minigeração a fonte hidráulica (limitação para enquadramento como CGH) e até 5 MW para as minigeração de demais fontes.
Novos Conceitos Novas Oportunidades Geração Compartilhada: caracterizada pela reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada; Autoconsumo Remoto: caracterizado por unidades consumidoras de titularidade de uma mesma Pessoa Jurídica, incluídas matriz e filial, ou Pessoa Física que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras, dentro da mesma área de concessão ou permissão, nas quais a energia excedente será compensada. Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras: caracterizado pela utilização da energia elétrica de forma independente, no qual cada fração com uso individualizado constitua uma unidade consumidora e as instalações para atendimento das áreas de uso comum constituam uma unidade consumidora distinta, de responsabilidade do condomínio, da administração ou do proprietário do empreendimento, com microgeração ou minigeração distribuída, e desde que as unidades consumidoras estejam localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não integrantes do empreendimento
Novos Conceitos Novas Oportunidades Observações: A Geração Compartilhada é uma hipótese que admite que um conjunto de empresas possam realizar tal empreendimento grande potencial de escala. R$/MWh Deve-se ressaltar que a norma possui uma vedação para que a remuneração por eventual locação ou arrendamento da área se dê em reais por unidade de energia elétrica, pois o entendimento da ANEEL é de que tal operação se equipararia a uma comercialização de energia elétrica, sujeita a regulação específica
Sistema de Compensação de Energia Elétrica Sistema de compensação de energia elétrica: sistema no qual a energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora ou de outra unidade consumidora de mesma titularidade da unidade consumidora onde os créditos foram gerados O titular da unidade consumidora onde se encontra instalada a microgeração ou minigeração distribuída deve definir o percentual da energia excedente que será destinado a cada unidade consumidora participante do sistema de compensação de energia elétrica, podendo solicitar a alteração junto à distribuidora, desde que efetuada por escrito, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias de sua aplicação e, para o caso de empreendimento com múltiplas unidades consumidoras ou geração compartilhada, acompanhada da cópia de instrumento jurídico que comprove o compromisso de solidariedade entre os integrantes Para cada unidade consumidora participante do sistema de compensação de energia elétrica, encerrada a compensação de energia dentro do mesmo ciclo de faturamento, os créditos remanescentes devem permanecer na unidade consumidora a que foram destinados não há remanejamento de créditos. Não há necessidade de assinatura de contratos de uso e conexão do sistema de distribuição (CUSD e CCD), sendo suficiente a emissão, pela Distribuidora, do Relacionamento Operacional no caso da microgeração; e a celebração do Acordo Operativo no caso da minigeração. Os custos de eventuais melhorias ou reforços nos sistema de distribuição em função exclusivamente da conexão de minigeração distribuída devem fazer parte do cálculo da participação financeira do consumidor não aplicável à microgeração.
Eficiência Energética
Diretrizes Gerais Objetivos: Diminuir consideravelmente os custos de energia elétrica de prédios públicos ou privados, bem como aprimorar a eficiência energética desses imóveis. Para o setor público, sugestão de modelo: Parceria Público-Privada na modalidade Concessão Administrativa; Investimento mínimo de 20 milhões; Pagamento somente após a disponibilização dos serviços; e Pagamento vinculado ao desempenho. Implantação de um programa de eficiência energética nos prédios da Administração Pública, bem como instalação e gestão de equipamentos para geração de energia elétrica (e.g., instalação de painéis solares, cogeração a gás natural com aproveitamento do calor para o sistema de ar condicionado). Para o setor privado, maior liberdade de modelagem contratual.
Diretrizes Gerais Painéis Solares 1. 2. Primeira Fase: Implantação de projeto de eficiência energética Segunda Fase: Implantação de mecanismos de geração de energia Cogeração a Gás natural 2. 1. Aproveitamento do calor para o sistema de ar condicionado Eficiência Energética Prédios Públicos ou Privados
Etapas PRIMEIRA FASE Eficiência energética Procedimento que tem por finalidade reduzir o consumo de energia elétrica necessário à realização de um determinado trabalho [...] (Conceito da REA ANEEL nº 414, de 09 setembro de 2010). Exemplos de Instrumentos de Eficiência Energética para o Projeto: Troca de lâmpadas atuais para lâmpadas mais eficientes como o LED; Substituição do cabeamento do imóvel; e Modernização do sistema de ar condicionado.
Etapas SEGUNDA FASE Microgeração Central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 100 kw e que utilize fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras (REA ANEEL nº 482, de 17 de abril de 2012). Geração a partir de painéis solares no topo dos imóveis; Geração a partir da cogeração de gás proveniente da distribuidora; Aproveitamento do calor para o sistema de ar condicionado; Sistema de compensação de energia elétrica: sistema no qual a energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora ou de outra unidade consumidora de mesma titularidade da unidade consumidora onde os créditos foram gerados
Etapas SEGUNDA FASE Aproveitamento do calor da Cogeração de energia para o sistema de ar condicionado: Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.proceedings.scielo.br/img/eventos/agrener/n4v1/014f02.gif&imgrefurl=http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid%3dmsc0000000022002000100014%26script%3dsci_arttext &h=289&w=409&tbnid=nlgal3bs93sqam:&zoom=1&docid=-qfes5_xceaxam&ei=gjdcvprlkfhesathnokocw&tbm=isch&ved=0cbsqmygamaa
Externalidades positivas Ganhos de eficiência econômica e ambiental; Diminuição da despesa de luz dinheiro que pode ser utilizado para pagar as empresas; Implantação de dispositivos sustentáveis, diminuindo a dependência de fontes energéticas não renováveis; e Marketing positivo à Administração Pública/Empresa privada.
OBRIGADO! EQUIPE DE INFRAESTRUTURA E REGULATÓRIO rosane.menezes@madronalaw.com.br rodrigo.machado@madronalaw.com.br MADRONA CAMARGO OKAWA MENEZES COSAC MAZZINI MININEL AV CIDADE JARDIM, 400 2º ANDAR - JD PAULISTANO CEP 01454-000 T +55 11 4883 8750 WWW.MADRONALAW.COM.BR