AS REVOLUÇÕES INGLESAS. Professora: Martha J. da Silva

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Transcrição:

AS REVOLUÇÕES INGLESAS Professora: Martha J. da Silva

O Nascimento do Parlamento Inglês Quando o príncipe inglês conhecido como João Sem-Terra, nasceu seu pai já havia realizado a partilha de sua herança. No entanto, o resultado da sucessão real acabou levando-o ao trono da Inglaterra, após a morte de seu irmão, Ricardo, Coração de Leão. Durante o reinado de João (1199-1216), a nobreza aproveita para reverter a situação política vigente que, era favorável ao poder monárquico. A Inglaterra, vivia uma série de conflitos com a França e com necessidade de recursos, o rei João estabeleceu novos tributos que recaíam sobre os nobres ingleses, para tentar custear a montagem de seus exércitos. Assim, entre 1214 e 1215, condes e barões da Inglaterra se rebelaram contra o rei limitando-lhe os poderes políticos. Em 1215, o rei João foi obrigado a assinar um documento denominado de Magna Carta, que é considerado a primeira Constituição Inglesa. Através deste documento o rei reconhecia a liberdade de determinadas cidades, garantia a autonomia da Igreja e comprometia-se a respeitar os direitos dos nobres em senhorios. O documento, determinava que homens livres fossem presos a não ser pelo julgamento de seus pares (para a nobreza os pares eram os demais integrantes da aristocracia). A Magna Carta estabelecia uma assembleia com 25 barões que fiscalizaria as ações do monarca. Ao longo do século XIII, tornaram-se frequentes as convocações de grandes nobres e clérigos pelos monarcas, a fim de discutir os assuntos do reino. Nascia o Parlamento Inglês.

A partir do reinando de Eduardo I (1239-1307), nenhuma lei poderia ser decretada sem o consentimento do Parlamento. Ao final do século XIII, membros do baixo clero e representantes dos burgos passaram a ser convocados para participar das discussões. Em torno de 1330, o Parlamento foi dividido em duas casas: a Câmara Alta ou Câmara dos Lordes, que abrigava os representantes do alto clero e da alta nobreza e a Câmara Baixa ou Câmara dos Comuns, que abrigava os representantes dos condados e das cidades. No século XIV, o Parlamento também impôs uma nova restrição ao poder monárquico: nenhuma lei poderia ser decretada sem o seu consentimento. Com a Magna Carta, o Parlamento tornou-se um eficiente meio de controlar os condados (áreas administradas pelos condes que dividiam a Inglaterra do ponto de vista territorial).

O Parlamento e o Absolutismo Durante os reinados de Henrique VIII (1509-1547)e Elizabeth (1558-1603), o poder real se fortaleceu e os compromissos assumidos com o Parlamento foram mantidos. Em 1534, o Parlamento Inglês aprovou o Ato de Supremacia, que declarava o monarca o chefe da Igreja inglesa, dando origem a Igreja Anglicana. Além disso, eram características do Parlamento Inglês a ausência de um Exército permanente e a existência de uma poderosa Marinha de guerra. Para construir exércitos, a monarquia dependia da contratação de tropas mercenárias.

A Sociedade Inglesa e os Cercamentos No início do século XVI, segundo a descrição de Thomas Morus em uma das suas obras mais importantes A Utopia, a Inglaterra vivia um caos, as paisagens se encontravam devastadas, aldeias desapareceram, igrejas viraram estábulos, bando humanos arrastavam-se pelas estradas, mendigavam e roubavam e disputavam violentamente um pedaço de pão. E só paravam quando as autoridades os colocavam nas superlotadas prisões. A partir do final da Idade Média, na Inglaterra, as terras transformava-se em mercadoria, onde a extensão dos campos de cultivo haviam diminuído e diminuía também o número de trabalhadores, dando fim as terras comunais. Estas alterações socioeconômicas aceleraram-se com a Reforma Anglicana. A criação de carneiros permitirá o crescimento da produção de lá, matéria-prima necessária para as atividades têxteis que se desenvolviam rapidamente, ao final do século XV. E os antigos campos de cultivos abertos e as terras comuns, que favoreciam o trabalho coletivo cederam lugar à apropriação individual. As cercas demarcavam os limites dos latifúndios, as grades propriedades e as áreas de pequenos sítios, pequenas extensões de terras que alguns camponeses haviam conseguido manter sob sua propriedade. Este processo foi chamado de cercamento das terras (enclosures), que se constituiu em um dos aspectos mais importantes do longo processo de transição do feudalismo para o capitalismo.

Terras cercadas para criação de ovelhas, para se retirar a lã e produzir tecidos

As Classes Sociais As alterações no uso e posse da terra foram acompanhadas por mudanças nas relações sociais, surgindo assim na Inglaterra novas classes sociais: 1. Gentry Comerciantes ricos que compravam terras para criar carneiros e produzir lã. Essa nova classe social passou a ser conhecida por gente de boa família, e seus integrantes, gentlemen. Membros da pequena e média nobreza também passaram a dedicar-se à criação de carneiras e por meio de casamentos, incorporam-se à gentry. Eram nobres pelo nome, mas burgueses em espírito. 2. Yeomanry Era constituída por pequenos e médios proprietários de terras e comerciantes mais modestos, que investiam seus recursos na terra. Tal grupo formava uma espécie de burguesia rural que direcionaria a produção para o mercado e que, juntamente com a gentry, utilizaria a força de trabalho dos proprietários. 3. Assalariados Outro resultado dos cercamentos foi a ampliação de um tipo de mercadoria: o trabalho assalariado. Milhares de camponeses que, destituídos de suas terras, passaram a ter apenas sua força de trabalho e sua família, sua prole. Começava a surgir o proletariado, que vendia sua força de trabalho em troca de outra mercadoria, o dinheiro, capaz de ser trocado por mais mercadorias.

Grupos Sociais e Divisões Religiosas Durante os séculos XVI e XVII, nessa economia em transformação, a mineração de carvão e o comércio de lã fortaleciam os homens vinculados às atividades mercantis. Tais grupos econômicos possuíam uma pequena participação política. No controle do Estado estavam o rei absolutista e a Corte Inglesa, composta da nobreza tradicional, dos membros da Igreja Anglicana e dos funcionários ligados ao rei. Os pares, a alta nobreza e o alto clero, eram predominantemente anglicanos, mais havia ainda um número considerável de aristocratas ligados ao catolicismo. A gentry, basicamente composta de comerciantes e nobres dedicados a produção de lã, era em sua maior parte presbiteriana. Comerciantes e setores burgueses, bem como os pequenos e médios proprietários rurais (yeomanry), artesãos, trabalhadores assalariados e camponeses eram predominantemente puritanos independentes. Em todos esses grupos sócias, havia católicos e anglicanos.

Dinastia Tudor e sua transição A rainha Elizabeth I, sucessora de Henrique VIII (dinastia Tudor), foi a primeira monarca absolutista inglesa, durante seu governo de 1558 a 1603, ela fortaleceu o anglicanismo e estimulou o crescimento econômicos do país impulsionado pelas manufaturas têxteis, pelas atividades comerciais e agrícolas e pelo saque às embarcações espanholas que transportavam metais preciosos. Os ingleses davam grande apoio a Elizabeth I por que ela impediu que a religião católica fosse restabelecida e manteve a paz no país, além de ter realizado a política dos cercamentos. A longa permanência dos Tudor no poder chegou ao fim com a morte de Elizabeth I (1603), que não tinha herdeiros. O sucessor foi seu primo, o escocês Jaime Stuart, que já era rei da Escócia e acumulou também o trono da Inglaterra, recebendo o título de Jaime I. O novo soberano inglês, além de ser protestante, iniciou um processo de aproximação com a Espanha, país católico, mostrando que era indiferente às instituições inglesas estabelecidas no reinado dos Tudors. Isso foi um fator de extremo descontentamento da alta burguesia, pois, até então, o equilíbrio entre os parlamentares e os monarcas era o que equilibrava a economia inglesa. Foi durante este período que os ingleses discordantes iniciaram um processo de emigração rumo à América do Norte.

Henrique VIII Através do Ato de supremacia torna o Rei a autoridade maior religiosa na Inglaterra concentrando assim o poder político e religioso nas mãos do Rei Maria I Filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão. Católica, promove uma perseguição aos anglicanos. Elizabeth I Filha de Henrique VIII e Ana Bolena. Era anglicana. Apogeu do absolutismo na Inglaterra. Governou de forma conciliadora

A Revolução Puritana As tensões econômicas, sociais e religiosas contribuíram para estimular rebeliões e revoluções contra os monarcas Jaime I (1603-1625) e seus filho Carlos I (1625-1649), da dinastia Stuart. Tanto Jaime I como Carlos I procuraram reverter o espaço político conquistado pelo Parlamento e implantar um programa centralizador, defendiam que os reis governavam em nome de Deus e, por isso tentaram desconsiderar os interesses dos parlamentares. O reinado de Jaime I foi marcado por disputas ásperas com o Parlamento e pelo descontentamento de diversos grupos sociais, devido à imposição de taxas alfandegárias, à distribuição de privilégios e aos gastos luxuosos da Corte Real. O reinado de seu filho Carlos I, caracterizou-se por uma tentativa frustrada de estender o anglicanismo para a Escócia e por mais conflitos com o Parlamento, culminando na sua dissolução, por ordem do rei, em 1629. Além disso, utilizou-se de todos os meios possíveis para perseguir seus opositores.

Jaime I Dinastia Stuart (Escócia): Fortalecimento do poder do Rei; Perseguição a católicos e calvinistas; Aumento de impostos para financiar o luxo da corte CARLOS I Obrigado a assinar a petição de direitos; Dissolve o parlamento; Déspota; Concessões a católicos devido a sua esposa ser católica; Imposição do anglicanismo aos calvinistas guerra civil, necessita de recursos reconvoca o parlamento. Não consegue controlar o mesmo e o dissolve. Novamente guerra civil. Estavam a favor do Rei: Cavaleiros ( grandes latifundiários, anglicanos e católicos). Estavam contra o Rei: Cabeças redondas, Gentry, yeomen, calvinistas e seitas radicais DECAPITADO.

Rebelião na Escócia Em 1640, dirigentes calvinista da Escócia, que recusavam a aceitar o anglicanismo, rebelaram-se contra o domínio inglês. Para enfrentar a rebelião e montar um Exército, Carlos I precisava aumentar os impostos e não teve outra alternativa, convocar o Parlamento, que a onze anos não se reunia. O Parlamento então, impôs condição para aceitar o pedido real, exigiu que lhe fossem concedidos certos direitos como: ser consultado sobre questões tributárias, religiosas e sobre questões que envolvessem o julgamento pelo júri. O rei Carlos I considerou tais exigências um ataque à sua autoridade e ordenou que Parlamento continuassem fechado. O Exército escocês (do Parlamento), derrotou com facilidade as improvisadas tropas que o monarca inglês conseguiu formar. Um acordo provisório obrigava a Coroa inglesa a arcar com as despesas do Exército escocês. Diante da crise, Carlos I convocou novamente o Parlamento, mas o controle político da Inglaterra escaparia das suas mãos. O Parlamento se torna autônomo, passou a revogar tributos estabelecidos pelo rei sem a sua aprovação e tornava automática sua convocação independentemente do monarca. No entanto, a situação política agravou-se ainda mais com uma nova rebelião, desta vez na Irlanda católica, em 1641. Assim, impunha-se a necessidade de se montar um Exército, porém, temendo que esse Exército comando pelo rei se voltasse contra as conquistas do Parlamento, seus membros decidiram por controlar as tropas militares. Os conflitos políticos entre a Cora e o Parlamento iniciaram em 1642 e foi chamado de Revolução Puritana.

Revolução e Revoluções A Inglaterra passou a viver a Revolução Puritana, uma guerra civil em que de um lado estava o rei, seus nobres e a hierarquia da Igreja Anglicana, denominada de realista ou cavaleiros, e do outro lado estavam os cabeças-redondas, que em sua maioria eram puritanos e apoiadores do Parlamento, que no interior das suas forças formava um Novo Tipo de Exército, o New Model Army, em que seus integrantes eram voluntários recrutados entre os pequenos e médios proprietários rurais, que lutavam motivados por convicções políticas e religiosas. O New Model Army era financiado por comerciantes e comandado por Oliver Cromwel (1599-1658), líder puritano. Esse Exército derrotou as tropas leais ao rei em 1645. A derrota dos realistas acentuou as disputas entre os grupos religioso ingleses, formando uma nova divisão político-social na Inglaterra entre 1646 e 1647. Os presbiterianos controlavam a maior parte do Parlamento, os puritanos independentes comandavam o Exército. Mas, temiam a radicalização da revolução, procuravam negociar com o rei e os independentes aproximavam-se cada vez mais de setores mais radicais. Carlos I foi capturado pelo Exército e executado publicamente, por ondem do Parlamento, em janeiro de 1649, por ter quebrado o contrato político com a sociedade inglesa. A Câmara dos Lordes foi abolida e a Inglaterra tornou-se uma República. O poder, na Inglaterra ficou nas mãos de um Exército revolucionário e de um Parlamento puritano, do qual os monarquistas foram destituídos.

O autor elaborou uma representação sobre o momento da execução do monarca Carlos I. Na cena, uma mulher desmaia no momento em que o carrasco ergue a cabeça decapitada do rei. Nos detalhes (em medalhões) quatro momentos da narrativa: o retrato do rei; o caminho da execução; o carrasco segurando a cabeça da vítima; pessoas molhando lenços no sangue real para guardar como relíquias.

A República Instaurada por Cromwel Cromwel, era um republicano que defendia a tolerância religiosa, tornou-se a ponte entre o Parlamento e o Exército. Ele assumiu o controle total do Exército, após perseguir soldados radicais, que desejavam redistribuir a propriedade e dar o direito de voto a todos os homens. Mas, em 1653, dissolveu o Parlamento de maioria presbiteriana, instaurando uma ditadura na Inglaterra. O Novo Parlamento, livre de opositores, concedeu-lhe o título de Lorde Protetor da Inglaterra. Alguns partidários ofereceram-lhe a coroa de rei, por ele recusada. No entanto, o descontentamento da população pobre, dos artesões e dos jornaleiros, que formavam as tropas do Exército, criou um forte clima de instabilidade política. Esses grupos eram liderados por homens como John Liburne, os Niveladores, que reivindicava a redistribuição da propriedade, o direito de voto para a população masculina e a abolição das elites intelectuais e religiosas que apoiavam os interesses dos grupos dominantes. Enquanto os recursos obtidos pelo confisco dos bens da Coroa e dos realistas, o Estado e do Exército puderam ser custeados sem que fosse preciso recorrer ao Parlamento. Quando tais recurso acabaram, o elevado custo a manutenção do poder provocou reações do parlamento, ainda em sua maioria ligados aos grandes proprietários de terras. Até 1658, a república consolidou as conquistas de uma revolução burguesa. Os privilégios feudais foram abolidos, houve uma intensa circulação de joias, peças de outro de valor para custear o Exército que se enfrentaram durante a guerra civil, ampliando o capital em circulação e estimulando o comércio e a produção artesanal.

Restauração da Monarquia Em 1658, após a morte de Cromwell, seu filho Richard tornou-se novo Lorde Protetor. Sem a mesma habilidade política do pai e com poucos aliados, no mesmo ano foi afastado do governo. Seguiu-se então um período de disputa pelo poder dentro do exército, entre os próprios comandantes militares. Após dois anos de instabilidade política, o Parlamento apoiou a volta da monarquia, coroando Carlos II como rei da Inglaterra e iniciando o período da Restauração. Carlos II, em seu reinado, de 1660 a 1685, demonstrou pretensões absolutistas, fechando o Parlamento em algumas oportunidades, ordenando perseguições religiosas e prisões arbitrárias. Assim, os choques com o Parlamento recomeçaram. A Igreja Anglicana, não possuía mais a condição de Igreja única da Inglaterra. Seus integrantes mantinham privilégios, mas os demais cultos religiosos eram tolerados. Sabendo que Carlos II não tinha herdeiros e que o futuro sucessor (seu irmão, o duque de York) era católico, o Parlamento pressionou o rei a assinar a Lei da Exclusão em 1676, proibindo católicos de assumir cargos públicos. No mesmo ano foi votada a lei do Habbes-Corpus, pela qual nenhum cidadão poderia permanecer na prisão por mais de 24 hora sem ter sido julgado e condenado. As tensões políticas agravaram-se com a morte de Carlos II em 1685, quando Jaime Stuart, assumiu o trono com o título de Jaime II. O caráter hereditário da monarquia prevaleceu sobre a Lei da Exclusão, e o governo da Inglaterra ficou nas mãos de um católico.

CARLOS II: A restauração ocorre por medo de revoltas no meio popular; Rei tem que garantir anistia e posse das terras confiscadas Atritos com o, Parlamento 2 partidos políticos: Tory (à favos do Rei) Whig (contrários ao Rei) JAIME II: Irmão de Carlos II; Política pró-católica; Tendências absolutistas;

Revolução Gloriosa Setores das elites inglesas temiam uma nova guerra civil puritana que desestabilizasse as estruturas econômicas da sociedade. Em 1688, anglicanos e adversários do absolutismo conspiraram contra o monarca Jaime II. O objetivo era convidar Guilherme de Orange, genro do rei, a invadir a Inglaterra e destronar o sogro. Jaime II perdeu o apoio dos militares, dos nobres nos condados e do clero anglicano. Isolado, abandonou a Inglaterra, Guilherme foi declarado rei pelo Parlamento e os diversos grupos políticos ingleses iniciaram uma nova fase política que visava garantir a estabilidade de suas instituições e a pacificação entre os grupos dirigentes. Esse movimento das elites ingleses, sem derramamento de sangue, foi chamado de Revolução Gloriosa, que estabeleceu uma nova realidade política e religiosa para a Europa. O Parlamento consolidou seus direitos através da Carta de Direitos (Bill of Rights) de 1689. Os protestantes tiveram garantida a tolerância religiosa. O conceito de liberdade individual norteava essas decisões. Assim, nasce a Monarquia Parlamentarias Inglesa marcada pela liberdade religiosa e as tensões políticas e sociais do século XVII foram atenuadas. A Inglaterra então se afastava do absolutismo e dava origem ao um novo jogo político.

Produção: Professora Especialista em História e Psicopedagoga: Martha J. da Silva Escola: CPMG PMVR Bibliografia - CAMPOS, Flavio de. Cia. Nos dia de Hoje 8 o Ano História. São Paulo: Leya, 2 ed., 2015. - PANAZZO, SILVA; VAZ, Maria Luísa. Navegando pela História 7 o Série. São Paulo: Quinteto Editorial, 1 ed., 2002. - MELANI, Maria Raquel A. (org.) Projeto Araribá 7 o Série. São Paulo: Moderna. 1 ed., 2006. - BOULOS, Alfredo Júnior. História Sociedade & Cidadania. São Paulo: FTD, 1 ed., 2009. - PELLEGRINI, Marco; Cia. Vontade de Saber História. São Paulo: FTD, 2 ed., 2012. Imagens http://pnld2014.leya.com.br/livrodigital/ndh/historia/8/files/assets/basic-html/page30.html https://www.google.com.br/search?q=imagens+sobre+os+cercamentos+ingles&biw=1366&bih=662&tbm=isch&tbo=u&sou rce=univ&sa=x&sqi=2&ved=0ahukewidxuek09prahxblzakhvwxclgqsaqiha#imgrc=xskrzzfjjc9jym%3a https://www.google.com.br/search?q=imagens+sobre+as+classes+sociais+inglesas+do+xvi&biw=1366&bih=662&tbm=isc h&tbo=u&source=univ&sa=x&ved=0ahukewiq-i6p1dprahvjgjakhawwaayqsaqigq#imgrc=_