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Transcrição:

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A luz uma onda eletromagnética Equações de Maxwell S S C C q E. ds 0 B. ds 0 db E. dr dt B. dr i 0 0 0 de dt Velocidade da luz: 1 8 c 310 m / s 0 0 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 2

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Ondas esféricas e ondas planas Representação: arcos circulares concêntricos à fonte Cada arco representa uma superfície onde a fase da onda é uma constante. Essa superfície é a frente de fase, ou frente de onda. A distância entre frentes de fase adjacentes é igual ao comprimento de onda. As retas radiais que saem da fonte são os raios. 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 5

Ondas esféricas e ondas planas Frente de onda plana Pequena parte das frentes de onda a grande distância da fonte. Raios quase paralelos Frentes de onda quase planas 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 6

Ondas eletromagnéticas planas 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 7

Princípio de Huygens Todos os pontos de uma certa frente de onda são fontes puntiformes de ondas esféricas secundárias, pequeninas ondas, que se propagam para frente com velocidade característica das ondas do meio. Depois de um certo intervalo de tempo, a nova posição da frente de onda é a superfície tangente a todas essas pequeninas ondas. Onda esférica Onda se propagando p/ direita Tanque de ondas 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 8

Verificamos que na reflexão: i r 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 9

<< d d >> d V d V V V V V Não ocorre difração Ocorre difração Ocorre difração acentuada 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 10

Interferência de duas ondas Interferência: é quando ondas distintas, de mesmas características, geradas a partir de duas fontes, se sobrepõem em um ponto do espaço, a intensidade da onda resultante naquele ponto pode ser maior ou menor que a intensidade de qualquer uma das duas ondas. A interferência pode ser tanto construtiva quanto destrutiva dependendo da fase relativa entre as duas ondas Interferência construtiva Interferência destrutiva 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 11

Interferência Construtiva: Diferença de fase (em radianos) de duas ondas é de 0, 2π, 4π,... Interferência Destrutiva: Diferença de fase (em radianos) de duas ondas é de π, 3π, 5 π,..., ou seja, fora de fase 180º. 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 12

Não são fáceis de observar os efeitos da interferência das ondas luminosas em virtude dos curtos comprimentos de ondas que estão envolvidos (entre cerca 4.10-7 m até cerca de 7.10-7 m). Para se observar a interferência continuada das ondas luminosas é necessário cumprir as seguintes condições: As fontes devem ser coerente, isto é, deve manter uma relação de fase constante, uma com a outra. Exemplo: Dois alto-falantes lado a lado, alimentados pelo mesmo amplificador. As fontes devem ser monocromáticas, isto é, emitem um único comprimento de onda. O princípio da superposição deve ser aplicável. 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 13

Experiência da dupla fenda de Young Thomas Young, em 1801 Franjas 1ª fenda 2ª fenda Anteparo 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 14

Uma forma qualitativa de se observar a experiência de Young Fendas área brilhante área brilhante área escura Anteparo Interferência Construtiva Interferência Construtiva Interferência Destrutiva 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 15

Uma forma quantitativa de se observar a experiência de Young Fonte monocromática (diferença de percurso) Anteparo de observação 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 16

p/ L >> d r 1 e r 2 paralelos Fonte monocromática = r 2 r 1 = d sen Diferença de percurso Anteparo de observação Diferença de percurso: Interferência Construtiva: Interferência Destrutiva: = d sen = m = d sen = (m + ½) m = 0, ±1, ±2,... ordem da franja 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 17

p/ L >> d Então, é pequeno O triângulo OPQ sen tan = Interferência Construtiva: = d sen = m L y bril d m Interferência Destrutiva: = d sen = (m + ½) L y esc m 1/ d 2 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 18

Exemplo 1: A medida do comprimento de onda da luz de uma fonte A distância entre um anteparo de observação e uma dupla fenda iluminada é 1,2 m. A distância entre as duas fendas é 0,03 mm. Uma franja brilhante, de segunda ordem (m = 2), está a 4,5 cm da linha central. (a) Determine o comprimento de onda da luz. (b) Calcular a distâncias entre as franjas brilhantes adjacentes. 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 19

Exemplo 2: A distância entre as franjas brilhantes Uma fonte de luz emite luz de dois comprimentos de onda na região do visível, dados por = 430 nm e = 510 nm. A fonte é usada numa experiência de dupla fenda na qual L =1,5med = 0,025 mm. Achar a separação entre as franjas brilhantes de terceira ordem correspondente a esses comprimentos de onda. 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 20

Distribuição de intensidade na figura de Coerente: mesma frequência angular, diferença de fase constante, mesma amplitude de onda, E 0 interferência E E sent 1 0 E2 E0sent 2 2 dsen 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 21

E E sent 1 0 E2 E0sent Princípio da superposição: E p E 1 E 2 E 0 sent sent Identidade trigonométrica: sena senb 2sen A 2 B cos A 2 B A t B t Função de onda no ponto P: E p 2E 0 cos sent 2 2 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 22

E p 2E 0 cos sent 2 2 2 dsen Máximos de intensidade: m 2 m = 0, 1, 2,... 2 2m dsen dsen m Mínimos de intensidade: m 1/ 2 2 m = 0, 1, 2,... 1 2 m 2 2 dsen dsen m 1/ 2 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 23

Intensidade: I E 2 I 4I 0 cos 2 2 Intensidade na tela 4I 0 (duas fontes coerentes) 2I 0 (duas fontes incoerentes) 5-2 3-2 -1-1 0 3 5 0 0 1 2 0 1 2 m, para os máximos m, para os mínimos I 0 (uma fonte) 2,5 2 1,5 1 0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 L/ 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 24

Interferência em filmes finos A luz que incidente em um filme fino apresenta efeitos de interferência associadas à diferença de caminho óptico dentro do filme. Considere: 0 e n2 n1 Fato: 1. Incidência de 1 para 2, onde n 2 > n 1, o raio refletido tem defasagem de 180º e o refratado está em fase com o incidente. 2. Incidência de 1 para 2, onde n 2 < n 1, o raio refletido não tem defasagem. n 1 n 1 n 2 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 25

Mudança de fase de 180º A mudança de fase é igual a 0º 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 26

Raio 1: = 180º e = /2 Raio 2: = 0º e = 2t 1 Interferência construtiva: 2t m 2 2 m = 0, 1, 2,... n 2 2 1 1 n onde, é o comprimento de onda da luz no vácuo n 1 2 2 2t m 1 n1 ou 1 2tn 2 m m = 0, 1, 2,... 2 Interferência destrutiva: 2t m2 n t ou 2tn2 m m = 0, 1, 2,... 2 2 m1 n1 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 27

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Exemplo 3: Interferência numa bolha de sabão. (a) Calcular a espessura mínima de uma película de bolha de sabão (n = 1,33) que provocará interferência construtiva na luz refletida, se a película for iluminada com luz de comprimento de onda, no vácuo, igual a 600 nm. (b) Quais outras espessuras que provocarão interferência construtiva? 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 29

ANÉIS DE NEWTON Lente plano-convexa Anéis de Newton Anéis escuros: r mr n 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 30

Polimento de lentes ópticas 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 31

Interferômetro de Michelson Medições de precisão de: comprimento de onda distâncias Placa parcialmente espelhada Inclinada 45 Placa de vidro de mesma espessura que M 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 32

Anexos 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 33

Combinação de campos pelo método dos fasores E 1 E 0 sent w + E2 E0sen t w E = 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 34

Triângulo isósceles de comprimento E 0, E 0 e E. O ângulo externo é igual a soma dos dois ângulos internos opostos ( e ). 2 = w Então: E E E E0 cos E 2E0 cos 2E0 cos 2 0 cos E E P Esent 2 E P 2E 0 cos sent 2 2 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 35

Usar fasores!!! 03/09/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 36