Noções de Economia. Módulo I



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Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 1 Noções de Economia Módulo I 1. Microeconomia Conceitos fundamentais A Ciência Econômica é também conhecida como ciência da escassez. Ela parte do princípio que as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os recursos necessários para que as empresas produzam os bens e serviços capazes de satisfazer a essas necessidades são escassos, ou seja, existem em quantidades limitadas. As necessidades humanas são consideradas ilimitadas por dois motivos: a) Porque elas se renovam constantemente, como por exemplo, a necessidade de alimentação; por esta razão, as necessidades humanas exigem um fornecimento contínuo de certos bens para seu atendimento; b) Porque tendem a ficar cada vez mais sofisticadas, na medida em que despertam novas necessidades, juntamente com a elevação do padrão de vida do indivíduo. Como exemplo, a necessidade de transporte pode ser atendida com a aquisição de um carro, pelo indivíduo; a partir daí ele passa a ter novas necessidades: seguro contra danos materiais, consumo de combustível, serviços de manutenção, troca de peças, etc. Desse modo, é necessário que o sistema econômico formado pelas diversas indústrias e demais firmas que atuam nos diversos mercados de bens e serviços realizem uma produção contínua, capaz de atender às demandas da população. Como os recursos disponíveis (trabalho, terra e capital) são escassos, a produção de bens e serviços tem que ser a mais eficiente possível, para que não haja desperdício ou uso irracional dos recursos. Se as necessidades humanas não fossem ilimitadas, não seria problema se acontecesse eventual produção, pelas empresas, de um determinado bem, em excesso; mas, como existe

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 2 uma escassez de recursos produtivos, de modo que nem todas as necessidades humanas podem ser plenamente satisfeitas, então surge a importância de se buscar a maior eficiência possível no uso destes recursos produtivos, para gerar o nível máximo de bem-estar para a sociedade. Observe que, para a ciência econômica, os conceitos de bem e serviço se referem a coisas materiais ou imateriais que atendem a uma necessidade humana. Os bens se referem tanto a elementos materiais ou tangíveis - quando é possível atribuir a eles certas características físicas (tamanho, forma, peso, cor, etc), quanto a elementos imateriais ou intangíveis - quando tais atributos não são possíveis; neste último caso utiliza-se a denominação serviços. Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social que se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos. As sociedades humanas, de modo geral, se defrontam com três problemas econômicos fundamentais: 1. O QUE e QUANTO produzir? Significa que produtos deverão ser produzidos (feijão, televisores, sapatos, etc) e em que quantidades deverão ser colocadas à disposição dos consumidores. O sistema econômico precisa se organizar para que as unidades produtivas as empresas passem a gerar estes bens, nas quantidades desejadas pela população. 2. COMO produzir? Esta questão diz respeito à tecnologia a ser empregada na produção dos diversos bens e serviços. As empresas devem escolher, dentre vários processos técnicos, aquele que for mais eficiente, ou seja, que seja capaz de gerar a máxima produção possível a partir de uma certa quantidade de recursos (terra, trabalho e capital). 3. PARA QUEM produzir? Este problema diz respeito ao modo como serão os bens e serviços distribuídos à população, na medida em que será necessário, de alguma forma, estabelecer um preço para os itens produzidos pelas empresas.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 3 Diante de tudo o que foi visto até aqui, percebe-se que a Economia é uma ciência preocupada com problemas de escolha. Quando o sistema econômico se defronta com os problemas de o que e quanto, como e para quem produzir, é necessário fazer escolhas entre várias opções possíveis. A escolha é necessária porque o estoque de fatores de produção (terra, trabalho e capital), no curto prazo, é dado, é limitado, enquanto que existem diversas demandas por bens e serviços. Assim, as empresas têm que decidir sobre a forma de alocar ou distribuir os recursos disponíveis entre milhares de diferentes possíveis linhas de produção: Quantos hectares de terra deverão ser utilizados para o cultivo de milho? E quantos para a criação de gado? Quantos televisores devem ser fabricados por ano? E quantos caminhões? E quantos navios? Etc... Vamos analisar este problema usando um instrumental básico da Microeconomia: a Curva de Possibilidades de Produção. Suponhamos que o sistema econômico tenha que decidir sobre a produção de dois bens: Carros e Televisores. Haverá sempre uma quantidade máxima de carros produzida anualmente, quando todos os recursos forem destinados à sua produção e nada à produção de Televisores (ou vice-versa). A quantidade exata depende da quantidade e da qualidade dos recursos produtivos existentes na economia e do nível tecnológico com que sejam combinados. Logicamente, além das quantidades máximas, existem infinitas possibilidades de combinações intermediárias entre carros e televisores a serem produzidos, conforme exemplificado na tabela abaixo:

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 4 Podemos representar a tabela através do gráfico a seguir: Unindo-se todos os pontos da tabela, obtemos a chamada "Curva de Possibilidades de Produção" ou ainda Curva de Transformação. A Curva de Possibilidades de Produção - CPP - nos mostra as diversas combinações de quantidades de dois bens que o sistema econômico pode produzir, em termos potenciais, dada uma certa quantidade de fatores de produção e dada a tecnologia disponível. A CPP representa uma idéia fundamental: se uma economia estiver numa situação de pleno emprego dos seus fatores de produção (ou seja, se não há fatores de produção ociosos, desempregados, nesse momento), e se houver a necessidade de produzir mais unidades de certo bem, então será preciso reduzir a produção do outro bem. Em outras palavras, numa situação de pleno emprego dos fatores de produção, para aumentar a produção de um bem é preciso retirar recursos atualmente alocados na fabricação de algum outro bem, portanto reduzindo a produção deste último.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 5 Devido à limitação de recursos, os pontos de maior produção aparecem por sobre a curva de transformação. Assim sendo, para a fabricação só de carros (no ponto A) seria sacrificada toda a produção de televisores. O custo de oportunidade corresponde exatamente ao sacrifício do que se deixou de produzir. Portanto, o gráfico da CPP demonstra uma situação em que todos os recursos ou fatores de produção (terra, trabalho e capital) estão empregados, portanto uma situação em que todos os recursos estão alocados de forma a gerar a produção máxima dessa economia. Essa situação é conhecida como pleno emprego. O gráfico a seguir mostra três pontos: P, Q e S. O Ponto P representa um nível de produção dos bens 1 e 2 abaixo do pleno-emprego, pois seria ainda possível aumentar a produção de ambos, desde que para isso a economia mobilizasse fatores de produção desempregados. O ponto Q representa uma situação de pleno emprego dos fatores de produção. Nesse caso, só é possível aumentar a produção do bem 2 se houver redução na produção do bem 1. Isso corresponde ao conceito econômico de custo de oportunidade. O ponto S, por sua vez, representa um nível de produção dos bens 1 e 2 que não é alcançável no momento, pois exige uma quantidade de fatores de produção maior que a máxima disponível neste instante. O ponto S somente será alcançado se forem aumentadas, no longo prazo, as quantidades de todos os fatores de produção, o que provocaria um deslocamento da curva de possibilidades de produção para a direita e para cima.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 6 Dadas as limitações dos recursos produtivos e do nível tecnológico, os diversos países tentam organizar suas economias a fim de resolver os problemas do quê, quanto, como e para quem produzir, de forma eficiente, isto é, com o menor desperdício possível. Numa economia de mercado, os três problemas fundamentais são resolvidos de forma descentralizada, pelo livre jogo de demanda (ou procura) e oferta nos diversos mercados de bens e serviços. Nenhum agente econômico (indivíduo ou empresa) se preocupa em desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços. Preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios negócios. As empresas todo o tempo estão lutando para somente sobreviver, num ambiente altamente competitivo, graças à concorrência imposta pelos mercados (tanto na venda de produtos finais, quanto na compra dos fatores de produção). Esse jogo econômico é todo baseado nos sinais dados pelos preços. A concorrência no mercado de bens determina a disputa na compra e venda de produtos, em que se encontram os interesses dos indivíduos que demandam (procuram) tais produtos, e os interesses das empresas, que ofertam (querem vender) tais bens. No momento em que todos agem individualmente, no conjunto resolvem-se inconscientemente os problemas básicos da coletividade. Tudo é realizado através dos ajustes nos preços das mercadorias, em que se procura compatibilizar o preço desejado pelos indivíduos (o mais baixo possível) com o preço desejado pelas empresas (o mais alto possível). O desejo dos indivíduos determinará a magnitude da demanda, e as intenções das empresas determinarão a magnitude da oferta. O equilíbrio entre demanda e a oferta será sempre atingido pela flutuação do preço do produto em questão. Se a demanda for maior do que a oferta, o preço tende a subir. Se a oferta for maior do que a procura, o preço tende a cair. Se houve coincidência entre oferta e demanda, o preço tende a ficar estável essa corresponde à situação de equilíbrio de mercado. Assim, o mecanismo de preços se torna um grande sistema de ajustes na base da tentativa e erro, de modo que ao final de várias interações entre produtores (do lado da oferta) e de consumidores (do lado da demanda), surge o preço de equilíbrio, determinando as quantidades a serem transacionadas no mercado. Assim, numa economia de mercado, os problemas básicos da economia o que, quanto, como e para quem produzir - podem ser resolvidos pela concorrência dos mercados e pelo

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 7 mecanismo dos preços. O consumidor tentará maximizar a sua satisfação, e o produtor, o seu lucro. O sistema de preços coordena as decisões de milhões de unidades econômicas, faz com que eles se equilibrem, uns aos outros, e força ajustamentos para torná-los condizentes com o nível tecnológico e com o montante disponível de recursos. O gráfico a seguir demonstra a interação das forças de oferta e demanda, resultando no preço e na quantidade de equilíbrio. Os consumidores estabelecem os preços máximos que estão dispostos a pagar por cada quantidade a ser demandada. Essa avaliação é subjetiva (psicológica) e deriva do conceito de utilidade que o consumidor procura maximizar. Assim, a curva de demanda de mercado delimita o preço máximo. Por sua vez, os produtores estabelecem o preço mínimo que estão dispostos a receber por cada quantidade ofertada, diante da restrição dos custos incorridos e seu objetivo de maximizar lucros. Assim a curva de oferta representa o limite mínimo. Desta forma, a área de negociação do preço e da quantidade se dará na região 0PE, do gráfico, mas o equilíbrio será em E. O mercado é a solução civilizada mais barata, logo a mais eficiente, para se realizar trocas, que em última instância é a essência do problema econômico.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 8 2. O funcionamento do Mercado: as forças de Demanda e Oferta 2.1. A Curva de Demanda A demanda ou procura individual corresponde à quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir durante certo período de tempo. Observe que Demanda não é a mesma coisa que Compra. Demanda é o desejo de adquirir, é a aspiração, o plano, e não sua realização. A quantidade demandada pelo consumidor é a quantidade de produto que ele vai procurar no mercado, de acordo com suas preferências, sua renda, e outros fatores. A quantidade efetivamente comprada, por sua vez, vai depender do preço praticado pelo mercado. Além disso, a demanda é um fluxo por unidade de tempo, e se expressa por uma certa quantidade num dado período. Assim, podemos dizer que a demanda por milho é de 50 toneladas/ano ou ainda que a demanda por gasolina no país X é de 1000 galões por dia, etc. Na Microeconomia, a Teoria da Demanda reflete a tentativa de entender como surge esta força de mercado. Sua base reside em algumas hipóteses sobre as escolhas que o consumidor faz entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. Tendo um orçamento limitado, ou seja, um determinado nível de renda, o consumidor procurará distribuir esse seu orçamento (renda) entre os diversos bens e serviços de forma a alcançar a melhor combinação possível, ou seja, aquela que lhe trará maior nível de satisfação ou utilidade. De modo geral, pode-se afirmar que as escolhas do consumidor são influenciadas pelas seguintes variáveis, que por esta razão determinam sua demanda por determinado bem: a) O preço do próprio bem; b) Os preços dos outros bens (que podem ser substitutos ou complementares); c) A renda do indivíduo;

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 9 d) Os gostos ou preferências pessoais do indivíduo. Para estudar a influência de cada fator sobre a demanda é preciso fazer uma simplificação, pois estudar tudo em conjunto seria bastante complexo. A partir daqui, vamos considerar cada variável separadamente, para entender como cada uma delas influencia na formação da demanda individual. Quando analisarmos cada variável separadamente, trabalharemos com a hipótese coeteris paribus, ou seja, vamos admitir previamente que todas as demais variáveis permaneçam inalteradas. Esta expressão coeteris paribus é muito utilizada na ciência econômica e significa tudo o mais constante. Assim, podemos afirmar que, coeteris paribus, a demanda é função do preço. Ou seja, estamos dizendo que, supondo inalterados os demais preços dos outros bens, a renda e os gostos ou preferências do consumidor, sua demanda sofrerá influência de variações do próprio preço do bem. Vamos então começar nossa análise: a) Efeito de variações no preço do próprio bem sobre a sua demanda Podemos representar a relação entre quantidades demandadas e preços dos bens da seguinte maneira: q x = f (p x ) Normalmente, teremos uma relação inversa entre o preço do bem e a quantidade demandada. Quando o preço do bem cai, este fica mais barato em relação a seus concorrentes e, dessa forma, os consumidores deverão aumentar seu desejo de comprá-lo. Vejamos a seguir um exemplo numérico, que relaciona as quantidades demandadas de um certo produto com os preços deste mesmo produto. A tabela mostra a relação decrescente entre preços e quantidades, que pode ser também visualizada no gráfico correspondente:

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 10 p q 0,10 98,00 0,50 90,00 0,75 85,00 1,00 80,00 1,25 75,00 1,50 70,00 1,75 65,00 2,00 60,00 2,25 55,00 2,50 50,00 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 - p Curva de Demanda q 40 50 60 70 80 90 100 O gráfico mostra a curva de demanda. Neste exemplo, estamos usando uma curva linear, que é uma das muitas representações matemáticas possíveis da curva de demanda. Poderíamos também representar essa mesma curva de demanda através da equação abaixo: p = 5 q/20 Assim, a curva de demanda mostra a relação entre o preço do bem e a quantidade desse bem que o consumidor está disposto a adquirir durante certo período de tempo, tudo o mais permanecendo constante, ou seja, não variando o preço dos outros bens, a renda e o gosto do consumidor. Qualquer ponto da curva, no gráfico seguinte, nos mostra a combinação de preço e quantidade. Ao preço P 1, a quantidade demandada será Q 1.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 11 A curva de demanda nos dá o conjunto de todas as combinações possíveis entre preços e quantidades. Quando se fala em demanda, estamos nos referindo à curva inteira, enquanto se denomina quantidade demandada um determinado ponto dessa mesma curva. b) Efeito de variações nos preços dos outros bens sobre a curva de demanda q x = f (p y ) A demanda por um bem x depende de p y, ou seja, do preço de um outro bem y, tudo o mais constante. Para essa função não temos uma relação geral: o aumento do preço do bem y poderá aumentar ou reduzir a demanda do bem x. A reação depende do tipo de relação existente entre os dois bens. Os bens x e y podem ser substitutos (ou também chamados concorrentes) ou podem ser complementares. Bens Substitutos ou Concorrentes Se o aumento do preço do bem y aumentar a demanda do bem x, os bens y e x serão chamados substitutos ou concorrentes. Eles guardam relação de substituição quanto ao seu consumo. Por exemplo, a manteiga e a margarina, o café e o chá, o açúcar e o adoçante, etc. Nessas condições, se o preço do bem y aumenta, podemos afirmar que, coeteris paribus, a quantidade demandada de x vai aumentar. Suponha que y seja a margarina e x seja a manteiga. Se o preço da margarina aumenta, muitos consumidores deixam de demandar margarina e passam a demandar a manteiga. Isto resulta num deslocamento de toda a curva de demanda do bem x (no nosso exemplo, a manteiga) para a direita, conforme ilustrado no gráfico a seguir:

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 12 Ou seja, mesmo com o preço do bem x constante, em P 1, haverá aumento na quantidade demandada de Q 1 para Q 2, pois muitos consumidores deixarão de demandar o bem y e passarão a demandar o bem x. Como isto se aplica a todos os demais pontos da curva de demanda, concluímos que toda a curva de desloca para a direita (pois todos os pontos se deslocam). O mesmo raciocínio nos leva à conclusão de que, quando o preço do bem y diminui, a curva de demanda do bem x se desloca para a esquerda. Bens Complementares Se o aumento do preço do bem y provoca uma queda na demanda do bem x, eles são bens complementares. É o caso, por exemplo, do pão e da manteiga, do café e do leite, entre outros. Bens complementares são aqueles que, em geral, são consumidos conjuntamente. Nesse caso, o aumento do preço de um bem complementar y levará a um deslocamento da curva de demanda do bem x em sentido oposto ao caso apresentado anteriormente, em que existia relação de substituição entre os bens. Supondo que o preço do bem y, representado pelo pão, aumente, a quantidade demandada de pão vai diminuir. Assim, também vai diminuir a quantidade demandada do bem x, manteiga, pois os dois bens são complementares.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 13 Dessa forma, ao contrário do que vimos no exemplo anterior, o aumento do preço de um bem complementar provoca uma redução na quantidade demandada do bem em análise, provocando um deslocamento de toda a sua curva de demanda para a esquerda. Uma redução no preço do bem complementar faz com que a curva de demanda do bem em questão se desloque inteiramente para a direita. c) Efeitos da variação da renda do consumidor sobre a curva de demanda q x = f (R) Como regra geral, existe uma relação crescente e direta entre a renda e a demanda por um bem ou serviço. Quando a renda cresce, a demanda do bem deve aumentar. O indivíduo, ficando mais rico, vai desejar aumentar seu padrão de consumo e, portanto, demandar maiores quantidades de bens e serviços. É assim que se comportam os bens normais. Essa regra tem exceções. Em primeiro lugar, é possível que o indivíduo esteja totalmente satisfeito com o consumo de determinado bem e, portanto, não altere a quantidade demandada por unidade de tempo, quando sua renda aumentar. É o caso dos bens de consumo saciado. Outra exceção diz respeito aos chamados bens inferiores. Esses são bens cuja demanda se reduz quando a renda aumenta. Por exemplo: a demanda por carne de segunda se reduz quando o indivíduo aumenta seus ganhos, pois ele passará a demandar carne de primeira e não mais de segunda. A relação entre a renda e a demanda por determinado bem pode ser apresentada na forma de deslocamentos de toda a curva de demanda.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 14 Para os bens normais, um aumento de renda deslocará a curva de demanda para a direita, como mostra o gráfico acima. Para os bens inferiores, caso haja aumento da renda do consumidor, o deslocamento será para a esquerda, pois ele desejará menos tais bens. No caso dos bens de consumo saciado, a posição da curva de demanda não se altera, não há efeito algum provocado pelas variações da renda. d) Efeito das alterações nos gostos ou preferências pessoais do consumidor sobre a curva de demanda Fatores subjetivos podem levar o consumidor a desejar mais de um bem, independentemente do seu preço. Quando uma determinada peça de roupa entra na moda, por exemplo, sua demanda aumenta, mesmo que o preço não tenha sido alterado. Em termos gráficos, isto equivale a um deslocamento de toda a curva de demanda para a direita. Se, por outro lado, o consumidor deseja menos um produto, porque, por exemplo, descobre-se que ele tem algumas características indesejáveis, os gostos ou preferências se alteram no sentido de deslocar toda a curva de demanda para a esquerda. O mesmo pode ocorrer com uma peça de roupa que sai de moda, por exemplo.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 15 2.2. A Curva de Oferta Vamos agora analisar o que acontece do lado dos produtores, ou seja, das empresas que produzem e vendem os diversos tipos de bens no mercado. Define-se oferta como a quantidade de um bem ou serviço que os produtores desejam vender por unidade de tempo. A oferta é um desejo, um plano, uma aspiração. Assim, oferta não é a mesma coisa que venda ; a oferta representa um comportamento, um desejo, uma intenção dos produtores, enquanto que a venda corresponde à efetiva transação comercial, de acordo com o preço de mercado e de acordo com a quantidade demandada pelos consumidores. A oferta do bem depende basicamente do próprio preço deste bem. Admitindo-se a hipótese coeteris paribus, podemos afirmar que quanto maior for o preço do bem, mais interessante será produzi-lo e, portanto, a oferta é maior. Podemos também representar esta idéia com alguns números e com um gráfico, como a seguir: p q 2,50 95,00 2,25 90,00 2,00 85,00 1,75 80,00 1,50 75,00 1,25 70,00 1,00 65,00 0,75 60,00 0,50 55,00 0,25 50,00 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 - p Curva de Oferta q 40 50 60 70 80 90 100 Também aqui estamos representando a curva de oferta de forma linear, que pode ser descrita, neste caso, pela equação: p = q/20 2,25

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 16 Relacionando a quantidade ofertada de um bem com seu preço, obteremos, portanto a curva de oferta, ilustrando uma relação crescente entre preços e quantidades: A oferta do bem x depende também dos preços dos fatores de produção, os quais, juntamente com a tecnologia empregada, determinam o custo de produção. Havendo aumento do preço do fator, aumentará o custo de produção. Os bens em cuja produção se empregam grandes quantidades desse fator sofrerão aumentos de custo significativos, enquanto os que pouco o utilizam sofrerão menos. Por exemplo, aumentando o preço da terra, teremos grande aumento no custo de produção de milho, enquanto em outros setores que aproveitam em menor intensidade o fator terra, terão aumentos menores de custos. Assim, a mudança no preço do fator acarretará alterações na lucratividade relativa das produções, e isso ocasionará deslocamentos nas curvas de ofertas das diferentes mercadorias. O mesmo raciocínio se pode fazer em relação à mudança na tecnologia de produção. Os bens que mais se beneficiaram da mudança tecnológica terão uma lucratividade aumentada, e assim surgirão deslocamentos nas curvas de oferta de diversos bens e serviços. Assim, temos as seguintes regras: Aumentos nos custos de produção provocam um deslocamento da curva de oferta para a esquerda (a oferta se retrai, pois a produção ficou mais cara); Reduções nos custos de produção, ou ainda, melhoria das condições tecnológicas, provocam uma expansão da oferta, deslocando toda a curva para a direita.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 17 Finalmente, a oferta de um bem pode ser alterada por mudança nos preços dos demais bens produzidos. Se os preços dos demais bens subirem e o preço do bem x permanecer idêntico, sua produção tornar-se-á menos atraente em relação à produção dos outros bens, conseqüentemente diminuindo sua oferta. Nesse caso, teremos deslocamento da curva de oferta para a esquerda. 2.3. O Equilíbrio de Mercado O preço na economia de mercado é determinado tanto pela oferta quanto pela demanda. Coloquemos em único gráfico as curvas de oferta e de demanda. Sabemos que a curva de demanda, que representa o desejo dos consumidores, é decrescente em relação aos preços. A curva de oferta, por sua vez, é crescente em relação aos preços. O gráfico a seguir mostra a interação entre as forças de oferta e demanda: Observe a interseção das curvas no ponto E, ao qual correspondem o preço P 1 e a quantidade Q 1. Esse ponto é único, pois a curva de demanda é decrescente e a curva de oferta, crescente. Nesse ponto, a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente igual à quantidade que os produtores desejam vender. Existe coincidência de desejos. Para qualquer preço superior a P 1 a quantidade que os ofertantes desejam vender é maior que aquela que os consumidores desejam comprar. Em linguagem técnica, dizemos que existe excesso de oferta. De outra parte, para qualquer preço inferior a P 1 surgirá excesso de demanda. Em qualquer dessas situações não existe compatibilidade de desejos:

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 18 I - quando existir excesso de demanda surgirão pressões para que os preços subam, pois: a) os compradores, incapazes de comprar tudo o que desejam ao preço existente, dispõem-se a pagar mais; e b) os vendedores vêem a escassez e percebem que podem elevar os preços sem queda em suas vendas. II - quando existir excesso de oferta surgirão pressões para os preços caírem, pois: a) os vendedores percebem que não podem vender tudo o que desejam; seus estoques aumentam e, assim, passam a oferecer a preços menores; e

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 19 b) os compradores notam a fartura e passam a pechinchar no preço. No ponto E (P 1, Q 1 ) não existem pressões para alterações nos preços. Nesse ponto, os planos dos compradores são coincidentes com o plano dos vendedores. Sendo o único nessas condições, o ponto E é o ponto de equilíbrio das curvas de oferta e demanda. O preço P 1 é o preço de equilíbrio e Q 1 a quantidade de equilíbrio. Mudanças do ponto de equilíbrio Vimos anteriormente que vários fatores podem provocar deslocamentos das curvas de oferta e demanda. Um deslocamento desse tipo provocará alterações no ponto de equilíbrio. Suponhamos, por exemplo, que o mercado do bem x está em equilíbrio, e o bem x é um bem normal. O preço do equilíbrio é P 1 e a quantidade de equilíbrio é Q 1. Suponhamos agora que os consumidores tenham aumento de renda real (o que significa aumento de seu poder aquisitivo, de seu poder de comprar mercadorias). Conseqüentemente, coeteris paribus, a demanda do bem x, ao mesmo preço, será maior. Isso significa deslocamento da curva de demanda para a direita, para D'. Assim, ao preço P 1, teremos excesso de demanda, que provocará aumento de preços até que o excesso de demanda se acabe. O novo equilíbrio ocorrerá pelo preço P 2 e quantidade Q 2. Da mesma forma, deslocamentos da curva de oferta provocam mudanças na quantidade e no preço de equilíbrio.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 20 Suponhamos, para exemplificar, que os preços das matérias-primas do bem x se reduzam. Conseqüentemente, a curva de oferta do bem x se desloca para a direita. Por raciocínio análogo ao anterior, podemos perceber que o novo preço de equilíbrio será menor e nova quantidade de equilíbrios será maior. Questões de Concursos 01 - Há um deslocamento da curva de demanda de um bem normal para a direita quando, tudo o mais constante, a) Aumenta o preço de um bem complementar. b) Cai o preço de um bem substituto. c) Aumenta a renda dos consumidores do bem. d) Cai a renda dos consumidores do bem. e) Os consumidores passam a gostar menos daquele bem em relação a outros. 02 - Supondo que as curvas de oferta e de demanda de uma mercadoria X sejam dadas, respectivamente, por Ox = 400p - 600 e Dx= -100p + 3.500, as quantidades e preço de equilíbrio serão: a) 2.300 e $ 6. b) 1.680 e $ 8,2. c) 2.680 e $ 8,2. d) 3.680 e $ 6. e) n.d.a.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 21 03 - Não se inclui entre os determinantes da procura individual a) o preço do bem. b) a renda do consumidor. c) os preços dos outros bens. d) a quantidade ofertada do bem. e) o gosto ou preferência do indivíduo. 04 - Assinale o item que completa a afirmativa: Se a economia está em pleno emprego, um deslocamento para cima somente da curva de demanda de trigo a) levará a uma queda gradual no preço do trigo. b) levará à falência os plantadores de trigo. c) não alterará a produção de trigo. d) levará a um aumento na quantidade ofertada de trigo, com uma conseqüente diminuição na quantidade ofertada de alguns outros produtos. e) levará a um aumento da quantidade ofertada de milho. 05 - Quando a renda de um indivíduo cai, tudo o mais permanecendo constante, a sua demanda por um bem inferior a) aumenta. b) cai numa proporção igual à queda de sua renda. c) cai numa proporção maior do que a queda de sua renda. d) cai numa proporção menor do que a queda de sua renda. e) permanece inalterada. 06 - Considerando-se a relação entre demanda por um bem e renda do consumidor, pode-se afirmar que a) a relação entre renda e demanda pelo bem é sempre positiva. b) uma elevação da renda necessariamente eleva a demanda pelo bem. c) uma elevação da renda não necessariamente eleva a demanda pelo bem. d) não existe a possibilidade da demanda pelo bem cair quando a renda aumenta. e) elevações na renda causam necessariamente elevação na demanda pelo bem na mesma proporção. 07 - A curva normal de procura de um bem a) É paralela ao eixo vertical. b) apresenta uma relação direta entre preços e quantidades procuradas. c) apresenta uma relação inversa entre preços e quantidades ofertadas. d) apresenta uma relação inversa entre preços e quantidades procuradas. e) desce da direita para a esquerda.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 22 08 - Se a função procura de um bem é representada por q = 150-5p, sendo q a quantidade procurada e p o seu preço, não se pode dizer que a) Quando o seu preço for igual a 10 unidades monetárias, a respectiva quantidade procurada é igual a 50 unidades. b) Quando o seu preço sobe de uma unidade monetária, a quantidade procurada cai de 5 unidades. c) O sinal negativo indica a relação inversa entre o preço e a quantidade procurada. d) Quando o preço é igual a 30 unidades monetárias, não ocorre procura pelo bem. e) a respectiva curva da procura corta o eixo das quantidades ao nível de 150 unidades. 09 - Numa situação em que o mercado atua em concorrência perfeita e sem interferência governamental, se o preço de mercado de um produto situar-se em nível maior do que o que seria de equilíbrio entre as quantidades procuradas e ofertadas desse produto, a) a concorrência entre os ofertantes faria aumentar o preço do produto. b) a concorrência entre os compradores faria diminuir o preço do produto. c) a concorrência entre os ofertantes faria diminuir o preço do produto. d) a concorrência entre os compradores faria aumentar o preço do produto. e) O preço somente tenderia a diminuir se a concorrência entre os vendedores fosse mais forte do que a concorrência entre os compradores. 10 - Num mercado de concorrência perfeita, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qs = 48 + l0p e Qd = 300-8P, onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade procurada e o preço do produto. A quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será (em unidades) a) 2. b) 188. c) 252. d) 14. e) 100. 11 - Num modelo de oferta e demanda normais, quando aumenta a renda dos consumidores a) O preço cai. b) O preço sobe. c) a quantidade cai. d) preço e quantidade caem. e) as alternativas b e c estão corretas. 12 - Se o preço do litro de leite aumenta, mas as pessoas obtêm um aumento de renda real que permite a manutenção do nível de consumo em determinado período, tal fato pode ser ilustrado graficamente a) por um novo ponto sobre a mesma curva de procura de leite. b) por um deslocamento da curva de procura de leite para a direita. c) por um deslocamento da curva de procura de leite para a esquerda. d) pelo mesmo ponto da curva de procura de leite, antes do aumento da renda.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 23 13 - Um bem, cuja quantidade demandada cai quando o seu preço relativo diminui, é chamado bem a) normal. b) inferior. c) superior. d) de Giffen. e) anormal. 14 - Considere as equações Ps = 100 + 5Qs e Pd = 280-4Qd, sendo Ps e Pd, respectivamente, os preços de oferta e de procura, e Qs e Qd as quantidades ofertada e procurada de um determinado produto. Existe um preço, acima do de equilíbrio, que, se vigorasse no mercado, provocaria um excedente de produção de 18 unidades do produto. Esse preço é igual a a) 230. b) 240. c) 250. d) 260. 15 - Supondo que para um determinado mercado seja a curva de oferta representada por p = 10 + 3q, e a curva de demanda dada por p = 40-2q, se o mercado estiver em equilíbrio, segundo o modelo de oferta-demanda, o preço e a quantidade referentes a tal equilíbrio serão, respectivamente a) 13 e12. b) 30 e 5. c) 28 e 6. d) 24 e 4. 16 - Se, para um bem X, a função de oferta for Ps = 20 + 10Qs, sendo Ps o preço de oferta e Qs a quantidade ofertada do bem X, e o consumidor sempre demandar 10 unidades do produto por período de tempo (qualquer que seja o preço de X) a) O preço de X em situação de equilíbrio será de 20 unidades monetárias. b) O preço de X em situação de equilíbrio será de 80 unidades monetárias. c) O bem X é inferior, necessariamente. d) O preço de X em situação de equilíbrio será de 120 unidades monetárias. e) O bem X é produzido em condições de monopólio puro. 17 - Um ponto localizado abaixo da curva de possibilidade de produção pode ser considerado uma situação de pleno-emprego (Certo ou Errado?). 18 - As principais variáveis que afetam a oferta de dado bem ou serviço são: quantidade ofertada do bem, preço do bem, preço dos fatores e insumos de produção, preço dos bens substitutos e renda do consumidor (Certo ou Errado?) 19 - Em uma situação de pleno emprego, os recursos disponíveis estão sendo parcialmente utilizados na produção de bens e serviços, garantindo o equilíbrio das atividades produtivas (Certo ou Errado?).

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 24 20 (Escrivão de Polícia Federal/99) - A curva de demanda de automóveis mostra a quantidade de automóveis que seria comprada, por unidade de tempo, a diferentes preços de mercado, mantendose constantes os demais fatores que influenciam a demanda. 21 - (Agente de Polícia Federal/2000) - Supondo-se que a expansão do efetivo policial conduza a um aumento da necessidade de melhor equipá-lo, por exemplo, com armamentos e viaturas, então as exigências em termos de pessoal e equipamentos são bens substitutos no que diz respeito à provisão dos serviços de segurança pública. 22 - (Agente de Polícia Federal/2000) - Análises da demanda de farinha de mandioca, no Brasil, indicam que uma expansão da renda dos consumidores reduz a demanda por esse produto. Caso essas análises estejam corretas, então a farinha de mandioca é um bem inferior. 23 - (Papiloscopista Polícia Federal/2000) - No Brasil, o crescimento da violência aumentou a procura por sistemas de vigilância eletrônica, provocando um deslocamento ao longo da curva de demanda por esses produtos. 24 - (Papiloscopista Polícia Federal/2000) - O progresso tecnológico verificado na área da microeletrônica reduziu os preços dos computadores, deslocando a curva de oferta desses produtos para baixo e para a direita. 25 - (Papiloscopista Polícia Federal/2000) - Os riscos, em termos de saúde, ocasionados pela febre aftosa em parte do rebanho brasileiro, além de desencorajarem o consumo de carne bovina, contribuem, também, para reduzir a demanda por outras fontes de proteínas, como frango e peixe.

Rede de Ensino LFG Curso Preparatório para Agente da Polícia Federal - Noções de Economia 25 Gabarito 01 - C 02 - C 03 - D 04 - D 05 - A 06 - C 07 - D 08 - A 09 - C 10 B 11 - B 12 - B 13 - D 14 - B 15 C 16 D 17 ERRADO 18 ERRADO 19 ERRADO 20 CERTO 21 - ERRADO 22 CERTO 23 ERRADO 24 CERTO 25 ERRADO