Sustentabilidade além das palavras



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Transcrição:

editorial Sustentabilidade além das palavras Eventos simultâneos no mês de junho vão discutir alternativas sustentáveis para fazer do mundo um lugar melhor. A Rio+20 transforma a Cidade Maravilhosa no centro do mundo e todos querem ouvir ou falar sobre uma série de temas relacionados à sustentabilidade. No setor de seguros, este tema também está presente e deve, cada vez mais, ocupar espaço na agenda dos executivos. Neste mês, seria assinado o documento Princípios de Sustentabilidade em Seguros PSI, que mostra medidas que podem ser incorporadas à operação das seguradoras, envolvendo questões ambientais, sociais e de governança. É um começo. Acompanhando a pujança deste tema, trazemos um especial para mostrar os estudos que estão sendo realizados pelo e para o setor, com o objetivo de conhecer melhor os caminhos que serão trilhados num futuro próximo. Também apresentamos como o mercado pode avançar em termos de sustentabilidade aplicando os princípios do PSI. Nossa matéria de capa traz uma entrevista exclusiva com o presidente do Grupo Bradesco Seguros. Ele fala sobre os principais temas do setor, com a experiência de quem atua há 30 anos nesta mesma área e dirige um dos maiores grupos seguradores brasileiro. Lançamos um olhar jurídico para o mundo dos seguros através de um Suplemento Especial. Nele, os leitores encontrarão informações sobre seguros de pessoas, D&O e a perspectiva do mercado após as novas regras de regulação concorrencial do CADE. Boa Leitura! Ano 17 - nº 163 Junho 2012 Esta revista é uma publicação independente da Correcta Editora Ltda e de público dirigido Diretora de Redação: Kelly Lubiato - MTB 25933 klubiato@revistaapolice.com.br Diretor Executivo: Francisco Pantoja francisco@revistaapolice.com.br Repórter: Jamille Niero jamille@revistaapolice.com.br Redatora: Gabriela Ferigato gabriela@revistaapolice.com.br Executiva de Negócios: Graciane Pereira graciane@revistaapolice.com.br Diagramação e Arte: Paloma Bessa arte@revistaapolice.com.br Articulistas: Denise Bueno J. B. Oliveira Richard Hessler Furck Thaís Ruco Tiragem: 15.000 exemplares Circulação: Nacional Periodicidade: Mensal CORRECTA EDITORA LTDA Administração, Redação e Publicidade: CNPJ: 00689066/0001-30 Rua Loefgreen, 1291 - cj. 133 V. Clementino Cep 04040-031 - São Paulo/SP Telefones (11) 5082-1472 / 5082-2158 Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião desta revista. Diretora de Redação Mande suas dúvidas, críticas e sugestões para redacao@revistaapolice.com.br Acesse nosso site www.revistaapolice.com.br Siga nosso twitter.com/revistaapolice Curta nosso Revista Apólice

sumário 06 entrevista 44 simpósio Marco Antonio Rossi, da Bradesco Seguros, comenta sobre a ampliação do mercado e os novos nichos de consumidores e mostra a visão adquirida ao longo de 30 anos de experiência Cerca de 700 profissionais reuniram-se no Paraná para atualizar o conhecimento, conhecer as novidades e estreitar o relacionamento com as seguradoras, que pela primeira vez formaram uma feira suplemento A assessoria jurídica auxilia as seguradoras evitarem os riscos aos quais suas operações estão expostas e que vão da concepção do produto à regulação do sinistro especial sustentabilidade 12 18 20 painel painel / eventos gente 28 gestão Departamentos dedicados exclusivamente ao tema e relatórios mostrando ações apontam que o tópico ganha cada vez mais espaço nas empresas brasileiras 32 mercado Ao aderir aos Princípios de Sustentabilidade em Seguros, companhias querem intensificar iniciativas já existentes e incorporar de vez o tema aos negócios 38 saúde Mercado adota iniciativas voltadas para qualidade de vida e bem-estar dos funcionários dentro e fora do ambiente de trabalho 24 26 41 42 46 47 48 50 opinião mercado seguradora responsabilidade social encontro economia digital negociação comunicação e expressão 4

entrevista Marco Antonio Rossi Em todos os segmentos, uma seguradora presente APÓLICE: Com a perspectiva de queda do desempenho econômico brasileiro, quais são as expectativas do Grupo Bradesco Seguros? Marco Antonio Rossi: A análise que temos em termos de mercado é que provavelmente não teremos uma desaceleração daqui para frente. Nossa expectativa é de que isso não ocorra. Por outro lado, independente desta situação, observamos que mesmo com a economia apresentando sinais mais rígidos, o mercado segurador cresceu 19% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior. Nós temos grandes oportunidades e há uma defasagem no que diz respeito à participação do mercado segurador no PIB. APÓLICE: O perfil do consumidor de seguros está começando a mudar? Marco Antonio Rossi: Eu acho que já tem mudado. O que percebemos é uma presença mais efetiva da mulher. Verificamos que as pessoas entram no mercado de seguros cada dia mais cedo. Sentimos uma mudança no perfil do brasileiro no que diz respeito ao seguro. Observamos maior participação da classe C nos produtos no Grupo Bradesco Seguros. O mesmo aconteceu com a maior presença das mulheres. Essa participação cresce de maneira significativa e sustentável. Isso é fruto também, primeiro, do fato da mulher ter maior sensibilidade em relação à proteção, está no DNA dela a preocupação de proteger as pessoas de quem ela gosta. 6 APÓLICE: As pessoas de terceira idade também podem ser novos consumidores potenciais de seguro? Marco Antonio Rossi: Isso também já vem ocorrendo. Nós temos liderado as discussões sobre longevidade no País e adaptado nossos produtos. Acreditamos que a área de prestação de serviços de assistência - como eletricista, chaveiro e outros - também terá crescimento nos próximos anos em virtude da maior necessidade de produtos específicos para pessoas com mais de 60 anos de idade. No Grupo Bradesco Seguros, as mulheres representam 40% da base de clientes e a participação do sexo feminino cresceu 11% nos últimos 12 meses. APÓLICE: Estes programas como Conviva, Circuito da Longevidade, Porteiro Amigo do Idoso, por exemplo, também propiciam um bom retorno de imagem? Marco Antonio Rossi: Primeiro, nós fazemos isso porque faz parte da matéria-prima das seguradoras: discutir temas de longevidade, saúde, sustentabilidade são fundamentais para uma companhia de seguros. Mais do que o ganho para a imagem da empresa, esta é a contribuição do Grupo Bradesco Seguros à comunidade. No País, temos um problema em relação ao futuro, principalmente no tema da longevidade. Isso significa uma grande adaptação para a sociedade. Hoje, percebemos claramente quatro gerações trabalhando juntas, mas com pensamentos distintos. As empresas precisam de uma adaptação para esta nova realidade. Estamos presentes em muitas iniciativas, em preservação ambiental, saúde, longevidade. Este é o papel de uma grande seguradora. É um retorno que damos à sociedade em troca de sua confiança em nossa companhia e em nossos produtos. APÓLICE: Como a seguradora pode mostrar à sociedade o lado social do seguro? Marco Antonio Rossi: A comunicação na área de seguros sempre é complexa. A campanha publicitária lançada pelo Grupo - Vai que... - mostra justamente que o seguro não é tão complexo como se imagina. É possível falar de maneira mais simples ao consumidor. Em nossas pesquisas, identificamos um alto índice de satisfação do cliente com a companhia. As pessoas têm um carinho e uma proximidade em relação à nossa marca. APÓLICE: Vocês darão continuidade a esta linha mais leve de comunicação? A campanha Vai que... continua? Marco Antonio Rossi: O objetivo é continuar comunicando de maneira sim-

Há mais de 30 anos na Organização Bradesco, Marco Antonio Rossi preside o Grupo Bradesco Seguros e tem uma visão ampla do setor. Segundo ele, o mercado segurador brasileiro apresenta enorme potencial de crescimento 7

entrevista Marco Antonio Rossi ples e bem humorada, facilitando a percepção das pessoas sobre a importância de adquirir proteção através do seguro. APÓLICE: O mercado está num momento mais consolidado ou o movimento de fusões e aquisições deve continuar? Marco Antonio Rossi: Sempre há espaços para novos entrantes, como há para consolidação. Nós teremos um cenário mais competitivo, com taxas de juros menores, o que exigirá maior competência por parte das seguradoras. Isso pode significar também uma oportunidade para discussões sobre este tema. APÓLICE: É um momento de oportunidades? Marco Antonio Rossi: Para o mercado como um todo, ter seguradoras bem estruturadas, com bons números, é muito positivo para o setor. A chegada de empresas estrangeiras também é positiva. Hoje, praticamente todas as seguradoras do mundo têm alguma participação no Brasil. Somos um mercado que ainda oferece muitas oportunidades e atrai o interesse externo. APÓLICE: E como anda o relacionamento do Grupo Bradesco Seguros com os corretores de seguros? Marco Antonio Rossi: Temos hoje 40 mil corretores com algum tipo de relacionamento com a marca Bradesco Seguros. Estamos muito juntos, trocamos informações para melhorar os nossos produtos e serviços. Iniciamos uma terceira rodada de visitas a todos os Sindicatos de Corretores do Brasil. O presidente Trabucco (Luiz Carlos Trabucco Cappi, presidente do Banco Bradesco) iniciou este trabalho, e eu e meus companheiros de cada seguradora do Grupo estamos dando continuidade. Já fizemos toda a região Sul e agora vamos iniciar Norte e Nordeste. O objetivo é aprimorar o relacionamento com o corretor e aumentar a sinergia. Hoje, mais do que tudo, dentro do Grupo Bradesco Seguros somos 100% corretor de seguros e temos sempre a preocupação de manutenção e avanço na parceria com esses profissionais. Longevidade Em outubro de 2011, o Grupo Bradesco Seguros realizou, pelo sexto ano consecutivo, na capital paulista, o Fórum da Longevidade; Entre as ações desenvolvidas pelo Grupo em prol da longevidade com qualidade de vida, destaca-se, ainda, o programa Porteiro Amigo do Idoso. A iniciativa visa capacitar o porteiro apontado como o melhor amigo do idoso, em pesquisa realizada pelo Grupo com cidadãos da terceira idade para oferecer melhores serviços ao público longevo; Criado em 2007 pelo Grupo Bradesco Seguros, o Circuito da Longevidade Bradesco Seguros já mobilizou mais de 170 mil pessoas em todas as cidades por onde passou Vai Que... Com Taffarel, Byafra e agora com Sérgio Mallandro, a campanha desenvolvida pela AlmapBBDO para o Grupo Bradesco Seguros reforça a estratégia de atrair a atenção dos consumidores ao inserir humor e leveza à comunicação de seguros. Resultado O Grupo Bradesco Seguros registrou faturamento de R$ 9,4 bilhões de janeiro a março de 2012 nos segmentos de seguros, capitalização e previdência complementar aberta. Crescimento de 20% em relação aos R$ 7,8 bilhões totalizados no mesmo período de 2011. O lucro líquido do Grupo Bradesco Seguros no 1º trimestre de 2012 foi de R$ 905 milhões, evolução de 18,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O índice combinado no primeiro trimestre de 2012 ficou em 85,6% - redução de 0,5 ponto percentual. 8

APÓLICE: Quais produtos novos podem chegar ao mercado brasileiro? Marco Antonio Rossi: Hoje, no Brasil, nós temos praticamente os mesmos produtos do resto do mundo. Nosso mercado é moderno, efetivo. Tem um ou outro ponto que estamos trabalhando com a Susep, como o seguro de automóvel mais flexível, que atenda os carros mais antigos; o produto para gerar poupança para investir em saúde no futuro. Antigamente, os questionamentos dos corretores eram somente sobre os seguros de automóveis. Houve uma mudança do perfil do corretor. Ele Universeg tem uma relação com o seguro de automóvel, mas também quer saber mais sobre seguro dental, de vida e planos de previdência, produtos em que ele não pensava no passado. Percebemos que o mercado está mais sofisticado. O corretor entendeu a importância de potencializar a sua carteira. APÓLICE: O corretor está mais familiarizado com as novas formas de vender? Marco Antonio Rossi: As informações e a tecnologia de suporte são amplas. Eu entendo que isso faz parte de um Criado há oito anos pelo Grupo Bradesco Seguros com a missão de capacitar colaboradores e corretores em geral para um mercado cada vez mais competitivo, o UniverSeg Universo do Conhecimento do Seguro reformula seu portal (www.universeg. com.br), que passa a contar com novo layout, com navegação mais rápida e fácil. No portal do UniverSeg, além das informações dos cursos, o corretor e o funcionário do Grupo têm acesso a vasto e exclusivo conteúdo, que abrange matérias, artigos, entrevistas, depoimentos, dicas, calendário de eventos, download de material, entre outras ferramentas. Dentre algumas das atividades desenvolvidas pelo UniverSeg estão, principalmente, ações que visam ao aprimoramento pessoal e profissional dos colaboradores e corretores do Grupo Segurador. O Grupo Bradesco Seguros foi pioneiro ao lançar, em 1997, o Site 100% Corretor, ferramenta essencial para o trabalho diário dos Corretores de Seguros cadastrados no Grupo. Aplicativo para ipad A ferramenta gratuita, a primeira do gênero no mercado segurador brasileiro, unifica as informações das empresas Bradesco Auto/RE, Bradesco Capitalização, Bradesco Saúde e Bradesco Vida e Previdência que compõem o Grupo. Ou seja, o cliente poderá verificar os dados de todos os seus produtos em apenas um ambiente. processo constante de novas tecnologias que vão facilitar cada dia mais o trabalho do corretor. Ele precisa se preparar porque a maneira de comprar seguro da nova geração está se transformando. O corretor precisa se adaptar a esta nova realidade. As seguradoras buscaram ferramentas que facilitaram a vida do corretor e do segurado. Recentemente, o Grupo Bradesco Seguros lançou um aplicativo para ipad, no qual há informações sobre todos os produtos. Isso gera uma grande facilidade de informação para o segurado. APÓLICE: A venda via internet é uma tendência? Marco Antonio Rossi: Sim, não tenho dúvida. Mas acho também que ela não diminui a importância do corretor, que tem que se adaptar a esta nova realidade para estar mais presente na vida do segurado. APÓLICE: Dentro do Grupo Bradesco Seguros, quais são as áreas que devem se desenvolver mais? Marco Antonio Rossi: Há muitas oportunidades. O seguro residencial, por 9

entrevista Marco Antonio Rossi existem oportunidades para um contato mais próximo. As pequenas e médias empresas são potenciais consumidores, com capacidade enorme para consumir seguros. Residencial No Grupo Bradesco Seguros, o segmento residencial registrou crescimento de 40% no primeiro trimestre, em comparação à igual período do ano anterior. APÓLICE: E o microsseguro? Quando será realidade com legislação específi ca? Marco Antonio Rossi: O seguro popular, com custos menores, já é realidade. Nós temos que trabalhar para que a aquisição deste seguro seja mais simples, pois ainda temos dificuldades para fazer algumas contratações. APÓLICE: O Grupo Bradesco Seguros vai continuar investindo em microsseguro? Marco Antonio Rossi: Não tenha dúvida. Queremos estar presentes em todos os segmentos. exemplo, tem penetração baixa, preço acessível e facilidade para comercialização. No Brasil, somente 14% das residências são seguradas. No seguro saúde e no dental também há inúmeras oportunidades. Para onde se olha é possível ampliar. APÓLICE: O mercado de seguros está aumentando sua importância na economia? Marco Antonio Rossi: A penetração do mercado segurador no PIB tem aumentado e o próprio crescimento apresentado demonstra isso. Mas existe ainda muito espaço para crescer. APÓLICE: As pequenas e médias empresas são foco para a companhia? Marco Antonio Rossi: Com um mercado aquecido, hoje há intensa disputa por talentos. O que antes se observava em grandes empresas, agora se vê nas pequenas também. Elas oferecem seguro de vida, saúde, dental como forma de benefícios e, assim, reter talentos. O crescimento das PMEs promoveu uma mudança significativa, aumentando a presença do seguro neste setor. Estas empresas agora se esforçam para reter sua mão-de-obra qualificada. 10 APÓLICE: O corretor está buscando estes clientes? Marco Antonio Rossi: Eu acho que ele busca, sim, mas há espaço para capturar ainda mais oportunidades. O corretor tem trabalhado isso, mas PME S A carteira corporativa do Grupo Bradesco Seguros é composta por 531 mil empresas em todo o país. Desse total, 45% são Pequenas Empresas. APÓLICE: E em grandes riscos? Como fi ca a atuação da seguradora? Marco Antonio Rossi: Uma seguradora do nosso porte deve estar presente em todos os segmentos. O País crescendo, os grandes riscos ficam presentes em nosso dia-a-dia.

painel consultoria Orientar bem é fundamental Os consultores corporativos precisam prestar atenção nas recentes mudanças econômicas, pois considerando que os custos com o plano de saúde de uma empresa representam um desembolso anual expressivo em seu orçamento, orientar bem tornou-se fundamental. Hoje em dia, inseridos no contexto de gestão profissional, o quanto custa é tão fundamental quanto o quem fornece o serviço. A Ameplan sabe que destinar erroneamente os escassos recursos financeiros pode comprometer o oxigênio do planejamento e da organização, diante de uma fase de compasso. Portanto, conhecer bem os PICs (Pontos de Interesse do Cliente) é fundamental para o exercício de uma boa consultoria de benefícios. São fatos que transformam as ameaças em oportunidades para empresas como a Ameplan Assistência Médica. A capacidade de converter a competência da gestão de recursos credenciados em preços atrativos para os clientes dá outro sentido para os desafios que vêm por aí. descontos Programa de fidelidade para segurados A Liberty e a Viconseg Seguros lançaram em maio um programa de fidelidade para oferecer aos segurados benefícios em empresas de Vitória da Conquista e na renovação de seguros para automóveis. O Cartão Fidelidade Viconseg dará aos segurados o direito a um seguro de Acidentes Pessoais da Liberty e a um sorteio mensal de R$ 10 mil pela loteria federal. Com o cartão o segurado terá descontos de 5% a 20% em mais de 30 estabelecimentos comerciais. A lista da rede referenciada está disponível no site da Viconseg. Todos os estabelecimentos da rede credenciada estarão devidamente identificados com adesivos do cartão, explica Leandro Prates, diretor da Viconseg. Os segurados também participarão de um sistema de renovação bonificada. Cada indicação de novos clientes que resultar na venda de uma apólice fará o segurado acumular pontos convertidos em descontos na renovação das apólices. Segundo Mário Cavalcante, superintendente de novos produtos da Liberty, a parceria tem o objetivo de proporcionar aos clientes novas experiências em relação aos produtos e serviços da seguradora. Queremos mostrar aos nossos segurados locais mais do que preço competitivo e qualidade. Queremos estar próximos e demonstrar que somos parceiro, diz. literatura 1 Livro avalia seguro como meio de gestão sustentável A Escola Nacional de Seguros lançou o livro Programa de Seguros de Riscos Ambientais no Brasil Estágio de Desenvolvimento Atual, de autoria do advogado Walter Polido. Para Polido, os seguros ambientais despontam como uma oportunidade para as grandes corporações econômicas exercitarem ações de sustentabilidade. O assunto está na ordem do dia, principalmente com a proximidade da Rio+20. Vários são os riscos e as garantias que podem ser oferecidas, todas elas podendo melhorar a qualidade ambiental do País. As externalidades ambientais podem ser internalizadas em parte através do mecanismo securitário, garante. O advogado acredita que a comercialização e difusão dessa apólice sinalizam um amadurecimento da indústria de seguros nacional. Inaugurado por determinadas seguradoras estrangeiras que operam aqui, certamente instigará que as nacionais desenvolvam produtos semelhantes, uma vez que todos os clientes desejarão ao menos conhecer mais este seguro. O livro pode ser adquirido por R$ 52,00 pelo telefone (21) 3380-1556, através do e-mail vendas@funenseg.org.br ou em uma das 14 Unidades Regionais da Escola. literatura 2 Histórias infantis Carlos Figueiredo, da SegPlus, lançou em maio o livro infantil Jujuba, na Livraria Argumento do Leblon. Este é o segundo livro de Figueiredo, que pretende publicar outras histórias que falam de amizade, diversidade e solidariedade. As atitudes positivas devem ser reconhecidas sempre, não podemos deixar para valorizá-las somente quando perdemos, reflete o autor. 12

painel educação Convênio para bolsas de estudo A partir da esquerda: Tallulah Carvalho, Claudio Contador, Luiz Flávio Borges D Urso, Débora Schalch, Henrique Berardinelli e Ronny Martins. A Ordem dos Advogados do Brasil Seção de São Paulo (OAB-SP) e a Escola Superior Nacional de Seguros de São Paulo firmaram convênio, no dia 24 de maio, para concessão de bolsas de estudo e descontos nos cursos de graduação e pós-graduação da ESNS-SP, aos advogados regularmente inscritos na seccional paulista da OAB. Para o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D Urso, o mercado de seguros está em franca expansão e os advogados têm, nesse ramo do Direito, novas oportunidades de trabalho. Já para a presidente da Comissão de Direto Securitário da entidade, Débora Schalch, os profissionais vêm atuando nesse setor de forma prática. Esse é um momento oportuno para aproximá-los desse campo especializado, aprofundando a parte teórica, avaliou. Claudio Contador, diretor acadêmico da ESNS-SP, acredita que o seguro tem muitas carências na área do Direito. Segundo ele, os cursos oferecem aos advogados um melhor embasamento para atuação no segmento. Henrique Berardinelli, superintendente comercial da Escola Nacional de Seguros mantenedora da ESNS-SP explicou que o setor precisa de profissionais qualificados para trabalhar nesse mercado, que passa por mudanças regulatórias. Na ocasião, também estiveram presentes o responsável pela ESNS-SP, Ronny Martins, e a diretora-adjunta da OAB-SP, Tallulah Carvalho. Para manterem a bolsa, os alunos deverão ter coeficiente de rendimento (soma das notas finais das disciplinas cursadas dividida pelo número de disciplinas cursadas) igual ou superior a sete em cada semestre e não poderão ser reprovados em mais de duas disciplinas por semestre. Mais informações no www.esns.org.br. Crédito: Divulgação / OAB-SP Espaço GR Incoterms e Gerenciamento de Riscos Incoterms (International Commercial Terms/Termos Internacionais de Comércio) estabelecem regras e práticas uniformes com imparcialidade para o destino das cargas de Importaçao e Exportação. Neles se estabelecem a forma de negociação, que define principalmente quem contrata o frete e as condições de cobertura securitária. Cabe ressaltar que os Incoterms aplicam-se apenas entre importadores e exportadores, portanto não produz efeito a despachantes, seguradoras e transportadoras. No transporte Multimodal, destaco a parte do transporte Marítimo, que disponibiliza uma classificação de navios nos quais, os fretes variam de acordo com as suas características. Muitas vezes a mercadoria chega a uma das nossas 209 instalações portuárias em navios com ótimas classificações, mas em muitos casos são transferidas para nossos 66 Portos Secos ou destinos em caminhões sem manutenção adequada, ou seja, todo cuidado previsto na contratação inicial perde-se em razão da falta de exigência na pernada que envolve o transporte terrestre. A falta de controle e exigências no transporte terrestre somado às condições de riscos de roubo e acidentes no território brasileiro, muitas vezes comprometem a chegada ao destino de uma mercadoria que demorou semanas para chegar a um dos nossos portos. No transporte nacional, o Brasil tem sido referência em técnicas de gestão de riscos na prevenção de roubo e seguindo o mesmo curso para a prevenção de acidentes, porém, aplicamos pouquíssimo esta expertise nas cargas principalmente de importação. Precisamos urgentemente mudar este quadro. Para o Brasil, que vem crescendo e quer manter esta evolução, investimentos voltados à modernização dos portos e aeroportos, conservação e recuperação da malha viária, melhoria da infraestrutura de segurança, incentivos para atualização da frota de transportes, integração de controle logístico e gerenciamento de risco efetivo, juntamente com a elaboração de regras simples e claras atribuindo responsabilidades como preveem os Incoterms, favorecem a eficiência nas operações logísticas, incentivam investimentos e contribuem para este curso de crescimento. Abraços a todos! Eliel Fernandes Diretor Comercial Buonny Projetos e Serviços 14

painel empresarial Condições especiais de pagamento A Yasuda Seguros prorrogou as condições especiais de pagamento para os produtos Yasuda Escritórios & Consultórios e Yasuda Bares & Restaurantes. Tanto os seguros novos como as renovações feitas até o dia 31 de julho poderão ser parcelados em até 10 vezes sem juros. Além das coberturas e serviços tradicionais, a seguradora oferece proteções específicas para cada tipo de negócio. Para escritórios e consultórios, o Seguro Yasuda Empresarial garante os danos, inclusive roubo e furto com vestígios, causados a equipamentos portáteis como notebooks, celulares e tablets, em todo o território nacional, dentro e fora das instalações da empresa segurada. Para bares e restaurantes, a Yasuda Seguros oferece cobertura de deterioração de mercadorias em ambientes frigorificados (caso ocorram problemas no sistema de refrigeração ou falta de energia por um período superior a 24 horas), além de cobrir danos causados a veículos de terceiros sob a guarda do estabelecimento segurado e ainda garantir o reembolso de prejuízos nos casos em que o segurado seja responsabilizado civilmente, como por exemplo, por danos causados pelo fornecimento de comidas e bebidas no estabelecimento. O Seguro Yasuda Empresarial pode proteger o patrimônio empresarial contra incêndios, raios, danos elétricos e nos anúncios luminosos, equipamentos eletrônicos, inclusive os portáteis, e roubo. Os estabelecimentos segurados contam com assistência 24 horas completa, que disponibiliza serviços como chaveiro, segurança e vigilância hidráulica, cobertura provisória de telhados, locação de microcomputador, limpeza, regresso antecipado, limpeza de computadores e serviços de informações. previdência Pais que apostam na previdência privada dos filhos optam por perfil conservador A SulAmérica analisou, motivada pelo Dia das Mães, sua carteira de previdência privada e identificou o perfil dos investidores que procuram por planos de previdência privada para seus filhos. Ao pesquisar a base do SulAmérica Educaprevi, produto desenhado pela seguradora para assegurar o futuro de crianças e jovens durante a vida acadêmica, a companhia identificou que a maioria dos pais ou responsáveis que contrataram este produto optaram por um perfil conservador. Dados de fevereiro de 2012 constatam que 56% dos planos para menores possuem aplicações em fundos menos arriscados. Em 2011, esse percentual era 48%, frente a 29% agressivos (com até 49% das aplicações em renda variável) e 23% em investimentos considerados moderado (isto é, que investem até 30% em renda variável). Sabemos que existem fatores que influenciam na decisão de investimento. Além do cenário econômico, pesam na decisão de investimento a preocupação com o futuro pessoal e familiar. A precaução predomina nestes casos e, para as mulheres, ganha proporções maiores, uma vez que o conservadorismo se estende para os filhos, explica a diretora técnica de seguros de pessoas e previdência da SulAmérica, Carolina de Molla. É interessante observar que o perfil mais conservador tem sido predominante em toda a carteira de previdência privada da SulAmérica e, em partes, é reflexo da pouca predisposição ao risco do público feminino, que hoje representa 31,8% dos investidores. Dados de 2011 da seguradora mostram que 49,3% das investidoras optam por fundos conservadores, ou seja, com maior concentração em renda fixa. assistência 24h Novo escritório em Brasília A Tempo Assist inaugurou seu escritório comercial em Brasília (DF). A inauguração da unidade, que se dedicará, principalmente, ao relacionamento comercial e pós-venda das marcas Tempo Saúde Seguradora e Tempo Dental, foi realizada no dia 16 de maio, e contou com a presença de corretores e da vice-presidência da empresa: Chegar à capital federal é motivo de muito orgulho para a Tempo Assist. Os dados divulgados no início deste ano pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que boa parte dos indicadores sociais do Distrito Federal está acima da média brasileira. Queremos acompanhar esse crescimento e disponibilizar os serviços de qualidade da Tempo Assist que já fazem parte da vida de milhares de brasileiros em outras regiões do país para a população de Brasília, exalta Vitor Alt, vice-presidente da Tempo Saúde Seguradora. A inauguração do espaço também culminou no lançamento regional da campanha A Vida é Bela, ação de incentivo às vendas de seguro saúde e planos odontológicos para corretores. Os corretores de seguros são representantes de nossas marcas no mercado e, por isso, nada mais justo do que reconhecer o engajamento desses parceiros de negócio, afirma Alt. 16

comunicação Projeto Traduzindo o Segurês é premiado O Grupo BB Mapfre, por meio da Mapfre Seguros, foi um dos vencedores do XVIII Prêmio da Associação Brasileira de Empresas de Marketing Direto (Abemd). A companhia conquistou o troféu de ouro com o case Eliminação do Segurês - One to One, indicado na categoria Especialidade CRM/ Database. A cerimônia de premiação aconteceu em São Paulo. O projeto Traduzindo o Segurês transferiu para o ambiente virtual todas as informações referentes às apólices de seguro automóvel de uma forma simples. A iniciativa facilitou a compreensão dos contratos e eliminou o segurês dos termos técnicos e jurídicos utilizados nas apólices. As quase 130 folhas das condições dos seguros foram transformadas em infográficos, de fácil leitura e compreensão. Com isso, o Grupo BB Mapfre já reduziu em 14 milhões o número de folhas de papel impressas com apólices desde que foi implementado, em fevereiro de 2010. Os recursos poupados são destinados a um fundo ambiental, que tem como uma das principais propostas investir em programas de educação a exemplo do Villa Ambiental, que integra o Programa Criança Ecológica, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e é realizado no Parque Villa Lobos, na capital paulista. Este projeto é resultado de dois anos de estudo para levarmos aos nossos clientes não só a proteção do seguro, mas também clareza sobre a melhor forma de usar sua apólice, sobre seus direitos como segurado e os benefícios a que tem acesso, diz Marcos Ferreira, presidente do Grupo BB Mapfre nas áreas de auto, seguros gerais e affinities. Para os próximos quatro anos, a economia deve chegar a um bilhão de folhas. O projeto já faz parte do planejamento estratégico do Grupo e, até 2016, a ação será estendida para as linhas residencial e vida. produto Apólice protege festas de formatura e casamentos O Porto Seguro Eventos oferece garantia para diversas causas que podem resultar no cancelamento prévio ou repentino de um evento. Segundo Edson Frizzarim, diretor de ramos elementares da Porto Seguro, organizar um evento envolve responsabilidades diversas, tanto de seus idealizadores quanto de terceiros, como fornecedores de equipamentos, comestíveis, espaços, artistas ou atrações contratadas, entre outros. O Porto Seguro Eventos pode ser contratado por pessoas físicas ou jurídicas e prestadoras de serviços (organização, promoção ou exposição). O produto possui abrangência em todo o território nacional e cobre eventos de diferentes categorias: formaturas, festas, eventos empresariais, técnicos, esportivos, promocionais, sociais, religiosos; shows, apresentações, convenções e congressos, realizados ao ar livre, em espaços semiabertos ou fechados, abertos ou não ao público. Além da garantia básica, que assegura os prejuízos decorrentes de danos materiais ou corporais causados a terceiros ou aos próprios funcionários, o cliente pode incluir coberturas que abrangem da montagem à desmontagem de estrutura, despesas com honorários e outros custos relativos a processos pelos quais o segurado venha a ser responsabilizado civilmente, devido a ocorrências relacionadas ao evento, como por exemplo: fornecimento de alimentos e bebidas; guarda de veículos; entre outras.

painel eventos internacional Presidente anuncia início das operações em saúde O presidente mundial da Mapfre, Antonio Huertas, fez no Brasil o seu primeiro pronunciamento oficial no cargo, assumido em março deste ano. Ele apresentou os números da seguradora no mundo e falou sobre os investimentos e a situação econômica europeia. Entre os seus principais anúncios está a criação da operadora de saúde da Mapfre, que já foi aprovada internamente e que agora será registrada na ANS. O capital inicial da empresa será de R$ 20 milhões e deverá começar a operar no próximo ano. Vamos iniciar nossa operação de saúde no Brasil de forma moderada, prudente. Não temos pressa e trabalharemos com nossos executivos e com a expertise da Mapfre em saúde em outros países, disse Huertas. O segundo negócio em que começará a atuar será consórcios. A Mapfre já comercializa produtos de outra companhia, mas entrará agora com sua marca. Também já desenvolveu um Datacenter para trabalhar para as companhias do Grupo, com sede em São Paulo, para atender toda a América Latina. O Brasil é um ponto central e com tecnologia para atender as operações da região. Miami e Espanha também terão centros parecidos, adiantou Huertas. De acordo com o executivo, a Mapfre continuará incrementando sua participação internacional, pois sua situação econômico-financeira é estável e Da esquerda para a direita: Marcos Ferreira, Antonio Huertas Wilson Toneto e Bosco Francoy positiva, pois seu endividamento é baixo, o que dá a ela condições de continuar crescendo de forma orgânica. Se houver oportunidades poderemos entrar em outros mercados, informou. segurança Preocupação com roubo e furto de veículos e cargas No encontro realizado em 25 de maio pelo Sindseg- SP com o secretário-adjunto da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Jair Burgui Manzano, foi discutido o aumento dos roubos e furtos de veículos. Segundo Manzano, é preciso que o índice de roubo e furto esteja abaixo do crescimento da frota. Luis Pomarole, diretor de automóvel da Porto Seguro, contou que há um ano a companhia registrava 70 roubos por dia na cidade. Atualmente, são 80. Não observamos esse crescimento em frequência em outras regiões, indicou. Antigamente a seguradora investia em rastreadores para recuperar os carros roubados e furtados e o índice de sucesso era de 70 a 80%. Hoje o rastreador auxilia apenas em 60% das recuperações. Isso reflete no aumento do preço do seguro e já diminuiu o número de renovações, completou. Para Manzano, as seguradoras devem ficar atentas às fraudes. Sobre roubo de cargas, o secretário-adjunto apontou que de 7 a 8% dos roubos são valores grandes e 30% são roubos de R$ 20 mil a R$ 30 mil, de cargas que seriam entregue nas periferias. A outra parte é formada por fraudes. A cidade de São Paulo é responsável por 60% dos roubos de carga do estado, a Grande São Paulo por 20% e 18% ficam entre o litoral e o Vale do Paraíba, informou Manzano. livro CVG-SP recebe autor de publicação O corretor de seguros e diretor-presidente da Mitraseg Corretora de Seguros, Alberto Júnior, participou de almoço promovido pelo CVG-SP para apresentar seu livro A Lógica, lançado recentemente, que ensina um método para atingir sucesso profissional com seguro de vida. Segundo Osmar Bertacini, presidente do CVG-SP, o seguro de pessoas está em constante crescimento e o corretor está focando nesse ramo. Durante a palestra, Júnior afirmou que seu modelo de trabalho é falar com as pessoas, o que inclui falar com o maior número de clientes. O corretor elaborou 10 leis para o sucesso profissional na venda de seguro de pessoas. São elas: motivação, organização, persistência, atitude, objetivo, comprometimento, verdade, interesse, fome de conhecimento e disciplina. E uma 11ª lei, que é o próprio sucesso. Em primeiro lugar temos que valorizar as pessoas, depois vem o nosso negócio, afirmou o autor. Foto: Antranik Photos 18

gente Novo diretor comercial A Brasilcap tem um novo nome à frente da área comercial: Gilberto Lourenço. O executivo trabalhou no Banco do Brasil desde o início de sua carreira, onde ocupou diferentes cargos e, por último, foi gerente geral de Relações com Investidores, posição que deu a ele o crédito de Melhor Profissional de RI da América Latina, no segmento bancos e serviços financeiros. A votação foi conduzida pela revista americana Institutional Investor para composição do ranking The 2011 Latin America Executive Team. Segundo ele, trabalhar na Brasilcap será um bom desafio. É uma honra estar à frente da diretoria comercial da companhia que é líder de mercado desde 1997, enaltece. Um dos objetivos dele é ampliar a penetração da Brasilcap na base de clientes do Banco do Brasil. Para isso, o diretor comercial promete criar novos produtos - com perfil adequado a diferentes clientes - desenvolver parcerias com o intuito de diversificar os canais de venda de títulos de capitalização e criar novas formas de pagamento, como débito em poupança, por exemplo. Seguradora nomeia presidente A Zurich Seguros designou o executivo Hyung Mo Sung para o cargo de CEO de seguros gerais no Brasil. Ele ingressou na companhia em setembro de 2011 como vice-presidente de linhas pessoais para a América Latina. Com graduação e mestrado em Economia pela FEA/USP, Hyung Mo Sung tem quase 30 anos de experiência no mercado segurador, incluindo passagens pela Mapfre (onde atuou como vice-presidente executivo de canais e vice-presidente de vendas e distribuição, dentre outros) e pela Mitsui Sumitomo Seguros (sua última posição antes da Zurich e na qual foi vice-presidente executivo). O profissional é membro do Conselho de Desenvolvimento da CNseg e mentor do Programa de Gestão de Desenvolvimento da USP. Estou certo de que a trajetória e a experiência de Hyung contribuirão para impulsionar a área de seguros gerais no Brasil rumo ao próximo nível de crescimento e desenvolvimento, cumprindo nossa aspiração de nos tornarmos a melhor seguradora global na região, segundo os nossos clientes, colaboradores, parceiros de negócios e acionistas, afirma Antonio Cássio dos Santos, Chairman do Grupo Zurich na América Latina e CEO de seguros gerais para a mesma região. Entidade elege diretoria Em maio, a Aconseg-RJ realizou a votação para eleger a nova diretoria, biênio 2012-2014. Renato Rocha, atual presidente da associação, disse que os dois biênios consecutivos sob sua gestão foram pautados por responsabilidade, compromisso e seriedade. Deixo a presidência consciente de que a Aconseg e suas assessorias firmaram-se, ainda mais, como um importante canal de produção de seguros, devido a várias iniciativas tomadas por nossa diretoria, tais como, fortalecer os laços com as seguradoras e parceiras e ampliar o leque de companhias parceiras, afirmou Rocha. A chapa liderada por Olívio Américo foi a única inscrita para concorrer à eleição e foi eleita na Assembleia pelos 20 associados presentes. Américo, que já presidiu a Aconseg nos biênios 2004-2006 e 2006-2008, sob o slogan da União, traz de volta o mesmo mote. Quero agradecer a confiança de todos aqui presentes e dizer que trabalharei no sentido de que a Aconseg consiga aglutinar todas as assessorias e seja uma negociadora destas junto às seguradoras. Vamos incentivar a união cada vez maior, envolver todas as assessorias, destacou o presidente eleito, que contou com os votos de todos os presentes. Chapa eleita para o biênio 2012-2014 Presidente: Olívio Américo - Plataforma 1º Secretário: Marcello Holanda - Opção Certa 1º Tesoureiro: Manoel Dias - Brasil Vega 2º Secretário: César Paulo - CP 2º Tersoureiro: Jorge Ricardo - Paper Assessor: Mário Roberto - Tea Conselheiro: Luiz Eduardo Pereria de Lucena - LBS

gente Head de resseguros A Swiss Re anunciou a contratação de Margo Black como head de resseguros para América Latina Sul e presidente da Swiss Re Brasil Resseguros. Ela, que ficará baseada no Brasil, veio da Willis e será responsável por programas de resseguros no Brasil, Chile, Colômbia e outros importantes mercados sulamericanos. A executiva terá amplo papel de liderança no desenvolvimento de negócios em vida e saúde, não apenas no Brasil, mas também em outros mercados da América Latina. Margo Black assumirá o cargo na Swiss Re em julho. Em maio, também foi anunciada a contratação de Alejandro Padilla pela Swiss Re como Head de resseguros para América Latina Norte e presidente da Swiss Brokers México, Intermediário de Resseguro, que assumirá o cargo em 1º de junho. Padilla atuava anteriormente como Country Head para o México e América Central na Cooper Gay. Os dois novos executivos irão se reportar a Eric Smith, CEO e presidente da Swiss Re para as Américas, e farão parte, na empresa, da Equipe de Direção das Américas. Nomear alguém com o calibre de Margo Black para nossa equipe latino-americana é um sinal claro do compromisso da Swiss Re com a região, afirmou Smith. Margo possui ampla experiência no Brasil e em outros países da América do Sul, conhecendo as necessidades de gestão de riscos específicas de cada região. Certamente ela irá beneficiar nossos clientes que procuram soluções inovadoras. Propaganda e marketing O administrador e economista Victor Bialski é o novo superintendente de marketing da SulAmérica Seguros, Previdência e Investimentos. Bialski chega à companhia para reforçar a área em novos projetos de publicidade e propaganda, eventos e patrocínios e branding. Bialski é graduado em Economia pela FEA/USP e em Administração Pública pela FGV/ SP, possuindo MBA Executivo pela FGV/SP com extensão na London Business School. Profissionalmente, atuou no mercado de seguros, no setor bancário e automotivo liderando áreas relacionadas com comunicação, marketing e vendas. Novidades em benefícios Guilherme Fernandes assumiu a gerência de benefícios da Lockton Brasil. O executivo será responsável pelos clientes internacionais, além de colaborar com as áreas médicas e técnicas da consultoria. O executivo é formado em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com curso complementar em Saúde Suplementar pela Funenseg. Reformulação no departamento comercial Desde maio, a Berkley Brasil passou por mudanças em sua estrutura comercial. Com a saída do superintendente da Regional São Paulo, Eder do Prado - que deixou o cargo em busca de novos desafios - a unidade passará a ser dirigida por Sérgio Ricardo Vendramel, novo diretor da regional São Paulo. A Regional Sul também passou por alterações em seu quadro de colaboradores e conta com Júlio César Kerpp Fraga como novo gerente da Filial Porto Alegre. Graduado em Direito com Extensão Universitária no IBMEC (Programa de Desenvolvimento Gerencial), Vendramel possui 27 anos de carreira no mercado de seguros, com atuação tanto na área técnica quanto na comercial. Com a saída de Adriana Pereira, a gerência da filial Porto Alegre conta agora com a atuação de Júlio César Kerpp Fraga que desde 2006 atua especificamente na área de transportes, riscos de engenharia, responsabilidade civil, property, equipamentos agrícolas, D&O e garantia. Mudança na diretoria financeira Sandra Sena assume a diretoria financeira da CesceBrasil. A executiva atua há mais de 22 anos na área de Crédito e Risco e, ao longo de sua carreira, acumulou experiência no mercado internacional. Sena ingressou na CesceBrasil em dezembro de 2009, assumindo a superintendência de riscos da seguradora. Agora será responsável pela tesouraria, contabilidade, tributos e informações gerenciais da companhia junto à Susep. 22

opinião por Denise Bueno* Os juros mais baixos e o mercado de seguros Muitos estão felizes com a queda da taxa básica de juros da economia. Afinal, com juros menores, temos a sensação de estabilidade, o que nos dá mais segurança para planejar o futuro. Para a indústria de seguros, a redução da Selic, que em maio chegou a 8,5% ao ano, traz prós e contras. Os analistas acreditam que há tempos as empresas se preparam para esse momento, porém agora terão de agilizar as estratégias para adequar as despesas gerais e administrativas, bem como tornar processos e estrutura mais enxutos. O resultado financeiro no primeiro trimestre ainda foi bom, com redução na expectativa de juros compensado pela valorização na bolsa. Iago Whately, analista do Fator, lembra que o resultado da seguradora é uma combinação da receita financeira com o resultado operacional. Tradicionalmente, as companhias têm se beneficiado da alta taxa de juros. Tinham boa parte da vida ganha. Podiam ser menos eficientes ou até mais agressivas para conquistar market share, pois sabiam que o resultado financeiro daria conta do resultado esperado para o ano. Com a queda dos juros, o resultado financeiro precisa ser compensado pelo operacional. Ou seja, o que já era importante - ser eficiente -, fica ainda mais agora. A combinação dos dois fatores proporcionou rentabilidade interessante para as seguradoras, diz o analista com base nos balanços trimestrais divulgados da, como da Porto Seguro e SulAmérica. Não bastasse a acirrada concorrência com a entrada de novos players, as companhias de seguros precisam driblar, além da queda acentuada da taxa básica de juros, os efeitos das mudanças de regras editadas pelo órgão regulador, o aumento do índice de indenizações pagas pela maior ocorrência de acidentes e roubos, o incremento da fraude, situação típica de momentos de crise, além de fazer piruetas para atrair e reter talentos diante da falta de profissionais especializados. Carlos Magnarelli, diretor financeiro da Liberty Seguros, ressalta o lado bom. Se a redução dos juros proporcionar o crescimento do país, as seguradoras vão ganhar muito com o aumento das vendas de seguros para proteger os bens adquiridos pela população, como carros, imóveis, eletroeletrônicos, bem como viagens e dívidas. No entanto, tal crescimento é esperado apenas para o terceiro quadrimestre do ano. Uma análise do Barclays divulgada no final de maio, mostra preocupação com o setor diante de tantos desafios que terão de ser administrados concomitantemente. No seguro de carros e também de varejo, é inevitável o aumento dos prêmios e mudança no perfil dos investimentos das seguradoras, com maior alocação em papéis privados. Já em grandes riscos, acho que os preços são mais técnicos e menos dependentes do resultado financeiro, diz o consultor José Rubens Alonso. De acordo com analistas, o ambiente competitivo em automóveis deve ficar menos acirrado, com todos precificando com mais racionalidade. Até mesmo os bancos, que lutam por uma fatia maior de market share. Eles querem aumentar participação de mercado, mas antes disso querem lucrar, o que leva o setor a uma unanimidade: os preços do seguro de carro, que já vem apresentando alta, devem seguir na busca pelo equilíbrio operacional. Previdência e outros produtos de longo prazo terão forte impacto, aposta. Segundo ele, a indústria vai procurar alternativas de investimentos, talvez elevando a alocação em ações e imóveis. Alonso também acredita que alterações nas regras regulatórias de alocação de investimentos devem entrar com maior prioridade na agenda do mercado. Mesmo sem mudanças nas regras de aplicação das reservas das seguradoras, que ultrapassaram R$ 400 bilhões em abril deste ano, haverá diversificação de portfolio de investimentos. Praticamente todos os executivos entrevistados apostam na maior diversi- 24

ficação do mix de investimentos. São unânimes em afirmar que haverá maior demanda das seguradoras por ativos de crédito privado à medida que o mercado secundário se desenvolva no Brasil, dando liquidez aos títulos emitidos pelas empresas. Também estão na mira das seguradoras fundos de private equity e oportunidades no segmento de imóveis. Buscaremos analisar riscos de crédito, que ofereçam boa rentabilidade, e riscos de mercado, por meio de títulos públicos com prazos mais longos, prefixados ou indexados à inflação, diz Tarcisio Godoy, da Bradesco Seguros. Temos de nos preparar para as duas evoluções. Para a queda de juros e para os juros voltarem a subir, acrescenta Jérôme Garnier, diretor financeiro da Caixa Seguros. Na Allianz, a queda de juros deverá causar uma redução de R$ 11,3 milhões, considerando-se uma carteira de investimentos próxima de R$ 1,8 bilhão, calcula o diretor financeiro José Garcia. Para corrigir, a estratégia é incrementar o portfolio de crédito administrada pela companhia, segundo comum acordo durante teleconferências realizadas semanalmente com a matriz, na Alemanha. Vamos aplicar mais em bolsa, diminuir nossa posição em títulos pré-fixados e aumentar a fatia dos títulos indexados a inflação, contou. Mesmo com uma melhor gestão do portfolio de investimentos, os CEOs apostam no repasse da conta para o consumidor. Não tem uma saída de curto prazo que resolva. Vai exigir recomposição de preço, afirma um executivo da Porto Seguro, maior seguradora de carro do Brasil. Em outras palavras, o preço do seguro vai aumentar. Acácio Queiroz, CEO da Chubb, disse que há anos prepara a seguradora para viver nesse cenário de juros baixos. Não estou preocupado com crescimento. Muito mais importante é achar um equilíbrio operacional e preservar o resultado da companhia, repassando o mínimo possível para o preço, diz Queiroz, descartando acompanhar uma possível concorrência de preço em busca de market share. Milton Bellizia, diretor administrativo financeiro da Marítima, também quer evitar repasse para o preço. Os esforços estão em melhorar a produtividade e a eficiência da empresa e, em último caso, o repasse de preço ao consumidor será aplicado, diz. Segundo Belizia, haverá menos oportunidade para uma concorrência predatória via redução de preços, privilegiando aqueles que investirem em produtos diferenciados. O atendimento a corretores e segurados ganhará mais relevância na conquista do mercado. Para os clientes corporativos, o efeito da queda de juros nas operações de seguro será talvez um dos únicos acontecimentos que poderá produzir uma estabilização de preços, que vinham em um ciclo declinante desde a abertura do mercado de resseguros. Segundo nota enviada pela diretoria da Associação Brasileira dos Gerentes de Riscos (ABGR), para enfrentar a perda das receitas financeiras as seguradoras deverão não só frear a queda constante das taxas, como até mesmo repassar aumento de preço para compensar a perda do resultado financeiro, que representa um percentual significativo dos ganhos. No entanto, os grandes clientes reunidos na ABGR apostam na busca por eficiência pelas seguradoras e resseguradoras, uma vez que a concorrência está acirrada no setor. Tanto pela busca de ganho das seguradoras e resseguradoras estrangeiras que enfrentam a queda do lucro pela crise na Europa, como pelo bom momento vivido no Brasil, com a liberação de financiamentos para grandes projetos de infraestrutura, Com relação aos custos de parcelamento, as empresas seguradas acreditam que haverá certamente uma redução dos juros, desde que a questão dos resultados operacionais tenha sido equacionada. Já nos contratos individuais, boa parte das companhias continuará praticando o parcelamento em até quatro vezes sem juros. * Denise Bueno é articulista da Revista Apólice