Preenchimento do RMA/2013 População de rua

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Transcrição:

2014 DIAGNÓSTICO SOCIOASSISTENCIAL Preenchimento do RMA/2013 População de rua Gerência de Monitoramento e Avaliação GMA Vigilância Socioassistencial

Sumário 1. POPULAÇÃO DE RUA E CADÚNICO... 3 2. POPULAÇÃO DE RUA E RMA... 4 3. COBERTURA DE PROTEÇÃO SOCIAL A POPULAÇÃO DE RUA.... 6 REFERÊNCIAS:... 9 Lista de Gráficos Gráfico 1: Quantitativo de atendimentos de pessoas em situação de rua assistidas pelo PAEFI. 5 Lista de Tabelas Tabela 1: estimativa da taxa de cadastramento da população em situação de rua em acompanhamento pelo Centro Pop.... 3 Tabela 2: Informações de cofinanciamento federal sobre os serviços de população de Rua.... 7 2

1. População de rua e CadÚnico A população em situação de rua é um público que vivencia em seu cotidiano inúmeras situações de vulnerabilidades. Atentar para esta realidade a fim de respondê-la de maneira efetiva torna-se pauta da agenda pública, sendo a identificação dessa população em nosso território o ponto de partida para o processo de planejamento de políticas e serviços capazes de alterar esse quadro. Desta forma, faz-se fundamental a inclusão dessa população no CadÚnico, uma vez que, esse cadastro é a porta de entrada para mais de 18 programas e serviços socioassistenciais. Acerca dessa informação, o estado de Pernambuco possui uma taxa pequena de população de rua cadastrada no CadÚnico, com destaque para 214 cadastros de pessoas (MDS/TABCAD, abril/2014). De acordo com as metas previstas no Pacto de Aprimoramento para os Centros Pop cabe a esse equipamento: Identificar e cadastrar no CadÚnico 70% das pessoas em situação de rua em acompanhamento pelo Serviço Especializado ofertado no Centro Pop. Segue uma estimativa dessa taxa de cadastramento nos Centro Pop ativos do Estado de Pernambuco. Tabela 1: Estimativa da taxa de cadastramento da população em situação de rua em acompanhamento pelo Centro Pop. CENTROS POP QUE FORNECERAM INFORMAÇÕES SOBRE ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO Municípios Média do Taxa de cobertura das Quantitativo Quantitativo de pessoas em situação da população pessoas de rua em de Rua acompanhadas acompanhamento (CadÚnico) pelo Centro Pop pelo Centro POP (jan a abril/2014) 1 Caruaru 24 21 114,2 2 Jaboatão dos Guararapes 13 37 35,1 3 Recife (Centro Pop da Glória) 4 Recife (Centro Pop Neuza 58 117 49,5 Gomes) 5 Paulista 1 6 16,6 6 Petrolina 0 41 0 TOTAL 96 222 43,2 Fonte: MDS/RMA (jan a abril/2014), Tab Cad (abril/2014) - Vigilância Socioassistencial GMA/2014. 3

Observando os percentuais apresentados na Tabela 1 vemos o baixo índice de cobertura deste segmento social pelos Centros Pop e, conseqüentemente, pelo CadÚnico. Quando observamos que no Brasil o contingente de pessoas em situação de rua é estimado em 0,061% da população de cidades com população maior do que 250 mil habitantes (BRASIL, 2008) isto resulta em um número estimado em 938 pessoas em situação de rua apenas na cidade do Recife. Entretanto, a pesquisa realizada pelo IASC (2005), com apoio da UFPE e OAF, intitulada Censo e análise qualitativa da população em situação de rua na cidade do Recife identificou o quantitativo de 1390 pessoas vivendo em situação de rua na capital pernambucana. O total encontrado pela referida pesquisa apresenta uma diferença de 452 indivíduos em relação ao número estimado pela pesquisa nacional que era de 938 pessoas vivendo em situação de rua nesta metrópole. Esta informação demonstra o quão é preocupante a situação de falta de assistência e exclusão a que a população de rua vem sendo submetida. Este processo de invisibilidade e exclusão vem perpetrando cada vez mais agravos a esta população que representa a inação dos direitos e dignidade da pessoa humana. 2. População de rua e RMA O Registro Mensal de Atendimentos (RMA) é uma ferramenta informatizada cujo objetivo é, através das informações registradas, contribuir para o planejamento e tomada de decisões no campo das políticas públicas de assistência social, reunindo dados sobre os indivíduos atendidos e grupos alvo das ações dessas políticas. No que se refere ao quantitativo de população de rua atendida no PAEFI entre os meses de janeiro a abril, a tabela abaixo destaca essas informações. 4

Gráfico 1: Quantitativo de atendimentos de pessoas em situação de rua assistidas pelo PAEFI. Pessoas em situação de rua Mata Norte Agreste Setentrional Sertão Araripe Região Metropolitana Mata Sul Agreste Central Sertão Moxotó Agreste Meridional Sertão do Pajeú Sertão Itaparica Sertão São Francisco Sertão Central 795 679 589 440 354 206 173 170 132 11 1209 1924 Fonte: RMA/SNAS/jan a abril/2014 Vigilância Socioassistencial GMA/2014. O Gráfico acima descreve informações sobre o quantitativo de população de rua atendida pelos CREAS no período de jan a abril de 2014. Observa-se que quatro regiões são mais evidentes em termos de atendimento à população em situação de rua, são elas: Mata Norte, Agreste Setentrional, Sertão do Araripe e Região Metropolitana. As demais destacam um quantitativo abaixo de 100 pessoas em situação de rua atendidas pelo PAEFI registradas durante o ano de 2014. Para além de uma maior incidência de abordagem desta população se faz necessário o conhecimento mais detalhado do perfil dos sujeitos que compõem esta população considerada em situação de rua. Neste sentido uma definição 1 conceitual que abranja as diversas ações e políticas voltadas para esta população é sumamente importante. De acordo com Simões Júnior (1992) por população de rua entende-se: Pessoas que vivem nas ruas e fazem de logradouros públicos (ruas, praças, jardins, canteiros, marquises e baixos de viadutos) e das áreas degradadas (prédios abandonados, ruínas, cemitérios e carcaças de veículos) espaço de moradia e sustento, por contingência temporária ou de forma 1 Definição produzida pela Equipe de Vigilância Socioassistencial GMA e discutida conjuntamente com os Programas e Serviços voltados à população em situação de Rua Vida Nova, Atitude e GT sobre Políticas para População em Situação de Rua SEDAS. 5

permanente, podendo utilizar eventualmente albergues para pernoitar e abrigos, casas de acolhida temporária ou moradias provisórias. (SIMÕES, 1992, p. 18) São ainda consideradas pessoas em situação de rua aquelas que constroem estrutura de plástico, papelão e madeira em áreas públicas ou em áreas privadas abandonadas desde que não configurem ocupações organizadas. Estão também incluídos nesta definição os dependentes de drogas que fazem uso do espaço da rua para o consumo da droga com permanência por mais de um dia na rua, de forma contínua ou com frequência. Tendo em vista a definição do SNAS, são incluídas também nessa população em situação de rua, pessoas que tem casa própria, alugada ou de parentes no interior ou em local afastado do centro da cidade e que por motivos de trabalho dormem na rua uma ou mais vezes por semana. Trata-se de uma população heterogênea constituído por pessoas que possuem em comum a garantia da sobrevivência, por meio de atividades produtivas desenvolvidas nas ruas, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a não referência de moradia regular (BRASIL, 2006, p. 24). 3. Cobertura de proteção social a população de rua. Pesquisas e levantamentos2 sobre população em situação de rua destacam que há uma maior concentração dessa população nas metrópoles e municípios com grandes números populacionais. No que se refere aos serviços socioassistenciais para população de rua, destacam-se: Serviço Especializado para População de Rua; Serviço Especializado em Abordagem Social e Serviço de Acolhimento para Pessoa em Situação de Rua. Conforme as metas do Pacto de Aprimoramento, todos os Municípios acima de 100 mil habitantes e metrópoles acima de 50 mil devem implantar 100% destes 2 Política Nacional (2008), Censo demográfico (2010), MDS (2005; 2006). 6

serviços para população de rua. Acerca dessas informações a tabela abaixo sinaliza a situação dos Municípios pernambucanos. Tabela 2: Informações de cofinanciamento federal sobre os serviços de população Municípios acima de 100 mil hab (IBGE/2010) de Rua. Centro POP (Serviço Especializado para população de rua) Serviço Especializado em Abordagem Social (CREAS) Serviço de acolhimento para pessoa em situação de rua Cabo de Santo Agostinho 0 1 0 Camaragibe 0 0 0 Caruaru 1 3 1 Garanhuns 1 1 1 Igarassu 1 0 1 Jaboatão dos Guararapes 1 4 1 3 Olinda 1 4 2 1 Paulista 1 1 1 Petrolina 1 2 1 Recife 4 5 4 1 6 São Lourenço da Mata 1 1 1 Vitória de Santo Antão 1 1 1 Fonte: MDS/SAGI/2014 Vigilância Socioassistencial - GMA/2014 De acordo com as metas previstas no Pacto de Aprimoramento, observa-se que os Municípios, Cabo de Santo Agostinho e Camaragibe, não dispõem de cofinanciamento federal, Centro Pop e Serviço de Acolhimento para Pessoa em situação de Rua, apesar de estar enquadrado no perfil para receber estes serviços. Já os serviços de abordagem social, Camaragibe e Igarassu destacam a ausência. Ainda em relação a esses serviços destaca-se que os Municípios de Olinda e Recife estão em situação de pagamento suspenso. Os motivos da suspensão são: não ter demonstrado implantação da Unidade de Centro Pop. Na cidade de Recife, há 2 equipamentos implantados e 2 em implantação, desta forma a suspensão é parcial. 3 Situação atual de pagamento suspenso por motivos de não preencher o instrumental. 4 Município não demonstrou a implantação da Unidade aceita pela resolução CIT nº 03/2012. (SAGI/maio/2014) 5 2 ativos e 2 em implantação (SAGI/MDS Jan/2014). 6 Não preencheu instrumental, Solicitou prorrogação do prazo para implantação dos serviços através do Of.nº507/2013 GAB/SDSDH 30/04/2013. 7

No que se refere aos serviços de Alta Complexidade, estão em suspenso o repasse dos Municípios de Jaboatão dos Guararapes e Recife. Ambos não preencheram o instrumental. A situação destes municípios em relação à oferta dos serviços demonstra a necessidade de maior atenção em relação à implantação e manutenção dos equipamentos (Centro POP, CREAS e Serviço de Acolhimento). As situações mais alarmantes apresentadas são as das cidades de Camaragibe e Igarassu, que não contam com nenhum serviço implantado evidenciando a total fragilidade no atendimento à população em situação de rua. A falta de ações que visem uma melhora significativa neste quadro indica uma tendência de agravamento destes problemas e o consequente aumento dos índices negativos relacionados com a situação de risco e vulnerabilidade ao qual estão expostas as pessoas em situação de rua. 8

Referências: BRASIL. Política Nacional para Inclusão Social da População em Situação de Rua. Brasília, 2008. Censo Demográfico. Resultados do universo: características da população e dos domicílios. 2010. Disponível em <http://www.ibge.gov.br>. META Instituto de Pesquisa de opinião. Relatório final. Pesquisa Censitária e Amostra. População em situação de rua, 2008. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Relatório do I Encontro Nacional sobre População em Situação de Rua. Secretaria Nacional de Assistência Social. Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação. Novembro de 2006. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME, Prefeitura Municipal de Recife, Universidade Federal de Pernambuco, Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, organização de auxílio fraterno. Censo e análise qualitativa da população em situação de rua na cidade do Recife. Recife, 2005. SIMÕES JÚNIOR, José Geraldo. Moradores de rua. Revista Pólis, São Paulo, n. 7, 1992. 9

Equipe Ingrid Vier Gerente de Monitoramento e Avaliação Shirley Samico Coordenadora da Vigilância Socioassistencial Bruno Albuquerque - Técnico de TI Flávio Santos - Estatístico Vinícius Souto Maior - Estatístico Técnico de Vigilância Socioassistencial Francisco Godoy Juliana C.L Silva Kássia Barbosa Thiago Moreira Contatos: Telefones: 3183-3030 / 31833042 vigilanciasocioassistencialpe@gmail.com vigilanciasocioassistencial@sedsdh.pe.gov.br 10