Avaliação do Ciclo de Vida de Sistemas de Tratamento de Esgoto por Lodos Ativados Convencional e Reator UASB seguido de Lodos Ativados Autores: Juliana Dalia Resende Paula F.M.A. Rodriguez Sérgio Almeida Pacca Marcelo Antunes Nolasco
1 Introdução e Justificativa O que é a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV)? A avaliação do ciclo de vida é uma compilação e avaliação das entradas e saídas e dos potenciais impactos ambientais de um produto ou sistema ao longo de seu ciclo de vida (SETAC, 1999). Embrapa, 2012 2
1 Introdução e Justificativa Fonte: Dallas, 2014 3
1 Introdução Fronteiras do sistema Fonte: Adaptado de Corominas et al., 2013 4
Etapas relacionadas às ETEs que podem ser avaliadas: CONSTRUÇÃO OPERAÇÃO DESATIVAÇÃO 5
1 Introdução e Justificativa Através da ACV é possível, entre outras coisas: Identificar oportunidades de melhoria do desempenho ambiental; Comparar produtos e tecnologias com a mesma função. 6
1 Introdução e Justificativa Estudos de concepção: incipientes e restritos em relação a consideração de variáveis ambientais. Avaliação do Ciclo de Vida ACV de sistemas de tratamento de esgoto: conhecer as principais fontes potenciais de impactos ambientais nesses sistemas. 7
1 Introdução e Justificativa A maioria dos estudos mundiais foram realizados com base na realidade norte-americana ou de países europeus e os resultados de tais análises não são aplicáveis em países em desenvolvimento, como o Brasil. 8
2 Objetivos Fazer uma análise ambiental comparativa de sistemas de tratamento de esgoto com cenários alternativos visando o reaproveitamento de recursos (água e energia) e identificar oportunidades de melhoria do desempenho ambiental de tais sistemas através da avaliação do ciclo de vida. 9
2.1 Objetivos específicos Inventariar os fluxos de energia e de materiais no ciclo de vida dos sistemas de tratamento de esgoto; Comparar, com base nos resultados da análise de inventário e da avaliação dos impactos ambientais, o desempenho ambiental dos sistemas de tratamento de esgoto doméstico estudados. Identificar processos e materiais críticos, do ponto de vista ambiental, passíveis de melhorias, bem como, aspectos positivos que podem ser potencializados na concepção e operação do sistemas estudados. 1
3 Definição da unidade funcional; Definição do sistema estudado; Definição das fronteiras do sistema; Tipos de Impactos avaliados; Requisitos da qualidade dos dados (período de tempo e área geográfica coberta); Fonte dos dados. Metodologia Definição de objetivo e escopo Coleta dos dados de entrada e saída do sistema estudado; Identificação e quantificação de aspectos ambientais (balanços de massa e energia). Análise de inventário Interpretação Feita através dos métodos de Avaliação do Impacto do Ciclo de Vida (AICV). Avaliação de impacto Fonte: Adaptado de NBR ISO 14040 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2009) 1
1 Estudo Preliminar: Sistemas 2 1
Estudo preliminar: Metodologia Etapas envolvidas: construção da ETE (areia, aço, brita, água e cimento) e a energia requerida para a aeração dos sistemas. A modelagem dos sistemas e os cálculos envolvidos na análise dos impactos do ciclo de vida foram realizados mediante o uso do software OpenLCA. Bancos de dados utilizados: ELCD (European reference Life Cycle Database) e Ecoinvent; Método de avaliação de impactos do ciclo de vida: CML. 1
Estudo Preliminar: Principais Resultados Dentre as dez categorias de impacto ambiental do método CML avaliadas, o sistema LAC apresentou pior desempenho ambiental do que o sistema UASB + LAC em oito delas. Através da análise de sensibilidade, constatou-se que a eletricidade requerida para a aeração dos sistemas teve uma grande influência nos resultados encontrados.
Conclusões A ACV possibilita a avaliação dos potenciais impactos ambientais de diferentes cenários permitindo que os tomadores de decisão realizem experimentações em busca de melhoria do desempenho ambiental dos sistemas de tratamento de esgoto. Entretanto, em países em desenvolvimento, como o Brasil, há uma carência de regionalização dos inventários do ciclo de vida, tornando necessária a realização de avanços nesse sentido.
Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14040: Gestão Ambiental: Avaliação do Ciclo de Vida: Princípios e Estrutura. Rio de Janeiro, 2009 DALLAS. Pretreatment Program. Disponível em: <http://www.dallascityhall.com/dwu/pretreatment.html>. Acesso em: 30 mai. 2014. EMBRAPA.Workshop discute impactos ambientais do uso agrícola de solos tropicais. 2012. Disponível em:<http://www.cnph.embrapa.br/paginas/imprensa/releases/290812_workshop_discute_impactos_a mbientais.html>. Acesso em:30 mai. 2014. Libralato,G.; Ghirardini, A. V.; Avezzù, F.To centralise or to decentralise: An overview of the most recent trends in wastewater treatment management. Journal of Environmental Management, v. 94, p.61-68, 2012. SOCIETY OF ENVIRONMENTAL TOXICOLOGY AND CHEMISTRY - SETAC. Streamlined Life-Cycle Assessment: A Final Report from the SETAC North America Streamlined LCA Workgroup. 1999. Disponível em: <http://ertc.deqp.go.th/ertc/images/stories/user/ct/ct1/cp/design_for_environment/streamlined%20lc A.pdf>. Acesso em: 01 mai. 2014. 1