UTILIZAÇÃO DE SIG COMO CONTRIBUIÇÃO PARA INCORPORAÇÃO DAS QUESTÕES ESPACIAIS NA ACV
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- Vítor Gabriel Balsemão
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1 UTILIZAÇÃO DE SIG COMO CONTRIBUIÇÃO PARA INCORPORAÇÃO DAS QUESTÕES ESPACIAIS NA ACV Eduarda Tarossi Locatelli* Marcelo Montaño *Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental (PPG-SEA) EESC-USP, São Carlos-SP
2 Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) Fonte: ABNT NBR ISO 14040:2009
3 Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) Limitações Não considera impactos sociais e econômicos; Técnicas de Avaliação de Impacto não consideram questões locais e temporais. Como melhor considerar as características espaciais neste tipo de estudo? (SILVA, 2010)
4 A questão das questões espaciais na ACV Inclusão das questões relacionadas ao uso do solo Inclusão de novas categorias de Impacto: biodiversidade, qualidade ecológica do solo e Produção Biótica Potencial (Milà I Canals, 2007) Utilização de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) (Geyer et al. (2010) e Saad, Koellner e Margni (2013)), Estudos voltados a biocombustíveis.
5 Produção Biótica Potencial (PBP) Produção Biótica Potencial associa-se ao serviço dos ecossistemas de provisão (produção primária); Refere-se às condições da terra que determinam sua capacidade inerente de produzir e sustentar biomassa em curto, médio e longo prazo considerando os níveis atuais de produtividade (Brandão; Milà i Canals, 2013); Aplicada ao estágio agrícola do ciclo de vida dos produtos; Indicador de categoria: Carbono Orgânico no Solo (SOC) (T/ha)
6 Objetivo Utilização de SIG na categoria Produção Biótica Potencial (PBP) em um cenário de expansão de oito anos da cultura da cana-de-açúcar ( ), na UGRHI Tietê/Jacaré, a fim de identificar os potenciais impactos da expansão dessa cultura para esta categoria, assim como avaliar a contribuição do SIG para a etapa de AICV. Área de estudo Refere-se a um estudo de ACV da cana-de-açúcar na UGRHI Tietê/Jacaré-SP
7 Metodologia Foram avaliados os impactos na PBP relacionados à ocupação e transformação dos usos do solo segundo (Brandão; Milà i Canals, 2013); Unidades de análise: produção de cana relativa a área de expansão; Área de referência: Vegetação Natural Potencial (VNP) Cerrado; Dados de entrada do SIG: Gomes (2013); Suposições do estudo. *Valores baseados em uma produtividade de 69,94t/ha (CONAB, 2011)
8 Metodologia Inventário do ciclo de Vida (ICV) Mapas Pedologia Uso e ocupação Expansão de cana 2011 a 2019 Vegetação original SIG Cálculo das áreas de expansão da cana por tipo de solo Literatura Valores de SOC para cana, cerrado e pastagem por tipo de solo Avaliação de Impacto do ciclo de Vida (AICV) Dados de ICV Modelo de AICV* FC ocupação FC transformação Cálculo dos impactos de ocupação Cálculo dos impactos de transformação a 2019 *Brandão; Milà i Canals (2013)
9 Resultados: Impactos devido a ocupação do solo Fator de caracterização (FC) C[Kg C ano m -2 ano -1 ] = (SOC pot - SOC LU2 ) x (T fin - T ini ) (T fin - T ini ) Tipo de solo FC pastagem FC cana-de-açúcar Latossolo 1,091-1,861 Argissolo 1,09 0,19 Neossolo -0,488-0,548 Cálculo do Impacto: FC x área ocupada
10 Resultados e Discussão: Impactos devido a transformação dos usos do solo Fator de caracterização (FC) C[Kg C ano m -2 ]=(SOC pot - SOC LU1 )x(t reg1 t ini )+1/2(t reg1 t ini )x(soc LU1 - SOC LU2 ) Tipo de solo FC Latossolo -12,21 Argissolo 60,632 Neossolo -1,129 Cálculo do Impacto: FC x área transformada
11 Conclusões O processo de substituição de pastagem por cana-de-açúcar é benéfico ao sistema, gerando o aumento da produção biótica potencial ao longo do tempo; Tratando-se da ocupação, conclui-se que o uso do solo por pastagens em relação à vegetação nativa causam maiores danos à qualidade do solo, enquanto que no uso de cana-de-açúcar estes danos apresentam-se em menores proporções; O uso de SIG nesta metodologia foi essencial para diferenciação dos valores de impacto na PBP, mostrando a potencialidade e importância da utilização dessa ferramenta em categorias de impacto relacionadas aos usos do solo; Ressalta-se a necessidade da avaliação estar aliada a outras categorias de impacto para que, de fato, a avaliação subsidie a tomada de decisão.
12 Bibliografia ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14040: Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Princípios e estrutura BRANDÃO, M.; MILÀ I CANALS, L. (2013). Global characterisation factors to assess land use impacts on biotic production. International Journal of Life Cycle Assessment, v. 18, p COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA-CONAB. (2011). Séries Históricas Relativas às Safras 1976/77 a 2013/14 de Área Plantada, Produtividade e Produção. Brasília. Disponível em: < Acesso em: 1 de jul GEYER, R. et al. (2010). Coupling GIS and LCA for biodiversity assessments of land use. Part 1: Inventory modeling. International Journal of Life Cycle Assessment, v.15, n.7, p GOMES, P. M. (2013). Modelagem dinâmica do Uso da Terra e Instrumentos de Política ambiental: A Expansão da Cana-de-Açúcar na Bacia Hidrográficado Tietê/Jacaré (UGRHI 13). 127p. Dissertação (Mestrado) Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos. MILÀ i CANALS, L. et al. (2007). Key elements in a framework for land use impact assessment within LCA. International Journal of Life Cycle Assessment. v. 12, n. 1, p SAAD, R.; KOELLNER, T.; MARGNI, M. (2013). Land use impacts on freshwater regulation, erosion regulation, and water purification: a spatial approach for global scale level. International Journal of Life Cycle Assessment. v.18, n.6, p
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