Análise da Freqüência Cardíaca e do VO 2 máximo em Atletas Universitários de Handebol Através do Teste do Vai-e-Vem 20 metros

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Transcrição:

146 ARTIGO Análise da Freqüência Cardíaca e do VO 2 máximo em Atletas Universitários de Handebol Através do Teste do Vai-e-Vem 20 metros José Guilherme Pereira Bergamasco 1 Lucas Furlaneto Benchimol 1 Luiz Fernando Mourão de Almeida Filho 1 Priscila Vargas 1 Tatiana Carvalho 1 Anderson Marques de Moraes 2 1-Graduandos em Ed. Física da Faculdade da PUCCAMP-SP 2-Prof. Ms.c. das Faculdades de Ed. Física de Americana-SP (FAM) e PUCC- Campinas-SP; Grupo de Pesquisa em Ciências do Esporte PUCC ander_marques@ig.com.br Resumo Alguns parâmetros fisiológicos são de grande importância para qualificar o nível de capacidade funcional em jogos de handebol e dentre estes, a freqüência cardíaca (FC) e a potência aeróbia máxima (VO 2 máx) tem recebido atenção de vários pesquisadores. Este estudo procurou através do teste de VAI E VEM verificar: 1) o VO 2 máx em jogadores de handebol universitários e compará-lo com o VO 2 max previsto pela equação de Bruce et al (1973); 2) a FC máxima após o teste e comparála com as freqüências cardíacas máximas calculadas pelas equações de Karvonen, Jones e Sheffield. Fizeram parte do estudo 10 atletas (±21 anos) da equipe da UNICAMP. Foi utilizada a estatística descritiva para determinar a média e desvio padrão, os dados obtidos foram distribuídos através de histograma de distribuição de freqüência de valores. Utilizou-se o método de ANOVA para verificar o grau de significância (p<0,05). Os resultados apontaram diferenças significativas entre o valor da FCAp. e os valores da FCM em relação às

147 equações de Karvonen (p=0,022), Jones (p=0,002) e Sheffield (P=0,018), quanto ao VO 2 máx obtido no teste o resultado demonstrou que os jogadores estão abaixo dos níveis encontrados na literatura. O teste de VAI E VEM mostrou-se de fácil aplicabilidade e permitiu uma transferência mais especifica das ações do jogo, como a característica acíclica. Palavras chave: Handebol, freqüência cardíaca, consumo máximo de oxigênio. Abstract Some physiological parameters are of great importance to characterize the level of functional capacity in games of handball and amongst these, the cardiac frequency (FC) and maximum oxygen uptake (VO 2 máx) it has received attention from some researchers. This study it looked for to verify through the YO-YO test: 1) the VO 2 máx in university handball players and to compare it with the foreseen VO2max for the equation of Bruce et al (1973); 2) the maximum FC after the test and to compare it with the maximum cardiac frequencies calculated for the equations of Karvonen, Jones and Sheffield. They had been part of study 10 athletes (+-21 years) of the team of the UNICAMP. The statistics was used descriptive to determine the average and shunting line standard, the gotten data had been distributed through histogram of distribution of frequency of values. The method was used of ANOVA to verify the significance degree (p<0,05). The results they had pointed significant differences between the value of the FCAp. e the values of the FCM in relation to the equations of Karvonen (p=0,022), Jones (p=0,002) and Sheffield (P=0,018), how much to the VO 2 máx gotten in the test the result demonstrated that the players they are below of the levels found in literature. The YO-YO test one revealed of easy applicability and it allowed a transference more specifies of the actions of the game, as the acyclic characteristic. Keywords: Handball, cardiac frequency, maximum oxygen uptake.

148 Introdução A busca por avaliações que possam refletir a condição física dos atletas em determinada modalidade vem sendo pesquisada há algum tempo. Vários são os índices que podem ser mensurados para expressar essa condição física, dentre eles, a freqüência cardíaca e o consumo máximo de oxigênio estão entre os mais utilizados. Mas a ciência do esporte tem demonstrado que cada vez mais é preciso aproximar os vários testes físicos as características de determinada modalidade. Dentro dessa perspectiva, no handebol torna-se necessário a aplicação de testes físicos que retratem suas características a fim de quantificar valores próximos a especificidade do jogo. O handebol é um esporte que possui tempo de jogo fixado em 60 minutos, dividido em 2 tempos de 30 minutos com intervalo de 10 minutos entre os tempos. Isso não significa que a partida tenha a duração total de 70 minutos, pois durante o jogo ocorrem interrupções feitas pelos árbitros decorrentes de situações implícitas na regra da modalidade. Sendo uma modalidade esportiva coletiva de atividade motora completa (RETECHUKI & SILVA, 2001), o handebol envolve uma grande quantidade de movimentações associadas à manipulação de bola (ELENO, BARELA & KOKUBUN, 2002) com características de esforços de alta intensidade e curta duração com pausas entre os esforços (SOUZA et al., 2000). Sabe-se que atletas de handebol possuem características como: sistema nervoso forte, móvel e equilibrado, com um perfil antropométrico em média, de alta estatura e grande massa magra (GRECO, 2000). Estas características os fazem ter um ótimo desempenho em relação à velocidade motora e as forças musculares, que são aspectos fundamentais para o jogador, pois o próprio jogo possui características de rapidez e força nas ações motoras. No Brasil o handebol começa a ganhar mais espaço na mídia e, portanto mais praticantes, ganhando força no cenário esportivo nacional. Porém, ainda há uma grande escassez de estudos que retratam a condição dos handebolistas em vários aspectos do condicionamento físico, principalmente do fisiológico (SOUZA et al, 2000).

149 Segundo Holmer (1967) alguns parâmetros fisiológicos são de grande importância para qualificar o nível de capacidade funcional em jogos de handebol e dentre estes, a freqüência cardíaca (FC) e a potência aeróbica máxima (VO 2 máx) tem recebido a atenção de vários pesquisadores em diversas modalidades desportivas, pois, se bem utilizados, são de grande importância para otimizar o rendimento físico desses atletas durante as competições (POWERS & HOWLEY, 2000; COSTILL & WILMORE, 2001; RETECHUKI & SILVA, 2001; ELENO, BARELA & KOKUBUN, 2002; ZACKAROV & GOMES, 2003) A FC é o método preferido de monitoração da intensidade de exercício (RETECHUKI & SILVA, 2001), fornecendo importantes informações para estabelecermos a intensidade de um treinamento e o estado de aptidão física em que se encontra o atleta (WEINECK, 1999), sendo um método acessível a todos os técnicos e preparadores físicos (SÁLVIO, 2003). Vários autores utilizaram a FC, no basquetebol (DENADAI & ROMERO, 1995; BORIN, 1997; SÁLVIO, 2003) e no handebol (LOFTIN et al, 1996; PAES NETO, 1996; RETECHUKI & SILVA, 2001) como parâmetro para seus estudos. Outros autores (KARVONEN et al, 1957; SHEFIELD et al, 1965; JONES et al, 1975; COOPER et al, 1982) citados pos Marins e Giannichi (2003), propuseram fórmulas para calcular a freqüência cardíaca máxima (FCM) dos indivíduos. O VO 2 máx é a quantidade máxima de energia que pode ser produzida pelo metabolismo aeróbio por determinada unidade de tempo (DENADAI, 2000) e representa a mais alta captação de oxigênio alcançada por um indivíduo respirando ar atmosférico ao nível do mar (ASTRAND & RODHAL, 1980). Denadai (1995) observa que a capacidade do ser humano para realizar exercícios intensos de média duração depende principalmente do metabolismo aeróbio sendo um dos métodos mais utilizados para avaliar a capacidade aeróbia, o VO 2 Máx. É uma medida reproduzível da capacidade cardiovascular de liberar sangue a uma grande massa muscular envolvida num trabalho dinâmico, essa captação de oxigênio aumenta de forma linear durante o exercício progressivo até que o mesmo seja atingido (POWERS & HOWLEY, 2000).

150 A melhora do VO 2 máx resulta de um melhor transporte de oxigênio para os músculos retardando ao máximo a fadiga muscular e acelerando a recuperação dos atletas. No handebol, a capacidade aeróbia tem um papel importante na fase de regeneração a cada pausa do jogo. O VO 2 máx pode e deve ser treinado, mas também é uma característica que pode ser herdada, e há várias maneiras de se treiná-lo (TUBINO, 1993). Sua melhora traz benefícios aos esportes coletivos (POWERS & HOWLEY, 2000) com características de esforços curtos de alta intensidade, como o handebol, pois atletas com essa capacidade bem desenvolvida mostram uma rápida recuperação em sua FC, obtendo assim um melhor desempenho durante o jogo inteiro. Existem vários métodos para se identificar o VO 2 máx, porém quando se faz a opção por determinado protocolo de avaliação dessa capacidade é preciso que este respeite a especificidade da modalidade, no caso, as características do handebol. Dentro dessa perspectiva, esse estudo procurou verificar o nível de VO 2 máx e FCM em atletas de handebol, utilizando o teste aeróbico de corrida de VAI-E-VEM de 20 metros - Shuttle run test (LÉGER & LAMBERT 1982). Esse teste tem sido utilizado na avaliação de grandes grupos, devido à simplicidade de sua avaliação e a utilização de parâmetros mais próximos da realidade do handebol como a distância do deslocamento e a mudança de direção. Objetivo O objetivo do presente estudo foi verificar: 1) o VO 2 máx em jogadores de handebol universitários obtido pelo teste de VAI E VEM (VO2M) e compará-lo com o VO2máx previsto (VO2P) pela equação de Bruce et al (1973), pois a literatura dispõe de poucos dados neste sentido e cujo resultado é de extrema importância para a prescrição de treinamentos visando à melhora da performance dos jogadores; 2) a Freqüência Cardíaca máxima Após o teste (FCAp.) e compará-la com a FCM calculada pelas fórmulas de Jones, Karvonen e Sheffield.

151 Metodologia A amostra foi constituída por 10 atletas (±21 anos) universitários de handebol do sexo masculino da Equipe da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), que participam anualmente de dois campeonatos: da FUP (Federação Universitária Paulista de Esportes) e INTERMED (Jogos das Faculdades de Medicina), na categoria adulta. As avaliações foram realizadas no período de competição (novembro/2004). Os avaliados foram submetidos ao teste de VAI-E-VEM, realizados em vai e vem em um percurso de 20 metros com velocidade inicial de 8,0 Km/h e aumento crescente de 0,5 Km/h a cada 1 minuto. O VO 2 máx é obtido pela fórmula: VO 2 máx = 31,025 + 3,238*v 3,248*e + 0,1536*v*e onde:vo 2 máx = consumo máximo de oxigênio estimado (ml/kg min) v = velocidade máxima, correspondente ao último estágio completado (km/h) e = idade do sujeito (anos). Os testes foram realizados no período noturno no ginásio de esportes José L. F. Rogê Ferreira, localizado em Campinas SP. Antes de iniciar o teste os atletas foram informados do propósito do trabalho e dos possíveis riscos envolvidos, passando também por um questionário de prevenção e informados que poderiam desistir do teste a qualquer momento. Para a realização deste teste foram utilizados os seguintes equipamentos: quadra de madeira (38 metros), aparelho de CD, CD com o ritmo do teste, cones, cronômetro (Cássio), e monitores de freqüência cardíaca (Polar Beat). O teste foi aplicado dividindo-se dois grupos de cinco pessoas, executando o teste um grupo de cada vez. A duração do teste depende da aptidão cardiorespiratória de cada atleta. O ajuste da velocidade pela pessoa é facilmente conseguido após duas ou três idas e vindas. O teste termina quando o avaliado não acompanhar mais o ritmo imposto e o valor do VO 2 máx é expresso em ml/kg/min. Para a verificação da FC durante o teste cada avaliado correu com um monitor de freqüência cardíaca, foi anotado a FC: antes do teste (FA), após o teste (FCAp) e após 5 minutos (FC5) do final do teste.

152 Os avaliados tiveram a chance de praticarem o teste para perceberem o ritmo em que seriam avaliados. Para a estimativa do VO 2 máx previsto (VO2P) utilizou-se a fórmula de Bruce et al (1973): VO 2 P = 60,0 (0,550 x idade). Análise Estatística Foi utilizada a estatística descritiva para determinar a média e desvio padrão, e os dados obtidos foram distribuídos através de histograma de distribuição de freqüência de valores. Utilizou-se o método de ANOVA para o teste de significância (p<0,05). Resultados Os resultados obtidos no teste, as médias e desvio padrão (D.P.) estão expressos na tabela 1. Tabela 1 - Resultado do teste de vai e vem em jogadores de handebol universitários. SHEFFLIE Amostra FC A. FCAp. FC 5 KARVONEN JONES D VO2 M. VO2 P. A 89 203 125 200 195 196,8 26,32 49 B 97 201 120 200 195 196,8 32,32 49 C 97 195 128 201 195,5 197,21 20,26 49,55 D 81 203 117 192 191 193,52 20,26 44,6 E 100 202 148 196 193 195,16 20,26 46,8 F 81 204 138 200 195 196,8 20,26 49 G 85 208 142 200 195 196,8 20,26 49 H 80 190 123 201 195,5 197,21 26,32 49,55 I 73 200 120 192 191 193,52 32,32 44,6 J 80 197 140 196 193 195,16 20,26 46,8 Médias 86,3 200,3 130,1 197,8 193,9 195,898 23,88 47,79 D.P. 6,3 5,1 10,9 3,55 1,78 1,46 5 1,9 Legendas: FC E. (Freqüência Cardíaca Estimada) FC A. ( Freqüência Cardíaca antes do teste) FC Ap ( Freqüência Cardíaca após o teste) FC 5 ( freqüência Cardíaca após 5 minutos) VO2 M. ( Potencia aeróbica medida) VO2 P. (Potencia aeróbica Prevista) DP (Desvio Padrão)

153 Os resultados das freqüências da FCA obtidas antes do teste estão na Figura1. Figura 1 - Freqüência dos valores da FCA e a curva normal ajustada. 4 3 Frequency 2 1 0 75 80 85 FC A. 90 95 100 A figura 2 mostra as Freqüências da FCAp. obtidas logo após o teste. Figura 2 - Freqüência dos valores da FCAp. e a curva normal ajustada. 3 2 Frequency 1 0 190,0 192,5 195,0 197,5 200,0 202,5 205,0 207,5 FCAp. Na Figura 3 estão expressas as freqüências dos valores da FC5, obtidas após 5 minutos do término do teste.

154 Figura 3 - Freqüência dos valores da FC5. e a curva normal ajustada. 3 Frequency 2 1 0 115 120 125 130 FC5 135 140 145 150 Análise de variância foi aplicada para verificar se existe diferença significativa entre os valores de FCAp. e da FCM calculada pela fórmula de Jones. O valor encontrado foi de P=0,002 (Figura 4) Figura 4 - Boxplot da variância significativa entre a FCAp. e as FC calculadas pela fórmula de Jones. 210 200 190 FC Ap. JONES

155 Na Figura 5 contém o resultado da análise de variância entre A FCAp. e a FCM calculada através da fórmula de Sheffield. O valor de P encontrado foi de 0,018. Figura 5 - Boxplot da variância significativa entre a FCAp. e as FC calculadas pela fórmula de Sheffield. 210 200 190 FC Ap. SHEFFLIE O valor de variância entre a FCAp. e a FCM calculada através da fórmula de Karvonen, foi de P=0221 (Figura 6). Figura 6 - Boxplot da variância significativa entre a FCAp. e as FC calculadas pela fórmula de Karvonen. 210 200 190 FC Ap. KARVONEN

156 Os valores freqüência de VO2P e a curva normal ajustada estão expressos na Figura 7. Figura 7 - Freqüência dos valores da VO2P e a curva normal ajustada. 6 5 Frequency 4 3 2 1 0 44,5 45,5 46,5 47,5 48,5 49,5 VO2 P. VAI e VEM. A Figura 8 mostra a freqüência dos valores do VO2M obtidos no teste de Figura 8 - Freqüência dos valores da VO2M e a curva normal ajustada. 6 5 Frequency 4 3 2 1 0 20 22 24 26 28 30 32 VO2 M.

A análise de variância entre o VO2P e o Vo2M encontrado no teste está foi de P=0,000 e está representada pela Figura 9. 157 Figura 9 - Boxplot da variância significativa entre o VO2M. e o VO2P obtidos no teste. 50 40 30 20 VO2 M. VO2 P. Discussão A FC é um dos parâmetros mais simples e que mais fornece informações cardiovasculares (RETECHUKI & SILVA, 2001), que podem ser utilizados para estabelecermos a intensidade de treinamento (WEINECK, 1999), bem como informar o estado de condicionamento físico que o atleta se encontra, refletindo a quantidade de trabalho que o coração deve realizar para suprir as demandas necessárias durante uma atividade física. (WILMOR & COSTILL, 2001). As figuras 1, 2, e 3 representam o histograma com os resultados das freqüências cardíacas FCA, FCAp., FC5 respectivamente. Pode-se observar na tabela 1 e na Figura 3 que alguns atletas (80%), atingiram uma freqüência cardíaca acima do máximo previsto. Mastrocolla (1993) recomenda que durante a utilização de qualquer uma das equações apresentadas para o cálculo de FCM é interessante considerar uma flutuação nos escores previstos de ± 12 bpm.

158 A figura 4 mostra a análise de variância obtida entre a FCAp. e a FCM estimada a partir da fórmula preconizada por Jones. Os valores obtidos demonstram que existe uma diferença significativa entre as freqüências com um P de 0,002. O mesmo aconteceu com a diferença entre as freqüências obtidas no final do teste e as calculadas através da fórmula de Sheffield onde o valor de P obtido foi de 0,018 (Figura 5). Essa diferença ocorre mesmo sendo a equação preconizada para atletas. Quanto aos valores obtidos na comparação entre as FCAp. do teste de VAI E VEM e FCM calculadas através da equação de Karvonen (Figura 6), o valor encontrado foi de P = 0,0221, mostrando que também houve diferença significativa. Tanaka et al. (2001) relacionou a equação preconizada por Karvonen e a equação proposta por esses autores (208-0,7 x idade) e concluíram que para a idade próxima dos 20 anos, não apresenta diferenças significativas entre as FCM obtidas por qualquer uma das fórmulas, nem com a FCM obtidas em teste de esforço, não confirmado nesse estudo. Porém em outro estudo, Sálvio (2003) verificou a relação da FCM obtida pela equação de Karvonen em 10 atletas (20,2 anos) de basquetebol, confirmando os dados obtidos por Tanaka et al, comprovando que a equação proposta por Karvonen pode ser um método para se estimar a FCM nessa idade. Paes Neto (1999) estudou o comportamento da FC de jogadores de handebol (23,2 anos) em 3 jogos oficiais e encontrou a FCM de 11 jogadores de 197,45±2,30. Esse valor foi menor do que o obtido nesse estudo, porém, quanto aos valores de FCM obtidos durante os jogos a FCM foi de 201, 205 e 209, respectivamente, que estão acima da média da FCAP (200,3±5,1) encontrada. Em outro estudo Retechuki e Silva (2001) observaram em 11 atletas com idade entre 13 e 14 anos, que a FCM obtida em um teste de corrida de 3 minutos, em uma distância de 20 metros, demarcada por 2 cones, foi maior do que a calculada pela fórmula de Karvonen, corroborando com os resultados desse estudo. Verificou-se que a predição de FC pelas três fórmulas utilizadas (Jones, Karvonen e Sheffield), deve ser aplicada com ressalvas, pois a intensidade de

159 esforço no treinamento é calculada através da FCM e os exercícios físicos induzem a mudança nos parâmetros cardiovasculares, que podem promover efeitos imediatos (ajustes) ou tardios (adaptações) (PAES NETO, 1999). Esses ajustes visam equilibrar a demanda energética necessária variando de acordo com vários fatores como o tipo de exercício, idade, sexo, condicionamento físico, além dos fatores psicológicos (GALLO JUNIOR et al, 1995) devendo ser programados dentro de uma intensidade de treinamento que realmente promova essas alterações e, portanto, dentro de parâmetros de FCM o mais fidedignos possível. Quanto às análises dos dados do VO 2 máx as Figuras 7 e 8 mostram o Histograma com as freqüências e curva normal de VO2P e VO2M. Ao analisarmos o VO 2 máx obtido no presente estudo, verificamos que houve uma diferença significativa entre o VO2M e o VO2P com um P de 0,000 (Figura 9). Souza et. Al. (2000) verificou através do mesmo teste, o VO 2 máx em atletas de handebol participantes da Liga Nacional, obtendo o valor médio de 47,04±1,82, esse resultado é significativamente superior ao encontrado no presente estudo. Krustrup et al. (2003), utilizou o teste de VAI E VEM intermitente (Yo-YO intermitent recovery test) em jogadores de futebol e encontrou um VO2máx. de 50,5 ml/min/kg, mostrando também um resultado superior ao encontrado no presente estudo. Gentil et al. (2001) analisou o VO 2 máx de jogadoras de basquetebol encontrando o valor de 49,9±4,3 ml/kg/min, também estando superior aos resultados encontrados nesse estudo. Em outro estudo feito no handebol Fiori et al. (2003) encontrou utilizando em atletas de 16 a 21 anos o VO2máx. de 56,93±4,47 ml/kg/min, estando este, superior aos valores encontrados na literatura. A potência aeróbia no handebol é uma variável importante ao bom desempenho dos jogadores, sendo utilizada na recuperação que ocorre dentro da própria partida. Cabe ressaltar que, o maior número de deslocamentos durante a partida, solicita em grande parte o metabolismo aeróbio (SOUZA et al., 2000), e o

160 treinamento de resistência deve ser aplicado frequentemente durante o período de preparação (TOMAZ, 1995). Os resultados apresentados podem ser comparados com outros estudos, realizados em modalidades esportivas diferentes do handebol, porém, com características de esforço semelhantes (PAES NETO, 1999). Considerações Finais Analisando os resultados apresentados na tabela 1, pode-se verificar que, com relação à FCM são necessários alguns cuidados ao escolher qual a melhor equação para determiná-la. Portanto pode-se afirmar que para a predição da FCM em indivíduos treinados torna-se necessário a utilização de testes com maior precisão para estimativa. O nível de VO2M encontrado traduz uma falta de preparação da potência aeróbia nos jogadores, pois os resultados estão muito abaixo dos encontrados na literatura. Tal resultado pode ter acontecido pelo fato da equipe possuir poucos dias de treinamento, dando mais ênfase aos treinos específicos técnicos e táticos. Os resultados sugerem ainda que uma carga maior de treinamento aeróbico no período de base promoverá uma melhor regeneração de suas energias, pois estudos anteriores comprovam que a potência aeróbica é um dos principais meios de regeneração. O teste de VAI E VEM mostrou-se de fácil aplicabilidade e permitiu uma transferência mais específica das ações do jogo como a característica acíclica. Referencias Bibliográfica ASTRAND, P.; RODHAL, K. Tratado de Fisiologia do Exercício. Ed. Internacional, 2ª ed. Rio de Janeiro, 1980. BOMPA, O. Periodização, Teoria e metodologia do treinamento. Phorte editora. 3ª Edição, 2002.

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