RECICLAGEM DO LIXO NA ESCOLA: UMA AÇÃO EDUCATIVA 1

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Transcrição:

RECICLAGEM DO LIXO NA ESCOLA: UMA AÇÃO EDUCATIVA 1 Cristiane Lamberty 2, Ana Paula Marquesin 3, Mairana Paula Campanaro 4, Priscila Prestes Mokan 5, Pamela Fantinel Ferreira 6, Arlete Regina Roman 7. 1 PROJETO DE PESQUISA REALIZADO NO CURSO 2 ACADÊMICA DO 10 SEMESTRE DO CURSO DE ENFRMAGEM DA UNIJUI 3 ACADEMICA DO 10 SEMESTRE DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIJUI 4 ACADEMICA DO 10 SEMESTRE DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIJUI 5 ACADEMICA DO 10 SEMESTRE DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UNIJUI 6 NUTRICIONISTA,DOCENTE DO DEPARATMENTO DE CIENCIAS DA VIDA-DC VIDA DA UNIJUI E DOUTORANDA EM DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA DA UFSM 7 ENFERMEIRA DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA-DC VIDA UNIJUI A educação ambiental é fundamental para uma conscientização das pessoas em relação ao mundo em que vivem para que possam ter cada vez mais qualidade de vida sem desrespeitar o meio ambiente. O maior objetivo é tentar criar uma nova mentalidade com relação a como usufruir dos recursos oferecidos pela natureza, criando assim um novo modelo de comportamento, buscando um equilíbrio entre o homem e o ambiente. Sendo assim, este estudo procura analisar a importância das questões ambientais e educação ambiental desenvolvida em uma escola pública, discutindo sua importância e compreendendo as principais dificuldades e desafios enfrentados pela Educação Ambiental no Ensino Fundamental, tendo em vista que neste nível os educandos são bastante curiosos e abertos ao conhecimento. Em um mundo bastante conturbado, no qual vivemos atualmente, em virtude de como o homem vem utilizando os recursos naturais de forma inadequada se faz necessário uma conscientização ambiental, sobretudo por parte dos educadores, já que eles têm grande responsabilidade na formação cidadã de seus alunos, sendo importante que estes possam tomar entendimento acerca do que acontece e o que podem fazer para preservar o meio ambiente, e disseminem tal conhecimento para sociedade Introdução: A educação é considerada o principal ponto de apoio para a prevenção e promoção em saúde, pois é a partir da construção de conhecimento e de novas práticas pedagógicas, envolvendo o professor e o aluno que podemos chegar a esse objetivo, sem deixar de considerar a realidade escolar do indivíduo, levando-o a novas concepções do ponto de vista ecológico, ambiental e de saúde. A prática de saúde, como prática educativa, deixou de ser um processo de persuasão, como há muito foi compreendida e, dentro de uma metodologia participativa, integrativa, passou a ser um processo de capacitação dos indivíduos para a transformação da realidade na qual estão inseridos, em uma realidade mais ecológica e mais sustentável (CARVALHO, 2014). Como perspectiva educativa, a educação ambiental deve estar presente, permeando todas as relações e atividades escolares, desenvolvendo-se de maneira interdisciplinar, para refletir questões atuais e pensar qual mundo queremos, e, então, pôr em prática um pensamento ecologista mundial (?).

Na educação infantil a apresentação de temas ambientais na educação deve dar ênfase em uma perspectiva geral, sendo bastante importante que atividades sejam desenvolvidas com os educandos, de forma a estimulá-los, tendo em vista que nesta fase as crianças são muito curiosas e é comum uma maior integração e participação das mesmas, onde a aprendizagem neste sentido deve ser contínua. A partir disso, é importante que sejam apresentados temas pertinentes que levam a uma conscientização, de maneira que esta criança espalhe seu conhecimento. (DIAS 2014). A problemática da falta de gerenciamento dos resíduos sólidos, desde a sua geração, do seu manejo e do descarte, é hoje considerada tema prioritário de desenvolvimento de trabalhos educativos nas escolas e em toda comunidade no sentido de minimizar esse problema, pela implicação na qualidade de vida da população (BERBEL, 2011). A reutilização e a reciclagem são práticas antigas que minimizam os problemas que o lixo causa ao meio ambiente. A reciclagem é o ato de aproveitar os resíduos reutilizáveis para fabricar novos produtos de forma artesanal ou industrial (PRADO,2012). Desta forma, este estudo teve como objetivo relatar a experiência de acadêmicos, na construção e condução de uma ação interdisciplinar de educação em saúde durante a semana de comemoração ao Meio Ambiente, com a temática Reciclagem do Lixo no meio ambiente. Metodologia: Este estudo se caracteriza como um relato de experiência de uma atividade de Educação em Saúde, realizada no mês de junho de 2016, em uma escola pública do município de Ijuí/RS, por estagiárias dos cursos de graduação em Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ. Neste relato os acadêmicos buscam descrever a experiência de construir e conduzir uma atividade de educação, alusiva a Semana do Meio Ambiente, desenvolvida com as turmas de 1º e 2º anos do ensino fundamental durante o Estágio Integrado em Saúde Coletiva, em que os alunos fizeram a separação do lixo e a confecção de brinquedos com materiais reciclados. Resultados e Discussão: A primeira etapa foi a visita observacional na escola, onde obtivemos uma conversa com a Diretora e os professores, em que foi sugerimos o tema sobre Reciclagem do Lixo no meio Ambiente para trabalhar com os alunos, dentro das comemorações da semana do meio ambiente. A segunda etapa contou com a definição dos pontos chaves, após a reflexão das acadêmicas sobre o tema de ordem ambiental, foi observar criticamente a realidade ambiental escolar e intervir através de uma ação educativa. A teorização foi conduzida por meio de aulas específicas ministrada pelos professores, explicando sobre a importância da reciclagem do lixo para o meio ambiente. Na quarta etapa as acadêmicas elaboraram um plano de ação com propostas educativas à serem aplicadas aos alunos da escola. Contudo, não basta espalhar lixeiras coloridas nos corredores para colocar em prática o programa. É preciso um planejamento cuidadoso e, principalmente, um trabalho em equipe para garantir que seus objetivos, conscientizar os alunos e educá-los em um dos muitos aspectos relacionados ao cuidado com o meio ambiente.

O processo de reciclarem gera riquezas, já que algumas empresas usam o procedimento como uma forma de reduzir os custos e também contribui para a preservação do ambiente. Os materiais mais reciclados são o papel, o plástico, o vidro e o alumínio. A coleta seletiva do lixo e a reciclagem são cada vez mais conhecidas em todo o mundo, uma vez que a reciclagem auxilia a redução da poluição do solo, do ar e da água. A reciclagem também surge como uma solução para o desemprego no cenário socioeconômico, uma vez que muitos desempregados encontram neste setor uma forma de sustentar suas famílias. No Brasil, existem em grande número de cooperativas de catadores de alumínio e de papel (GONZALEZ, C.E.F, 2011). A quinta etapa foi à ação educativa, com propósito de minimizar os problemas encontrados na observação da realidade inicial e a forma de aplicação foi a elaboração de uma dinâmica para turma de 28 alunos do 1º e 2º ano. Os acadêmicos dividiram a turma em dois grupos: A dinâmica foi composta de quatro fases: 1ª FASE: Foi dividido as turmas em duas equipes mistas de ambas as séries, sendo denominadas como equipe 1 e equipe 2. 2ª FASE: Realizou-se a gincana referente à coleta seletiva. O lixo foi disperso sobre a quadra de esportes da escola e quatro lixeiras seletivas identificadas com nome e cor foram postas uma ao lado da outra ao final da quadra. Foi estipulado o tempo de dois minutos para cada equipe realizar a coleta com o objetivo de obter o maior número de acertos referente à separação do lixo. Sendo assim, a equipe que teve o menor número de erros, foi a vencedora. Porém, ambas as equipes ganharam um prêmio, sendo um vai-e-vem confeccionado pelo grupo de estagiárias com material reciclado. 3ª FASE: Construção de um cartaz para exposição nas independências da escola. A criança foi orientada a dar um aperto de mão na estagiária que estava com tinta verde em sua mão e em seguida carimbar o cartaz em um formato de árvore, sendo que o caule já estava pré-desenhado. Em seguida, os escolares foram acompanhados e orientados referente a lavagem correta das mãos. 4ª FASE: Foram distribuídas gravuras com tema voltado ao meio ambiente para os escolares colorirem na sala de aula com a professora e entregue palitos para construção de uma marca texto. 5ª FASE: Foram entregues folhetos educativos com orientações referente a reciclagem e realizado uma integração com as acadêmicas e os alunos brincando com o brinquedo vai-e-vem. Na visita observacional foi identificada a existência de recipientes de descarte de resíduos para coleta seletiva no corredor da escola, no entanto, sacolas plásticas, copos descartáveis, papeis, garrafas plásticas e outros resíduos encontravam-se misturados. Os professores perceberam que os acadêmicos apresentaram maior motivação na resolução dos problemas pontuados, demonstrando preocupação de como conseguir intervir na mudança de comportamento daqueles alunos, já que o assunto havia sido discutido em sala de aula, mas o entendimento não foi o mesmo para todos. Durante as dinâmicas realizadas, a equipe de acadêmicos pôde observar o alcance do entendimento, que era pouco, pois no momento da separação, houve muita mistura de lixo, não sabendo o descarte correto do lixo orgânico, metais e a mistura de papel com plástico. Os mecanismos didáticos apresentados requeriam o envolvimento dos alunos, e com isso, nos diversos momentos os alunos interagiam com a equipe, participando das brincadeiras adotadas com finalidade educativa.

A inclusão de práticas educativas na comunidade promovidas pelos professores no sentido de incentivar a criatividade, autonomia e iniciativa na academia favorecendo um conhecimento mais de perto das reais necessidades socioeconômica e cultural da comunidade. Assim, a forma como o lixo é tratado determina modificações no meio ambiente e influencia na saúde e no bem-estar do ser humano. Caso seja feito o descarte correto dos resíduos sólidos, muitas doenças podem ser evitadas, assim como a redução do desperdício que pode beneficiar a população. O ambiente escolar é um lugar propício para despertar o aluno para a busca pela qualidade de vida e preservação do meio ambiente (DANIEL, 2011). A questão do descarte incorreto é uma problemática que deve ser discutida para mudanças de comportamento e de planejamento, incentivando novas atitudes no descarte e destino do lixo. Se em uma comunidade não existe coleta adequada de lixo, o primeiro passo a ser tomado é a sensibilização das mesmas em relação ao problema por meio da promoção de ações educativas na comunidade incentivando inclusive o reaproveitamento de materiais descartados, como garrafas pet, plásticos e papéis. O despejo do lixo pela população de forma inadequada traz graves consequências para o meio ambiente e a saúde pública, permitindo disseminação de doenças infecciosas, visto que o acúmulo de lixo é um dos principais mecanismos de atração de vetores, o que facilita a transmissão de diferentes doenças (DANIEL, 2011). Os escolares interagiram de maneira positiva sem conflitos. Fato este que corrobora para a convivência em grupo, lembrando que as turmas foram mescladas, mostrando assim uma boa integração entre as turmas. Acreditamos que o aprendizado foi extremamente válido, pois foi possível verificar e responder as dúvidas dos escolares no que se refere aos tipos e a separação do lixo, sendo assim ouve uma troca muito significativa, fato este que denota interesse por parte dos escolares e uma boa aceitação referente ao nosso trabalho. O estágio integrado atua de maneira interdisciplinar aprimorando os conhecimentos de todos, sendo possível a troca de informações e o trabalho em grupo. Conclusão: Essa atividade, a partir da conscientização de crianças ainda na escola, torna-se relevante pelo fato dos mesmos estarem na fase de aprendizagem e, com o conhecimento adquirido, os mesmos podem disseminá-lo em sua casa e comunidade. Mas, é claro que a abordagem dos acadêmicos deve ser de forma simples para melhor entendimento e que todos compreendam a importância da separação do lixo e o destino adequado. O trabalho interdisciplinar de mudanças educacionais com novas metodologias de ensino, problematizando e buscando soluções tem sido uma prática interessante, pelo retorno que se percebe na atuação dos acadêmicos, o discente passa a vivenciar a realidade que acontece ao seu redor, e em contrapartida os alunos da escola sentem necessidades do conhecimento, a busca de informações de fontes externas passa a contribuir no seu aprendizado. Palavras chaves: Meio ambiente, educação infantil e promoção da saúde. Referências Bibliográficas: 1.CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 5ª Ed. São Paulo. Ed. Cortez; 2011.

2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Resíduos Sólidos: Classificação, 2ª Edição, referência técnica NBR/ABNT 10.004, 2013. 3. PRADO, M.S.; BARRETO, M.L.; STRINA, A.; FARIAS, J.A.S.; NOBRE, A.A.; JESUS, S.R. Prevalência e intensidade da infecção por parasitas intestinais em crianças na idade escolar na Cidade de Salvador (Bahia, Brasil). Revista Brasileira de Medicina Tropical, jan./ fev. 2012, vol. 34, n.º 1, p.99-101. 4. BERBEL, N.A.N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes, Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011. 5. GONZALEZ, C.E.F. Educação pela ação ambiental: a coleta seletiva de resíduos sólidos em um departamento de instituição e ensino superior. Curitiba: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, 2006. (Dissertação de Mestrado).São Paulo (Estado) Secretaria do Meio Ambiente / Coordenadoria de Educação Ambiental. Guia Pedagógico do Lixo. 6ª edição (revista e atualizada) São Paulo: SMA/CEA, 2011. 6. MEDEIROS, L.F.R.; MACEDO, K.B. Catador de material reciclável: uma profissão para além da sobrevivência? Psicologia e Sociedade, v. 18, n. 2, p. 62-71 ago. 2013. 7. DANIEL, L.A.; Processos de desinfecção e desinfetantes alternativos na produção de água potável. PROSAB Rede Cooperativa de Pesquisas, EESC-USP, UFRGS, UnB, Unicamp, UFMG. São Carlos SP, 2011. 8 DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9a ed. São Paulo. Gaia, 2014. http://genebaldo.com.br/educacao-ambiental-principios-e-praticas-9a-edicao/