WANDERLEY BERALDO Consultor e Auditor de Segurança Privada e Riscos

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Transcrição:

WANDERLEY BERALDO Consultor e Auditor de Segurança Privada e Riscos Administrador de Empresas, formado pela Universidade Cidade de São Paulo, com especialização em Transporte e Logística pelo Instituto Mauá de Tecnologia. Larga experiência em montagem, motivação, liderança e sinergia de equipes, na gestão de desempenho operacional, gestão de procedimentos e processos de segurança. Exerceu cargos de Diretoria e de Gerência em grandes empresas nas aditividades de Segurança Privada, Transporte Público e Privado. Livros publicados de Gestão Operacional para a Segurança Patrimonial, Logística de Valores e Escolta Armada ESCOLTA ARMADA Gestão Operacional É uma pequena contribuição, extraída da convivência com essa atividade da Segurança Privada e da experiência adquirida com os anos dedicados ao setor. Escrito na linguagem simples do quotidiano dos profissionais da área, visa condensar conceitos e procedimentos básicos para a padronização das operações e da segurança da atividade. Abrange toda a cadeia de processos envolvidos na Gestão Operacional da Escolta Armada e na gestão de Legislação pertinente. É direcionado a todos os profissionais que estejam envolvidos, direta ou indiretamente, com a Segurança Privada. 1

Direitos reservados pelo autor, 2.015. 1ª Edição, 2015. 2ª Edição, 2016 (Revista) 2

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS INTRODUÇÃO PARTE I ESCOLTA ARMADA Conceitos Implantação Operacional Planejamento Operacional Execução Operacional Padronização Operacional Controles Operacionais Desempenho Operacional Gestão Operacional PARTE II GESTÃO DE FROTA PARTE III GESTÃO DA LEGISLAÇÃO Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1,983. 3

AGRADECIMENTOS Aos empresários e profissionais que me permitiram o aprendizado e aperfeiçoamento da atividade de Escolta Armada. Á toda minha família, E principalmente aos vigilantes de escolta com quem pude compartilhar os problemas quotidianos da atividade e aprender a encontrar soluções na simplicidade dos seus conhecimentos. 4

INTRODUÇÃO As atividades ligadas à segurança privada, entre elas a escolta armada, necessitam de uma busca constante de melhoria nos processos e nos níveis dos serviços prestados, tornando imperativo o desenvolvimento contínuo de ferramentas de planejamento e de controles com o objetivo de garantir segurança, pontualidade e excelência na padronização e execução das operações. O investimento em novas tecnologias e no desenvolvimento contínuo das pessoas são elementos essenciais à plena realização dos serviços oferecidos, com foco na satisfação do cliente. O oferecimento de serviços de qualidade diferenciados e personalizados, tratando cada cliente como único, deve ser o principal objetivo de qualquer empresa. Toda a cadeia de processos pressupõe uma gestão operacional de alto desempenho, aliada a uma constante e persistente busca do risco zero, diante dos diversos cenários envolvidos. O nível de exigência dos tomadores de serviços pela excelência da qualidade e assertividade no atendimento e pela garantia transparente de elevados níveis de segurança está cada vez mais forte e é fator preponderante na decisão do estabelecimento de parcerias comerciais. 5

As empresas buscam a plena execução dos seus contratos, visando à manutenção e a melhoria contínua das rentabilidades previstas e da qualidade almejada pelos clientes, sempre ao menor custo. Os concorrentes desenvolvem práticas de mercado cada vez mais competitivas, chegando às vezes próximo ao canibalismo da própria atividade, na maratona diária da sobrevivência mercantil. As tecnologias avançam a passos rápidos, tanto nos processos gerenciais de controle e rastreabilidade das operações, quanto nos sistemas e equipamentos para operacionalização da logística. Na mesma velocidade crescem os índices de violência e os percentuais de insegurança, diante da impotência dos dispositivos de segurança pública na preservação da vida e dos bens dos cidadãos. Nesses cenários incertos e mutantes, o profissional de segurança precisa desenvolver o seu trabalho de buscar o atingimento de metas com paixão. Para isso é necessário deter o conhecimento da atividade com precisão cirúrgica e estar em permanente aprendizado, mesmo que as recompensas devam ser apreciadas com moderação. Esse nosso humilde trabalho tem a pretensão de ser uma pequena ajuda aos profissionais que se dedicam ao setor de escolta armada. 6

PARTE I CONCEITOS ESCOLTA ARMADA Escolta armada é a atividade de segurança privada executada por empresas legalmente aprovadas pela Polícia Federal, com objetivo de proteger cargas transportadas, através de segurança armada e ostensiva, embarcada em carros leves caracterizados. ESCOLTA VELADA Escolta velada é a atividade de acompanhamento, fiscalização e monitoramento de cargas transportadas, de forma imperceptível, através de segurança desarmada e não ostensiva, embarcada em carros leves ou motos não caracterizados. Tem ainda o objetivo de agilizar procedimentos contingenciais em caso de sinistro. Também chamada de escolta desarmada. Não tem vinculação com a legislação vigente. ESCOLTA AÉREA Escolta aérea é atividade de acompanhamento, fiscalização e monitoramento de cargas transportadas, principalmente comboios com alto valor agregado, através de segurança desarmada, embarcada em helicóptero não caracterizado. Tem também o objetivo de agilizar 7

procedimentos contingenciais em caso de sinistro. Também não tem vinculação com a legislação vigente. ESCOLTA URBANA Escolta armada de cargas transportadas dentro de uma região metropolitana. ESCOLTA INTERURBANA OU RODOVIÁRIA Escolta armada de cargas transportadas dentro de regiões metropolitanas e/ou estados diferentes. ESCOLTA DE PRESERVAÇÃO Escolta armada de cargas estacionadas, principalmente em casos de acidentes ou imprevistos mecânicos durante a operação. ESCOLTA Á DISPOSIÇÃO Escolta armada que fica à disposição do cliente durante um tempo determinado, operando ou aguardando uma operação. ESCOLTA PORTA A PORTA Escolta armada de transporte de carga de distribuição fracionada. TRANSPORTADORA 8

Empresa proprietária do veículo transportador da carga escoltada. O veículo pode ser do cliente, pode ser de uma empresa terceirizada ou ainda de um agregado a serviço do cliente. A transportadora não pode ter ingerência na operação, portanto não há subordinação da escolta ás orientações da transportadora, principalmente aquelas divergentes do objeto dos serviços descritos em Ordem de Implantação. GERENCIADORA DE RISCO Empresa que faz a gestão securitária e ainda o monitoramento de cargas transportadas, através do compartilhamento de sinais de rastreamento fornecidos pela empresa de escolta armada. Pode ainda ser o gestor operacional do cliente, sendo-lhe delegadas as funções de solicitações dos serviços de escolta. CARGA SEGURA É um conceito novo de modalidade de transporte de carga em veículos blindados, que substitui a um tempo a transportadora, a gerenciadora de risco, a seguradora e a escolta tradicional. Porém essa modalidade está restrita ás empresas com autorização em transporte de valores. 9

IMPLANTAÇÃO OPERACIONAL Toda a cadeia de serviços da Escolta Armada tem início na finalização do processo de negociação com os clientes, através do setor comercial da empresa. A primeira etapa deverá ser uma consulta operacional por parte do setor comercial junto ao setor operacional, para verificar a plena condição de atendimento das necessidades levantadas junto ao cliente prospectado. A positividade de atendimento integral ou a necessidade de ajustes deverão ser verificadas nessa ocasião, em resposta formalizada para a continuidade das tratativas comerciais. Logo após o encerramento dessa etapa e para que seja efetuada a implantação efetiva e assertiva do objeto contratual, o setor comercial deverá emitir uma Ordem de Implantação de Serviços, contendo todos os elementos inerentes ao atendimento, tais como: Recursos humanos e insumos necessários à execução do contrato. Particularidades que devem ser evidenciadas. Atividades contratadas: Escoltas Urbanas, Interurbanas, Preservação, Ostensivas, Veladas, etc. Prazos pactuados. 10