AÇÃO DO ÁCIDO SALICÍLICO NA ACNE VULGAR

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0 AÇÃO DO ÁCIDO SALICÍLICO NA ACNE VULGAR Érica T. S. Giacomin 1, Silvia Patrícia de Oliveira 2, Neiva Cristina Lubi 3 1. Acadêmica do Curso de Tecnólogo em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná. 2. Fisioterapeuta Dermato Funcional Professora Orientadora Adjunta da Universidade Tuiuti do Paraná. 3. Farmacêutica MSc. - Professora Co-Orientadora Adjunta da Universidade Tuiuti do Paraná. Endereço para correspondência: ericagiacomin@yahoo.com.br RESUMO: A acne vulgar é uma inflamação crônica da unidade pilossebácea que afeta, normalmente, face, tórax e dorso. Entre outros tratamentos disponíveis, pode ser usado na estética o ácido salicílico, um beta-hidroxiácido que tem ação queratoplástica em concentrações até 3%, e queratolítica acima de 3%, além de ação bacteriostática e fungicida, nas concentrações de 1 a 5%. Como principal ponto positivo, apresenta baixa incidência de complicações pela sua baixa irritabilidade cutânea. Devido a estes fatores, o pelling de ácido salicílico é eficaz no tratamento da acne graus I e II. Em baixas concentrações, o ácido salicílico é um dos melhores tratamentos para a pele sensível e com biotipo lipídico. Esse trabalho consiste em uma revisão bibliográfica para identificar a eficácia da ação do ácido salicílico na acne vulgar. Palavras chave: Acne vulgar, Peeling, Ácido Salicílico. ABSTRACT: The Acne vulgaris is a chronic inflammation that affects the sebaceous unit, usually the face, thorax and back. Among others treatments available, the salicylic acid can be used in aesthetic, it is a beta hydroxy acid that has keratoplastic action at concentrations up to 3%, and keratolytic above 3%, and bacteriostatic and fungicidal at concentrations of 1 to 5%. As a main positive point, it presents low incidence of complications due to their low skin irritability. Due to these factors, Pelling of salicylic acid is effective in treating acne grades I and II. At low concentrations, salicylic acid is one of the best treatments for sensitive skin and lipid biotype. This work consists of a literature review to identify the effectiveness of the action of salicylic acid in acne vulgaris. Keywords: Acne vulgaris, Peeling, Salicylic acid

1 INTRODUÇÃO A acne vulgar é uma afecção crônica, universal e multifatorial podendo se encontrar em condição inflamatória e não inflamatória da unidade pilossebáceo 1. Considerada comum no início da puberdade e menos evidente no final da adolescência podendo se estender até a fase adulta 2. Acredita-se que além do fator genético, o fator hormonal também estimule o processo de formação da acne 3. Esta condição costuma afetar psicologicamente as pessoas podendo interferir significativamente na qualidade de vida, pela perda de autoconfiança, isolamento social, depressão, angústia entre outros fatores 3. Por ser um processo fisiológico do organismo, a devida importância deve ser data ao assunto, além de considerar que, quanto mais precocemente se iniciar um tratamento adequado para acne, melhores serão os resultados em evitar a sua evolução 2. O ácido salicílico é lipossolúvel e essa propriedade o torna útil em procedimento de paciente de biótipo lipídico 4. O efeito queratolítico promove uma esfoliação na superfície da pele e no óstium folicular que vai provocar descamação da epiderme, promovendo a regeneração da matriz dérmica 5. O beta-hidroxiácido ácido salicílico tem ação de desobstruir os folículos pilossebáceos e provocar a renovação celular. Ele age diminuindo a coesão dos corneócitos 6. O tratamento pode suavizar a textura e o tom da pele tratada sem uma irritação cutânea elevada 7. Este trabalho teve como objetivo, através da revisão literária compreender os efeitos da ação do ácido salicílico na acne vulgar devido suas propriedades, bem como, relatar suas principais indicações e contra indicações, a concentração adequada e técnica de aplicação. METODOLOGIA O presente trabalho está baseado na revisão bibliográfica de literaturas e artigos. ACNE Acne vulgar é uma afecção crônica, universal, multifatorial, inflamatória ou não inflamatória, polimorfa do folículo pilossebáceo, que é formado pela invaginação da epiderme que se estende até a derme, contendo em seu interior a glândula sebácea e o pelo 2,3.

2 Frequentemente, é atribuída como uma manifestação temporária da adolescência, relacionada muito mais ao estágio de evolução da puberdade do que a idade cronológica. Pode, porém, se estender até a fase adulta especialmente no sexo feminino, sendo relatado que, o comprometimento severo é mais comum no sexo masculino 8,9. Na puberdade há um aumento da secreção dos hormônios andrógenos e estrógenos. Em virtude desta ação hormonal, as glândulas sebáceas sofrem um processo de hiperplasia, favorecendo a formação da acne 7,10. Por ser considerada um processo normal de desenvolvimento, principalmente na adolescência, há um atraso na procura de tratamento adequado. Este descaso pode levar ao desenvolvimento de cicatrizes tanto a nível cutâneo como a nível psicosocial 11. Esse tipo de afecção cutânea tende a agravar o quadro psicológico, podendo interferir de forma significativa na qualidade de vida. Em casos variados, a evolução das lesões acnéicas em vários graus, podem causar dor, eritema, além de angústia, frustações e outros sentimentos negativos, levando à baixa autoestima e ao isolamento social 3. As regiões do corpo mais atingidas pela acne são as que possuem maior densidade de folículos pilossebáceos, ou seja, a zona T facial (frontal, nariz e mento), pescoço e região superior do tronco (tórax e dorso) 10,12,13. ETIOPATOGENIA As glândulas sebáceas estão localizadas em toda a extensão corporal, dentro da derme, com exceção das palmas das mãos e das plantas dos pés. Possuem secreção externa (exócrinas), pois seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos folículos pilosos. São também holócrinas, na qual as células se rompem liberando todo o seu conteúdo. Este processo depende de um estímulo hormonal 2. Sua secreção (o sebo) é formada por uma mistura complexa de lipídios que contêm triglicerídeos, glicerídeos, ácidos graxos livres, ceras, esqualeno, ceratina, detritos celulares, colesterol e seus ésteres 2,7,14. O acúmulo de lipídeos no interior da glândula sebácea, comprime as organelas celulares remanescentes para a periferia da célula, provocando o seu rompimento.

3 Os ductos se abrem na parte superior do folículo piloso, eliminando o sebo para a superfície da pele 15. OBSTRUÇÃO DO FOLÍCULO Os folículos envolvidos com o aparecimento da acne apresentam queratinização alterada. O acúmulo de queratina na camada córnea obstrui o orifício folicular, favorecendo o tamponamento do folículo o que dificulta a saída de secreções. Esse processo é denominado hiperqueratinização 2,10,12. HIPERSECREÇÃO SEBÁCEA As glândulas sebáceas são muito influenciadas por hormônios, como andrógenos e estrogênios. Esses hormônios atuam nessas estruturas fazendo com que produzam maior quantidade de sebo (processo de hiperplasia), podendo caracterizar uma pele seborréica 2. Estes hormônios sofrem distúrbios de equilíbrio na puberdade. Nessa fase, em ambos os sexos, os hormônios produzidos pelas glândulas adrenais provocam a hipertrofia da glândula sebácea, que passa a produzir maior quantidade de sebo, que ocasiona a formação de comedões, ao ser aprisionado pela hiperqueratinização da camada córnea 2,7. PROPIONIBACTERIUM ACNES O Propionibacterium acnes é a bactéria predominante na flora folicular e se prolifera na presença de triglicerídeos. Esta bactéria transforma os triglicerídeos em ácidos graxos, que por sua vez irritam a parede folicular e estimula a hiperqueratose 12. Este processo eleva a pressão dentro do folículo, pelo acumulo de sebo, que acaba rompendo suas paredes, liberando ácido graxo e microrganismo na derme dando origem ao processo inflamatório local 10. A inflamação se origina da produção de fatores quimiotáticos, da ativação do complemento e da liberação de proteases dos leucócitos que ingerem o Propionibacterium acnes 12. Além deste fator, outras bactérias podem se proliferar em consequência da acne, liberando outras enzimas, que contribuem para aumentar o processo patológico 16. GRAUS DE ACNE Acne Comedogênica Grau I: Há comedões abertos e fechados, sem reação inflamatória 3,12,17 ; Acne Papulo- Pústulosa Grau II: Há comedões

4 abertos e fechados, pápulas, pústulas e com reação inflamatória 3,12,17 ; Acne Nódulo-Cística Grau III: Há comedões abertos e fechados, pápulas, pústulas, nódulos, cistos e intensa reação inflamatória 3,12,17 ; Acne Conglobata Grau IV: Há comedões abertos e fechados, pápulas, pústulas, nódulos, cistos e abscessos e severa reação inflamatória 3,12,17. Além dos 4 graus citados acima, temos o grau V, denominado acne fulminante, caracterizado pela forma infecciosa e sistêmica da acne, que acomete mais frequentemente o sexo masculino. Caracteriza-se por conter todas as afecções citadas nos outros graus, com evolução para quadro com febre, necrose, úlceras, ocorrendo até, em alguns casos, quadros de hemorragias. Além do grau V, o tratamento específico para os graus III a IV também deve ser realizado por profissional de medicina 3,12. TRATAMENTO DA ACNE Muitas vezes, no desenvolvimento de suas atividades profissionais, o tecnólogo em estética e imagem pessoal pode deparar-se com quadros onde o diagnóstico exato, faz toda a diferença. Nos quadros de acne não é diferente. Podemos encontrar lesões denominadas acneiformes, ou seja, em forma de acne, que não apresentam a etiologia da acne vulgar. Para isto o profissional deve ter o conhecimento adequado, não só da acne vulgar, mas também dos diversos graus, para que a conduta apropriada seja empregada 3. Cabe ressaltar que o tecnólogo em estética e imagem pessoal está habilitado a realizar procedimentos na acne graus em I e II. A realização de procedimentos em outros graus é possível desde que seja realizado em colaboração com profissional de medicina 3. A acne vulgar pode ser tratada através do pelling superficial gerando uma esfoliação comparável com a luz fria ultravioleta de quartzo, que pode ser útil na resolução dos comedões na acne leve. Na acne ativa, tem o potencial de gerar uma resolução mais rápida e com menor probabilidade de cicatrizes 18. ÁCIDO SALICÍLICO O ácido salicílico é um ácido fenólico, ácido 2-hidróxi-benzóico ou ácido o-hidróxi-benzóico. É conhecido como um beta-hidroxiácido. Entretanto sua descrição tem sido refutada quimicamente, pois os grupos hidroxil

5 e carboxil estão diretamente ligados a um anel de benzeno aromático. O ácido salicílico é lipossolúvel e esta propriedade o torna útil em pacientes com pele oleosa 5. O ácido salicílico é solúvel em óleo e não penetram bem no estrato córneo, por esta razão a dermatite de contato por efeito irritante é minimizada 4. É considerado um hidroxiácido de fundamental importância para o tratamento da acne devido à ação de melhorar a aparência e textura da pele 7. O ácido salicílico foi citado em estudos, como um agente em procedimentos de peelings superficiais, apresentando como principal vantagem a ação mais controlada, ou seja, tem o benefício de um efeito mais previsível 19. Além da utilização direta, o ácido salicílico é comumente utilizado para aumentar a eficácia de alguns peelings químicos no tratamento da acne, em conjunto com outros ativos 6. EFEITO QUERATOLÍTICO E QUERATOPLÁSTICO O ácido salicílico tem efeito comprovado na dermatologia cosmética, visto que já é utilizado a mais de um século, principalmente como potente queratolítico 19. Comprovadamente é útil pelo seu efeito em biótipos lipídicos de pele com acne vulgar 4,9. Sendo o principal betahidroxiácido, o ácido salicílico atua na desobstrução dos folículos pilossebáceos agindo na diminuição da coesão dos corneócitos e estimulando a renovação celular 16,20. É um ativo que induz à maciez da superfície do estrato córneo devido ao seu efeito queratolítico 6. O peeling de ácido salicílico é útil na acne comedogênica e inflamatória, e em função de sua estrutura química única, pode ser adaptado para tratamento de condições hiperqueratóticas variadas em formulações para uso tópico diário ou como agente para realização de peelings superficiais 19. O ácido salicílico é utilizado na cosmetologia, pela ação levemente antisséptica, queratoplástica, e principalmente, queratolítica, quando em concentrações maiores, com comprovação de ação favorável em acne, especialmente em suas formas iniciais, não-inflamatórias 21. Admite-se que em baixas concentrações (0,5 a 3%) possui efeito queratoplástico, isto é, estimula a renovação da camada córnea. Em concentrações superiores (4 a 20%),

6 age exclusivamente como queratolítico, removendo a camada córnea 19,22. Tem também ação bacteriostática e fungicida, nas concentrações de 1 a 5%, apresentando baixa incidência de complicações. É indicado na acne em concentração de até 10% 19,22. Em contraponto a tratamentos mais agressivos e complexos, a correta limpeza da pele, removendo o sebo e a aplicação de ácido salicílico, como seu efeito queratolítico, compõe o modo mais efetivo para prevenir e controlar as formas iniciais da acne vulgar 21. MECANISMO DE AÇÃO O ácido salicílico age como um esfoliante suave eficaz contra comedões e lesões inflamatórias em concentração máxima de 2% em cosméticos de uso tópico 23. A ação esfoliante provavelmente está relacionada à habilidade dos beta-hidroxiácidos de dissolver as substâncias intercelulares (cemento) da camada córnea 9. O resultado do efeito esfoliativo é um aumento da eliminação dos queratinócitos, não interferindo na atividade mitótica 19. Altera também o ph da pele, levando a ruptura das ligações de ceratina 2. Além do efeito na redução da formação de acne e comedões, o ácido salicílico melhora a textura da pele, pois atua como esfoliante na superfície desta e dentro dos poros, sem uma irritação cutânea elevada 7. Esta ação pode ser atribuída à sua solubilidade em óleos ou em lipídeos, e se concentra nas camadas mais externas da pele 7. O ácido salicílico é um ativo solúvel em óleo que consegue penetrar no ambiente rico em sebo do poro. Dentro do poro, ele é capaz de soltar o tampão comedoniano e pode exercer efeito anti-inflamatório e também vem sendo utilizado como adstringente para remoção de resíduos de óleo da superfície da pele e óstium folicular 5. Foi contestado que o mecanismo de ação do ácido salicílico em concentrações de 2% a 12% ocorresse simplesmente devido à queratólise do estrato córneo, sem efeito em componentes cutâneos mais profundos, pois existem dados que sugerem que o ácido salicílico funciona nos espaços intercelulares entre os corneócitos e o estrato córneo 5. Do ponto de vista químico, o ácido salicílico, como um ativo lipossolúvel, é mais miscível aos

7 lipídeos da epiderme e ao conteúdo sebáceo dos folículos, induzindo esfoliação mais eficiente e restringindo seu efeito a níveis mais superficiais da pele 19. INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO As indicações do ácido salicílico para peeling químico superficial são: Acne inflamatória, não inflamatória e cicatricial 22,24 ; Pele seborreica e com orifícios foliculares dilatados 19 ; Todas as alterações cutâneas relacionadas ao fotoenvelhecimento leve ou moderado 24 ; Hiperpigmentações cutâneas as de natureza pósinflamatória (principalmente as provocadas pela acne) 19 ; Melasma epidérmico 19 ; Verrugas e calosidades 22. As contraindicações do ácido salicílico para peeling químico superficial são: Fotoproteção inadequada 18 ; Expectativas irreais 18 ; Gravidez 5 ; Estresse físico ou mental grave 19 ; Hábito de se escoriar 19 ; Presença de ferimentos abertos ou dano recente na face ou no pescoço 22 ; Herpes labial 22 ; Alergia ao ácido acetilisalicilico 26. MÉTODO DE APLICAÇÃO DO PELLING DE ÁCIDO SALICÍLICO Os peelings químicos constituem uma forma acelerada de esfoliação, induzida por diversos agentes cáusticos que provocam um dano controlado em porções da epiderme e/ou derme, fazendo com que o organismo naturalmente tenha ambiente propício para a regeneração de um novo tecido. Os procedimentos superficiais ou médios, quando repetitivos, além de apresentar baixo risco, geram benefícios cumulativos similares ao de um único procedimento de pelling profundo. Importante ressaltar que o procedimento superficial apenas induz a uma troca mais rápida da camada córnea 19,27. Quanto á profundidade é classificado como muito superficial (ação esfoliante que remove o extrato córneo e não cria lesões abaixo do extrato granuloso), superficial (produz necrose de parte ou toda a epiderme), médio (produz necrose de parte ou toda epiderme e derme papilar), profundo (produz necrose de toda epiderme e derme papilar até a derme reticular) 16,27. No procedimento de peeling químico utiliza-se como substâncias ativas, entre outros, os betahidroxiácidos 24. O ácido salicílico é um

8 princípio ativo empregado em formulações esfoliantes devido a sua característica de produzir uma lesão controlada 28. O ácido salicílico é utilizado no procedimento muito superficial em concentração química de até 10% na acne 24. Em procedimento superficial é utilizado nas concentrações entre 20% e 30%, em soluções hidroalcoólico sendo (95% de etanol e 5% de água) 19. Atualmente, a maioria dos médicos trabalha em conjunto com tecnólogo em Estética e Imagem Pessoal na preparação inicial da pele através de uma limpeza completa com hidratação, indicando a permanência do procedimento inclusive após a aplicação do peeling, no caso de procedimentos aplicados exclusivamente por médicos (peelings médios e profundos) 22. É importante realizar uma avaliação, registro fotográfico, e ter a assinatura prévia em termo de consentimento, além de realizar esclarecimento prévio com o cliente sobre o processo que será realizado, seus limites, a presenta de eritema, irritabilidade e principalmente os cuidados posteriores 22. APLICAÇÃO A preparação inicial para a aplicação do peeling consiste de uma higienização, buscando desengordurar a pele, normalmente com solução em álcool, éter, acetona em partes iguais ou com soluções desengordurante especificas, removendo gorduras ou substâncias existentes na superfície da pele que poderiam dificultar a penetração do ácido salicílico 18,19. A aplicação do peeling de ácido salicílico pode ser realizada com um aplicador de algodão (cotonete) ou uma gaze embebida na solução. Após cerca de 3 minutos depois de aplicada a solução, ocorrerá a evaporação do veículo utilizado, deixando a pele coberta por uma fina camada esbranquiçada, que nos permite a visualização do ácido salicílico cristalizado sobre a pele e verificar sua uniformidade na aplicação. Caso ocorram áreas nas quais não houve o branqueamento desejado, poderá ser reaplicada a solução 19,22. Durante a aplicação o paciente pode sentir ardência e em seguida uma leve sensação de anestesia superficial. No processo de finalização, retirar o produto com água corrente, água termal ou loção de limpeza. Logo após a realização do protocolo podese observar um eritema e após dois dias, ocorre descamação fina e

9 uniforme podendo durar até cinco dias 19. Recomenda-se que as sessões seja seriadas, com intervalos semanais ou quinzenais para peelings superficiais, considerando o mínimo de 3 aplicações 19,22. CUIDADOS PÓS - PEELING O principal cuidado refere-se a exposição solar, neste sentido além de evitar se expor a luz do sol ou luz de lâmpadas fluorescentes, deve-se utilizar hidratantes com filtro solar diariamente, renovando as aplicações várias vezes ao dia. Deve-se também evitar manipular a pele e remover as escamas, bem como evitar mudanças bruscas de temperatura 16,18,22. REAÇÕES ESPERADAS As reações esperadas da aplicação do ácido salicílico incluem eritema, ressecamento, descamação, sensibilidade ao sol, sendo estes fatores dependentes da concentração do ativo utilizada, da frequência de uso e das variações climáticas (em ambientes com baixa umidade a pele pode sofrer ressecamento e desidratação que alteram a tolerância aos agentes tópicos). Entretanto estes fatores são alterados pelos cuidados pós procedimento 29. A descamação resultante do processo de aplicação do peeling é benéfica, pois promove uma textura mais lisa da superfície da pele, aliviando ou prevenindo a oclusão folicular 20. O efeito sobre a acne, neste quesito, está ligado a que, entre as múltiplas causas da acne, temos o aumento da coesão entre os corneócitos, resultando em uma redução da descamação. O processo de aplicação causa a alteração da integridade cutânea, incluindo a perda dos comedões foliculares 20. DISCUSSÃO Os princípios do tratamento da acne com o peeling de ácido salicílico baseiam se no efeito queratolítico, bacteriostático, fungicida, antimicrobiano e anti-inflamatório, visando à correção da queratinização folicular, redução da atividade sebácea, diminuição da população bacteriana e dos processos inflamatórios. Apresenta característica lipofílica, o que facilita sua penetração na unidade sebácea que o torna efetivo contra comedões e lesões 22,30,31. O ácido salicílico provoca um forte ardor nos primeiros minutos de aplicação, que logo passa, entretanto. Seu uso afina a camada espessa da

10 pele e age evitando a contaminação que as feridas da acne provocam pela presença de bactérias e fungos 32. Quem não conhece profundamente este tipo de peeling pode pensar que provoca frost (coagulação de proteína), uma vez que cerca de, dois minutos após sua aplicação, há um esbranquiçamento cutâneo que nada mais é, que o depósito do salicílico, um pó fino 32. Segundo a ANVISA a utilização dos beta-hidroxiácidos em cosméticos é permitido em ph 3,5 e concentração de 10%. Nesse ph e concentração nem sempre é conseguido na estética os objetivos necessários para o sucesso dos tratamentos. Para que isso ocorra, pode-se potencializar a ação dos ácidos através do tempo de exposição, número de camadas e terapias combinadas 30,31,33. Através do conhecimento adquirido na graduação de Tecnólogo em Estética e Imagem Pessoal, dentro das diversas disciplinas ministradas em sua teoria e prática, foi possível adquirir conhecimento necessário para realizar uma anamnese adequada para indicação e realização do procedimento relatado neste artigo, respeitado a interação com outros profissionais da Saúde, conforme a competência necessária para cada caso. CONCLUSÃO Foi observado através dos diversos relatos contidos nas literaturas que o ácido salicílico, além de ser o principal beta-hidroxiácido, é um dos principais agentes na aplicação de peelings químicos superficiais no tratamento da acne vulgar. Este conceito fica evidente através das características benéficas que o ácido salicílico possui, como o efeito queratoplástico (em baixas concentrações), queratolítico (em concentrações mais elevadas), bacteriostático e anti-inflamatório. Além de atingir com eficácia seu objetivo no tratamento da acne, agindo como esfoliante químico, promovendo a renovação celular, desobstruindo os poros, também regula a oleosidade da pele, suavizando sua textura sem uma irritação cutânea elevada. REFERÊNCIAS 1. BRENNER, F. M.; et al. Acne: um tratamento para cada paciente, 2006. http://www.puccampinas.edu.br/centros/ccv/revcienci asmedicas/.../933.pdf - 2. GOMES, R.K.; GABRIEL, M. Cosmetologia: descomplicando os

11 princípios ativos. 3ª Edição. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2009 3. GOMES, R.K.; GABRIEL, M. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. 2ª Edição. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2006 4. DRAELOS, Z.D. Cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 5. DRAELOS, Z.D. Cosmecêuticos. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 6. OBAGI, Z.E. Restauração e Rejuvenescimento da Pele. Rio de Janeiro: Revinter, 2004 7. VANZIN, S.B.; CAMARGO, C.P. Entendendo Cosmecêuticos Diagnósticos e Tratamentos. São Paulo: Livraria Santos, 2008 8. RIVITTI, E.A.; SAMPAIO, S.A.P. Dermatologia. 2ª Edição. São Paulo: Artes Médicas, 2000 9. KAWATA, Y.; A EFETIVIDADE DE PEELING DE ÁCIDO SALICÍLICO NA REGRESSÃO DA ACNE VULGAR, 2011. http://www.unifil.br/portal/arquivos/publi cacoes/paginas/2011/7/350_391_publi pg.pdf 10. Vários autores (coordenação Lígia Marini Lacrimanti). Curso didático de estética. Vol.1. São Paulo: Yendis, 2008 11. VAZ, A.L. Acne Vulgar; bases para seu tratamento, 2003. http://www.apmcg.pt/files/54/document os/2008030415142015562.pdf 12. MAIO, M. de. Tratado de medicina estética. 2ª Edição Vol. III. São Paulo: Roca, 2011 13. LOURENÇO, B.; ACNE JUVENIL, 2011. http://www.moreirajr.com.br/revistas.as p?fase=r003&id_materia=4609 14. AZULAY, R.D.; AZULAY, D.R. Dermatologia. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara, 2006 15. MAIO, M. de. Tratado de medicina estética.vol. I. São Paulo: Roca, 2004 16. PERIOTO, K. D. Cosmetologia Aplicada: Princípios Básicos. 1ª Edição, 2008 17. Vários autores (coordenação Lígia Marini Lacrimanti). Curso didático de estética. Vol.2. São Paulo: Yendis, 2008 18. COLEMAN III, W.P.; HANKE, C.W.; ALT-SAUL ASKEN, T.H. Cirurgia Cosmética Princípios e Técnicas. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Revinter, 2000 19. MAIO, M. de. Tratado de medicina estética. 2ª Edição Vol. II. São Paulo: Roca, 2011

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