TÉCNICA DE QUATRO TAMISES PARA O DIAGNOSTICO COPROLOGICO QUANTITATIVO DA FASCIOL.OSE DOS RUMINANTES'

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TÉCNICA DE QUATRO TAMISES PARA O DIAGNOSTICO COPROLOGICO QUANTITATIVO DA FASCIOL.OSE DOS RUMINANTES' ENEIDE SANTIAGO G1RÃ02 e HAKARU UENO 3 RESUMO - Desenvolveu-se uma técnica de tamisação, para contagem de ovos de Fastio/a hepatica em fezes de ruminantes, que requer 10 a 15 minutos por exame, dispensa uso de produtos químicos, vidraria, e pode ser executada em laboratório ou campo. O material consiste de um conjunto de quatro tainises, confeccionado com buchas de redução de PVC e telas metálicas de 100, 180,200 e 250 manias/polegada, com aberturas de 174,96,87 e 65 gzm.respectivamente. Os txêsprimeiros tainisespermitem passagem de ovos de P. hepatite, reteiido fibras fecais, conforme aberturas das malhas, e o último retém estes ovos, juntamente com fibras fecais fmas. Da tamisação, resulta pouco sedimento, facilitando a detecção e contagem dos ovos após coloração com verde de metila a 0,5%. Foram realizados testes para verificar a eficiência da técnica antes de sua utilização como meio de diagnóstico. Adiciona' Iam-se 2, 4, 8, 16, 32, 200 e 400 ovo's de F. hepatica em 74 amostras de 1 g de fezes de bovinos,verificando-se recuperação de, aproximadamente, 70%. Em fezes de ovinos, adicionando-se 2, 4, 8, 16 e 32 ovos de F. hepatica em 50 amostras de 1 g, recuperaram-se aproximadamente 43%. Termos para indexação: Fastio/a hepatica, ovinos, bovinos A FOUR-LAVER SIEVE TECHNIQUE FOR QUANTITATIVE FECAL EXAMINATION OF FASCIOLIASIS OF RUMINANTS ABSTRACT - A technique for quantitative fecai examination of fascloliasis of ruminants in laboratory and field leveis was developed. The technlque requires loto 15 minutes per sample, without chemicai products or glassware. The kit comprises four pieces of graduaily finer sieves mede with plastic reduction plugs for waterworks and stainless steel wire nets of 100. 180, 200 and 250 mesh with 114, 96, 81 and 65 jlm in the aperture sire, respectively. The firut three sieves allow Fastio/a hepatite eggs through bot retain fecal debris aceording to the nevs aperture. The lan sieve retains the eggs together with finer fecai debris. By the end of the sieving process, the eggs are counted with the aid of methyl green at 0.5%. Laboratory testa were performed tu wrify the efflcacy of tt,e technique. For the tests wlth bovine teces, 2, 4, 8, 16, 32, 200 and 400 F. hepatite eggs wore added to 74 feces sampies of 1 g and noarly 70% of the eggs were recovered Fifty samples of 1 g of ovine teces with 2, 4, 16 and 32 F. hepatite eggs, tested repeatediy, showed recovery rate of approxirnately 43%. Index terma: Fastio/a hepatite, ovine, bovine. INTRODUÇÃO A fasciolose é uma trematodeose que causa enormes prejuízos aos ruminantes. É de distribuição cosmopolita. Por se tratar de uma zoonose, assume também importância em saúde pública. Os sintomas clínicos da fasciolose bovina e ovina, tais como emaciação, anorexia, anemia e perda de peso, não são característicos, sendo necessário um diagnóstico diferencial com outras enfermida- 1 Aceito para publicação em 21 de janeiro de 1985. Parte da Dissertação apresentada pelo primeiro autor para a obtenção do grau de Mestre em Medicina Veterinária. Fac. Vet. (JFRS. 2 Méd. - Vet., M.Sp, EMBRÂPA/Unidade de Execução de Pesquisa de Ambito Estadual de Teresina (UEPAE de Teresina), Caixa Postal 01, CEP 64000 Teresina, P1. Méd. - Vet., PILD., Prof. - Visit., UFRS, Porto Alegre, RS. des em que se evidenciam estas mesmas manifestações clínicas. Diversos autores, entre eles Dennis et al. (1954), Taylor (1964), Happich & Boray (1969) e Bendezu & Landa (1973), preconizam o exame coprológico como a forma mais segura para o diagnóstico da fasciolose crônica. O exame coprológico determina a presença de ovos de Fasciola spp., o que indica a existência de trernatódeo adulto nos ductos biliares. Várias técnicas para o diagnóstico coprológico da fasciolose encontram-se descritas na literatura. Estas técnicas se baseiam em flutuação, sedimentação e tamisação. Muitas das técnicas originais que aplicam estes procedimentos são, quase sempre, modificadas por pesquisadores que visam melhorá- -las ou adaptá-las de acordo com suas necessidades e disponibilidades. As técnicas de flutuação, em que se utiliza solução com produtos químicos de alto peso específico, segundo Swanson & Hopper. agropec. bras., Brasilia, 20(8):905-912, ago. 1985.

906 E.S. GIBÃO eh. uo (1950), Dennis et ai. (1954) e Boray (s.d.), deformam o ovo de P. hepatica, assumindo este morfologia diferente, o que dificulta sua identificação. Entre as técnicas quantitativas para a detecção de ovos de Fasciola spp., a de tamisação de Willmott & Pester (1952), modificada por Dorsman (1956), e a de sedimentação de Boray & Pearson (1960) são consideradas por Happich & Boray (1969) como as mais eficientes. Das técnicas quantitativas de sedimentação para a detecção de ovos defasciola spp., a de Dennis et ai. (1954) é uma das mais empregadas, sendo, também, segundo Ueno &.Alvarez (1971), muito utilizada em estudos epidemiológicos da fasciolose e na comprovação da eficácia de anti-helmínticos. Considerando o atual estádio dos estudos sobre fasciolose no Estado do Rio Grande do Sul, torna- -se necessário o desenvolvimento de técnicas quantitativas adaptadas às condições locais que apresentem segurança na separação de ovos das fibras fecais, melhor visualização dos ovos, que sejam cxccutáveis em menor espaço de tempo, e econômicas. A presente pesquisa teve como objetivo o desenvolvimento de técnica prática e eficiente para o diagnóstico de fasciolose crônica de ruminantes, com o emprego de material simples e de fácil aquisição, e para ser executada também em campo. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi desenvolvido no Laboratório do Setor de Helmintoses da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no período de julho a novembro de 1981. Para a confecção dos tamises utilizou-se o seguinte material: - Buchas de redução de PVC (tipo cano longo), com 60 mmx 40 mm (Fig. 1); - Telas metálicas (100, 150, 180, 200. 250 e 300 malhas/poleçada) 4 ; -Cola. Confecção dos tamises A bucha de redução foi serrada no bordo da extremidade mais estreita (Fig. 2). Cortou-se a tela metálica em diâmetro igual aç, desta ext'remidade (Fig. 3 e 6), colan- TECIMETAL (Tecidos Metálicos Ltda) - São Paulo $ A.raldite ultra-rápido CIBA/GEIGY S/A - São Paulo FIG. 1. Bucha de redução. F 1 G. 2. Bucha de redução serrada FIG. 3. Bucha de redução e tela metálica. FIG. 4. Bucha de redução com a tela cotada. FIG. 5. Temia pronto. do-a entre as partes serradas da bucha (Fig. 4 e 5), e deixou-se secar, colõcando-se um objeto pesado sobre ela, para boa fixação. Após uma hora, colocou-se cola ao redor da tela metálica, por dentro do tamis, para vedar os espaços resultantes do processo da serração. Foram também colados quatro pequenos pedaços de material de plástico não específico na parte externa do tamis, para pro- - mover a saída do ar ao serem encaixados uns nos outros (Fig. 7). O excesso de cola, do processo de colagem, foi retirado com o uso de lixa para madeira. Após a confecção, o tamis foi lavado com xilol, álcool e água com detergente, para limpar e desengordurar a tela metálica. Pesq. agropec, bras., Brasilia, 20(8):905-91 2, ago. 1985.

TÉCNICA DE QUATRO TAMISES 907 n. 1 * z FIG. 6. Bucha de redução serrada e tela metálica. Teste com os tamises selecionados Como veículo para ovos de F. hepatica, utilizaram-se fezes de bovinos e ovinos criados em campo e comprovadamente negativos para ovos deste trematódeo, através de exames coprológicos. Primeiro teste básico Adicionaram-se 200 ovos de F. hepatica em 1 g de fezes de bovinos. Aos ovos e às fezes foram adicionados 30 ml de água da torneira e cinco gotas de solução a 10% de detergente líquido de uso doméstico 6. Este material, após agitação, foi passado no conjunto de tamises selecionados (Fig. 8). O sedimento de cada tamis foi corado e examinado ao estereomicroscópio, em placas-de- -petri. Esta operação foi repetida seis vezes. Segundo teste básico Neste teste foram adotados os mesmos procedimentos do primeiro, porém, adicionando-se 400 ovos em cada amostra. Usou-se, também, nestes dois testes, a técnica de Dennis et ai. (1954), para comparar o número FIO. 7. Tamis pronto, mostrando partes de material de plástico coladas. Obtenção de ovos de F. hepatica para teste dos tamises Coletaram-se ovos de F. hepatka, segundo a técnica de Ceno & Alvarez (1971), da vesícula biliar e diretamente do útero de exemplares de fascíolas obtidas de fígados de bovinos abatidos no Frigorífico Sul Riograndense (FRICOSUL), Canoas, RS. Após a coleta, os ovos foram colocados em água destilada e conservados em refrigerador (5 0C a 70C). Teste para seleção dos tamises Aproximadamente, 3.000 ovos de F. hepatica coletados da vesícula biliar de bovinos foram adicionados em 10 ml de água. Em seguida, foram colocados nos tamises de 100. 150, 180, 200, 250 e 300 malhas/polegada (seguindo-se do tamis de maior para o de menor abertura) e lavados em água corrente, verificando-se em quais dos tamises estes ovos passavam ou ficavam retidos. Neste teste foram selecionados quatro tamises (100, 180, 200e 250 malhas/polegada), para serem utilizados durante o experimento. FIG. 8. Conjunto de tamises utilizados no experimento. Os números apostos nos tan,ises indicam malhas/ polegada 6 ODD - Orniex 5/A. São Paulo Pesq. agropec. bras., Brasília, 20(8):905-912, ago. 1985.

de ovos recuperados entre esta técnica e os tarnises selecionados. E.S.GIRÃO e H. UENO Terceiro teste básico Consistiu de doze repetições, adicionando-se 200 ovos de F. hepatica a cada amostra de 1 g de fezes de bovinos. Nestes testes, as amostras foram processadas como as do primeiro, examinando-se, no entanto, somente o sedimentodo tamis de 250 malhas/polegada. Quarto teste básico Ovos de F. hepatica foram adicionados em amostras de 1 g de fezes de bovinos e ovinos. A cada amostra adicionaram-se 2, 4, 8. 16 e 32 ovos. Com cada um desses valores, foram realizados exames em dez amostras de fezes de bovinos e ovinos, totalizando 100 exames. Neste teste, examinou-se somente o sedimento do tamis de 250 malhas/polegada; o processamento das amostras foi idêntico ao dos testes anteriores. Nos dois primeiros testes realizados, os ovos utilizados foram coletados da vesícula biliar dos bovinos, enquanto, no terceiro e quarto testes, utilizaram-se ovos retirados diretamente do útero de fascíolas adultas. Após o término dos testes básicos, os procedimentos realizados com a utilização do conjunto de quatro tamises receberam a denominação de técnica de quatro tamises. Técnica de quatro tamises Materiais - Solução detergente a 10%. -Frasco com tampa, com capacidade de 80 a 100 ml, e bastão. - Tamises com telas metálicas de 100, 180, 200e 250 malhas/polegada, com aberturas de 174, 96, 87 e 65 zm, respectivamente. - Placa-de-petri medindo 9 cm de diâmetro, riscada com linhas paralelas, com lápis de diamante. - Pipeta Pasteur com pêra de borracha e abertura de 1,5 mm de diâmetro. Corante (verde de metila a 0,5%). Estereomicroscópio. Procedimentos - Pesar 1 g de fezes e colocar em um frasco com capacidade para 100 ml. Diluir em 30 ml de água da torneira, com cinco gotas de solução detergente. - Homogeneizar o conteúdo, agitando-o por 1 ou 2 minutos. Passar no conjunto de tamises (encaixados uns nos outros). - Lavar em água corrente lenta, descartando-se, um por um, os três primeiros tamises e recolher o material do último tarnis (250 malhas/polegada) em uma placa-de-petri, utilizando-se um fino jato d'água no sentido inverso do tamis. - Esperar 2 minutos e retirar, sem agitar o sedimento, o excesso da água da placa com pipeta Pasteur. Pesq. agropec. bras Brasilia, 20(8):905-91 2, ago. 1985. Adicionar uma a duas gotas de verde de metila a 0.5%. - Examinar ao estereomicroscópio com aumento de 20 ou 40 vezes. A quantidade de ovos encontrada na placa representa o número de ovos por grama de fezes (o.p.g.). Em se tratando de fezes de ovinos, primeiramente, deve-se triturá-las com bastão. Para análise dos dados, utilizou-se a estatística descritiva (média aritmética e desvio padrão). RESULTADOS E DISCUSSÀO No teste preliminar para a seleção dos tamises, verificou-se que os tamises de 100, 150, 180 e 200 malhas/polegada, com aberturas de 174, 119, 96 e 87 pm, respectivamente, permitiram a passagem de ovos de P. hepatica e os de 250 e 300, com aberturas de 65 e 56 m, retiveram estes ovos (Tabela 1). Optou-se pelos tamises de 100, 180, 200 e 250 malhas/polegadas, baseando-se no fato de que os três primeiros deixaram passar através de suas malhas, ovos de E. hepatica, e retiveram fibras fecais de tamanho variàdo, de acordo com as aberturas das malhas; o tamis de 250 malhas/polegada, com abertura de 65 1 m, reteve estes ovos. Nos testes realizados com a técnica de quatro tamises, observou-se que, ao se acrescentar 200 ovos de E. hepatica, coletados da vesícula biliar em fezes de bovinos, a recuperação de ovos nas repetições executadas variou de 63% a 76%, com uma média de 70 0/c, aproximadamente, no tamis de 250 malhas/polegada (Tabela 2). Ao se acres- TABELA 1. Passagem e retenção de ovos de F. hepatica nos tamises, Malhas/polegada Tamises Abertura (pm) Ovos de F. hepatica 100 174 P 150 119 P 180 96 P 200 87 P 250 65 NP 300 56 NP P Passam NP - Não passam

TÉCNICA DE QUATRO TAMISES 909 centar 400 ovos, a recuperação média foi de 64%, Os resultados obtidos pela técnica de quatro tavariando de 57% a 71,5%. Examinou-se, também, mises são semelhantes aos de Parfitt & Banks o sedimento de cada tamis, e verificou-se que os (1970) que, utilizando 24 alíquotas de uma amostamises de 100 e 180 malhas/polegada não reti- tra de fezes de bovino contendo uma média de veram ovos e que o tamis de 200 malhas/polegada 84 o.p.g., verificaram uma recuperação de 68,4%, reteve 4,9% de ovos (Tabela 2). pela técnica de sedimentação. Discordam, entre- Quando se utilizaram estes mesmos testes em- tanto, dos achados de Dorsman (1956) que, utiipregando-se a técnica de Dennis et al. (1954), zando a técnica de tamisação, recuperou todos os obteve-se uma recuperação média de 60%, com a ovos de F. hepatica adicionados em fezes de boviadição de 200 e 400 ovos (Tabela 3). nos. Nesta técnica, o autor empregou um fator de TABELA 2. Recuperação de ovos de F. hepatica adicionados em fezesde bovinos, utilizando-se o conjunto de quatro tamises. de ovos da Recuperados Recuperados repetição Adicionados Adicionados 100 180 200 250 100 180 200 250 1 200. - 9(4,5) 140 (70,0) 400. 32(8.0) 284 (71,0) 2 200.. 12(6,0) 152 (76.0) 400 13(3,3) 286 (71.5) 3 200 -.. 11(5,5) 128 (64,0) 400.. 20(5,0) 260(65,0) 4 200 - - 4(2,0) 150 (75,0) 400... 18(4,5) 233158,8) 5 200 -. 4(2.0) 136 (68,0) 400.-. 24(6.0) 227 (56,8) 6 200 -. 12(6,0) 126 (63,0) 400. 24(6,0) 242 (60,5) Total 1.200 -. 52(4,3) 823 (69,3) 2.400 131 (5,5) 1.543(63,9) Média - -. 8,1 138,7 - - 21,8 255,1 Desvio padrão. - 3,8 10,9. 6,5 25,2 Malhas/polegada Os números entre parênteses correspondem à percentagem TABELA 3. Recuperação de ovos de F. hepatica adicionados em fezes de bovinos, utilizando-se a técnica de Dennis et ai. (1954). de ovos da repetição Adicionados Recuperados Adicionados Recuperados 1 200 132 (66,0) 400 252 (63,0) 2 200 108 (54,0) 400 221 (55,3) 3 200 101 (50,5) 400 241 (61,8) 4 200 125 (62,5) 400 268(61,0) 5 200 130 (65,0) 400 240(60,0) 6 200 126 (63,0) 400 242 (60,5) Total 1.200 722 (60,2) 2.400 1.470 (61,3) Média. 120,3-245 Desviopadrão - 12,7-15,4 Os números entre parênteses correspondem à percentagem. Pesq. agropec. bras., Brasília, 20(8):905-912, ago. 1985.

910 E.S. GIBÃO eh. UENO multiplicação e obteve, portanto, o.p.g. estimado, o que não ocorreu com a técnica desenvolvida na presente pesquisa, em que o o.p.g. foi encontrado examinando-se todo o sedimento. Parfitt & Banks (1970), examinando o material descartado de cada amostra, observaram que 31,6% dos ovos de E. hepatica foram perdidos nos vários estádios da técnica. Whitlock (1950) observou uma perda de 10% de ovos de trematódeos na pipeta utilizada para enchimento da câmara, na técnica de flutuação por ele desenvolvida. No presente trabalho, observou-se que a pipeta usada para retirar o excesso de água na placa-de-petri, resultante da lavagem do tamis ao recolher o sedimento, reteve aproximadamente 3%.dos ovos de E. hepatica; o tamis de 200 malhas/polegada reteve 4,9%. Observa-se na Tabela 4 que, nos testes realizados com a adição de 200 ovos coletados do útero de fascíolas adultas, a recuperação variou de 49% a 67,5%, com uma média de 58,4%. Esta menor diferença na recuperação; comparada à verificada quando se adicionaram ovos da vesícula biliar (70%), poderá ser atribuída ao fato de que estes TABELA 4. Percentagem de recuperação de ovos de F hepatica adicionados em fezes de bovinos no tunis de 250 malhas/polegada (65 J.Lm de abertura). Núrnepo de ovos da -. Percentagem repetição Adicionado, Recuperados 1 200 115 51,5 2 200 130 65,0 3 200 130 65,0 4 200 109 54,5 5 700 98 49,0 6 200 114 57,0 7 200 101 50,5 8 200 110 55,0 9 200 106 53,0 10 200 135 67,5 11 200 133 66,5 12 200 121 60,5 Total 2.400 1.402 58,4 Média - 116,8 - Desvio padr5o 12,8 - ovos poderiam ter sido retidos no tamis de 200 malhas/polegada. Ao se adicionar, em dez repetições, 2, 4, 8, 16 e 32 ovos de E. hepatica em fezes de bovinos, a recuperação variou de 50% a 75%. Ovos de E. hepatica foram recuperados em nove amostras contendo dois ovos e em todas as amostras contendo 4, 8, 16 e 32 ovos em fezes de bovinos. Em fezes de 0v1- nos, houve recuperação de ovos em nove amostras das dez repetiçôes, contendo dois e quatro ovos, respectivamente, e em todas as amostras contendo 8, 16 e 32 ovos. A maior percentagem (7 5%) foi observada quando se adicionaram dois ovos nas amostras fecais Ao se acrescentar 32 ovos, observou-se menor percentagem de ovos recuperados, aproximadamente 50% (Tabela 5). Quando se adicionou igual número de ovos em fezes de ovinos, a recuperação foi inferior à verificada em fezes de bovinos, variando de 38% a 47% (Tabela 5 e Fig. 9). Isto é atribuido ao fato de que, nas fezes de ovinos, verifica-se maior quantidade de fibras fecais (Fig. 11 e 12) do que em fezes de bovinos (Fig. 9 e 10), dificultando a visualização dos ovos, e que, na maioria das vezes, os ovos apresentavam-se sob aglomerado de fibras (Fig. 14) e só eram detectados com o auxílio de, um estilete, que afastavam estas fibras, que flutuavam no líquido, possibilitando assim a contagem. Também foram vistos ovos presos às fibras (Fig. 13) e eram facilmente detectados, com a coloração do sedimento, Happich & Boray (1969), em estudos comparativos entre a técnica de flutuação de Whitlock (1950) e a de sedimentação de Boray & Pearson (1960), adicionaram em 75 amostras de 3 g de fezes de ovinos 30, 300 e 3.000 ovos, respectivamente, examinando as amostras por ambas as técnicas. Verificaram que, pela técnica de sedimentação, aproximadamente, 113 dos ovos foram recuperados, enquanto que pela técnica de flutuação apenas 1%. Os autores observaram que ambas as técnicas podem ser usadas com razoável segurança se as fezes contiverem 1.000 ou mais o.p.g. Maior percentagem de recuperação, aproximadamente 40%, foi observada pela técnica de sedimentação com a adição de três gotas de detergente. Segundo Dennis et al. (1954), o detergente põe a matéria fecal em solução mais rapidamente, des- Pesq. agropec. bras., Brasilia, 20(8):905-912, ago. 1985.

TÉCNICA DE QUATRO TAMISES 911 TABELA 5. Recuperação de ovos de F. hepatica cm fezes de bovinos e ovinos, utilizando-se o conjunto dc quatro tamise& de ovos adicionados Amostras examinadas (repetiçôes) Ovos recuperados Ovos recuperados de Bovinos de Ovinos exames exames positivos Total Desvio Média positivos Total Média Desvio padr3o padro 2 10 9 15(75,0) 1,5 0,7 9 9(45,0) 0,9 0,0 4 10 10 22(55,0) 2,2 0,6 9 15(37,5) 1,5 1,0 8 10 10 52(65,0) 5,2 0,6 10 37(46.3) 3,7 0,9 16 10 10 83'(51,9) 8,3 2,4 10 68(41,3) 6,6 1,5 32 10 10 159 (49,7) 15,9 4,7 10 151 (47,2) 15,1 3,4 Os números entre parênteses correspondem à percentagem. - - - - ' Fia. 9. Técnica de quatro tamises. Sedimento de material FIG. ia Técnica de quatro tamises. Sedimento de matefecal de bovino. Campo microscópico claro. Ovos rial focal de bovino. Ovos de F. /iepatica e fibras de F. hepatite facilmente detectados (30 A. fecais (30 x) y_ ':- ttd& 1::iãpX... h 1 'a f V 1,'J 2 FIG. 11. Técnica de quatro tamises. Sedimento de material fecal de ovino. Maior quantidade de fibras. Ovos de F. hepat,ca presos às fibras (30 A. FIG. 12. Técnica de quatro tamies. Sedimento de material fecal de ovino. Fibras e ovos de F. hcpat,ca em placa-de-petri riscada (30 A. Pesq. agropec. bras., Brasília, 20(8):905-912, ago 1985.

912 E.S.GIRÃO e H. UENO CONCLUSÕES 1. A técnica de quatro tamises mostrou-se eficiente no diagnóstico coprológico quantitativo da fasciolose crônica dos ruminantes. 2. A técnica de quatro tamises é adequada tanto para uso em laboratório como em campo. REFERÊNCIAS e.. FIG. 13. Técnica de quatro tamises. Sedimento de material fecal de ovino. Ovo de F. hepatica preso em aglomerado de fibras (70 A. FIG. 14. Técnica de quatro tamises. Sedimento de material fecal de ovino. Ovo de F. hepatica sob aglomerado de fibras. Ovo de F. hepatica no in(cio da oviposiç5o (inserido) (70 x). prende os ovos das fibras fecais e da matéria coloidai, permitindo que um número máximo de ovos seja levado pela suspensão, através do tamis. Com base nas investigações de Happich & Boray (1969), adotou-se o uso de detergente na presente pesquisa, adicionando-se cinco gotas de solução detergente a 10% nas amostras fecais. A função do detergente, mencionada por estes autores, foi também observada no presente trabalho. BENDEZU E.,?. & LANDA 11., A.Distomatosis hepáticas; epidethiologia y control. RoL Div. Univ. Nac. M. San Marcos; IVITA, (14):1-32, 1973. BORAY, J.C. Fasciolosis in sheep. in: REFRESFIER COURSE FOR VETERINARIANS, Sydney, Austrália, 1981. Refresher course on sheep. Sydney, The Univ. o! Sydney, s.d. BORAY, J.C. & PEARSON, l.g. The anthelmintic efficiency of tetrachlorodifluoroethane in sheep infested with Fasciola hepatica. Aust. Vet. 3., 36: 331-7, 1960. DENNIS, W.R.; STONE, W.M. & SWANSON, L.E. A new laboratory and field diagnostic test for fluke ova in feces. J. Am. Vet. Med. Assoc, 124:47-50, 1954. DORSMAN, W. A new technique for counting eggs of Fasciola hepatica ia cattle faeces. J. llelminthol, 30: 165-72, 1956. HAPPICH, F.A. & BORAY, J.C. Quantitative diagnosis of chronic fasciolosis. 1. Comparative studies on quantitative faecal examinations for chronic Farelola hepatica infection in sheep. Aust. Vet. J, 45: 326-8, 1969. PARFITT, J.W. & BANKS, A.W. A method for counting Fascioliz eggs in cattle faeces in the field. Vet. Rec., 87(7):1802, 1970. SWANSON, L.E. & I-IOFPER, H.H. Diagnosis of tiver fluke infection in cattle. J. Am. Vet. Med..Assoc., 117:127-9, 1950. TAYLOR, E.L. Fascioliasis and fite tiver fluke. Rome, FAO, 1964. UENO, H. & ALVAREZ, J.M.V. Manual de laboratorio para ei diagnóstico de helmintos en rumiantes. Santo Domingo, Univ. Autónoma de Santo DomingoPress, 1971. WHITLOCK, H.V. A technique for counting trematode eggs in sheep faeces. J. Helminthot., 24(112):47-52, 1950. WILLMOTT, S. & PESTER, F.R.N. Variations in faecal egg-counts in paramphistome infections as determined by a new technique. J. flelminthol., 26:147-56, 1951 Pesq. agropec. liras., Brasília, 20(8):905-912, ago. 1985.