{ TDT e Televisões Conectadas }

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Transcrição:

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores { TDT e Televisões Conectadas } Possibilidades de implementação de acesso a internet e novos serviços Projeto FEUP 2013/2014 Cordenador geral: Professor Armando Sousa Coordenador de curso: Professor José Nuno Fidalgo Professor Responsável: Professor Artur Alves Monitor: Joana Santos Equipa 1:: Maria de Abreu (up201306229) Daniel Fernandes (up201305789) Diogo Amorim (up201305160) Nuno Fonseca (mieec201302794) 1MIEEC09_1

RESUMO Este trabalho, que tem como tema TDT e Televisões Conectadas, surge no âmbito da Unidade Curricular Projeto FEUP, que pretende desenvolver competências de trabalho em equipa e de elaboração de relatórios técnicos (indispensáveis na área de Engenharia), ajudar no desenvolvimento de soft skills e, de certa forma, dar a conhecer aos novos alunos a FEUP e os serviços que esta põe ao dispor da sua comunidade. Começou então por ser abordada de uma forma geral a televisão analógica e os problemas que, progressivamente, levaram à sua descontinuação, contextualizando assim o surgimento e implementação da televisão digital como standard. Em seguida, foi comparado o sistema de televisão digital português com os já existentes a nível mundial, de modo a apurar as caraterísticas predominantes destes sistemas e as que podem ainda ser desenvolvidas. Foi assim possível concluir sobre as suas potencialidades e sobre a forma como estas podem influenciar o modo como se vê televisão. Finalmente, as conclusões recorrentes deste relatório podem ser analisadas, verificando-se que apesar de poder ter sido feito mais no âmbito de melhorar este serviço no país, ainda há a oportunidade de melhorias e discutindo-se as possibilidades para um melhor aproveitamento da TDT em Portugal. Palavras-Chave: Televisão Digital Terrestre; Freeview; Video on Demand; Espetro Rádioelétrico; HbbTV; Serviço Público. 2

AGRADECIMENTOS Gostaríamos de aproveitar este espaço para deixar um especial agradecimento a todas as pessoas que, de alguma forma, nos auxiliaram nesta nossa primeira experiência na realização de um relatório técnico a nível universitário. As apresentações a que assistimos na primeira semana no âmbito do Projeto Feup foram, sem dúvida, fundamentais para uma melhor adaptação à nova vida académica, aos serviços que a Faculdade de Engenharia da Universidade Porto tem ao nosso dispor, e deram-nos bases para a elaboração de relatórios técnicos. Tentámos aplicar desde logo esses ensinamentos neste relatório, por isso o nosso muito obrigado aos organizadores e oradores de todas essas palestras. Por fim, mas não menos importante, o nosso agradecimento às pessoas que nas últimas semanas tem trabalhado mais de perto connosco: o professor Artur Alves e a monitora Joana Santos, que foram incansáveis no apoio prestado, desde os esclarecimentos, às orientações e por toda a dedicação. 3

ABREVIATURAS/SIGLAS ANACOM Autoridade Nacional de Comunicação BBC Bristish Broadcasting Corporation BSKyB - British Sky Broadcasting DVB-T Digital Video Broadcasting EDTV Enhanced-definition television HDTV High Definition Television ITV - Independent Television NTSC National Television System Committee PAL Phase Alternate Line PT Portugal Telecom RMA Radio Manufactors Association RTP Rádio e Televisão de Portugal SECAM Séquentiel Couleur À Mémoire SIC Sociedade Independente de Comunicação SDTV Standard Definition Television VIB Vertical Blanting Interval TV - Televisão TDT Televisão Digital Terrestre TVI Televisão Independente UHDT Ultra High Definition Interval UHDTV Ultra High Digital TV 4

ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Cartoon sobre a tecnologia HDTV... 8 Figura 2: Logotípo da TDT... 17 Figura 3: Logótipo do serviço BBC iplayer... 24 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Padrões da televisão analógica... 10 Tabela 2: Vantagens da Televisão Digital... 14 Tabela 3: Padrões da Televisão Digítal... 15 Tabela 4: Comparação da Televisão Analógica com a Televisão Digítal... 16 5

ÍNDICE RESUMO... 2 AGRADECIMENTOS... 3 ABREVIATURAS/SIGLAS... 4 ÍNDICE DE FIGURAS... 5 ÍNDICE DE TABELAS... 5 ÍNDICE... 6 1. INTRODUÇÃO... 8 2. HISTÓRIA DA TELEVISÃO ANALÓGICA... 9 1. 2.1 OS PADRÕES UTILIZADOS PELA TV ANALÓGICA... 9 2. 2.2 FIM DA TELEVISÃO ANALÓGICA... 11 3. 2.3 RAZÕES QUE ORIGINARAM O FIM DA TV ANALÓGICA... 11 3. TELEVISÃO DIGITAL... 12 4. 3.1 CARACTERÍSTICAS DA TELEVISÃO DIGITAL... 13 5. 3.2 PADRÕES DA TV DIGITAL... 15 4. TELEVISÃO ANALÓGICA VS TELEVISÃO DIGITAL... 16 5. TDT TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE... 17 6. 5.1 VANTAGENS DA TDT... 18 6

7. 5.2 DESVANTAGENS... 18 6. QUAL SERÁ O FUTURO DA TDT EM PORTUGAL?... 19 8. 6.1 TDT ESPANHOLA VS TDT PORTUGUESA... 19 9. 6.2 FREEVIEW TDT DO REINO UNIDO... 21 10. 6.2.1 VANTAGENS DA FREEVIEW... 21 6.2.2 ESTATÍSTICAS... 22 7. TELEVISÃO COM LIGAÇÃO À INTERNET... 22 11. 7.1 APLICAÇES DA INTERNET NO FREEVIEW... 22 12. 7.2 VIDEO ON DEMAND... 24 13. 7.3 HBBTV... 25 8. PERSPETIVAS FUTURAS... 26 9. CONCLUSÃO... 28 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 29 7

1. INTRODUÇÃO 1 Figura 1: Cartoon sobre a tecnologia HDTV Este relatório técnico foi pedido no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, e tem como objetivo analisar o sistema televisivo existente em Portugal, comparando-o com sistemas implementados noutros países. Para além disso, pretende-se estudar também ideias para serviços que poderão vir a ser disponibilizados. Recentemente assistimos à mudança do sistema analógico para o digital em Portugal e às queixas e incompreensão de alguns e à satisfação de outros aquando deste evento. Porém, o que é que efetivamente mudou? E porquê? O que poderá mudar? Será esta mudança de facto benéfica? Desta forma, teve-se como objetivo explorar as tecnologias ligadas à televisão digital e a possibilidade de expansão dos serviços que esta atualmente oferece, introduzindo a conexão à internet. Assim, foram estabelecidos vários paralelismos com os trabalhos do ano anterior da mesma unidade curricular, já que os temas tinham vários pontos que se intersetavam e que consideramos pertinente abordar. A todas estas questões pretendemos responder com o fruto da nossa investigação. 1 xkcd.com/, Check out my new HDTV, My[confined]Space http://www.myconfinedspace.com/2010/05/03/check-out-my-new-hdtv/ 8

2. HISTÓRIA DA TELEVISÃO ANALÓGICA A história da televisão nasce com a descoberta do selénio em 1917, por parte do cientista sueco Jons Jacob Berzelius. O selénio é um elemento químico que permite a conversão de luz em sinais elétricos, através do efeito fotoelétrico. Nos primórdios da televisão, o sistema utilizado era o sistema analógico, com base na difusão de ondas eletromagnéticas. Com o evoluir da tecnologia, nos dias de hoje este sistema tornou-se insuficiente para satisfazer as exigências crescentes, o que levou a que nos últimos anos, um pouco por todo o mundo, se assistisse a um switch off do sistema analógico, dando lugar ao sistema digital. 2.1 OS PADRÕES UTILIZADOS PELA TV ANALÓGICA Padrões Curiosidades Características Variantes Padrão televisivo 525 Linhas de NTSC-J - sistema dos EUA; Aprovado em resolução, das quais 480 são visíveis e as usado no Japão, a diferença prendese 1941; Primeiras outras 45 são VBI; Usa uma corrente pelo facto das rádio-frequências NTSC emissões em 1941, alternada de 60 usadas no Japão a preto e branco; ciclos por segundo; serem diferentes As emissões a Aspeto 4:3, obtendo da dos Estados cores surgiram em 1954; ate 16 milhões de cores diferentes; Unidos; Resulta de um conjunto de normas; Características do sistema de televisão Norte-Americano; 9

RMA (ou simplesmente) M PAL SECAM Uma das normas permite evitar o efeito de cintilação; O mais utilizado em grande parte do Mundo; Desenvolvido na Alemanha por Walter Bruch; Lançado em 1963; As primeiras emissões foram no Reino Unido; Desenvolvido em França, em 1956 por Henri de France; Inaugurado a 1 de Outubro de 1967; Melhor qualidade de imagem do que o NTSC; 625 linhas de resolução; Frequência de varrimento de 50 varrimentos por segundo, 50 Hz; 625 linhas de resolução, das quais 547 são visíveis; Utiliza a frequência de varrimento do sistema PAL; A transmissão de cor é feita de maneira sequencial; PAL-M Sistema utilizado no Brasil; PAL-I Utilizado no Reino Unido, Irlanda, Hong Kong e Macau; PAL-Plus Usado na Europa e que permite uma resolução de 16:9; SECAM L Usado na França e nas suas antigas Colônias; SECAM B/G Usado no Médio Oriente; SECAM D/K Utilizado na antiga União Soviética e na Europa Oriental; Tabela 1: Padrões da televisão analógica 2 2 itvbr, Padrões da TV Analógica in itvbr Engenharia de Sistemas http://itvbr.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=80&itemid=94&lang=en 10

2.2 FIM DA TELEVISÃO ANALÓGICA Apesar de a televisão analógica ter sido o sistema utilizado durante muito tempo, com o evoluir da tecnologia tornou-se desatualizada. Isto levou a uma procura por novas soluções que permitissem a evolução dos serviços de modo a responder às necessidades, cada vez mais exigentes, dos consumidores. 2.3 RAZÕES QUE ORIGINARAM O FIM DA TV ANALÓGICA Na União Europeia, o fim deste sistema foi estabelecido pela Comissão Europeia, que pretendia solucionar a lotação do espectro radioeléctrico. O espectro radioeléctrico é um recurso do domínio público, muito valioso, mas limitado, que é necessário gerir com racionalidade para que possa servir os interesses nacionais, e viabilizar a oferta aos cidadãos de diversos serviços de telecomunicações de uso público, que se estão a multiplicar neste início do século. Em Portugal, a gestão deste espectro está a cargo da ANACOM, que deve planificar as frequências e, em particular, proceder à sua atribuição e consignação, obedecendo a critérios objetivos transparentes, não discriminatórios e de proporcionalidade. 3 As frequências deste espectro não estão apenas disponíveis para o sistema televisivo, são, entre outros, utilizadas nos sistemas: SMT; SMM; TRK; WLL; Radionavegação Aeronáutica; 3 ANACOM, http://www.anacom.pt/mobile/render.jsp?contentid=141579&showall=1&channel=graphic, Gestão do espetro radioelétrico ; 11

A solução para resolver o problema com que a comissão europeia se deparou surgiu com o aparecimento da tv digital. 3. TELEVISÃO DIGITAL A tv digital é uma tecnologia baseada na transformação de cada elemento da imagem e do som num código composto de zeros e uns, o que permite fazer a transmissão utilizando a tecnologia binária. A tecnologia binária apresenta as seguintes vantagens: Facilidade de regeneração, em comparação com sistemas analógicos; Maior imunidade à interferência (o sinal só tem dois estados); Circuitos mais fiáveis e mais baratos; Técnicas digitais mais adequadas ao tipo de processamento de sinal que protege contra interferências e empastelamento; A combinação de sinais usando TDM (time divison multiplexing) é mais simples que a combinação de sinais analógicos usando FDM (frequency division multiplexing); Diferentes tipos de sinais dados, telefone, televisão são tratados da mesma forma na transmissão e na comutação; Libertação do espectro radioelétrico; 12

3.1 CARACTERÍSTICAS DA TELEVISÃO DIGITAL Vantagens Explicação das Vantagens Qualidade de Imagem Qualidade de Som Formato de Exibição Mobilidade Interatividade Aparecimento dos televisores Full HD 1920 x 1080, o que significa que pode mostrar 1920 pixels na direção horizontal e 1080 na vertical, dando um total de 2.073.600 pixels em toda a tela. Com uma nitidez muito superior, o telespectador consegue perceber detalhes da imagem que antes não eram visíveis. Passaram a existir seis canais (padrão utilizado por sofisticados equipamentos de som e home theaters). O sistema surround oferece um ambiente mais realístico de áudio, aumentando a sensação de imersão do telespectador no ambiente da cena. Toda transmissão em HDTV ocorre no formato 16:9. Um dos principais benefícios da TV digital é a possibilidade de assisitir à programação em dispositivos móveis e portáteis, como telemoveis com TV digital, tablets, notebooks etc. A televisão digital permite visualizar a programação de dias anteriores, vem como responder a perguntas de interatividade dos programas. Também é possível consultar informações 13

Interatividade (continuação) Qualidade do Sinal estatísticas (número de faltas, tempo de posse da bola etc.) durante um jogo de futebol, verificar as últimas notícias, indicadores econômicos e a previsão do tempo. No futuro, será possível participar em tempo real em votações em reality shows ou até mesmo comprar produtos e serviços utilizando o controle remoto. O sinal digital nunca chega com falhas. Os telespetadores passam a poder usufruir de imagens sem chuviscos, sem ruídos, sem fantasmas ou qualquer problema na qualidade da imagem recebida. Tabela 2: Vantagens da Televisão Digital 4 4 DTV, Vantagens da TV digital, in DTV site oficial da TV Digital, 2010 http://www.dtv.org.br/sobre-a-tv-digital/vantagens-da-tv-digital/ 14

3.2 PADRÕES DA TV DIGITAL Padrões Curiosidade Características Desenvolvido em 1993; Ópera com conteúdos Adotado nos EUA; audiovisuais em HDTV; Garante a melhor ATSC resolução de imagem possível; Transmissão um só programa por canal; Desenvolvido em 1999, pelos Japoneses; Pode ser utilizado para receção móvel; É o mais avançado e Pode englobar serviços de ISDB capaz de englobar e tv para telemóveis, e implementar melhores Notebooks; serviços; Ainda não foi adotado por nenhum país; Desenvolvido em 1993, Trabalha nas três na Europa; configurações de É o sistema mais qualidade de imagem: utilizado; HDTV (1080 linhas), DVB EDTV (480 linhas) e SDTV (480 linhas); Permite transmissão em simultâneo de mais de um programa por canal; Tabela 3: Padrões da Televisão Digítal 15

4. TELEVISÃO ANALÓGICA vs TELEVISÃO DIGITAL TV Analógica 480 linhas horizontais (em média); Resolução Um canal (Mono) ou dois Áudio canais (Stereo) de áudio; Formato de imagem Proporção 4:3; Não tem; Interatividade Outros TV Digital 1080 linhas, ou seja, cada imagem transmitida tem muitos mais pontos a compor a imagem, melhorando-a; Suporta até 6 canais Dolby Digital; Proporção 16:9, utilizando um sistema widescreen, semelhante às telas de cinema; Apresenta informações de interatividade, tais como, guias de programação, dados estatísticos, entre outros; Permite transmitir diferentes programas através de um mesmo canal de transmissão simultaneamente; Tabela 4: Comparação da Televisão Analógica com a Televisão Digítal 16

5. TDT TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE A TDT é a tecnologia de teledifusão terrestre em sinal digital que funciona através de antenas e que neste momento está em vigor em Portugal e em muitos outros países, vindo substituir a teledifusão analógica terrestre (televisão "tradicional"). A TDT surgiu para possibilitar aos telespetadores que não possuíam televisão paga continuar a usufruir de um serviço de televisão gratuita após o switch-off dos transmissores analógicos. Em Portugal, está mudança ficou a cargo da Portugal Telecom que ganhou o concurso lançado pela ANACOM, tendo sido a responsável pela instalação e pelas infraestruturas de rede necessária para cobrir todo o país com Televisão Digital. Para a utilização deste serviço, o telespectador necessitou também de possuir um descodificador compatível com a tecnologia DVB-T e com a norma MPEG-4/H.264, cuja modulação e compressão serve essencialmente para enviar grandes quantidades de áudio, vídeo e sinais de dados com boa qualidade. O seu funcionamento consiste em 4 fases: 1. Digitalização, codificação e difusão dos dados através do ar pelos centros emissores; 2. Uma vasta rede de torres emissoras envia o sinal para as antenas das casas; 3. O sinal é recebido pelas antenas localizadas nos edifícios; 4. Os descodificadores TDT instalados em cada edifício convertem novamente este sinal na imagem e som pretendidos. Figura 2: Logotípo da TDT 17

5.1 VANTAGENS DA TDT A TDT permitiu a implementação no serviço de televisão pública, de todas as vantagens da televisão digital, aliando-as a novas funcionalidades: Acesso a um conjunto de funcionalidade como um guia de programação que a TDT disponibiliza (EPG), e uma barra de programação para consultar os horários dos programas de televisão; No caso de o espetador possuir um descodificador com funcionalidades mais avançadas (com disco rígido), poderá ainda utilizar a Pausa TV (para parar e retomar a emissão de TV), a gravação da emissão ou o agendamento de gravações (para gravar, por exemplo, os seus programas favoritos); Capacidade de proporcionar melhores experiências a pessoas com necessidades especiais. De entre outras potencialidades, os equipamentos TDT mais desenvolvidos permitem adicionar legendas em português (para deficientes auditivos) e têm serviço de áudio-descrição (para pessoas com deficiências visuais); 5.2 DESVANTAGENS As principais desvantagens da TDT são a complexidade do sistema e os custos de implementação em equipamento elevados. 18

6. QUAL SERÁ O FUTURO DA TDT EM PORTUGAL? Apesar de nos últimos anos o nosso sistema de transmissão televisivo ter sofrido profundas alterações, de certa forma até contestadas por parte da população, podemos perceber que o nosso sistema, agora em vigor, ainda se encontra muito distante dos restantes sistemas do resto da Europa. Com este trabalho, a nossa missão era encontrar formas que permitissem melhorar a TDT portuguesa, que na verdade poucas melhorias visíveis trouxe aos telespetadores. Com a mudança em Portugal, o telespetador apenas passou a usufruir de uma melhor qualidade de imagem e de som, e a ter acesso a uma programação disponibilizada pela TDT (EPG), mantendo-se em uso apenas os 4 canais já existentes. Noutros países, a mudança do sistema analógico para o sistema digital (que em alguns países se chama TDT, mas que adotou outros nomes noutras regiões), não se deu da mesma forma que em Portugal. Muitos mais canais surgiram, e muitos serviços mais são prestados aos telespetadores no sistema de televisão gratuita. Muitos destes serviços poderiam ser oferecidos na nossa TDT. Através de alguns comparações com outros sistemas de televisão gratuita procuraremos dar a conhecer esses serviços, e as suas vantagens. 6.1 TDT ESPANHOLA vs TDT PORTUGUESA Portugal possui um atraso na implementação da TDT, relativamente aos outros países da União Europeia. A nossa vizinha Espanha é um perfeito exemplo disso. Perto da fronteira qualquer um de nós consegue apanhar sinal da TDT espanhola, e apercebe-se imediatamente da quantidade de serviços e soluções, que lá existem e cá são inexistentes. 19

De facto, Portugal, embora com espaço disponível no espetro para mais dois canais, possui apenas 4, ao invés da Espanha, que possui 37 canais. Essa variedade de escolhas é inexistente no nosso país. Continuando, a TDT espanhola também possui várias outras melhorias inerentes à nova tecnologia permitida pela TV Digital, não existentes na portuguesa: Rádios Canais em HD gratuitos Canais a pagar Formato 16:9 Canais regionais/locais Som multicanal Serviços interativos Em Portugal, um sistema similar poderia ser posto em marcha, onde houvesse a vertente do VoD, da gravação de programas sem ser necessário uma box de uma companhia por cabo, ou seja, sem mensalidade, e onde poderíamos implementar outros elementos, como a integração com redes sociais (a aprofundar), e a interactividade de conteúdo, como por exemplo legendas, faixas áudio adicionais (com integração a invisuais), diferentes ângulos de câmara, ou a realização de inquéritos em tempo real. Isto tudo para podermos concluir que embora em Portugal a tecnologia avance, nomeadamente da emissão analógica para a digital, e de televisores CRT s com emissão a 4:3 para LCD s HD com o chamado formato panorâmico, os canais portugueses existentes não estão interessados em segui-la. Outro exemplo deste desinteresse pelo desenvolvimento da TDT em Portugal foi a compra de espaço para Canais HD pelos canais privados, que ocupam todo o espaço livre que antes existia no espetro MuxA. Neste espaço agora preenchido na totalidade por canais fantasma (porque desde a sua compra ainda não foi emitida nenhuma transmição regular), pensou-se colocar a RTP Informação e a RTP Memória (apenas disponiveis por subscrição a TV por Cabo), canais vistos como de interesse público, que não afetariam as audiências dos restantes canais privados. Só podemos concluir que há certos travões lobbistas a impedir o melhoramento de serviço da TDT, alegadamente para manter o setor privado e as empresas de cabo numa posição privilegiada no mercado audiovisual. 20

6.2 FREEVIEW TDT DO REINO UNIDO Freeview é o nome dado ao serviço de televisão de acesso gratuito no Reino Unido. O sistema Freeview é gerido pela empresa DTV Services Ltd, empresa esta que resulta de uma junção entre a BBC, a ITV, a Channel 4, a BSkyB e o operador de transmissor Arqiva, tendo sido implementado no ano de 2002. Para ter acesso ao sistema Freeview TV, o consumidor apenas precisa de possuir um gravador e uma antena em bom estado, sendo que este sistema pode ser aplicado na maioria das televisões. O sistema Freewiew, chega a todos os telespetadores, sem estes necessitarem de gastarem muito dinheiro em equipamentos caros, ou ate em televisores novos, e não tem assinatura. Neste momento a Freeview já se expandiu para além do Reino Unido, podendo os telespetadores da Nova Zelândia e da Austrália usufruir deste serviço. O sistema Freeview está constantemente em atualização, devendo o telespetador de vez em quando fazer uma atualização para passar a ter acesso aos novos serviços e a novos canais que possam surgir, sendo todas estas atualizações totalmente gratuitas. 6.2.1 VANTAGENS DA FREEVIEW Disponibiliza memória para gravações; Disponibiliza a função de Pausa TV, permitindo ao telespetador interromper a transmissão, podendo prossegui-la mais tarde; Permite voltar atrás na emissão, podendo recuperar pormenores aos quais o telespetador não esteve tão atento; Permite ainda ao telespetador estar a ver uma série em direto, e ao mesmo tempo estar a gravar outra para ver mais tarde; 21

6.2.2 ESTATÍSTICAS Num estudo feito em agosto de 2013, o sistema Freeview possuia cerca de 60 DVB-T canais de TV, 26 canais de rádio digitais, 4 canais HD, 6 serviços de texto, 11 canais de streaming, e um canal interativo. Novos serviços estão a ser pensados e o aparecimento de até 10 novos canais HD está previsto para ser lançado no final de 2014, a partir de um novo grupo de multiplexeres atribuído a Arqiva. 7. TELEVISÃO COM LIGAÇÃO À INTERNET Com o passado e o presente em mente, o futuro reside na Internet. Quer seja atraves da complementação de serviços atuais, quer seja através da total distribuição de conteúdo, ela esta sempre presente. De seguida iremos ver alguns exemplos de serviços, nos quais a Internet integra o sistema televisivo. 7.1 APLICAÇES DA INTERNET NO FREEVIEW Um outro serviço disponibilizado pela Freeview está ligado à Smart TV, permitindo acesso a um mundo de entretenimento. A partir do seu televisor, o telespetador pode aceder ao BBC iplayer, podendo assistir a vídeos e programas de TV no YouTube, estar conectado às suas redes sociais, entre outros, tendo acesso à internet na sua Smart TV, de forma totalmente gratuita. Alguns aparelhos mais recentes já permitem mesmo o acesso instantâneo a musicas, filmes e séries de TV via serviços pagos, como LOVEFiLM, Blinkbox, NowTV e Netflix. Para poder aceder à Smart TV o telespetador precisa de estar conectado com o Freeview HD TV ou com o gravador para a internet. 22

Existem 3 formas para o telespetador se conectar a Smart TV: Cabo Ethernet - A maneira mais confiável para se conectar é através de um cabo Ethernet. O cabo Ethernet é o mais adequados, principalmente se o dispositivo de banda larga estiver situado perto do Freeview HD TV ou do gravador; Adaptadores Homeplugs Os adaptadores Homeplugs permitem uma ligação segura, enviando o sinal da internet da banda larga através da rede elétrica existente na casa; Wi Fi - Algumas TVs e gravadores já vêm com Wi-Fi incluído, permitindo ao telespetador escolher os serviços que querem comprar. Outros podem ser conectados usando um dongle USB. 23

7.2 VIDEO ON DEMAND Video on Demand é uma tecnologia que permite a visualização de conteúdo televisivo ou radiofónico, depois de este ter sido apresentado, sendo permitido voltar atras no tempo. Normalmente esse conteúdo apenas é disponibilizado por 7 dias, sendo acessível quer por streaming, quer por download direto, podendo ou não ser pago. Um exemplo, com implementação à TV Digital, é o BBC iplayer, que inclui todos os canais de rádio e televisão da BBC, e é gratuito para residentes da Inglaterra, sendo visto como um serviço público. Este corre em qualquer computador e smartphone, assim como em algumas televisões (smart TV s) e consolas (Wii e Xbox 360). Figura 3: Logótipo do serviço BBC iplayer 24

7.3 HbbTV HbbTV (Hybrid Broadcast Broadband TV) é uma norma criada na Europa para a transferência de serviços adicionais através de uma conexão à internet, aumentando a interatividade com o utilizador e a gama de serviços oferecida sem custos de receção adicionais pretendendo-se criar uma norma global para regularizar a oferta de serviços de entretenimento híbridos, isto é, que associam a televisão digital à internet, possibilitando assim a medição de audiências e dos impactos publicitários. Para tal, são apenas necessárias uma televisão compatível e uma ligação DSL ou, caso o televisor não seja compatível, um recetor adicional. É ainda possível a receção por meio de satélite, porém no geral o funcionamento destes sistemas implica o envio de dados HbbTV do router DSL por WLAN ou cabo para o recetor compatível ou diretamente para o aparelho de televisão. Baseada em tecnologias e normas já existentes, harmoniza-as de forma a oferecer ao utilizador a melhor experiência possível. De facto, ao fazer uso de tecnologia simples e de requisitos mínimos acessíveis, possibilita uma fácil implementação e boas perspetivas de evolução, ao mesmo tempo que não implica um grande investimento no desenvolvimento e compra de novos equipamentos. Ao apostar numa maior interatividade, os canais podem disponibilizar conteúdos extra em sites no formato CE-HTML, acesso gratuito a filmes e participação ativa em sondagens ou concursos de forma direta e simplificada. Inclui assim geralmente uma barra lateral, onde surgem vários widgets, onde se destaca por exemplo a possibilidade de ligação a redes sociais e a sua atualização em tempo real. Este tecnologia permite assim a unificação da internet com a televisão de uma forma generalizada, beneficiando assim um maior número de utilizadores e de companhias de serviços. Porém, alguns fabricantes apresentam certos entraves a esta norma por quererem implementar os seus próprios sistemas híbridos nos dispositivos que produzem. É mesmo assim uma solução que merece ser considerada e discutida. 25

8. PERSPETIVAS FUTURAS Como podemos notar ao longo deste trabalho, embora nos últimos anos o sistema televisivo português tenha sofrido algumas alterações, este ainda se encontra muito aquém do exigido no mundo atual. A substituição do sistema analógico pelo sistema digital foi o primeiro grande passo rumo a uma renovação na experiência de ver televisão, mas, como fomos referindo ao longo do trabalho, embora em Portugal os telespectadores poucas alterações tenham sentido até agora, adivinham-se algumas melhorias num futuro próximo. Noutros países da Europa e do resto do mundo, o sistema de televisão digital gratuito atualmente já disponibiliza serviços com inúmeros canais, incluindo canais de rádio, e canais em HD, possibilitando, também, muitas formas de interatividade com o telespetador. Confiemos, que num futuro próximos, esses serviços, possam chegar a Portugal. Neste momento, existe alguns rumores de que a RTP pretende implementar mais dois canais na TDT, sendo eles a RTP memória e a RTP informação. Desejamos que essa implementação ocorra o mais rápido possível, lançando um incentivo a novos canais, para também estes passarem a fazer parte da TDT, aumentando assim, o leque de canais da nossa TDT nacional. Com este esforço que se nota ter vindo a ser feito no sentido de melhor a qualidade da TDT, havendo até um site (blog), que lança ideias para possíveis mudanças, permitenos ter perspetivas positivas para o futuro. O blog tem o link: http://tdtportugal.blogspot.pt/. Em relação ao sistema digital, ainda recente, tendo chegado à maior parte dos países há pouco tempo, e ainda estando a ser implementado noutros, já se trabalha num sistema que poderá vir a substituí-lo. 26

No Japão, estuda-se um sistema chamado de UHDTV, televisão de ultra alta definição, que embora ainda esteja em face experimental, calcula-se que estará disponível para o consumidor daqui a 20 anos. Com este novo sistema, pretende-se atingir uma resolução de 7680x4320 pixels (33 milhões de pixels) e 16 vezes mais (4 vezes mais largura e 4 vezes mais altura) do que o sistema HDTV, agora em vigor. No que diz respeito a qualidade de som, pretende-se que este serviço venha a possuir um sistema avançado de surround sound que usa 24 altifalantes. Até lá, teremos de assistir a muitas evoluções de tecnologia, porque nenhum dos equipamentos atuais possui resolução suficiente para transmitir um sinal com estas características, nem capacidade para armazenar a quantidade de dados necessária para criar uma imagem Ultra HD. Como podemos verificar, o sistema que agora temos nas nossas casas, o HDTV, que veio melhorar a qualidade de imagem e de som, possibilitando uma enorme variedade de serviços, ainda se encontra na sua juventude, tendo ainda pela frente uma possível melhoria exponencial. 27

9. CONCLUSÃO Foi graças à elaboração deste relatório que se puderam tirar algumas conclusões sobre a TDT e as suas possibilidades de conetividade. Assim, temos por exemplo que, apesar das múltiplas hipóteses de interatividade e melhoria de qualidade oferecidas pela TDT, apenas uma pequena parte destas está em uso em Portugal, ao contrário do que se passa em países próximos, como a Espanha, nossa vizinha, ou na Grã-Bretanha. Ora isto revela um fraco aproveitamento dos recursos tecnológicos disponíveis, devido talvez a certos interesses económicos e comerciais, que deve portanto ser solucionado o quanto antes. Isto, aliado a uma melhor informação da população, traria inúmeras vantagens para todos os envolvidos, mas envolveria uma adaptação das empresas de comunicações e serviços às novas formas de acesso ao entretenimento e aos media em geral. Só assim seria possível uma implementação completa e verdadeiramente benéfica da TDT, com todas as suas caraterísticas e potencialidades em funcionamento. Porém, vale também a pena reconhecer que já estão a ser feitos alguns esforços, ainda que ténues, no sentido de melhorar esta situação e de tentar, pelo menos, seguir o exemplo de países pioneiros nesta área. 28

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BBC, What is Freeview?, http://www.bbc.co.uk/webwise/guides/about-freeview (acedido em 7 de outubro de 2013) Freeview, Smart TV, http://www.freeview.co.uk/what-we-offer/smart-tv (acedido em 9 de outubro de 2013) Channel 9, What s Freeview? http://channelnine.ninemsn.com.au/article.aspx?id=831332 (acedido em 9 de outubro de 2013) Alves, Kellyanne Carvalho; Feitosa, Deisy Fernanda, TV digital: surgimento e perspetivas http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/r2111-1.pdf (acedido em 11 de outubro de 2013) Telecom, O que é a TDT?, http://tdt.telecom.pt/o_que_e/default.aspx?code=xzx624 (acedido em 11 de outubro de 2013) itvbr Engenharia de Sistemas Universidade Federal de Goiás, Padrões de TV analógicos http://itvbr.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=80&i temid=94&lang=en (acedido em 9 de outubro de 2013) Willians Cerozzi Balan, TV Analógica e TV Digital: como conviver com os dois formatos?. setembro de 2009 http://www.willians.pro.br/disciplinas/tv%20analogica%20e%20tv%20digital%20c omo%20conviver%20com%20os%20dois%20formatos.pdf (acedido em 12 de outubro de 2013) 29

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