TÍTULO I PARTE GERAL

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Transcrição:

TÍTULO I PARTE GERAL

Capítulo 1 A Previdência Social Previdência vem do latim praevidentia, qualidade de quem vê antecipadamente. Aquele que age de forma previdente antecipa-se às contingências futuras e acautela-se quanto aos danos que possam ser gerados por elas. Com relação ao trabalhador, é medida de prudência evitar que infortúnios da vida possam interromper ou reduzir seus meios de subsistência e de sua família. Para tanto, deve de alguma forma ter garantido no futuro um rendimento mínimo para suas necessidades básicas. Uma das formas para alcançar esse rendimento é por intermédio da previdência social, concebida como seguro social que visa proteger seus beneficiários diante de desventuras causadas por riscos sociais a que estão sujeitos, tais como morte, invalidez, doença, desemprego involuntário e outras contingências. Como toda forma de seguro, exige-se que haja contribuição prévia para o sistema, para que então os beneficiários possam fruir suas prestações. Previdência social, portanto, desempenha atividade securitária, dependendo de contribuição prévia para possibilitar a concessão de suas prestações. 1.1. Regimes de Previdência Social A previdência social pode ser pública ou privada. A previdência pública é gerida pelo Estado, dividindo-se em regimes de previdência. Há o Regime Geral de Previdência Social RGPS e os Regimes Próprios de Previdência Social RPPS. 3 3

4 Direito Tributário A previdência privada, por sua vez, pode ser aberta ou fechada. A primeira é franqueada a todos que queiram para ela contribuir, como são os planos de previdência de bancos e seguradoras. A previdência privada fechada, por outro lado, é acessível à clientela restrita, como empregados de certas empresas ou grupos econômicos que contribuem para seus fundos de pensão, como Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Centrus (Banco Central) etc. A administração do RGPS é atribuída ao Ministério da Previdência Social MPS, sendo exercida pelos órgãos e entidades a ele vinculados, como o Instituto Nacional do Seguro Social INSS. Já os RPPS podem ser criados por cada ente federativo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) a fim de assegurar benefícios previdenciários para seus servidores efetivos. Caso o ente não o crie, posto ser apenas uma faculdade, seus servidores serão filiados obrigatoriamente ao RGPS. Esquematicamente, temos: Pública RGPS Trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos efetivos sem RPPS Previdência Social RPPS Servidores públicos efetivos Aberta Planos de previdência privada Privada Fechada Fundos de pensão Dessa forma, o RGPS abrange os trabalhadores da iniciativa privada (indústria, comércio, serviços, empresas públicas, sociedades de economia mista etc.), além dos servidores públicos de caráter efetivo que não disponham de RPPS. Nesse livro trataremos apenas das regras e princípios que disciplinam o RGPS.

Título I Parte Geral 5 1.2. Antecedentes Históricos da Previdência Social Segurados Obrigatórios Empregado Empregado Doméstico Contribuinte Individual Trabalhador Avulso Segurado Especial Capítulo I Beneficiários Facultativos Dependentes 3.1. Segurados Obrigatórios Toda categoria possui características próprias que as distinguem das demais. Como os direitos e deveres variam de uma categoria para outra, é fundamental sua correta caracterização. Por exemplo: se um trabalhador reúne as características de um segurado empregado, terá direito às prestações por acidente de trabalho, o que não ocorrerá se for empregado doméstico. Portanto, é necessário estar atento, pois a ausência ou presença de certas características gerará reflexos jurídicos para os segurados. É igualmente relevante o correto enquadramento do segurado para fins de custeio da previdência social. De fato, enquanto, por exemplo, o empregado contribui com determinado percentual conforme a faixa de sua remuneração (até certo limite), o segurado especial o faz sobre a receita bruta da comercialização de sua produção rural. Logo, o enquadramento de uma pessoa nesta ou naquela categoria justifica-se tanto para efeito da concessão das prestações do RGPS quanto para o custeio do sistema. 3.1.1. Empregado Segundo reza o art. 9º, I, do RPS, são segurados empregados: 5

6 Direito Tributário a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; Esta é a figura do empregado propriamente dito, ou seja, aquele que figura no art. 3º da CLT, onde, aliás, o legislador previdenciário foi se abeberar para elaborar a regra. São características do trabalhador empregado: a) ser pessoa física; b) prestar serviço de natureza não eventual; c) prestar serviço com subordinação jurídica; d) ser remunerado. Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa (art. 9º, 4º, RPS). A não eventualidade diz respeito às tarefas da empresa, e não do trabalhador. Significa que só se considera empregado quando o serviço por ele prestado for de natureza permanente, necessária à continuidade da atividade empresarial. Não se confunde eventualidade com freqüência ao serviço, com a jornada ou com o horário de trabalho. Refere-se tão-somente à natureza do serviço. Assim, empregado contratado para trabalhar um ou dois dias por semana, por exemplo, não tem desfigurado seu vínculo laboral por tal freqüência, pois é empregado como qualquer outro. Por sua vez, um jardineiro contratado para cuidar esporadicamente dos jardins realiza um serviço de natureza eventual em relação à atividade da empresa, mesmo que compareça ao serviço pontualmente, no mesmo horário dos demais empregados, durante qualquer tempo de que necessite para terminar o seu trabalho A definição de eventualidade nada alude à atividade fim ou meio da empresa. Também não a considero como forma segura para se concluir que determinada atividade é ou não eventual em relação à empresa. Por exemplo, veja o caso de uma faxineira. Se trabalha em uma empresa de limpeza, que tem como objeto a prestação de tais serviços a clientes, parece, indubitavelmente, que a atividade se consubstancia em necessidade normal da empresa,

Título I Parte Geral 7 sendo o serviço não eventual. Por sua vez, tratando-se de empresa com atividade diversa da de limpeza, o trabalhador será ainda empregado, se presentes os pressupostos da relação de emprego. Logo, a distinção de atividade fim e meio não se presta à precisa caracterização de eventualidade. Enquadra-se também como segurado empregado o diretor empregado, considerado aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja contratado ou promovido para cargo de direção das sociedades anônimas, mantendo as características inerentes à relação de emprego (art. 9º, 2º, RPS). Simetricamente, diretor não empregado é aquele, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito, por assembléia geral dos acionistas, para cargo de direção das sociedades anônimas, não mantendo as características inerentes à relação de emprego (art. 9º, 3º, RPS). O diretor não empregado é contribuinte individual. Capítulo I b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria; Trata-se da figura do trabalhador temporário. Como disciplinado no art. 2º da Lei nº 6.019/74, é aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, presta serviço para atender à necessidade de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas. Exemplifico: imagine um determinado setor da empresa onde seja predominante a presença de mulheres, e que, coincidentemente, estejam grávidas, havendo necessidade de afastar-se em razão do parto. Nessa hipótese, a empresa poderia contratar trabalhadores temporários com arrimo na substituição de pessoal regular e permanente. Já no caso de empresas que se sujeitam à sazonalidade de produção, comercialização ou prestação de serviços (sorveterias, no verão; lojas em shopping centers, por ocasião do natal, p. ex.), o acréscimo extraordinário de serviço pode justificar, igualmente, a contratação de trabalhador temporário. 7

8 Direito Tributário Além desses requisitos, o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a tomadora, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder três meses, prorrogável por igual período. O regime do trabalho temporário, como se nota, envolve uma relação jurídica triangular, com a participação da empresa de trabalho temporário, do trabalhador temporário e da empresa tomadora, como abaixo: Trabalhador Temporário Empresa Tomadora Empresa de Trabalho Temporário Por último, vale salientar que a relação de emprego, e as correspondentes implicações que daí derivam (como remunerar, conceder férias, anotar a CTPS, demitir etc.), cabem à empresa de trabalho temporário, pois, apesar de o trabalhador laborar para a empresa tomadora, sua relação empregatícia se dá com a empresa cedente de mão-de-obra. c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras,

Título I Parte Geral 9 que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno; As alíneas c e d disciplinam situações congêneres, quais sejam, a contratação de brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar no exterior. Nos dois casos o contratante possui algum elo com empresas sediadas no Brasil. No primeiro, trata-se de sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; no segundo, a empresa pode até ser domiciliada no exterior, mas a maioria do capital votante pertence à empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País, além de o controle efetivo estar sob a titularidade de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno. Bem observa Wladimir Novaes Martinez que A exigência de haver a empresa nacional é para tornar possível a realização do desconto e o recolhimento das contribuições de trabalhador residente fora do Brasil. 1 Capítulo I Município M.F. Município M.F. Altamira-PA 75 ha. Manaus-AM 10 ha. Aquidauana-MS 90 ha. Mossoró-RN 70 ha. Belém-PA 5 ha. Natal-RN 7 ha. Belo Horizonte-MG 5 ha. Uberaba-MG 24 ha. Fortaleza-CE 5 ha. Resende-RJ 26 ha. Itacoatiara-AL 80 ha. Salvador-BA 5 ha. Londrina-PR 12 ha. São Paulo-SP 5 ha. Depreende-se do texto que se a pessoa física explorar atividade agropecuária em área superior a quatro módulos fiscais ou em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos, será contribuinte individual. Em nenhuma das hipóteses será 9

10 Direito Tributário segurado especial, pois, como veremos, a área por ele explorada não pode superar quatro módulos fiscais, além de não se admitir a contratação de empregados (exceto temporários, em época de safra) ou exploração por intermédio de prepostos. I cônjuge, companheiro(a) e filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido Classes II pais III irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido CATEGORIA DE SEGURADOS Contribuinte BENEFÍCIOS e SERVIÇOS Empregado Individual Especial Avulso Facultativo Doméstico Aposentadoria por idade Sim Sim Sim Aposentadoria por invalidez Sim Sim Sim Aposentadoria por tempo de contribuição Sim Sim Não 2 Aposentadoria especial Sim Não 3 Não 4 Auxílio-doença Sim Sim Sim Auxílio-acidente Sim Não Sim Auxílio-reclusão Sim Sim Sim Pensão por morte Sim Sim Sim Salário-maternidade Sim Sim Sim Salário-família Sim Não Não Serviço social Sim Sim Sim Reabilitação profissional Sim Sim Sim

Título I Parte Geral 11 Auxílio-doença 12 contribuições Aposentadoria por invalidez Aposentadoria por idade Prazos 180 contribuições Aposentadoria por tempo de contribuição Aposentadoria especial Capítulo I 10 contribuições - Salário-maternidade Contribuinte individual Facultativa Segurada especial (atípica) 7.1. Primeira situação Na primeira situação, o salário-de-benefício será calculado pela regra antiga, como disciplinado pela redação original da Lei nº 8.213/91, anterior às modificações trazidas pela Lei nº 9.876/99, como abaixo: Regra Média aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, até o máximo de 36, apurados em período não superior a 48 meses (art. 188-B, RPS) Benefícios Fórmula n=36 Σ sc 1 SB= n Aposentadoria por idade Aposentadoria por tempo de contribuição Aposentadoria por Invalidez Aposentadoria especial Auxílio-doença Auxílio-acidente