RELATIVO A PROCESSO EM CURSO POR INFRAÇÃO PENAL A QUE A PENA PECUNIÁRIA SEJA A ÚNICA COMINADA.

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Transcrição:

1 PROCESSO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: SENTENÇA PONTO 2: DESPACHOS, DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS PONTO 3: DESDOBRAMENTOS DA SENTENÇA - ATOS DO JUIZ art. 800 1 CPP Processo é interno, procedimento é externo. Processo é composto por vários atos, terminando pelo ato denominado sentença. Sentença: é o ato que encerra o processo. Mérito é a absolvição ou condenação. CLASSIFICAÇÃO: - DESPACHOS: são atos que não possuem carga decisória, limitando-se o juiz a dar mero andamento ao processo. Atos meramente ordinatórios. Por não possuírem carga decisória, não são atacáveis na via recursal, bem como, em tese, não causam prejuízo às partes. Ex: determinar a citação do réu, sendo o ato que marca o início do processo; Quando causarem prejuízo às partes são atacados por ações autônomas de impugnação (HC, MS (quando não for de cominação da pena) ou Correição Parcial S 693 2 STF); Ex2: designação de audiência e instrução e julgamento (art. 400 3 CPP- prazo da audiência de 60 dias ou 120 dias, cabendo HC se o réu estiver preso e quando há prejuízo, isto é, quando a audiência for marcada em momento posterior ao permitido); 1 Art. 800. Os juízes singulares darão seus despachos e decisões dentro dos prazos seguintes, quando outros não estiverem estabelecidos: I - de dez dias, se a decisão for definitiva, ou interlocutória mista; II - de cinco dias, se for interlocutória simples; III - de um dia, se se tratar de despacho de expediente. 1 o Os prazos para o juiz contar-se-ão do termo de conclusão. 2 o Os prazos do Ministério Público contar-se-ão do termo de vista, salvo para a interposição do recurso (art. 798, 5 o ). 3 o Em qualquer instância, declarando motivo justo, poderá o juiz exceder por igual tempo os prazos a ele fixados neste Código. 4 o O escrivão que não enviar os autos ao juiz ou ao órgão do Ministério Público no dia em que assinar termo de conclusão ou de vista estará sujeito à sanção estabelecida no art. 799. 2 SÚM. 693 - NÃO CABE "HABEAS CORPUS" CONTRA DECISÃO CONDENATÓRIA A PENA DE MULTA, OU RELATIVO A PROCESSO EM CURSO POR INFRAÇÃO PENAL A QUE A PENA PECUNIÁRIA SEJA A ÚNICA COMINADA. 3 Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 1 o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 2 o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

2 DIREITO PROCESSUAL PENAL - DECISÕES: são atos que possuem conteúdo decisório em que o juiz dirime questões formais, incidentais ou o mérito do pedido. Podem ser atacadas na via recursal. - INTERLOCUTÓRIAS SIMPLES: são aquelas em que o juiz decide questões formais ou incidentais, sem jamais por fim ao processo. Ex: recebimento da denúncia ou queixa. STJ/STF classificam esse ato como sendo decisão, mas sem conteúdo decisório. Salvo nos procedimentos que contem com resposta preliminar, não deve o juiz fundamentar de forma a exaurir o ato de recebimento da denúncia ou da queixa, sob pena de estar indevidamente penetrando no mérito que, neste momento, pertence ao Ministério Público. Com efeito, a opinio delicti quando do oferecimento/recebimento da denúncia ou queixa pertence ao órgão acusador, não podendo o juiz realizar grandes alterações nessa fase. OBS: há entendimento do STJ e STF, inclusive, no sentido de que seria possível, em caso de nulidade, a ratificação desse ato, com base no art. 567 4 do CPP, exatamente por ser um ato sem maior relevância, já que desprovido de conteúdo decisório. Art. 363 5 CPP. Art. 117, inc. I 6, CP. Não cabe recurso da decisão de recebimento da denúncia ou queixa. Também são decisões interlocutórias: Decreto de prisão preventiva, pedido de quebra de sigilo telefônico ou fiscal. Em hipótese alguma é decisão final no processo. - INTERLOCUTÓRIAS MISTAS (com força de definitivas): possuem conteúdo decisório encerrando uma etapa ou o próprio processo. Antes da reforma de 2008: são atos que encerram etapa ou processo sem conteúdo decisório. * terminativas: ex: rejeição da denúncia ou queixa. Art. 395 7 CPP. Importa a formação ou não de coisa julgada. O TJRS entende que cabe SER, art. 581, inc. I 8 CPP (da decisão que não recebe 4 Art.567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. 5 Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 1 o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 4 o Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 6 Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 7 Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 8 Art.581.Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:

denúncia ou queixa) e para a que indefere cabe apelação. Art. 593 9 CPP. STJ/STF entende como tudo sendo rejeição, logo cabe sempre RSE. JEC (exceção do indeferimento da denúncia cabe apelação. art. 82 10, LEI 9099/95). Ex2: impronúncia art. 414 11 CPP. Ex3: acolhimento de exceção de coisa I - que não receber a denúncia ou a queixa; 9 Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 3 I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 1 o Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.(incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 2 o Interposta a apelação com fundamento no n o III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 3 o Se a apelação se fundar no n o III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 4 o Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 10 Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a que alude o 3º do art. 65 desta Lei. 4º As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento pela imprensa. 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão. 11 Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)

julgada; Ex4: absolvição sumária, art. 397 CPP 12, existe controvérsia na doutrina a respeito da natureza jurídica da decisão de absolvição sumária. Alguns entendendo que se trata de decisão interlocutória mista terminativa (Norberto Avena) e outros entendendo que se trata de uma sentença (David Medina da Silva, Nestor Távora, Douglas Fischer, dentre outros). Ex: OF denúncia recebida citação- resp acus. possib. do art. 397* CPP instrução do proc. 4 *(o juiz poderá sumariamente absolver o réu, porque a tese da defesa é a inimputabilidade). MS continua sendo espécie do gênero SANÇÃO PENAL. Não se faz analogia entre o art. 397 e o art. 415, único 13 ambos do CPP. S 422 14 STF. Inc. II, art. 397 CPP 15 (causas de exclusão da culpabilidade). 12 Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 13 Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) I provada a inexistência do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) II provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) III o fato não constituir infração penal; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) IV demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 14 SÚM. 422 - A ABSOLVIÇÃO CRIMINAL NÃO PREJUDICA A MEDIDA DE SEGURANÇA, QUANDO COUBER, AINDA QUE IMPORTE PRIVAÇÃO DA LIBERDADE. 15 Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

No art. 397 CPP (o que vigora é o princípio in dúbio pro societate, na dúvida o juiz manda seguir o processo). Art. 386 CPP ( in dúbio pro reo ). Nucci (diz que o art. 397 CPP é o próprio julgamento antecipado da lide do Processo Civil). OFD rej art. 395, inc. III 16 resp. acus. AS art. 397, inc. III CPP - Sent. Absol. Art. 386, inc. III CPP.. BAGATELA Na doutrina, há alguns entendimentos que dizem que é absolvição (mérito) do art. 386 e 415 CPP. i *não terminativas: são aquelas que encerram uma etapa do processo. Encerrando uma etapa escalonário do júri. Ofd notif resp. preliminar. REC denúncia (bifásico ou escalonados) sendo decisão interlocutória mista não terminativa, como tem força de definitiva cabe apelação. (para a maioria dos doutrinadores cabe apelação art. 593, inc. II, CP definitivas não terminativas)! Já para (Avena seria uma decisão interlocutória simples). - SENTENÇA: (CARNELUCI) decisão solene que o juiz pronuncia para concluir o processo ou ainda, é o ato pelo qual o juiz encerra o processo com exame do mérito. 5 *DECLARATÓRIA: absolvição própria. Art. 386 CPP o juiz rejeita a pretensão punitiva, liberando o acusado de quaisquer sanções. *ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA: não é boa. O juiz rejeita a pretensão punitiva, mas impõe medida de segurança. *CONDENATÓRIA: o juiz acolhe, no todo ou em parte a pretensão punitiva. *CONSTITUTIVA: o juiz cria um Estado jurídico novo, até então inexistente. (José Boschi a sentença que impõe medida de segurança é sentença constitutiva) Ex: (raro) sentença que concede reabilitação criminal; toda reabilitação criminal está prevista no CP a partir do art. 94 e 95 do CP 17, 16 Art. 395.A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 17 Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

mas existe no CPP, art. 743 18 e 746 19 do CPP) sendo competente o juiz da condenação cabe recurso de ofício; *MANDAMENTAL: o juiz exprime uma ordem, um comando, um mandamento. Ex: (Pontes de Miranda a sentença concessiva de HC ou MS). *DEFINITIVA EM SENTIDO ESTRITO OU TERMINATIVA DE MÉRITO: define o juízo, julga o mérito, mas nem condena, nem absolve. Que declaram extinta a punibilidade. Como não se trata de (Douglas Fischer) o juiz não analisa o mérito, preliminarmente analisa, se for o caso declara extinta a punibilidade. 6 ELEMENTOS DA SENTENÇA: A) LÓGICO: o juiz ao proferir a sentença, atua como verdadeiro historiador, ou seja, retornando ao passado relendo documentos e depoimentos. Em assim sendo, a sentença deve decorrer logicamente de tudo aquilo que foi produzido no processo, devendo o juiz fundamentar os motivos pelos quais está absolvendo ou condenando o réu. A sentença encerra um silogismo, o juiz deve concluir daquilo que o juiz subsume da lei que são os fatos à exceção do júri, pois nesse caso julgam com sua íntima convicção. B) VOLITIVO: ato de império, manifestação da razão. Ao concluir seu raciocínio o juiz nada mais faz do que substituir a vontade da lei, antes genérica e abstrata e agora aplicá-la ao caso concreto, estabelecendo a lei entre as partes. REQUISITOS DA SENTENÇA: idioma vernáculo art. 236 20 CPP a sentença, sob pena de nulidade absoluta deve ser proferida em língua nacional, mas não impede que haja pequenas citações em língua estrangeira (mas traduzida por tradutor juramentado). _ em forma escrita, ou reduzida a termo. _ redação: forma (linguagem de lei) estilo (forense). _ uso da terceira pessoa do singular. _ utilização de expressões categóricas (não existe achomêtro e sim entende, tem certeza) ESTRUTURA FORMAL DA SENTENÇA: ART. 572 21 CPP C/C ART. 564, INC. IV 22, CPP Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 18 Art.743. A reabilitação será requerida ao juiz da condenação, após o decurso de quatro ou oito anos, pelo menos, conforme se trate de condenado ou reincidente, contados do dia em que houver terminado a execução da pena principal ou da medida de segurança detentiva, devendo o requerente indicar as comarcas em que haja residido durante aquele tempo. 19 Art.746. Da decisão que conceder a reabilitação haverá recurso de ofício. 20 Art.236.Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade. 21 Art.572.As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas: I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;

7 DIREITO PROCESSUAL PENAL ART. 381 CPP 23 - I II - RELATÓRIO: não há nulidade, pois é peça meramente informativa, mas deve haver relatório, caso contrário a sentença será nula, salvo no JECrim, art. 81 24 da Lei 9099/95 (devendo constar dispensado relatório partindo direto para fundamentação). INC. III FUNDAMENTAÇÃO: as razões de fato e de direito que fundamentam a decisão. FUNÇÕES DA FUNDAMENTAÇÃO: garantia do juiz porque afirma a sua imparcialidade; evita a arbitrariedade do juiz (livre convencimento significa liberdade vinculada a prova dos autos); é garantia das parte porque permite a sua irresignação. Na fundamentação o juiz deve enfrentar todas as teses suscitadas pelas partes, sob pena de nulidade absoluta, inclusive as teses de enfrentamento obrigatório (mesmo que nenhuma das partes tenha alegado qualquer uma delas, deve o juiz enfrentar materialidade, autoria, tipicidade, ilicitude e culpabilidade). Ausência de fundamentação x fundamentação sucinta a primeira, qual seja ausência de fundamentação torna a sentença nula, já a segunda (sucinta) não, desde que o juiz tenha abarcado todas as teses das partes. Se houver absolvição do réu o juiz não precisa fundamentar, sequer precisa abarcar todas as teses da acusação (posição majoritária), pois não houve prejuízo ao réu todo poderoso. Em 2º grau segue a mesma regra. INC. IV E V CONCLUSÃO OU DISPOSITIVO: é a conclusão do raciocínio desenvolvido pelo juiz. É o momento em que o juiz faz a adequação do fato à lei, declarando o seu efeito jurídico principal: a condenação ou a absolvição. Não pode haver contradição entre a fundamentação e o II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim; III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos. 22 Art.564.A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. 23 Art.381.A sentença conterá: I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las; II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; IV - a indicação dos artigos de lei aplicados; V - o dispositivo; VI - a data e a assinatura do juiz. 24 Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença. 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz.

dispositivo, sob pena de nulidade absoluta (os italianos classificaram essas sentenças como sentenças suicidas). É, o dispositivo, a parte da sentença que faz coisa julgada, daí decorrendo a importância da sua exatidão. Se houver dúvida por qual artigo de lei o réu está sendo condenado haverá nulidade. Sentença sem conclusão ou dispositivo é sentença inexistente. INC. VI DATA E ASSINATURA DO JUIZ leia-se a autenticação. Sentença sem data é mera irregularidade, pois é suprida pela data em que é publicada, ou seja, na data em que o escrivão recebe em mãos e publica art. 117, inc. IV 25 CP. Sentença sem assinatura é sentença inexistente. (o juiz pode sentenciar em férias). 8 i Mesmo em prova Estadual vale o que as Cortes Supremas entendem. Exceto as de SC que cai jurisprudência Estadual. Ler e fazer provas anteriores. ** Ler provas, súmulas e lei.** AGNELO FILHO (DIREITO POTESTATIVO) leitura obrigatória. 25 Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; (Redação dada pela Lei nº 11.596, de 2007).