RESUMÃO. Administração Direta dos entes públicos;



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Transcrição:

RESUMÃO CONTABILIDADE PÚBLICA A Contabilidade Pública é um ramo da ciência contábil e tem o objetivo de captar, registrar e interpretar os fenômenos que afetam as situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais das entidades que compõem a Administração Direta e Indireta dos entes públicos (união, Estados, Municípios e Distrito Federal) Administração Direta dos entes públicos; Campo de Atuação Administração Indireta (Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista) dos entes públicos. Obs.: As empresas públicas e sociedades de economia mista utilizam a contabilidade pública quando recebem recursos à conta do Orçamento Público para despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária (art. 2º, III, da LRF). Quando utilizam recursos do orçamento público para os fins supracitados, essas entidades passam a ser conhecidas como EMPRESAS ESTATAIS DEPENDENTES. Objeto Patrimônio Público (conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes ao Estado) Finalidade Fornecer informações sobre a execução orçamentária, financeira e sobre o patrimônio público e suas variações aos diversos usuários. Usuários Exercício Financeiro Gestores Públicos; Cidadãos; Fornecedores etc. Coincide com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro). Regime Contábil Regime Misto, sendo regime de competência para as despesas e de caixa para as receitas. Sistemas de Contas Sistema Orçamentário, Sistema Financeiro, Sistema (4) Patrimonial e Sistema de Compensação. Resum ão de Contabilidade Pública 1 Prof.Fabio Furtado

RECEITA PÚBLICA É todo recolhimento de bens aos cofres públicos. Classificação Receitas Orçamentárias Quanto à natureza (orçamentária e extra-orçamentária); Quanto ao poder de tributar (Federal, Estadual e Municipal); Quanto à coercitividade (Derivada e Originária); Quanto às categorias econômicas (Receitas Correntes e Receitas de Capital); Quanto à afetação patrimonial (Receitas Efetivas e Receitas por Mutação Patrimonial) CATEGORIA ECONÔMICA Receitas Correntes e Receitas de Capital Receitas Correntes (8) Receitas Tributárias; Receitas de Contribuições; Receitas Patrimoniais; Receitas Agropecuárias; Receitas Industriais; Receitas de Serviços; Transferências Correntes; Outras Receitas Correntes. Receitas de Capital (5) Alienação de Bens; Operações de Crédito; Amortização de Empréstimos (concedidos); Transferências de Capital; Outras Receitas de Capital. De acordo com a Lei 4.320/64: Estágios Lançamento; Arrecadação; Recolhimento. De acordo com o Professor Lino Martins da Silva, entre outros: Previsão; Lançamento; Arrecadação; Recolhimento. Previsão Estudo feito pela Fazenda Pública visando indicar o quanto se pretende arrecadar no exercício financeiro. Lançamento É o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal, a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Resum ão de Contabilidade Pública 2 Prof.Fabio Furtado

Lançamento Modalidades Arrecadação Lançamento Direto ou de Ofício; Lançamento por Declaração; Lançamento por Homologação Recebimentos de tributos, multas e demais créditos promovidos pelos agentes de arrecadação para posterior recolhimento aos cofres do Estado. É constituído da entrega do numerário arrecadado pelos agentes de arrecadação às repartições ou ao Banco Oficial. Recolhimento Momento no qual o valor está disponível para o Tesouro do Estado. DESPESA PÚBLICA É todo pagamento efetuado a qualquer título pelos agentes pagadores. Classificação Despesas Orçamentárias Quanto ao enfoque econômico (c, g, mm, ee, dd) Quanto às categorias econômicas (Despesas Correntes e Despesas de Capital); Quanto à afetação patrimonial (Despesas Efetivas e Despesas por Mutação Patrimonial) CATEGORIA ECONÔMICA Despesas Correntes e Despesas de Capital Despesas Correntes classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Representam encargos que não produzem acréscimos no patrimônio, respondendo assim, pela manutenção das atividades de cada órgão/atividade. Excluindo-se as aquisições de materiais para formação de estoques, todos os demais dispêndios correntes provocam a diminuição patrimonial (Despesa Efetiva). Despesas Correntes Classificação, segundo a Lei 4.320/64 Despesas Correntes Classificação, segundo a Portaria 163/2001 - Despesas de Custeio - Transferências Correntes GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA - Pessoal e Encargos Sociais - Juros e Encargos da Dívida - Outras Despesas Correntes Resum ão de Contabilidade Pública 3 Prof.Fabio Furtado

Despesas de Capital classificam-se nesta categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, resultando no acréscimo do patrimônio do órgão ou entidade que a realiza, aumentando, dessa forma, sua riqueza patrimonial. À exceção das transferências de recursos financeiros repassados a outras instituições, para realizarem Despesas de Capital, os gastos desta natureza constituem fatos permutativos nos elementos patrimoniais (Despesa por Mutações). Despesas de Capital Classificação, segundo a Lei 4.320/64 Despesas de Capital Classificação, segundo a Portaria 163/2001 - Investimentos - Inversões Financeiras - Transferências de Capital GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA - Investimentos - Inversões Financeiras - Amortização da Dívida De acordo com a Lei 4.320/64: Estágios Empenho; Liquidação; Pagamento. De acordo com o Professor Lino Martins da Silva, entre ouros: Fixação; Empenho; Liquidação; Pagamento. Fixação esse estágio refere-se à estimativa, pelo Poder Público, de quanto irá ser alocado em cada dotação, sendo o montante o limite a ser gasto, visando o atendimento das necessidades coletivas. Empenho é o ato emanado de poder competente que cria para o Estado uma obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição que será cumprido com a entrega do material, a medição da obra ou a prestação dos serviços. Licitação ou sua dispensa; Autorização Formalização Resum ão de Contabilidade Pública 4 Prof.Fabio Furtado

Fases do Empenho Obs: Formalização - corresponde à dedução do valor da despesa feita no saldo disponível da dotação, e é comprovada pela emissão da Nota de Empenho que em determinadas situações previstas na legislação específica poderá ser dispensada, como nos casos das despesas relativas a: Pessoal e Encargos Sociais, Juros e Encargos da Dívida etc. Os empenhos são classificados nas seguintes modalidades: Ordinário quando destinado a atender a despesa cujo pagamento se processe de uma só vez; Ex: Compra de um veículo à vista. Modalidades ou Tipos de Empenho Estimativa quando destinado a atender despesas para as quais não se possa previamente determinar o montante exato; Ex: Despesas com água, luz, telefone etc. Global quando destinado a atender a despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo montante exato possa ser determinado. Ex: Despesas com serviços de limpeza executado por uma empresa contratada; Aquisição de um bem cujo pagamento será de forma parcelada etc. consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Liquidação Cabe observar que essa verificação tem por finalidade apurar: I a origem e o objeto do que se tem que pagar; II a importância exata a pagar; III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. Pagamento É o último estágio da despesa. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídas, por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento ou suprimento de fundos. Resum ão de Contabilidade Pública 5 Prof.Fabio Furtado

SUPRIMENTOS DE FUNDOS É a modalidade de realização de despesa por meio de adiantamento concedido a servidor, para prestação de contas posterior, quando não for realizável o pagamento utilizando-se os serviços da rede bancária. para atender a despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie; Concessão quando a despesa deve ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda. Proibição concessão para a responsável por dois suprimentos; a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor; a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação; e a servidor declarado em alcance (que não prestou contas no prazo determinado, ou que teve suas contas impugnadas). Resum ão de Contabilidade Pública 6 Prof.Fabio Furtado

DÍVIDA PÚBLICA Significa o conjunto de compromissos, de curto ou longo prazos, assumidos pelo Estado com terceiros. Classificação, segundo a Lei 4.320/64 Dívida Flutuante Dívida Fundada O artigo 92 da Lei nº 4.320/64 trata da dívida flutuante. - A dívida flutuante compreende: I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; Dívida Flutuante II - os serviços da dívida a pagar (parcelas de amortização e de juros da dívida fundada); III - os depósitos (consignações ou cauções e garantias recebidas em função de execução de obra pública, por exemplo); IV - os débitos de tesouraria (ARO operações de crédito por antecipação de receita destinadas a cobrir insuficiências de caixa ou tesouraria). O artigo 98 da Lei nº 4.320/64 trata da dívida fundada. Dívida Fundada Classificação, segundo a LRF - A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos. A lei 4.320/64 estabelece, ainda, que a dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros. I dívida pública consolidada ou fundada II dívida pública mobiliária III operação de crédito IV concessão de garantia V refinanciamento da dívida mobiliária Resum ão de Contabilidade Pública 7 Prof.Fabio Furtado

DÍVIDA ATIVA É a inscrição que se faz em conta de devedores, relacionadas a tributos, multas e créditos da Fazenda Pública, lançados, mas não arrecadados no exercício de origem. Classificação Dívida Ativa Tributária Dívida Ativa Não-Tributária Dívida Ativa Tributária reúne somente os créditos relativos a tributos (impostos, taxas e contribuições) lançados e não arrecadados. Dívida Ativa Não- Tributária Apuração engloba todos os demais créditos, líquidos e certos, da Fazenda Pública. a dívida ativa é apurada através da seguinte fórmula: Total lançado (-) total arrecadado = valor inscrito como dívida ativa. CRÉDITOS ADICIONAIS São as autorizações de despesas não previstas ou insuficientemente previstas no Orçamento Público. Classificação Os créditos adicionais podem ser classificados como: Créditos Suplementares Créditos Especiais Créditos Extraordinários Créditos Suplementares se destinam ao reforço de dotação orçamentária já existentes. Créditos Especiais Créditos Extraordinários Recursos para abertura de créditos suplementares e especiais (5) se destinam a atender a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. são destinados ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. - Superávit Financeiro, apurado no balanço patrimonial do exercício anterior; - Excesso de Arrecadação; - Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou créditos adicionais (incluindo Reserva de Contingência); - Operações de Crédito; - Recursos do art. 166, 8º da CF. Resum ão de Contabilidade Pública 8 Prof.Fabio Furtado

RESTOS A PAGAR De acordo com o art. 36 da Lei nº 4.320/64, consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não-pagas, até 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das nãoprocessadas. A despesa está processada quando já transcorreu o estágio da liquidação, ou seja, quando o credor/fornecedor já cumpriu sua obrigação. Classificação Restos a Pagar Processados Restos a Pagar Não-Processados Inscrição Pagamento A inscrição em Restos a Pagar é feita na data do encerramento do exercício financeiro de emissão da nota de empenho, e terá validade até 31 de dezembro do ano subseqüente, vedada a reinscrição. O pagamento de Restos a Pagar, seja Processado ou Não- Processado, é feito no ano seguinte ao da sua inscrição. Cancelamento Os Restos a Pagar não-pagos até 31 de dezembro do ano subseqüente ao de sua inscrição serão cancelados. Os Restos a Pagar só prescrevem após 05 (cinco) anos a partir da data de inscrição. Prescrição A prescrição relativa ao direito do credor ocorre em cinco anos, contados a partir da data de inscrição, excetuando-se os casos em que haja interrupções decorrentes de atos judiciais. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES Art. 37 da Lei 4.320/64 - As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. Resum ão de Contabilidade Pública 9 Prof.Fabio Furtado

PATRIMÔNIO PÚBLICO O Patrimônio Público pode ser conceituado como segue: Patrimônio Público é o conjunto de bens, direitos e obrigações de propriedade do Estado. OU O Patrimônio do Estado constitui o conjunto de bens, valores, créditos e obrigações de conteúdo econômico e avaliáveis em moeda que a Fazenda Pública possui e utiliza na consecução dos seus objetivos. BENS PÚBLICOS Conjunto de meios pelos quais o Estado desenvolve suas atividades de prestação de serviços à comunidade. Os bens públicos podem ser classificados da seguinte forma: Classificação Bens de Uso Comum; Bens de Uso Especial; Bens Dominiais ou Dominicais. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Tipos (4) - Balanço Orçamentário - Balanço Financeiro - Balanço Patrimonial - Demonstração das Variações Patrimoniais Balanço Orçamentário (BO) O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Balanço Financeiro (BF) Balanço Patrimonial (BP) O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. O Balanço Patrimonial demonstrará: o Ativo Financeiro; o Ativo Permanente; o Passivo Financeiro; o Passivo Permanente; o Saldo Patrimonial; as Contas de Compensação. Resum ão de Contabilidade Pública 10 Prof.Fabio Furtado

Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) A DVP evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. ORÇAM ENTO PÚ BLICO Conceitualmente, o orçamento pode ser enfocado sob diferentes aspectos, que são: Administrativo é a expressão, para determinado período, de um programa de trabalho. Contábil é uma demonstração que contrabalança, de um lado, a origem e o montante dos recursos, e, de outro, a natureza e o montante dos dispêndios. Jurídico é a formalização legal das receitas previstas (ou estimadas) e das despesas fixadas (ou autorizadas). Político é um compromisso de governo, que vincula autoridades e contribuintes mediante um pacto com vistas ao alcance de objetivos e à obtenção de metas. Leis Orçamentárias A Constituição Federal de 1988, em seu art. 165, prevê 03 (três) leis orçamentárias: PPA Plano Plurianual. LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias. LOA Lei Orçamentária Anual. PPA Art. 165, 1º da CF/88 A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. LDO Art. 165, 2º da CF/88 A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento. Art. 165, 5º da CF/88 a lei orçamentária anual compreenderá: LOA I o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II o orçamento de investimento das empresas em que a Resum ão de Contabilidade Pública 11 Prof.Fabio Furtado

União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. A LOA, nos termos do art. 165, 5º, compreenderá: OF Orçamento Fiscal. OI Orçamento de Investimentos. OSS Orçamento da Seguridade Social. Esquema ref. Leis Orçamentárias Leis Orçamentárias PPA LDO LOA OF OI OSS Os prazos de envio e devolução do projeto de lei para a União são: Projeto Prazo de envio (até) PPA 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro. Na prática, deve ser encaminhado até 31/08. Prazo de devolução (até) encerramento da sessão legislativa. Na prática, deve ser devolvido até 15/12. LDO 8,5 meses (Oito meses e meio) antes do encerramento do exercício financeiro. Na prática, deve ser encaminhado até 15/04. encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Na prática, deve ser devolvido até 30/06. LOA 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro. Na prática, deve ser encaminhado até 31/08. encerramento da sessão legislativa. Na prática, deve ser devolvido até 15/12. Princípios Orçamentários Legalidade Universalidade Periodicidade Exclusividade Orçamento Bruto Publicidade Equilíbrio Não afetação da receita Especificidade Unidade Tipos de Orçamento É a característica que determina a maneira pela qual o orçamento é elaborado, dependendo do regime político vigente; daí dizer-se que os orçamentos variam segundo a forma de Governo e podem ser classificados em três tipos: - Legislativo; - Executivo; - Misto. Resum ão de Contabilidade Pública 12 Prof.Fabio Furtado

Exercício Financeiro X Ciclo Orçamentário EXERCÍCIO FINANCEIRO = 1 ANO [COINCIDE COM O ANO CIVIL (01/01 A 31/12)] é o período no qual o orçamento é executado. CICLO ORÇAMENTÁRIO MAIS DE 1 ANO (COMEÇA DESDE A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA E TERMINA SOMENTE QUANDO DA AVALIAÇÃO DA GESTÃO DO ORDENADOR DE DESPESA). O exercício financeiro ou execução orçamentária está dentro do ciclo orçamentário. Resum ão de Contabilidade Pública 13 Prof.Fabio Furtado