Produtores rurais discutem o custo de produção do eucalipto na região de Eunápolis-BA

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Transcrição:

Produtores rurais discutem o custo de produção do eucalipto na região de Eunápolis-BA Produtores de Eunápolis e região se reuniram no dia 08/04, para realizar o levantamento de custos de produção do eucalipto para o projeto Campo Futuro, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Dendrus Projetos Florestais e Ambientais, empresa vinculada ao Centev/UFV e Universidade Federal de Viçosa. Para a realização do projeto, a CNA contou com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e da Associação dos produtores de eucalipto do sul e extremo sul da Bahia (ASPEX). O projeto tem como objetivo o levantamento do custo de produção de diversas culturas, entre elas o eucalipto, nas principais regiões produtoras, além da capacitação dos produtores para gestão da propriedade rural. Tabela 1 - Caracterização da propriedade moda na região de Eunápolis-BA Parâmetros Tamanho médio da propriedade 320 ha Percentual de aproveitamento 51,5% Valor do hectare de terra (R$) 10.000,00 Espaçamento de plantio (Nº arvores/ha) Rotação de corte 4 x 3 m 7 anos IMA (m³/ha/ano) 38,00 Valor da madeira em pé (R$/m³ sem casca) 65,00 De acordo com os participantes do painel, a propriedade típica da região possui em média 320 hectares e a principal atividade econômica desenvolvida é a silvicultura de eucalipto. Dos 51,5% (165 ha) de terras aproveitáveis, 160 hectares são destinados ao plantio do eucalipto. O restante (5 ha) são destinados a pecuária e fruticultura. A maioria dos produtores possui os plantios de eucalipto em parceria com uma empresa de celulose da região, por meio de um programa denominado produtor florestal. Nesse modelo a empresa fornece aos produtores as mudas para

plantio, fertilizante para adubação de cobertura e assistência técnica. Os demais insumos necessários, bem como a mão de obra para realização de todas as atividades de plantio e manutenção são pagos pela empresa. No ato do pagamento o valor dos mesmos é convertido em metros cúbicos de madeira de acordo com o preço corrente do dia e o produtor paga com madeira para a empresa na ocasião da colheita. Vale ressaltar que não há correção no valor dos insumos, nem do preço da madeira da época de pagamento para a colheita. O espaçamento de plantio utilizado é o 4 x 3 metros, perfazendo um total de 833 plantas por hectare. As mudas utilizadas são clonais e híbridas, das espécies Eucalyptus urophylla e E. grandis. A madeira é comercializada em pé a um preço de R$65,00 por metro cúbico. Essa terminologia madeira comercializada em pé indica que as operações de colheita e transporte da madeira até o pátio da fábrica, e seus custos envolvidos, são de responsabilidade da empresa. No caso da região avaliada, o volume de madeira pago ao produtor já considera as toras descascadas. A planilha de custos utilizada pelo Projeto foi preenchida e os principais itens componentes do Custo Operacional Efetivo (COE) estão apresentados na Tabela 2 abaixo: Tabela 2 - Custo Operacional Efetivo da eucaliptocultura para região de Eunápolis-BA ANÁLISE DO CUSTO OPERACIONAL EFETIVO (COE) RS/ha R$/m³ R$ (TOTAL) Participação Pessoas permanentes na manutenção 587,86 2,21 94.057,01 8,10% Implantação Ano_0 4.384,65 16,48 701.544,00 60,45% Infra-estrutura para plantio 400,00 1,50 64.000,00 5,51% Preparo do solo 1.397,50 5,25 223.600,00 19,27% Plantio 980,00 3,68 156.800,00 13,51% Tratos silviculturais 1.607,15 6,04 257.144,00 22,16% Manutenção 1.185,00 4,45 189.600,00 16,34% Ano 1 461,25 1,73 73.800,00 6,36% Ano 2 241,25 0,91 38.600,00 3,33% Ano 3 231,25 0,87 37.000,00 3,19% Ano 4 91,25 0,34 14.600,00 1,26% Ano 5 10,00 0,04 1.600,00 0,14% Ano 6 150,00 0,56 24.000,00 2,07%

R$/ha Gastos Gerais 1.095,53 4,12 175.285,00 15,10% CUSTO OPERACIONAL 7.253,04 27,27 1.160.486,01 100,00% EFETIVO (COE) As atividades de implantação e manutenção da floresta são realizadas por empresas terceirizadas, indicadas pela empresa fomentadora. O custo operacional efetivo totalizou uma quantia de R$7.253,04 por hectare. Desse montante, R$ 4.384,65 (60,45%) é referente ao primeiro ano de implantação, com as etapas de infraestrutura para plantio, preparo do solo, plantio e tratos silviculturais (Figura 1). 2000 36,65 % 1500 31,87 % 1000 22,35 % 500 9,12 % 0 Infraestrutura para plantio Preparo do solo Plantio Tratos silviculturais Figura 1 - Custo das principais etapas de implantação (Ano 0) A etapa de infraestrutura para plantio corresponde à construção ou manutenção de estradas pré-plantio. As atividades de preparo do solo são compostas por combate a formigas (R$102,50/ha), aplicação de herbicida (R$145,00/ha), afastamento de resíduos para subsolagem (R$150,00/ha), subsolagem com fosfatagem (R$880,00/ha) e marcação de covas (R$120,00/ha). As atividades que compõem a etapa de plantio são: Plantio com aplicação de gel semimecanizado (R$330,00/ha), segundo combate a formigas (R$80,00/ha), aplicação de herbicida pré-emergente R$130,00/ha, replantio

(140,00/ha), irrigação de plantio semimecanizada (R$160,00/ha) e irrigação de replantio (R$140,00/ha). Os tratos silviculturais realizados no primeiro ano são compostos pelas seguintes atividades: Segunda aplicação de herbicida pré-emergente (R$130,00/ha), duas aplicações de herbicida pós-emergente na linha de plantio (R$640,00/ha), duas aplicações de herbicida pós-emergente na entrelinha (R$360,00/ha), aplicação da adubação de cobertura (R$150,00/ha), aplicação de cinza (R$133,40/ha), terceiro combate a formigas (R$63,75/ha) e roçada na entrelinha (R$130,00/ha). Os gastos gerais, que nesse caso representam 15,10% do COE, são gastos com licenciamento ambiental, tributos de veículos, taxas sindicais e de associação, energia elétrica, manutenção de benfeitorias, contabilidade, etc. O Custo Operacional Total (COT), resultante da soma entre o COE, prólabore e depreciações, indica a possibilidade de reposição da capacidade produtiva do negócio. Tabela 3 - Custo Operacional Total da eucaliptocultura na região de Eunápolis-BA ANÁLISE DO CUSTO OPERACIONAL TOTAL (COT) RS/ha R$/m³ R$ (TOTAL) Participação COE 7.253,04 27,27 1.160.486,01 81,80% Pró-labore 1.533,00 5,76 245.280,00 17,29% Depreciação 81,26 0,31 13.001,71 0,92% Benfeitorias 62,40 0,23 9.984,57 0,70% Veículos 18,86 0,07 3.017,14 0,21% CUSTO OPERACIONAL TOTAL (COT) 8.867,30 33,34 1.418.767,73 100,00% O montante obtido para a região de Campo Grande foi de R$8.867,30 por hectare. A depreciação representa cerca 0,92% e o Pró-labore 17,29%, enquanto que o COE representa 81,80%. O baixo custo de depreciação se justifica pelo fato de todas as atividades referentes ao plantio e manutenção, serem realizados por empresas terceirizadas. Dessa forma os produtores não têm que manter na propriedade máquinas e implementos.

Tabela 4 - Custo Total da eucaliptocultura para região de Eunápolis-BA ANÁLISE DO CUSTO TOTAL (CT) RS/ha R$/m³ R$ (TOTAL) Participação COT 8.867,30 33,34 1.418.767,73 67,55% Remuneração do capital 60,53 0,23 9.684,00 0,46% Máquinas e implementos 6,98 0,03 1.116,00 0,05% Benfeitorias 53,55 0,20 8.568,00 0,41% Remuneração da terra 4.200,00 15,79 672.000,00 0,32 CUSTO TOTAL (CT) 13.127,82 49,35 2.100.451,73 100,00% O Custo Total é obtido através da soma do COT com a remuneração do capital médio empatado em máquinas/equipamentos, benfeitorias e terra. Para a região de estudo esse valor foi de R$13.127,82 por hectare. A receita total com a venda da madeira retorna ao produtor uma receita de R$17.290,00/ha. Com isso o lucro do produtor é de R$4.162,18/ha, equivalente a R$15,65/m³ de madeira sem casca produzida, conforme demonstrado na Tabela 5. Tabela 5 - Análise econômica da cultura do eucalipto em Eunápolis-BA ANÁLISE RS/ha R$/m³ R$ (TOTAL) Renda Bruta Total (RBT) 17.290,00 65,00 2.766.400,00 Margem Bruta 10.036,96 37,73 1.605.913,99 Margem Líquida 8.422,70 31,66 1.347.632,27 Lucro 4.162,18 15,65 665.948,27 Para manter a rentabilidade da cultura e a sustentabilidade da propriedade é importante que os produtores se mantenham atualizados acerca das questões técnicas da cultura, das questões ambientais e de gestão. A manutenção da certificação alcançada por boa parte dos produtores é um mecanismo para sustentação do negócio. Para os produtores que ainda não tem suas florestas certificadas, é essencial que busquem apoio da empresa fomentadora e de outros produtores que já a detém para conseguirem tal feito. Uma característica importante da região que foi constatada é a organização dos produtores numa associação. Dessa forma os mesmos possuem maior poder de negociação com órgãos públicos e privados para defenderem os interesses comuns do grupo. Pelas conquistas alcançadas, que foram apresentadas pela

associação sugere-se aos produtores que ainda não fazem parte da mesma que se associem e possam desfrutar dos benefícios disponibilizados. Figura 2 - Produtores em reunião com os pesquisadores do projeto

Figura 3 - Participantes do Painel em Eunápolis