FORMULÁRIO DE APRESENTAÇÃO DE DISCIPLINA. Nome da Disciplina: BIOSSEGURANÇA E BIOCONTENÇÃO EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA

Documentos relacionados
24/02/2016. Instrumentação e técnicas básicas de assepsia. Sobre as aulas práticas Profa. Dra. Ilana Camargo. Aula 1

CURSO DE BIOMEDICINA TURMA ª AVALIAÇÃO REGIMENTAL Avaliação REGIMENTAL Disciplinas. Data da Prova

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UNIRIO) CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

Pró-Reitoria de Graduação. Instituto de Ciências Biomédicas. Curso Bacharelado em Ciências Biomédicas. Currículo Ideal

Ética e Biossegurança em investigações de surtos e epidemias

ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA. Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

PLANO DE APRENDIZAGEM

Sistema de Vigilância das Zoonoses e das Doenças Transmitidas pelos Alimentos

BIOSSEGURANÇA. Diogo Domingues Sousa Gerente de Segurança e Saúde Ocupacional

Quinquagésima-terceira sessão Joanesburgo, África do Sul, 1-5 de Setembro de 2003

Impactos na economia do Agronegócio na ocorrência de eventos de risco biológico. A atuação do LANAGRO MG

Ministério da Saúde Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza

Influenza aviária ( gripe aviária ) e o significado de sua transmissão aos humanos

Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A)

PÓS-GRADUAÇÃO EM COMPETÊNCIA EM CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA HISTÓRIA NATURAL E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

Impacto de alterações ambientais sobre doenças transmitidas por vectores

QUADRO DISCIPLINAS PCS. Núcleo Comum

PROGRAMA DE COMPONENTES CURRICULARES

RADIOLOGIA PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM EM RADIOLOGIA

Instituto de Higiene e Medicina Tropical Global Health and Tropical Medicine Henrique Silveira

Plano de Ensino-Aprendizagem Roteiro de Atividades Curso: Medicina

Vigilância da doença causada pelo zika vírus nos Estados Unidos

Saúde Coletiva Prof (a) Responsável: Roseli Aparecida de Mello Bergamo

Guilherme H. F. Marques Diretor do Departamento de Saúde Animal/SDA/MAPA

Módulo I: Processos Patológicos Gerais (108

Surtos e epidemias: Diretrizes estaduais

INFECÇÕES. Prof. Dr. Olavo Egídio Alioto

laboratorial das doenças infecciosas.

Paraná registra primeira morte por hantavirose em

Segurança do Trabalho e Biossegurança

Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Agrárias Departamento de Biologia. Disciplina de Biotecnologia e Biossegurança

Grade Curricular do Curso de Bacharelado em Biotecnologia - São Carlos

COMISSÃO DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA CCEX. Av. Dr. Arnaldo, 455 1º andar sala 1301

18 Núcleo Básico- Comum para Licenciatura e Bacharelado PRIMEIRO PERÍODO. CARGA HORÁRIA NDC132 Química Inorgânica I NDC138

Gripe. (Aspectos Epidemiológicos. gicos) Prof. Doutor Saraiva da Cunha. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Cadeia epidemiológica

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CÃMPUS JATAÍ PLANO DE ENSINO

Patrícia Salgueiro 14 Abril 2016

1. Introdução à epidemiologia CURSO DE EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA, ACT Prof. Luís Gustavo Corbellini EPILAB /FAVET - UFRGS 23/09/2014 1

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Enfermagem

EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES VIRAIS L A B V I R - I C B S U F R G S 2015

Não possuem organelas que lhes permitam obter, armazenar e utilizar energia. Reproduzem-se somente no interior de células vivas.

1.4 Metodologias analíticas para isolamento e identificação de micro-organismos em alimentos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

NOTA TÈCNICA EBOLA SITUAÇÃO NA AFRICA E CONDUTAS PARA PROFISSIONIAS DE SAÚDE

ESTRATÉGIA DE ASSISTÊNCIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE EBOLA. Versão 1 14 de agosto de 2014

PROGRAMA DA DISCIPLINA EMENTA

Vírus do Nilo Ocidental Nova ameaça à segurança transfusional? West Nile virus A new threat to transfusion safety?

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Enfermagem

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

BIOSSEGURANÇA EM CLASSES HOSPITALARES

BIOLOGIA. Qualidade de Vida das Populações Humanas. Principais doenças endêmicas no Brasil. Prof. ª Daniele Duó.

Currículo do Curso de Enfermagem

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Biomedicina

Vigilância em Saúde e Vigilância Epidemiológica

Influenza Humana e Aviária: riscos associados e estratégias de enfrentamento

Influência dos Insetos Vetores na Dinâmica Evolutiva do Dengue

PLANO DE APRENDIZAGEM. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Biomedicina Disciplina: Microbiologia Clínica

ENFERMAGEM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Processos de Replicação Viral. Vírus com genoma a RNA

ANEXO 1: GUIA PARA ELABORAÇÃO DE CURSO DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA EM MANEJO DE ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO

GRIPE PERGUNTAS E RESPOSTAS

Classificação viral segundo Baltimore. DNA dupla fita DNA simples fita DNA dupla fita DNA dupla fita RNA fita+ RNA fita + mrna RNA fita +

Curso de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis em Ambiente Hospitalar. Regulamento Sanitário Internacional RSI -2005

O quê é Biossegurança?...e por quê você tem tudo a ver com ela.

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS E GESTÃO DE QUALIDADE EM LABORATÓRIOS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

MANUSEIO, CONTROLE E DESCARTE DE PRODUTOS BIOLÓGICOS. CLAUDIA PINHO HARTLEBEN

170 Currículos dos Cursos do CCB UFV ENFERMAGEM. COORDENADORA Marisa Dibbern Lopes Correia

Relato do primeiro caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina no Brasil

Ministério da Saúde confirma segundo caso de febre do Nilo no país

Vigilância Epidemiológica das Doenças transmissíveis. Profª Sandra Costa Fonseca

OS VÍRUS E A NOSSA SAÚDE PROFESSOR: NIXON REIS 7º ANO CAP. 6 (PÁG. 68)

PLANO DE ENSINO

Vigilância Epidemiológica... A implantação dos NHE. Alcina Andrade. SESAB/SUVISA/DIVEP Junho Secretaria da Saúde

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CLIPPING. Recife 02/01/17

Plano de Recuperação Semestral EF2

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PATOLOGIA DE ORGANISMOS AQUÁTICOS

Processos de interação vírus célula. e replicação viral

Código Disciplina Créditos CH. CBV7405 Metodologia da Pesquisa Científica CBV7404 Introdução à Medicina Veterinária

Administração Central Unidade de Ensino Médio e Técnico - CETEC. Ensino Técnico

Cursos de capacitação. Acordo de Cooperação Técnica

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CAMPO. Ana Paula Sayuri Sato Departamento de Epidemiologia - Faculdade de Saúde Pública USP

DESCRIÇÃO DA FREQÜÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE DADOS GERADOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Vigilância de síndrome respiratória aguda

Trajetória das Doenças Infecciosas: seus determinantes e implicações

Pesquisa Clínica Inovação Instituto Butantan

DIRETORIA REGIONAL DE SAÚDE DE... NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E IMUNIZAÇÃO DE...

Curso: Ano letivo: Nome da Disciplina: Data de início/término da Disciplina: Sala 102

CALENDÁRIO ACADÊMICO STRICTO SENSU

Biologia. Rubens Oda (Julio Junior) Doenças

Síndrome Respiratória Aguda Grave

Inquérito epidemiológico *

LAUDO 007 / 2015 READAPATAÇÃO AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS / PACS - SMS

PLANO DE ENSINO I IDENTIFICAÇÃO. CURSO: Nutrição MODALIDADE: DISCIPLINA: Microbiologia Geral de Alimentos ( X ) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA

ESPÍRITO SANTO. Saúde divulga 11º boletim da dengue

PROGRAMA DE DISCIPLINA VERSÃO CURRICULAR: 2014/2 PERÍODO: 2 DEPARTAMENTO: MIC

Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Ciências do Solo

Transcrição:

FORMULÁRIO DE APRESENTAÇÃO DE DISCIPLINA Programa: BMM - Microbiologia Sigla da Disciplina: BMM 5827 Nome da Disciplina: BIOSSEGURANÇA E BIOCONTENÇÃO EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA Validade Inicial Número de créditos: 06 Carga Horária Semanal: - Aulas Teóricas: 08 (CHS) - Prática/Seminários: 04 - Horas Estudo: 03 Número de Semanas: 06 Obs: 1. Unidade de crédito = (soma da CHS x Número de semanas/15 horas) Exemplo: 4.3.3 x 6 / 15 = 4 créditos 2. A carga horária semanal não poderá ultrapassar a 30 horas. 3. No cálculo dos créditos, o resultado deverá ser necessariamente número inteiro. 4. O item horas estudo não poderá ultrapassar a 1/3 do total da carga horária. Professores responsáveis: 1.)Edison Luiz Durigon Já credenciado como responsável - ( ) sim / (XX ) não 2.) Já credenciado como responsável - ( ) sim / ( ) não 3.) Já credenciado como responsável - ( ) sim / ( ) não 1

PROGRAMA Objetivos: O curso de Biossegurança e Biocontenção para Laboratório de Microbiologia tem como objetivo capacitar os alunos de pós graduação em Microbiologia e áreas afins à trabalhar em laboratórios de biossegurança nível 2 NB2 e nível 3 NB3. O curso contará como uma parte teórica a fim de proporcionar aos alunos o conhecimento básico e normas de biossegurança com microorganismos, além de fundamentar todo o funcionamento de áreas de contenção com níveis de periculosidade biológica. Será dado ênfase na arquitetura laboratorial, funcionamento de sistemas, procedimentos com diferentes níveis de Biocontenção, uso de equipamentos de proteção individual EPIs e conhecimento das praticas de Bioproteção e Bioterrorismo para uso de microorganismos intencional como arma biológica. A parte prática do curso se fundamentará na utilização de EPIs e procedimentos laboratoriais com microorganismos de alta periculosidade. Para a parte prática do curso será utilizado os nossos dois laboratórios de conteção para microorganismos de nível e nível 3 de biossegurança ( Lab NB3 clássico e Lab NB3+). A programação de seminários será enfocando os principais problemas de biossegurança do mundo, dando ênfase nas grandes epidemias causada por vírus e bactérias, bem como o uso desses microorganismos como arma biológica. O tempo dedicado a estudo, também será utilizado para visitas técnicas em outros laboratórios de segurança~nível 2 e 3 no estado de São Paulo da rede VGDN.l Justificativa: Os vírus, como outros microorganismos, possuem ampla distribuição e diversidade no ambiente global, como fica evidente com a recente disseminação da chamada gripe do frango em dez países da Ásia. Essa distribuição e essa diversidade estão longe de obter uma avaliação completa. É de extrema importância o conhecimento desses patógenos, pois já há algumas décadas se nota a presença de agentes infecciosos emergentes que trazem ameaça substancial à saúde humana e animal, como a síndrome pulmonar por hantavírus, o vírus Ebola (que causa febre hemorrágica), a doença de Newcastle, a doença do oeste do Nilo e a gripe -entre muitas outras doenças que possuem etiologia, hospedeiros e patogenia pouco conhecidos. Estão ainda muito presentes na memória coletiva os efeitos devastadores de uma pandemia (epidemia global) como a chamada gripe espanhola, que tirou a vida de algo entre 20 milhões e 40 milhões de pessoas, no outono/ inverno de 1918, entre 600 milhões de infectados. Como o Brasil detém o segundo lugar em biodiversidade de aves do planeta e,sendo as aves consideradas os hospedeiros introdutórios do vírus da febre do oeste do Nilo, o potencial de desenvolvimento dessa virose na região é muito grande, com a agravante de existirem muitas espécies de ave que desenvolvem rotas migratórias do norte do continente para o sul e vice-versa. Os mosquitos 2

dos gêneros Aedes e Culex, tidos como os principais vetores dessa virose no Velho Mundo, são achados com facilidade por quase todo o Brasil, o que reforça a preocupação com o aparecimento desse vírus nessas populações. Outro vírus emergente de importância em saúde pública, transmitido ao homem inicialmente pelas civetas e diagnosticado nos últimos anos, foi o coronavírus causador da Sars, ou pneumonia atípica. O primeiro caso da doença ocorreu em meados de novembro de 2002 na China, e ela se disseminou pela Ásia, pela América do Norte e pela Europa a partir de fevereiro de 2003, infectando mais de 8.000 pessoas, com 774 mortes em 27 países. A prevenção dessas diferentes patologias e doenças emergentes só pode ocorrer por meio de contínua vigilância, realização de inquérito epidemiológico para determinar a fonte da infecção e estudos da epidemiologia molecular para determinar a evolução dos patógenos. Diante deste cenário de catrastofes biológica, cada vez mais os laboratórios de microbiologia do Brasil vem sendo exigido para responder rápidamente a surtos e epidemias inusitadas em nosso meio. A qualificação e a segurança desse novo microbiologista depende muito dos conhecimentos de biossegurança e procedimentos para manipulação desse microorganismos. No Brasil existe uma lacuna imensurável nos conhecimentos de práticas de biossegurança na formação dos nosso microbiologistas. A proposta desse curso visa capacitar os novos microbiologistas com conhecimento teórico e pratico de biossegurança, contribuindo dessa maneira com a formação de um novo proficional de laboratório em microbiologia. 3

Conteúdo Programático: 1- Nivelamento em Riscos Biológicos, Químicos, Radiológicos e OGM 2- Biossegurança Geral 3- Biossegurança em Laboratório de Contenção 4- Planejamento e adequação Física de áreas de Risco I 5- Planejamento e Adequação Física de Areas de Risco II 6- Planejamento e Adequação Física de Areas de Risco III 7- Agentes Bioativos e Biosseguranca 8- Bioprotecao e Bioterrorismo 9- Bioetica, Legislação e Propriedade Intelectual 10- Biosseguranca no Uso de Radioisótopos 11- Biosseguranca em Biotérios 12- Biosseguranca Hospitalar 13- Biosseguranca em Biotecnologia Industrial 14- Biosseguranca em Organismos Geneticamente Modificados - OGMs Bibliografia 1-Laboratory Biosafety Manual, Third edition, 2005, Word Helth Organization 2- Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia, Ministério da saúde, edição 2004 3- Antology of biosafety, edition I to VIII, 2005, Jonatan Y. Richmond, PhD, American Biological Safety Association. 4- Biosafety in Microbiological and biomedical Laboratories, Fifty Edition, 2004, U.S. Department of health and Human Services, center for disease Control and prevention, National Institutes of Helth. 4

Periodicidade da proposição: ( ) semestral ( X) anual ( ) bienal ( ) trienal Observações: Assinatura do Responsável 5