Standards para o e-learning

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Transcrição:

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INFORMÁTICA Standards para o e-learning Por 970347 - Mª Augusta Tavares Relatório de Projecto Lic. Engª Informática Ramo Computadores e Sistemas Orientador: Constantino Martins Julho de 2003

Resumo Este trabalho foi realizado para a cadeira de Projecto do 5º ano do curso de Engenharia Informática do Ramo de Computadores e Sistemas. Com este trabalho pretendido explicar a importância dos standards no mundo actual e principalmente no e-learning. Neste âmbito é dado algum relevo aos conceitos do e-learning, à evolução que este tem tomado ao longo do tempo até aos dias de hoje e à sua caracterização. É referido, também, a importância das entidades responsáveis pela criação e desenvolvimento de standards, a relação existente entre elas e os passos realizados por uma especificação até à sua normalização. Os standards abordados neste relatório são: IEEE LTSC LOM e IEEE PAPI Learner. O IEEE LTSC LOM por ter sido o primeiro standard acreditado pelo IEEE, a 12 de Junho de 2002, e o IEEE PAPI Learner como um standard direccionado ao aluno em si. A instituição ISEP será mencionada como um exemplo de uma instituição que tem em aplicação este método de ensino, no leccionar das suas disciplinas. I

Agradecimentos Gostaria de agradecer a todos que me ajudaram e apoiaram na realização deste projecto. Ao meu orientador Dr. Constantino Martins pelo apoio e pelo seu sentido crítico que me ajudou neste projecto. Aos meus pais pela paciência que tiveram comigo. E ao meu noivo, Mário Martins, que me apoiou e que, finalmente, conseguimos chegar à etapa final desta longa caminhada. II

Índice Resumo... I Agradecimentos... II Índice...III Índice de Figuras...VI Índice de Tabelas... VII Lista de Abreviaturas... VIII 1 Introdução...1 1.1 Motivação...2 1.2 Metodologia Usada...2 1.3 Limitações de Estudo...3 1.4 Esquema do Relatório...3 1.5 Convenção tipográfica...4 2 e-learning...5 2.1 e-learning...5 2.2 Situação do e-learning no ISEP...8 2.3 Conclusão...10 3 Standards...11 3.1 Introdução dos Standards...11 3.2 Definição...12 3.2.1 Especificações...13 3.2.2 Standards...14 3.3 O porquê do seu uso no e-learning...15 3.4 Metadados...17 3.5 Entidades...17 3.5.1 IEEE LTSC P1484 (Learning Technology Standards Committee) 17 III

Índice 3.5.2 ADLnet (Advanced Distributed Learning Iniciative)...19 3.5.3 Global Learning Consortium, Inc ( IMS )...20 3.5.4 AICC (Aviation Industry CBT Committee)...22 3.5.5 Prometeus...23 3.5.6 ARIADNE (Fundação Europeia)...24 3.5.7 DMCI (Dublin Core Metadata Iniciative)...25 3.6 Relações entre estes...26 4 Normas existentes...29 4.1 IEEE LTSC LOM ( Learning Object Metadata )...29 4.1.1 Estrutura dos Metadados...30 4.2 IEEE PAPI Learner (Public and Private Information for Learners)...35 4.2.1 Características...35 4.2.2 Objectivos...36 4.2.3 Conformidade...39 4.2.4 Funcionalidade...44 4.2.5 Modelo conceptual...45 4.3 Conclusão...56 5 Conclusão...57 6 Referências...59 7 Anexos...62 7.1 IEEE LTSC LOM...62 7.1.1 Base Schema...62 7.1.2 LangString...84 7.1.3 Tipos de datas (DateTime)...85 7.1.4 Duração...86 7.1.5 Vocabulário...87 IV

Índice 7.2 IEEE PAPI Learner...89 7.2.1 Contactos...89 7.2.2 Relações...91 7.2.3 Segurança...92 7.2.4 Performance...93 7.2.5 Pastas...95 V

Índice Índice de Figuras Figura 3.1 Exemplo das peças LEGO (e-learningsite, 2002)...12 Figura 3.2 Com normas não há desentendimentos (e-learningsite, 2002)...16 Figura 3.3 Relações entre standards (CODEX IP, 2001)...26 Figura 3.4 Passo para a normalização de uma especificação (CODEX IP, 2001)27 Figura 4.1Relações entre a informação PAPI Learner(IEEE 1484.2.1/D8, 2001)45 Figura 4.2 Relações entre partes da norma e outros (IEEE 1484.2.1/D8, 2001)..48 Figura 4.3 O modelo de metadados (IEEE 1484.2.1/D8, 2001)...49 VI

Índice Índice de Tabelas Tabela 7.1 Tabela da estrutura do LOMv1.0 Base Schema...84 Tabela 7.2 Tabela da estrutura de um item LangString do LOM...84 Tabela 7.3 Tabela da estrutura de um item Tipos de datas (DateTime) do LOM 86 Tabela 7.4 Tabela da estrutura de um item Duração do LOM...87 Tabela 7.5 Tabela da estrutura de um item Vocabulário do LOM...88 Tabela 7.6Modelo conceptual de dados contactos do aluno (A.Costa, 2003)...89 Tabela 7.7 Modelo conceptual de dados relações do aluno (A.Costa, 2003)...91 Tabela 7.8 Modelo conceptual de dados segurança do aluno (A.Costa, 2003).92 Tabela 7.9 Modelo conceptual de dados performance do aluno (A.Costa, 2003)...93 Tabela 7.10 Modelo conceptual de dados pastas do aluno (A.Costa, 2003)..95 VII

Lista de Abreviaturas ADLNet Advanced Distributed Learning Initiative AGR AICC Guidelines & Recommendation AICC Aviation Industry CBT Committee ANSI American National Standards Institute API Application Programming Interface ARIADNE Alliance of Remote Instructional Authoring and Distribution Networks for Europe CBT Computer Based Training CEN The European Committee for Standardization CEN/ISSS Information Society Standardization System of the European Committee for Standardization CMI Computer Managed Introduction CMS Content Management System CSA Canadian Standards Association DMCI Dublin Core Metadata Iniciative EDIN Ensino à distância de Informática GALECIA Group for Advanced Learning Environments using Communication and Information Aids HTML Hyper Text Markup Language HTTP HyperText Transfer Protocol IEC International Electrotechnical Commission IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers IETF Internet Engineering Task IMS Instructional Management System IPP Instituto Politécnico do Porto. VIII

Lista de Abreviaturas ISEP Instituto Superior de Engenharia do Porto ISO International Standards Organization ITU International Telecommunication Union LabeL Laboratório de e-learning LCMS Learning Content Management System. LMS Learning Management System. LOM Standard for Information Technology --Education and Training Systems - Learning Objects and Metadata" LTSA Learning Technology Systems Architecture LTSC Learning Technology Standards Committee OMG Object Management Group PAPI Public and Private Information PROMETEUS Promover acesso Multimédia à Educação e Treino na Sociedade Europeia SCORM Sharable Content Object Reference Model SDO Standards Development Organization TIC Tecnologias de Informação e Comunicação W3C Word Wide Web Consortium WBLE Web-Based Learning Environments WWW World Wide Web. IX

1 Introdução Com o aproveitamento das tecnologias mais recentes, surgiu uma nova geração de ensino à distância. O uso do telefone, televisão, cassetes de áudio e vídeo, tornaram esta nova geração de ensino mais apelativa e atractiva. Mas foi com o surgimento de meios de comunicação interactivos, que houve a verdadeira revolução do ensino à distância. Possibilitando, por exemplo, a troca de informação através de correio electrónico, discussão em fóruns de modo a possibilitar que a interacção entre professor/aluno e aluno/aluno fosse mais efectiva. Algumas instituições de ensino superior adoptaram o ensino à distância como um apoio ou complemento ao ensino presencial, por exemplo, o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), desenvolveu cursos de e-learning para apoio ou complemento das aulas leccionadas. Actualmente existe uma necessidade crescente de reduzir os custos associados à produção de conteúdos educativos para o ensino online. Daí falarmos de Standards (normas). Estes permitirão uma reutilização e interoperabilidade destes objectos de modo que haja uma melhor gestão dos conteúdos. No entanto para se chegar a um norma é necessário muitos anos de desenvolvimento, testes e uma acreditação por um comité aprovado para tal, por exemplo, IEEE, ISO. Este projecto irá dar referências de companhias envolvidas na criação de especificações, na interacção entre elas e das fases pelas quais uma especificação deve passar para se tornar um Standard acreditado. Serão dados dois exemplos de Standards: um especialmente direccionado aos dados do aluno e outro aos dados do curso em si. 1

Introdução 1.1 Motivação Os motivos para a escolha deste projecto foi o meu interesse pelo ensino e pelas tecnologias online. Ambas inseridas no mesmo assunto deste projecto. O facto do e-learning já se encontrar em uso no ISEP incentivou-me a explorar este tema e, mais especificamente os standards, pois penso que alguns dos problemas actuais é a produção de conteúdos educativos para o ensino online e a comunicação/integração das várias ferramentas usadas neste tipo de ensino. 1.2 Metodologia Usada Para a realização deste relatório de projecto, necessitei de informação que fui adquirindo após investigação pela Internet e outra fornecida pelo meu orientador. Posso então considerar que a elaboração do mesmo foi dividido em três fases distintas: A primeira fase correspondeu à recolha de informação relativa ao e- Learning e aos seus Standards. Informação essa que foi recolhida através da Internet, documentos fornecidos pelo meu orientador e de livros e teses consultados na biblioteca do ISEP. A segunda fase correspondeu à análise da informação. Toda a informação recolhida teve que ser previamente estudada para uma melhor compreensão desta. Nesta fase foi eliminada toda a informação que não seria necessária. A terceira e última fase correspondeu à elaboração do relatório. Mesmo durante esta fase foi necessário recolher e analisar mais informação. 2

Introdução 1.3 Limitações de Estudo A falta quer de tempo disponível quer da dificuldade em obter informação concreta acerca dos Standards actualmente disponíveis foram factores determinantes na realização do relatório deste projecto. Também, devido ao facto do tempo para a elaboração deste trabalho ser muito reduzido 1, não foi possível a aplicação na prática de um Standard no ISEP, bem como limitou a análise a dois Standards. 1.4 Esquema do Relatório Este relatório encontra-se dividido em sete capítulos: Capítulo 1 Introdução, aonde é feita uma breve introdução ao relatório em si. Capítulo 2 e-learning, aonde se trata da evolução do ensino à distância até ao e-learning nos dias de hoje, das vantagens e desvantagens deste e da sua situação actual no ISEP. Capítulo 3 Standards, fazendo uma breve introdução ao tema, fala-se da definição destes e compara-se o seu significado com o das especificações. Explica-se o porquê do seu uso no e-learning, quais os factores que o levam a este uso e faz-se uma breve explicação do que são os metadados. Por fim, é dada referência às organizações envolvidas no processo da normalização. Fala-se da relação entre estas e dos passos que envolve o processo da normalização. Capítulo 4 Normas, aonde se fala de duas das normas existentes, norma LOM e norma PAPI. Capítulo 5 Conclusão, deste relatório. Capítulo 6 Referências, alguns locais que foram consultados e locais aonde foram retirados informação para a realização do mesmo. 1 Penso que o projecto deveria ser de um ano e não de um semestre. 3

Introdução Capítulo 7 Anexos, aonde são apresentadas tabelas representativas das estruturas da norma LOM e alguns modelos conceptual de dados criados através da norma PAPI Learner. 1.5 Convenção tipográfica Como no e-learning, foi necessário normalizar este relatório. Para isso foi definido um tipo e tamanho de letra específico, Times New Roman n.º 12. As letras em Itálico representam estrangeirismos e as entre aspas serve para dar mais ênfase à palavra em si. Cada título tem o tipo de letra Arial Negrito de tamanho n.º16 e os subtítulos têm tamanho n.º 14. 4

2 e-learning Vive-se um momento especial na área da educação. O conhecimento e a capacidade de aprendizagem ao longo da vida passa a ser encarados como uma fonte de riqueza das nações e uma condição para o desenvolvimento humano e para a sustentabilidade dos países. A educação à distância - e os seus métodos, recursos, ferramentas e tecnologias aplicadas à optimização do ensino presencial - deve preservar todas as qualidades de uma boa educação para possibilitar a cada pessoa o desenvolvimento das suas capacidades cognitivas, sociais, emocionais, profissionais e éticas, e para poder viver em sociedade, exercitando a sua cidadania plena. (MESB, 2002) Neste capítulo será apresentada uma breve referência ao que é o e-learning. Será referenciada a sua evolução histórica, a sua definição, quais as suas vantagens e desvantagens, algumas das tecnologias utilizadas para uma boa gestão do conteúdo dos cursos e, por fim, será abordada de um modo resumido a situação actual do e-learning no ISEP. 2.1 e-learning Alguns especialistas consideram que o Apóstolo Paulo utilizava métodos de ensino à distância nas suas epístolas(the British Council Portugal, 2001). A evolução do e-learning pode ser traduzida em quatro gerações. A primeira, durante a segunda metade do séc. XIX, sendo caracterizada pela troca de documentos em papel, entre o aluno e o professor, através dos correios. A segunda geração decorre no séc. XX, o rádio, o telefone, a televisão, o satélite, as cassetes de áudio e/ou de vídeo deram uma nova dinâmica ao Ensino à Distância. No entanto a comunicação tornava-se unidireccional, com excepção aquando do uso do telefone ou da correspondência postal (The British Council Portugal, 2001). A terceira geração é caracterizada pelo surgimento de meios de comunicação interactivos baratos, entre o professor e o aluno, revolucionou o Ensino à Distância. A evolução das tecnologias permitiu o envio de correio electrónico, discussão em fóruns, tornando a comunicação entre aluno/professor 5

e-learning mais rápida, como também a comunicação aluno/aluno para que estes possam partilhar as suas dúvidas, uns com os outros. Por fim, a quarta e última geração, caracteriza-se com o evoluir das tecnologias, principalmente a Internet, aonde surgiram Universidades Virtuais, oferecendo cursos online. Podemos dizer que surgiu o e-learning (elearnity, 2000). Elliot Masie define e-learning como não sendo uma simples disponibilidade de cursos online, mas sim de um novo conjunto de recursos, interactividade, apoio à aprendizagem e estruturação de actividades de aprendizagem (elearnity, 2000). Segundo José Machado, autor do livro e-learning em Portugal, o e-learning é a utilização das tecnologias de Internet para fornecer à distância um conjunto de soluções para o aperfeiçoamento ou a aquisição de conhecimentos e da aplicabilidade prática dos mesmos, com resultado na vida de cada um (J.Machado, 2001). Pode-se dizer que o e-learning significa essencialmente a integração da tecnologia Web em processos de ensino/aprendizagem, mediando a comunicação entre os intervenientes deste processo e facilitando o acesso a fontes documentais das mais variadas naturezas. Mas o e-learning também é conhecido por muitas outras designações, tais como: Formação Virtual, Teleformação, Ensino online, etc. O e-learning é caracterizado pela redução de custos (WebWise, 2002), pela personalização, conteúdo, disponibilidade e fácil de manusear. Tal como todos os métodos de aprendizagem, o e-learning tem vantagens e desvantagens associados a si (Expresso Emprego, 2002): Vantagens: Inovação em processos de formação; Redução e racionalização dos recursos; Flexibilidade de ensino e aprendizagem; Auto-formação; Flexibilidade temporal; Formação para activos; 6

e-learning Interactividade fácil; Distribuição rápida dos conteúdos; Acessibilidade a conteúdos mais apelativos; Acessibilidade da valorização pessoal ou profissional; Ritmo personalizado. Desvantagens: Ausência de relação humana formador/formandos; Conteúdos mais generalistas; Contingência tecnológica largura de banda e terminais; Exige confiança neste tipo de estratégias educativas; Custos elevados dos cursos e do material; Pressupõe a utilização de um computador ligado à corrente. O bom funcionamento do e-learning necessita de uma boa gestão do conteúdo dos cursos, desde as matrículas até ao acompanhamento da produtividade do aluno, tornando-se necessário a existência de um armazenamento e acesso a uma base de dados para o conseguir. Para tal, existem várias tecnologias utilizadas actualmente, dentro destas referencio duas: LMS (Learning Management System) e o LCMS (Learning Content Management System). O LMS tem como objectivo simplificar a administração dos programas de ensino dentro de uma organização, gerindo e registando a actividade de navegação e progressão do estudo dos alunos do e-learning (L.Greenberg, 2002). O LCMS é um sistema utilizado para criar, armazenar, reunir e distribuir conteúdos de e-learning personalizados na forma de objectos de aprendizagem (IDC, 2001). Dependendo da plataforma em que for inserido, este sistema molda a apresentação dos conteúdos conforme o perfil do aluno do e-learning, garantindo uma maior motivação para este (L.Greenberg, 2002) 7

e-learning 2.2 Situação do e-learning no ISEP O ISEP tem realizado algumas iniciativas de e-learning. Algumas disciplinas de diversos departamentos, como, por exemplo: Inglês Técnico I e II, Física, Química, etc., funcionam em regime presencial adoptando o regime à distância como complemento ao ensino tradicional. Outras, como, por exemplo, Introdução à Gestão, funcionam em regime misto, isto é, presencial ou à distância. O ISEP tem à disposição a todos os docentes que assim o desejarem, as ferramentas e o apoio necessário para a reestruturação e a implementação dos seus cursos na metodologia de e-learning. Os docentes podem escolher a metodologia de ensino/aprendizagem a ser adoptada, isto é, por exemplo: totalmente à distância, misto ou como complemento ao ensino tradicional. Mesmo assim, existem algumas iniciativas autodidácticas, por parte de alguns docentes, que disponibilizam online (sem o apoio de nenhum WBLE e da instituição) conteúdos, exercícios, exames e/ou simulações a partir das suas páginas pessoais. As estruturas orgânicas, que foram criadas no ISEP para a implementação do ensino online foram: a Direcção de e-learning do ISEP e o Laboratório de e- Learning (Label) (Constantino Martins, 2003). A Direcção de e-learning foi criada com o objectivo de implementar e apoiar o ISEP, no que concerne aos processos de introdução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no ensino (Constantino Martins, 2003). A planificação das actividades desta Direcção divide-se em três vertentes fundamentais (Constantino Martins, 2003), a saber: a investigação e desenvolvimento na área de e-learning, a preocupação com os processos de ensino/aprendizagem a nível da própria Instituição, o cuidado em fornecer uma oferta de formação contínua adequada, para a envolvente empresarial. As principais actividades da Direcção do e-learning do ISEP centram-se na promoção das TIC, realização de conferências, participação em projectos e actividades exploratórias (Constantino Martins, 2003). 8

e-learning O LabeL é o "gabinete" responsável pelas actividades de investigação e desenvolvimento científicos nesta área, nomeadamente pela integração de novas tecnologias de informação e comunicação e por promover os contactos com outras instituições congéneres, nacionais ou estrangeiras, de forma a concretizar iniciativas dentro desta mesma área (Constantino Martins, 2003). Após uma consulta ao site do LabeL Laboratório de e-learning (https://www3.dei.isep.ipp.pt) encontramos a informação de três projectos de investigação relacionados com o e-learning. O LabeL é uma estrutura orientada para a Investigação e Desenvolvimento na área do Ensino Distribuído, que funciona associado ao Departamento de Engenharia Informática, mas que pode integrar investigadores e projectos de qualquer escola do Instituto Politécnico do Porto (IPP) interessados em desenvolver actividades científicas na área. O projectos são: Projecto EDIN (Ensino à Distância de Informática) consiste na criação ou aperfeiçoamento de Unidades Pedagógicas que, reunindo recursos humanos e físicos, visa suportar, prover e distribuir material de Ensino à Distância para disciplinas da área de Informática. Projecto WEMEET tem como objectivo implementar grupos distribuídos de alunos-professores, que desenvolvam material didáctico de forma cooperativa, utilizando ferramentas baseadas nas Tecnologias de Informação e Comunicação. Esses grupos serão oriundos de várias Instituições de Ensino Superior e serão geridos por outro professores. Projecto GALECIA (Group for Advanced Learning Environments using Communication and Information Aids) visa avaliar a eficiência e eficácia da introdução de material pedagógico apoiado em Tecnologias de Informação e Comunicação em ambientes de ensino tradicionais, nomeadamente a nível superior académico. Este projecto agrupa um conjunto de Universidades Europeias, que trocando entre si experiências e realizarem acções no domínio da utilização mista do ensino presencial e à distância. 9

e-learning 2.3 Conclusão Mais do que uma alternativa ao ensino que obriga professores e alunos a encontrarem-se no interior das quatro paredes da sala de aulas (no mesmo espaço e no mesmo tempo), o ensino à distância parece apresentar-se hoje como resposta às necessidades emergentes de uma sociedade caracterizada por elevados níveis de competitividade em que o tempo é um factor crítico no desenvolvimento dos indivíduos e das instituições: o acesso ao conhecimento deve ser possível a qualquer momento e em qualquer lugar e, acima de tudo, quando é considerado necessário e oportuno (Faculdade de Psicologia de Lisboa). O ISEP manifesta uma grande abertura e flexibilidade na gestão das novas metodologias e na aceitação de novos processos de ensino. Este, através das suas estruturas orgânicas criadas para implementar o ensino online, coloca à disposição a todos os docentes que assim o desejarem, as ferramentas e o apoio necessário para a reestruturação e a implementação dos seus cursos na metodologia de e-learning. 10

3 Standards Neste capítulo será apresentada uma breve introdução aos Standards onde será dado uma possível definição e uma breve explicação do que é uma especificação e um Standard para esclarecimento de dúvidas ou para uma melhor compreensão das diferenças entre estas. Será dada referência ao porquê de se usar standards no e-learning apresentando os objectivos que guiam o trabalho de definição e especificação. Encontrar-se-á uma breve explicação do que são os metadados. Por fim, será dado referência às organizações envolvidas no processo da normalização. Será descrita a relação existente entre estas, os passos que uma especificação deve seguir para a sua normalização. Será referenciado, também, a aplicabilidade dos standards no mundo actual. 3.1 Introdução dos Standards A história mostra que as alterações revolucionárias não se realizam sem antes existir uma adopção difundida de Standards (normas) compatíveis. Para a electricidade, existiu a normalização na voltagem e tomadas; para os comboios, a normalização dos caminhos de ferro; e para a Internet, as normas do TCP/IP, http, HTML. Normas compatíveis para metadados, objectos de aprendizagem, e arquitectura de aprendizagem são cruciais para um sucesso da economia de conhecimento, o que nos últimos anos tem sido um trabalho desenvolvido por esse mundo fora. Esse trabalho inclui a criação de normas acreditadas pelo IEEE LTSC (Learning Technology Standards Committee) para LOM (Learning Object Metadata), CMIs (Computer Managed Instruction), etc (W. Hodging, M.Conner, 2000). 11

Standards 3.2 Definição A ISO (International Organization for Standardization) define norma como sendo acordos documentados que contêm especificações técnicas ou outros critérios precisos para serem usados constantemente como regras, directrizes, ou definições de características, e assegurar que são ajustados materiais, produtos, processos e serviços para o propósito destes. (e-learningsite,2002) Figura 3.1 Exemplo das peças LEGO (e-learningsite, 2002) Mas um bom exemplo para se perceber o que é um Standard é através dos objectos da LEGO. A LEGO criou regras que, independentemente do tamanho, do formato ou da cor dos objectos, os pinos devem ser todos do mesmo tamanho, para que se possam encaixar sempre uns nos outros. Possibilitando, assim, a criação de coisas novas. A própria Internet também é um exemplo válido do que pode ser o efeito da standarlização. A Internet está baseada em todo o tipo de Standards acreditados pelo IEEE. Os Standards da Internet mais importantes são: http HTML FTP TCP/IP Mas frequentemente existe uma confusão entre os termos Standards (normas) e Especificações. Confusão essa que é importante esclarecer para entender correctamente o termo Standard (norma). 12

Standards 3.2.1 Especificações As Especificações são desenvolvidas por organizações não acreditadas. Alguns exemplos dessas organizações são: IETF, W3C, OMG (e-learningsite, 2002). As Especificações têm um tempo de evolução muito rápido, o termo de risco é considerado a curto prazo e é experimental. Por outras palavras podemos dizer que as especificações antes de se tornarem, possíveis, Standards necessitam de passar por vários testes e consequentes alterações para corrigir o que possa estar errado e melhorar a especificação em si. Explicando, assim, o facto do tempo de evolução muito rápido, porque está em constante alteração e explicando, também, o facto de ser experimental com um termo de risco a curto prazo, porque só deve ser utilizado para testar a sua funcionalidade. Como foi referido, existem organizações não creditadas que desenvolvem as especificações. Como exemplo temos o IETF, o W3C e o OMG. Num breve esclarecimento podemos dizer que: A Internet Engeneering Task Force (IETF) é uma grande comunidade internacional aberta de designers de rede, operadores, vendedores e investigadores interessados na evolução da arquitectura da Internet. A seu actual trabalho técnico é realizado nos seus grupos de trabalho, que se encontram organizados por tópicos dentro de várias áreas (por exemplo, routing, transporte, segurança, etc). A maior parte do trabalho é controlado via mailing lists. Encontra-se aberto a qualquer indivíduo interessado. (http://www.ietf.org) O World Wide Web Consortium (W3C) desenvolve tecnologias (especificações, directrizes, software e ferramentas) para conduzir a Web para o seu máximo potencial. O W3C é um fórum de informação, comércio, comunicação e compreensão colectivas. (http://www.w3c.org), tem como membros cerca de 450 organizações por todo o mundo e tem ganho reconhecimento internacional pelas suas contribuições no crescimento da Web. O Object Management Group (OMG) foi formado para criação de componentes bases do mercado de software, acelerando a introdução de objectos de software normalizados. A escritura da organização inclui o 13

Standards estabelecimento de directrizes e especificações de administração de objectos detalhados para prover uma estrutura comum para o desenvolvimento de aplicações (http://www.omg.org) 3.2.2 Standards Os Standards são especificações que foram desenvolvidas e aprovadas por uma organização creditada de standards (e-learningsite, 2002). Este tipo de organização é denominada por SDO (Standards Development Organisation). Alguns exemplos deste tipo de organizações são: IEEE, ISO, ANSI, IEC, ITU, BSI, CSA, JIS, DIN e CEN. Os Standards têm um tempo de evolução lento, o termo de risco é considerado a longo prazo, e é conclusivo. Por outras palavras podemos dizer que, quando uma especificação é creditada por uma SDO, tornando-se assim um standard, esta encontra-se na fase final da sua evolução. A partir deste momento, as alterações que possam ser efectuadas serão apenas de reajuste ou de simples correcção, ou seja, alterações superficiais. Explicando, assim, o facto do tempo de evolução ser lento e explicando, também, o facto de ser conclusivo com o termo de risco a longo prazo, porque está pronto a ser colocado em prática. Através destas duas definições percebemos o quanto difícil é todo o processo de normalização. Para se estabelecer uma norma do nada pode levar 10 anos, mas para o e-learning é necessário regulamentos, caso contrário não se poderia trabalhar. Para se superar o demorado tempo de espera que é necessário para se obter uma norma, cria-se especificações, que mais tarde tornar-se-ão normas (elearningsite, 2002). As normas aplicam-se, por exemplo, ao LMS e ao conteúdo de aprendizagem. As normas para LMS definem especificações para a partilha de dados com outros sistemas, tais como uma biblioteca ou sistemas de informação de estudantes, e preparar um ambiente para encontrar e executar o conteúdo de aprendizagem. As normas de conteúdo definem especificações acerca de como tornar a informação (metadados) sobre os conteúdos visível (tais como nome, autor, objectivos de aprendizagem) e como trocar a informação com o LMS (Odyssey Learning Systems, 2001). 14

Standards 3.3 O porquê do seu uso no e-learning O uso de normas no e-learning é fundamental, pois sem eles não se podia trabalhar (W. Hodging, M.Conner, 2000). A justificação para o esforço da normalização passa por vários objectivos que guiam o trabalho de definição e especificação. A necessidade de reutilização e interoperabilidade para reduzir os custos e para se usar os componentes instrutivos em qualquer local é fundamental na normalização. Mas para além destes dois grandes objectivos também temos a acessibilidade, a adaptabilidade, a durabilidade, a multilinguagem e a multiculturalidade. Todos estes objectivos coordenam-se de modo a que se consiga aceder aos componentes instrutivos em qualquer local, sendo estes adaptáveis a qualquer linguagem ou cultura e ao aluno, estando sempre actuais. De seguida será apresentada alguns dos objectivos, que justificam o esforço da normalização: 1. Reutilização e Interoperabilidade A reutilização e interoperabilidade são os dois principais objectivos da normalização de tecnologias educativas. A reutilização pode ser definida como a incorporação de componentes instrutivos em múltiplas aplicações. A reutilização dos recursos educativos por um grande número de utilizadores permite vantagens económicas óbvias, aumentando a eficácia e rendimento da sua produção. A interoperabilidade pode ser definida como o uso de componentes instrutivos desenvolvidos num local, com ferramentas ou plataformas fixas, e, noutro local, usando outras ferramentas ou plataformas. A interoperabilidade tem como objectivo evitar monopólios de mercados. Por exemplo, pode-se aceder ao mesmo conteúdo através de diferentes LMSs. 2. Acessibilidade A acessibilidade pode ser definida como um acesso a componentes instrutivos de um local remoto e entrega destes noutras localizações. 15

Standards Se se está a usar normas concordantemente de sistema e conteúdo, a utilização do seu conteúdo será fácil de usar através do recurso a um browser. 3. Adaptabilidade e Durabilidade A adaptabilidade define-se como a construção de instruções, individualmente. Conforme o perfil e situação educacional do aluno será colocado questões adequadas. Criando assim uma aprendizagem personalizada. Um exemplo disso são o metadados. Se se está a usar os mesmos metadados para descrever o conteúdo, logo será possível determinar exactamente a necessidade do aluno. A durabilidade define-se sobre a operação de componentes instrutivos quando a tecnologia básica muda, sem redesenho ou reordenação. 4. Multilinguagem e Multiculturalidade A facilidade de utilização, a operação em diversas linguagens e a adequação ao seu ambiente cultural é um dos benefícios que normalmente se pede numa norma, para se obedecer aos primeiros objectivos das normas: reutilização e interoperabilidade. Normalmente, os utilizadores querem estudar, pesquisar e aprender numa determinada língua e ambiente cultural, o que obriga a que as interfaces sejam adaptáveis ou culturalmente neutras (V.Carvalho, 2001). Figura 3.2 Com normas não há desentendimentos (e-learningsite, 2002) Resumindo, com todos os pontos citados anteriormente torna-se claro que se houver sistemas baseados em normas o aumento de aprendizagem seria efectivamente significativo enquanto se reduzia tempo e custos. 16

Standards 3.4 Metadados Metadados são dados que descrevem outros dados, ou informação que descreve outra informação, permitindo, assim, o armazenamento, indexação, procura e recuperação de uma base de dados. O propósito e utilidade de metadados no e-learning é providenciar a habilidade para descrever de uma forma rica e identificar o conteúdo de aprendizagem de forma a se poder encontrar, unir e distribuir o conteúdo de aprendizagem à pessoa certa no tempo certo. Podemos, desta forma, dar alguns exemplos de metadados, tais como, o nome do autor de um livro, o tamanho de um ficheiro de animação, ou a localização de um ficheiro numa base de dados. 3.5 Entidades Tal como muitas outras tecnologias relacionadas de hoje em dia, o e-learning tem um número significativo de organizações interessadas no desenvolvimento de normas para esta metodologia de ensino/aprendizagem. De seguida, serão apresentadas algumas delas: 3.5.1 IEEE LTSC P1484 (Learning Technology Standards Committee) Muitos grupos de todo o mundo, trabalham na criação de especificações para muitas áreas relacionadas com a aprendizagem, usando IEEE LTSC P1484. Estes grupos cobrem tópicos de longo alcance inclusive LOM (Learning Object Metadata), Student Profiles (perfil do estudante), Course Sequencing (Sequência do curso), Computer Managed Instruction (Instruções de administração de computadores), Competency definitions (Definições de competência), Localização e Content Packaging (Conteúdo do pacote). (elearnity, 2000) Durante muitos anos, desempenhando o seu papel de um dos corpos de normas aprovados pelo mundo, o IEEE LTSC criou importantes normas abertas e aprovadas, usando um modelo muito robusto e consenso. 17

Standards O IEEE LTSC também criou recentemente o movimento deste trabalho para todas as normas ISO (International Standards Organization) estabelecendo o ISO Joint Technical Committe 1 (JTC1) Sub Committe 36 (SC36) na tecnologia da aprendizagem. SC36 Develops International Standards na área da aprendizagem, educação e formação (Codex IP, 2001). Mais de 20 grupos de trabalho, diferentes, estão a criar normas, relacionando-se com IEEE LTSC. O processo IEEE está aberto a todos que desejem participar e pode ser acedido por mailing lists que existem para cada grupo de trabalho de normas ou em encontros mundiais realizados três ou quatro vezes por ano em locais diferentes. 3.5.1.1 ISO A ISO é uma federação mundial (worldwide federation) de normas nacionais de cerca 130 países, um para cada país. A missão da ISO é promover o desenvolvimento da normalização e actividades relacionadas com esta no mundo, tendo uma visão para facilitar a troca internacional de bens e serviços, e para a cooperação no desenvolvimento nos aspectos das actividades intelectuais, científicas, tecnológicas e económicas (Codex IP, 2001). 3.5.1.2 Grupos de Trabalho e de Estudo O IEEE 1484 LTSC tem cerca de uma dúzia de WGs (Working Groups grupos de trabalho) e SGs (Study groups grupos de estudo) a desenvolver normas creditadas para a tecnologia da aprendizagem. Geral IEEE 1484.1 Arquitectura e modelo de referência IEEE 1484.3 Glossário Aluno IEEE 1484.2 Modelo de alunos IEEE 1484.13 Identificação de alunos IEEE 1484.19 Sistema de qualidade para Formação ao Longo da Vida 18

Standards IEEE 1484.20 Definição de competências Conteúdos IEEE 1484.10 Linguagens de integração de CBT IEEE 1484.6 Estruturação de cursos IEEE 1484.17 Formatação de conteúdos Dados e Metadados IEEE 1484.12 Metadados de Objectos Educativos IEEE 1484.9 Localização WG IEEE 1484.14 Semântica a protocolos de intercâmbio IEEE 1484.15 Protocolos de intercâmbio de dados Aplicações e Sistemas de Gestão IEEE 1484.11 Formação gerida por Computador IEEE 1484.18 Plataformas e perfis de media IEEE 1484.7 Comunicação Ferramenta/Agente LTSA (Learning Technology Systems Architecture) é uma arquitectura de alto nível e estende-se a sistemas de aprendizagem conhecidos como Ensino Inteligente. Ensino baseado no computador etc. foi proposto pelo IEEE 1484 LTSC. 3.5.2 ADLnet (Advanced Distributed Learning Iniciative) ADL é um programa pertencente ao Departamento de Defesa Americano e do Gabinete de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, lançado em 1997. Tem como objectivo assegurar o acesso a uma educação de elevada qualidade e a materiais didácticos que possam ser adaptados às necessidades individuais do aluno e que tenham disponibilização permanente. Para esse efeito criou o SCORM (Sharable Content Reference Model) (Constantino Martins, 2003). 19

Standards 3.5.2.1 SCORM (Shareable Courseware Object Reference Model) O trabalho realizado pelo Governo Federal dos EUA iniciativa ADL e pelo recente SCORM representa um dos melhores e mais recentes exemplos de aplicação e integração de normas de aprendizagem. Estas directrizes representam uma fundação para como o Departamento de Defesa irá usar as tecnologias de aprendizagem para construir e operar num ambiente de aprendizagem, no futuro. Pode ser usado por todo o exército dos EUA (Marinha, Força Aérea, Exército ou Marines), modificar, manusear, localizar, e reutilizar todos os conteúdos de aprendizagem e dados, não sendo importante a fonte ou aplicação (Sarat Babu, 2001). 3.5.3 Global Learning Consortium, Inc ( IMS ) A Global Learning Consortium, Inc, é um consórcio de universidades, agências governamentais, companhias e outras instituições que desenvolve e promove especificações abertas para as actividades de aprendizagem online. Para esse efeito foi criado o projecto IMS (Constantino Martins, 2003). 3.5.3.1 IMS ( Instructional Management System ) Fundado em 1997, o projecto IMS tem alargado o seu foco a uma gama de iniciativas relativas a normas de aprendizagem de servidores, aprendizagem de conteúdo e integração da empresa destas capacidades. Consistindo em vários sub-comités e subprojectos, o consórcio IMS está numa fase avançada de desenvolvimento: Os recursos de aprendizagem específicos da metadados (Learning Resources Metadata Especification) para criar um meio uniforme para descrever os recursos de aprendizagem para que estes sejam mais fáceis de encontrar. A especificação da empresa (Enterprise Specification), dirigido a aplicações de administração e serviços que necessitam de partilhar dados dos estudantes, dos cursos, desempenho, etc., através de plataformas, operando sistemas, interfaces de utilizador, e assim por adiante. 20

Standards O conteúdo esperado e pacotes de especificação (upcoming Content & Packaging Specification), que irá facilitar a criação de objectos reutilizáveis o que tornará bastante útil nos diversos sistemas de aprendizagem. A questão e teste de especificação (Question & Test Specification), que adiciona a necessidade de compartilhar artigos de testes e outras ferramentas de avaliação a diferentes sistemas. A especificação do perfil de estudante IMS (IMS Learner Profiles Specification), que servirá para organizar a informação do aluno, assim os sistemas de aprendizagem podem ser mais eficientes para as necessidades específicas do utilizador. O consórcio IMS tem membros desde a educação, comércio e organizações governamentais. Encontra-se sediada em Burlington Massachusetts. Este consórcio está a desenvolver e promover especificações abertas para facilitar a distribuição online das actividades de aprendizagem. Alguns exemplos de especificações abertas: Localizar e utilizar conteúdos educacionais Localizar progressos do aluno Relatórios da performance do aluno Trocar registos de alunos com o sistema administrativo Metas fundamentais para o consórcio IMS: Definir as normas técnicas para a interoperabilidade das aplicações e serviços na aprendizagem distribuída Suportar a incorporação das especificações do IMS nos produtos e serviços Adopção difundida de especificações que vão permitir ambientes distribuídos de aprendizagem e conteúdos de múltiplos autores para trabalharem juntos. As especificações IMS incluem o ensino online e offline. Isto significa que os contextos de aprendizagem que beneficiam das especificações IMS incluem 21

Standards ambientes específicos de Internet, tais como Web-based course management systems, como também situações de aprendizagem que envolve recursos electrónicos offline, tais como recursos de acesso a um CD-ROM. Por exemplo, a especificação dos metadados dos recursos da aprendizagem do IMS (http://www.imsglobal.org/metadata) beneficia o aluno que procura a informação com uma ferramenta da pesquisa Web e aquele que procurar através de uma enciclopédia em CD-ROM ou DVD-ROM no seu computador (Sarat Babu, 2001). 3.5.4 AICC (Aviation Industry CBT Committee) A AICC é uma associação internacional de treino de profissionais de formação para desenvolver directrizes para a industria da aviação sobre desenvolvimento, distribuição e avaliação do CBT e tecnologias de treino relacionadas (W. Hodging, M.Conner, 2000). AICC é formada com os seguintes objectivos: Assistência a operadores de aviões em desenvolvimento de directrizes que promovem o económico e efectiva implementação no treino baseado em computador (CBT Computer based training). Desenvolve directrizes para proporcionar interoperabilidade. Providencia um fórum aberto a discussões do CBT e outras tecnologias de treino. AICC desenvolveu várias directrizes e recomendações AICC (AGRs AICC Guidelines & Recommendationle) cobrindo uma gama de tópicos incluindo interacção entre CMIs (Computer Managed Instruction), o conteúdo do CBT e a norma de navegação para estudantes CBT. AICC focalizou na reutilização e interoperabilidade da aprendizagem online, sendo esta a preocupação de muitos. A AICC coordena, activamente, os seus esforços com normas de tecnologia de aprendizagem mais alargadas, tais como, IEEE e ADL (Sarat Babu, 2001). 22

Standards 3.5.5 Prometeus O projecto PROMETEUS (http://www.prometeus.org), fundado pela União Europeia, aplica o IEEE LTSC e normas de aprendizagem (Codex IP, 2001). Telemática, conteúdo de conhecimento e ferramentas baseadas na multimédia são os ingredientes centrais amplamente considerados para a evolução de novos modos de proporcionar aprendizagem e treino. Estes factores encontram-se no centro dos programas de pesquisa da União Europeia e são dirigidos por vários projectos da União Europeia para pesquisa, desenvolvimento tecnológico e demonstração (RTD). Prometeus um acrónimo para PROmover acesso Multimédia à Educação e Treino na Sociedade EUropeia estabeleceram com um ideal subjacente promover acesso ao conhecimento, educação e treino a todos os cidadãos europeus, independentemente da idade, situação profissional, localização geográfica e estado social. Sendo este um fórum permanentemente aberto, tenta construir, exprimir e visões de consenso de voz em assuntos relevantes que podem ser apresentados para sua consideração. Em particular, encontrados os seguintes assuntos: Estratégias óptimas para soluções de aprendizagem multiculturais e multilinguagem. Novas estratégias e semelhanças de treino e novos ambientes de aprendizagem. Soluções e plataformas disponíveis baseadas em normas abertas e melhores práticas. Repositórios de conhecimentos de acesso público e interoperáveis, isto é, acedidos por quem quiser e como quiser, não impondo condições de utilização de uma ferramenta específica para o efeito. Os consensos PROMETEUS constróem acções que procuram atravessar a fenda entre pesquisa e o uso actual das tecnologias de aprendizagem, conteúdos e serviços. PROMETEUS propôs trabalhar perto com as recentemente criadas normas de trabalho de tecnologias de aprendizagem da CEN/ISSS (Information 23

Standards Society standardization System of the European Committee for Standardization) (Sarat Babu, 2001). 3.5.6 ARIADNE (Fundação Europeia) De seu nome Alliance of Remote Instructional Authoring and Distribution Networks for Europe, a fundação ARIADNE é um projecto da União Europeia focalizado no desenvolvimento de ferramentas e metodologias para produzir, gerir e reutilizar elementos pedagógicos baseados em computador e suporte telemático de treino de currículos (Sarat Babu, 2001). A Ariadne tem feito contribuições importantes nas normas educacionais (educational standards). Estes encontram-se envolvidos em esforços relacionados com especificações técnicas, mais concretamente na área dos metadados. O Ariadne Educational Metadata Specification foi a mais importante contribuição na criação da norma IEEE LTSC LOM (Constantino Martins, 2003). É uma associação sem fins lucrativos, que endossa alguns objectivos chave da sociedade: cooperação criativa entre corpos educacionais através das suas estruturas e explorações adaptadas ao polo de ensino europeu. Manter os aspectos sociais e de cidadania que dominam a educação, combate uma evolução para o tornar num mero artigo comercial. Apoia e protege a multilinguagem e o uso de linguagens nacionais/regionais na educação. Esta associação implementa e promove aproximações colaborativas, através de instituições de ensino são encorajados a cooperar para o aperfeiçoamento do treino deles. O princípio de partilha e a reutilização é reflectido na tecnologia desenvolvida pelo projecto ARIADNE e colocando-o disponível a todos os membros da Fundação. (http://www.ariadne-eu.org) 24

Standards 3.5.7 DMCI (Dublin Core Metadata Iniciative) A DMCI é uma organização dedicada a promover a adopção e a divulgação de metadados e a desenvolver vocabulários especializados (metadata vocabularies) para descrever os recursos que permitem sistemas mais inteligentes de pesquisa de informação. O DMCI tem como missão permitir encontrar recursos utilizando a Internet. As suas actividades centram-se no desenvolvimento de metadados que permite a pesquisa através de vários domínios e na definição de estruturas para a interoperabilidade de conjuntos de metadados. Uma das actividades da DMCI é o desenvolvimento e distribuição de recursos educacionais e consultadoria e coordenação de actividades com e nas comunidades de metadados ligadas ao ensino, para esse efeito criou o DMCI Education Working Group. Este grupo de trabalho tem como objectivo discutir e desenvolver propostas para o uso de metadados na descrição de recursos educacionais (Constantino Martins, 2003). 25

Standards 3.6 Relações entre estes Todos os projectos, comités, e grupos de trabalho estão relacionados entre si. Na maior parte do tempo, especialistas no campo da educação representam um papel importante em mais do que um comité. Existe também uma troca de informação significante. Modelos e especificações que serão aprovadas pelo projecto PROMETEUS têm uma mudança significante para serem integradas nas normas IMS. Existe também várias relações formais. Mas há diferenças entre IEEE LTSC, IMS, ISO, etc. Na figura a seguir encontramos as relações entre eles. Specs submitted by Consortia Learning and education technology organisations (ADL, AICC, IMS, ARIADNE etc.) Figura 3.3 Relações entre standards (CODEX IP, 2001) Vai levar bastante tempo para se obter normas aprovadas pela ISO. A norma aprovada pela ISO é reconhecida por todo o mundo. Normalmente leva 10 anos para que a ISO aprove uma norma. Alguns comités, tais como, AICC ou ADL têm uma aproximação mais pragmática e, por exemplo, ADL suporta várias sessões práticas que são denominadas de Plugfest e durante estas sessões todo o tipo de conteúdo da compilação SCORM, CMS e LMS estão interligados entre si para descobrir se o 26

Standards conteúdo de aprendizagem é realmente permutável. Para se obter uma norma aprovada é necessário seguir os passos da imagem a seguir. Approved Standards by: - ISO STANDARD BODIES Accredited standards by: - IEEE LABS, TESTBEDS, MARKET Reference models by: - ADL - ALIC SPECS CONSORTIA Technical specifications by: - AICC - IMS - ARIADNE R&D (Concepts) Figura 3.4 Passo para a normalização de uma especificação (CODEX IP, 2001) Nesta imagem podemos ver os passos que uma especificação leva até a sua normalização pelo comité ISO. Numa breve explicação da imagem, podemos dizer que : R&D: Pesquisa e desenvolvimento, são conduzidos para identificação de possíveis soluções. Por exemplo: em locais de aprendizagem, como escolas, universidades, em locais de trabalho, como companhias, consórcios. Desenvolvimento da especificação: Quando uma tentativa de solução aparece para ter mérito, a especificação deve ser detalhada e documentada por escrito para poder ser implementada e codificada. Vários consórcios ou colaboradores, tal como, AICC e IMS, dedicam equipas com a finalidade de documentar as especificações. Exemplos: AICC, IMS e ARIADNE. 27

Standards Teste: as especificações são colocadas a uso quer em situações de teste ou em uso para verificar se funcionam, para saber o que fazem, o que falta, quais são as reacções usuais, etc. Exemplos: ADL SCORM. Acreditação: As especificações testadas ou completas são revistas por um corpo acreditado de normas e depois serão feitas aplicações globais removendo qualquer dado específico dado pela indústria, criadores, etc, e trata-lo como um processo aberto, conciso para ser novamente verificado e aprovado, caso aconteça. Se aprovado, a especificação recebe uma certificação oficial pelo corpo acreditado de normas. Exemplos: IEEE LTSC. 28

4 Normas existentes Neste capítulo será abordado duas das normas existentes, LOM e PAPI Learner. O porquê da escolha das normas que irão ser referenciadas e de se só falar de duas das existentes incidiu no factor falta de tempo disponível e na sugestão feita pelo meu orientador. Depois de passar por vários passos de controlo e teste, LOM foi a primeira norma a ser acreditada pelo IEEE. Este passo sucedeu-se a 12 de Junho de 2002. (IEEE LTSC LOM, 2002) 4.1 IEEE LTSC LOM ( Learning Object Metadata ) Desenvolvido e gerido desde 1997 pelo IEEE LTSC e de seu nome completo Standard for Information Technology Education and Training Systems Learning Objects and Metadata, a norma LOM especifica um esquema conceptual de dados que define a estrutura de uma instância de metadados para objectos de aprendizagem. Para esta norma, um objecto de aprendizagem é definido como uma entidade, digital ou não digital, que pode ser usada para ensinar, educar ou treinar. A instância de metadados para objectos de aprendizagem descreve características relevantes de como os objectos de aprendizagem devem ser aplicados. Tais características podem ser reagrupadas no geral, na educação, tecnicamente e em classificação de categorias. Esta norma não define como um sistema de tecnologia de aprendizagem deve ser representado ou como usar uma instância de metadados para objectos de aprendizagem. Esta norma tem como objectivos facilitar a procura, evolução, aquisição e uso de objectos de aprendizagem quer por alunos, quer por professores. Tem também como objectivo facilitar a partilha e troca de objectos de aprendizagem, habilitando o desenvolvimento de catálogos e inventários enquanto tem em conta a diversidade de contextos culturais e linguísticos dentro de cada objecto de aprendizagem e os metadados destes serão reutilizados. 29

Normas existentes 4.1.1 Estrutura dos Metadados Segundo o documento Draft Standard for Learning Object Metadata, patrocinado pelo IEEE LTSC a 15 de Julho de 2002, será apresentada a estrutura básica para um objecto de aprendizagem LOM. 4.1.1.1 Estrutura básica Os campos de dados descrevem um objecto de aprendizagem e estão agrupados em categorias, no qual o LOM v1.0 Base Schema encontra-se dividido em nove. São estas categorias, quando aplicadas em conjunto, que formam o LOM v1.0 Base Schema. Geral esta categoria agrupa toda a informação geral que irá descrever o objecto de aprendizagem como um todo. Ciclo de vida esta categoria agrupa as características relacionadas com a história e estado actual do objecto de aprendizagem e tudo o que afectou o referido objecto durante a sua evolução. Meta-Metadados esta categoria agrupa toda a informação acerca do próprio exemplo de metadados (em vez de agrupar toda a informação acerca do objecto, agrupa informação acerca do que o metadados descreve). Técnica esta categoria agrupa as características e requerimentos técnicos do objecto de aprendizagem. Educacional esta categoria agrupa todas as características educacionais e pedagógicas do objecto de aprendizagem. Direitos esta categoria agrupa os direitos de propriedade intelectuais e as condições de uso do objecto de aprendizagem. Relação esta categoria agrupa características que definem a relação entre o objecto de aprendizagem e outros objectos de aprendizagem a que está relacionado. Anotação - esta categoria providencia comentários de uso educacional do objecto de aprendizagem e informação de quando e por quem foram criados esses comentários. 30

Normas existentes Classificação esta categoria descreve o objecto de aprendizagem em relação a um particular sistema de classificação. De todas as categorias descritas anteriormente, a categoria Classificação pode ser usada para providenciar alguns tipos de extensões do LOM v1.0 Base Schema, tal como qualquer sistema de classificação pode classificar. 4.1.1.2 Campos de dados As categorias agrupam campos de dados. O modelo de dados LOM é uma hierarquia de campos de dados, incluindo campos de dados agregados e campos de dados simples (nós de folhas dessa hierarquia). No LOM v1.0 Base Schema, apenas os nós de folhas têm definidos espaços para valores individuais e tipo de dados associados a estes. Os dados agregados ao LOM v1.0 Base Schema não contêm valores individuais. Por consequência, estes não têm nenhum espaço para valor ou tipo de dados. Para cada dado fundamental, o LOM v1.0 Base Schema define: nome o nome que cada elemento de dados é referenciado. explicação a definição do elemento de dados. tamanho o número de valores s. ordem só para o caso se for significante a existência de ordem nos valores, por exemplo quando os campos de dados contêm uma lista de valores. (ver no ponto 5.1.1.3) exemplo um exemplo ilustrativo. No caso da existência de campos de dados simples, o LOM v1.0 Base Schema também define: espaço de valor local de valores s para um campo de dados. Tipicamente encontra-se na forma de vocabulário é referência a outra norma. (ver ponto 5.1.1.8) tipo de dados indica quando os valores são LangString, DataTime, Duration, Vocabulary, CharacterString ou indefinido. Quer a informação do tamanho e do tipo de dados deve incluir quer o mínimo, quer o máximo de valores s. 31

Normas existentes 4.1.1.3 Lista de valores Em algumas instâncias, um dado fundamental contém uma lista de valores, em vez de ter um simples valor. Esta lista é uma dos tipos representadas a seguir: ordenada a ordem dos valores na lista é significante. Por exemplo, na lista de autores de uma publicação, o primeiro autor é frequentemente considerado o mais importante. Um outro exemplo é classificação hierárquica da estrutura, a ordem é considerada do geral para o específico. desordenada a ordem dos valores numa lista não têm significado. Por exemplo, se a descrição de uma simulação incluir três pequenos textos que descrevem o plano educacional usado em três línguas diferentes, logo a ordem desses textos não é significante. Eles podem aparecer numa determinada ordem sem perderem a informação. Se um agregado de campos de dados contiver uma lista de valores, logo cada um deles deve ser um tuplo de elementos componentes. Por exemplo, no caso do LOM v1.0 Base Schema, este especifica que o dado fundamental 1.1: Geral.Identificador contém uma lista de valores desordenada. Isto significa que o valor do campo de dados 1.1: Geral.Identificador é uma lista desordenada de tuplos (1.1.1: Geral.Identificador.Catálogo, 1.1.2: Geral.Identificador.Entrada). Neste caso, para cada valor individual de 1.1: Geral.Identificador, 1.1.1: Geral.Identificador.Catálogo determina o catálogo no qual corresponde a que cada 1.1.2: Geral.Identificador.Entrada origina. 4.1.1.4 Vocabulário Vocabulários estão definidos para alguns campos de dados. Um vocabulário é uma lista recomendada com valores apropriados. Outros valores, não presentes na lista, podem ser também usados. No entanto, os metadados que confiam nos valores recomendados terão o grau mais alto de interoperabilidade semântica, isto é, a probabilidade que tal metadados será entendida por outros utilizadores finais ou sistemas serão mais altos. O valor dos campos de dados com vocabulários associados deverão ser representados como um par (origem, valor). 32

Normas existentes 4.1.1.5 Mínimo de valores máximos No LOM v1.0 Base Schema, o mínimo de valores máximos é definido da seguinte forma: Campos de dados agregados todas as aplicações que processem instâncias LOM devem processar pelo menos um número já previamente definido de entradas. Noutras palavras, uma aplicação deve impor um máximo no número de entradas a processar para o valor dos campos de dados, mas esse máximo não pode ser mais pequeno que o mínimo de valores máximos. Campos de dados com datatype, CharacterString ou LangString todas as aplicações que processem instâncias LOM devem processar pelo menos o tamanho para o valor CharacterString do campo de dados. Noutras palavras, uma aplicação deve impor o máximo no número de caracteres a processar para o valor CharacterString do campo de dados, mas o máximo não pode ser mais pequeno que o mínimo de valores máximos para o datatype do campo de dados. 4.1.1.6 Tipo de caracteres Esta norma define uma estrutura conceptual para metadados objecto de aprendizagem. Não especifica ligações, codificações e representações que são especificadas noutras partes da norma LOM (IEEE 1484.12.*). O LOM Base Schema não especifica codificações para CharacterString. Qualquer que seja a decisão feita em documentos que lide com representações, tais decisões devem ser tomadas com o suporte para múltiplas linguagens. 4.1.1.7 Representação Para cada campo de dados, a especificação inclui o tipo de dados destes valores (por exemplo, LangString, DateTime, etc.). Esta norma não define símbolos para elementos de nomes ou valores de vocabulário. É esperado que esses símbolos sejam definidos nas ligações desta norma. Com o LOM v1.0 Base Schema, a ordem destas categorias e os campos de dados dentro das categorias e subcategorias são informativas. Uma instância do LOM 33

Normas existentes v1.0 Base Schema deve preservar as categorias e subcategorias anteriores, mas a instância não necessita de ordenar as categorias ou subitens dentro de uma categoria ou subcategoria. Por exemplo, categoria 5: Educação deve aparecer depois da categoria 1: Geral, e dentro da categoria Geral, o item 1.3: Geral.Língua deve aparecer depois do item 1.2: Geral.Título. Em anexo será apresentada as tabelas representativas da estrutura de dados LOM v1.0 Base Schema, da estrutura LangString, da estrutura DateTime, da estrutura do item Duração, da estrutura do item Vocabulário. 34

Normas existentes 4.2 IEEE PAPI Learner (Public and Private Information for Learners) A norma PAPI Learner (Aluno) é uma norma que especifica a sintaxe ou semântica do modelo de aluno, que irá caracterizar o aluno e seus conhecimentos e/ou habilitações. Serão incluídos elementos, tais como, conhecimentos, habilitações, tipos de ensino, registos e informação pessoal. Esta norma permite a representação destes elementos em vários níveis de informação, desde uma visualização bruta até uma visualização ao pormenor. A norma permitirá diferentes visões do modelo de aluno (aluno, professor, parentes, escola, empregados, etc.) sempre com privacidade e segurança.(ieee WG2,2000) Inicialmente, esta norma foi desenvolvida para aplicações tecnológicas de aprendizagem mas a aproximação do PAPI facilmente pode ser aplicada a outros tipos de informação relacionadas com humanos, tais como na medicina ou aplicações financeiras.(ieee 1484.2.1/D8, 2001) Segundo o documento Draft Standard for Learning Technology Public and Private Information (PAPI) for Learners (PAPI Learner) Core Features, patrocinado pelo IEEE LTSC a 25 de Novembro de 2001, será apresentada a norma PAPI. 4.2.1 Características Esta norma é caracterizada pelas seguintes características: Extensões específicas nem toda a informação humana acerca dos alunos é especificada por esta norma. Por exemplo, quando nos referimos a informação pessoal, geralmente pode-se inclui o aspecto tamanho do calçado que usa ou até o tamanho da roupa, mas a informação pessoal no PAPI encontra-se bastante limitado ao querer incluir o tamanho do calçado que usa ou do tamanho da roupa. A informação pessoal refere-se aos dados nome, morada, telefone, etc. Implementações podem providenciar as suas próprias extensões de dados para esta norma, mas estes sistemas poderiam mudar de implementações estritamente conformadas para implementações conformadas. Os 35

Normas existentes mecanismos de suporte que esta norma suporta podem ser utilizados por utilizadores, grupos, vendedores, instituições e outros. Granularidade esta norma não especifica a granularidade da informação. Por exemplo, em aplicações tecnológicas de aprendizagem os registos de alunos no PAPI pode ter uma granularidade que varia de certificações profissionais (por exemplo, tempo de aprendizagem), para graus de semestre (por exemplo, meses de aprendizagem), para contagens de lições (por exemplo, dias de aprendizagem), e por ai fora. Isto é, a informação pode estar num formato que vai desde o anual, até ao diário, conforme foi introduzido. Esta norma pode ser usada para uma gama extensiva de dados de aplicações gravadas. Repositório design esta norma não especifica a implementação ou administração de registos guardados, mas suporta um vasta gama de desenhos e implementações. Por exemplo, todos os tipos de informação do aluno no PAPI pode ser implementado como um único, combinação de repositórios ou pode ser implementado como repositórios separados. O desenhos específicos deste ou destes é a característica da qualidade de implementação e não se encontra incluída na extensão desta norma, ou seja, compete à administração escolher e desenhar os repositórios para esta norma. Tecnologias específicas de segurança esta norma embora suporte a incorporação de várias arquitecturas de segurança, métodos e técnicas que suporta uma vasta gama de implementações e políticas de segurança, não designa nenhuma tecnologia específica de segurança. 4.2.2 Objectivos Os objectivos desta norma é de instruir os alunos e/ou alunos trabalhadores de qualquer idade, fundo, localização, conhecimento ou situação escolar ou de trabalho para criar e construir um modelo de aluno personalizado que se baseie em normas e que possa ser utilizado ao longo da sua educação, experiências adquiridas como a aprendizagem e na vida de trabalho. Tem, também, como objectivos permitir a programadores que desenvolvam materiais que providenciarão mais instruções personalizadas e efectivas. Providenciar 36

Normas existentes investigações educativas, como uma fonte de dados unificada e crescente, providenciar uma fundação para o desenvolvimento de normas adicionais de educação para se permitir o foco da aprendizagem no estudante e por fim providenciar orientação arquitectónicas a desenhadores do sistema educacional são os outros objectivos desta norma. A interoperabilidade descrita nesta norma referem-se aos seguintes pontos: Geral a implementação desta norma pode ser efectuada recorrendo a uma vasta gama de plataformas, ambientes operativos, aplicações e indústria. Duração o tempo de vida esperado para esta norma varia num horizonte de 5 a 10 anos. Tendo em conta as implementações, espera-se que seja interoperacional pelo menos durante a duração do horizonte da norma. As correcções, emendas e revisões (ciclo regular de 5 anos) são aplicadas durante o processo de desenvolvimento da acreditação da norma de modo a assegurar continuidade e consistência para as pessoas envolvidas neste projecto. Precisão a interoperabilidade pode ser testada, medida e acedida por implementações que reclamam a conformidade a esta norma. Formal o grupo de trabalho de modelo de alunos, IEEE 1484.2, é o responsável por desenvolver, manter, corrigir defeitos e resolução de qualquer ambiguidade para interpretações formais desta norma. Viabilidade comercial a qualidade da implementação pode variar de modo a conformar-se às necessidades comerciais. Será criado um espelho da qualidade de implementação e será o consumidor a escolher através de uma variedade de níveis, tais como: Conformidade de cada conformidade estrita (máxima interoperabilidade) para conformidade (uma variedades de extensas capacidades) Performance do sistema uma variedade de métricas de performance Compra e custos de manutenção uma variedade de métricas de finanças 37

Normas existentes Interoperabilidade o nível de interoperabilidade é relatado ao nível da conformidade para esta norma, para normas e especificações relacionadas. Contudo, a conformidade é subitamente diferente da interoperabilidade. Isto é, enquanto que a conformidade é a satisfação, pela implementação ou sistema a interoperabilidade é o sucesso da interacção entre duas ou mais implementações. Por exemplo, é possível várias combinações de interoperabilidade, tais como: Caso 1 uma implementação interopera apenas durante estritas implementações de conformidade. Isto é, a implementação pode só incluir as características desta norma, mas as características das extensões ou do proprietário são utilizadas. Caso 2 uma implementação interopera com outras implementações pelo mesmo vendedor, utilizador ou instituição. Caso 3 uma implementação interopera com uma vasta gama de extensões de utilizadores, vendedores, instituições e/ou indústrias específicas. A interoperabilidade é dependente no tipo de conformidade para esta norma, e pode ser dependente na conformidade e características fora desta norma, por exemplo, extensões tais como as normas relacionadas, especificações e acordos contratuais. Prolongável esta norma descreve um conjunto de características desenvolvidas e acordadas para dentro de um processo formal de consenso de construção. Porém, utilizadores, vendedores, instituições, indústrias e outros desejariam características ou extensões adicionais para suportar as suas necessidades específicas. 38

Normas existentes 4.2.3 Conformidade A conformidade, em certo modo, preocupa-se com a estruturas dos dados e com o comportamento dos sistemas. Isto é, a conformidade tanto tem o tipo de dimensão de não comportamental como o de comportamental, e ambos são importantes. O termo comportamento é utilizado no senso geral, por exemplo, um dado não exibe comportamentos, mas implementações que armazenam, recuperam, geram e interpretam dados, todas exibem comportamentos - as noções de indefinido, implementação definida e comportamento não específico são definidas até mesmo no contexto de dados. 4.2.3.1 Níveis de conformidade As cláusulas seguintes definem implementações estritamente adequadas e implementações adequadas. É de notar que a diferença entre estritamente adequadas e adequadas implementações é necessária para preparar as necessidades simultâneas para a interoperabilidade e extensões. Esta norma descreve especificações que promovem a interoperabilidade. As extensões são motivadas pelas necessidades dos utilizadores, vendedores, instituições e indústria que não são directamente especificadas e são especificadas e acordadas fora desta norma e podem servir para uma utilização trivial em edições futuras desta. Subconjuntos uma implementação deve suportar pelo menos um tipo de informação do PAPI Learner (pessoal, relações, segurança, preferência, performance, pastas ). As implementações que não suportem todos os tipos de informação do PAPI Learner, devem indicar que o subconjunto suporta na declaração de conformidade da implementação e no(s) rótulo(s) de conformidade. Ver em 5.2.3.2 Rótulos de Conformidade. Implementações estritamente adequadas esta será, pelo menos, um de: uma codificação estritamente adequada, uma API estritamente adequada ou uma aplicação de dados estritamente adequada. Uma implementação estritamente adequada deve suportar todos os campos de dados obrigatórios e opcionais. Esta não deve usar, testar, 39

Normas existentes aceder ou explorar por características estendidas ou campos de dados estendidas, não deve exceder os limites ou o mínimo de valores máximos especifico por esta norma, e não deve interpretar ou gerar campos de dados que são dependentes de qualquer não específico, indefinido, implementações definidas ou comportamento local específico. Implementações adequadas esta será, pelo menos, uma de: um código adequado, uma API adequada, um protocolo adequado ou uma aplicação de dados adequada. Uma implementação adequada deve suportar todos os campos de dados obrigatórios e opcionais. Este deve usar, testar, aceder ou explorar por campos de dados estendidos, como pela implementação e dados trocados pelos participantes, desde que o significado e o comportamento da implementação estritamente adequada não seja alterada. Esta não deve suportar ou usar características estendidas ou campos de dados estendidos que mude o significado ou o comportamento da implementação estritamente adequada. Esta pode exceder os limites ou o mínimo de valores máximos definido por esta norma e pela extensão permitida pela implementação. Por fim, deve interpretar ou gerar campos de dados que são dependentes nas implementações definidas, local específico ou o comportamento não específico. 4.2.3.2 Rótulos de conformidade Um rótulo de conformidade pode resumir declarações de conformidade de implementação. Os rótulos de conformidade devem ser usados para carregar a informação de declarações de conformidade de implementação via métodos manuais, semi-automáticos e autónomos. Os métodos e técnicas para associar e anexar um rótulo de conformidade está fora da extensão desta norma. Caso uma implementação não suporte todos os tipos de informação, o rótulo de conformidade deve indicar que subconjunto é suportado usando a notação Subconjunto one-letter-subset-list. 40

Normas existentes 4.2.3.3 Conformidade codificada Um código PAPI Learner estritamente adequado deve ser pelo menos um de: série de dados estritamente adequados ou instância de dados estritamente adequada. Um código PAPI Learner adequado deve ser pelo menos um de: uma série de dados adequados ou instância de dados adequada. Conformidade da série de dados uma série de dados estritamente adequados deve ser um conjunto de dados que é estruturado independentemente da ligação, estritamente adequada à funcionalidade, modelo conceptual e semântica desta norma, deve indicar todos os campos de dados obrigatórios, deve incluir campos de dados opcionais e não deve incluir campos de dados estendidos. Uma série de dados adequada deve ser um conjunto de dados que é estruturada independentemente da ligação, adequada à funcionalidade, modelo conceptual e semântica desta norma, deve incluir todos os campos de dados obrigatórios, pode incluir campos de dados opcionais e pode incluir campos de dados estendidos. Conformidade da instância de dados uma instância de dados estritamente adequada deve ser uma série de dados estritamente adequada e estritamente ajustado a pelo menos uma codificação do PAPI Learner. Uma instância de dados adequada deve ser uma série de dados adequada e ajustada a pelo menos uma codificação do PAPI Learner. 4.2.3.4 Conformidade API Na conformidade API, um PAPI Learner API estritamente adequado deve ser estritamente ajustado a pelo menos uma das ligações PAPI Learner API. No caso de um PAPI Learner API adequado, deve ser ajustado a pelo menos uma das ligações PAPI Learner API. Definições de suporte, utilização, teste, acesso e investigação: Em referência à conformidade do PAPI Learner, os seguintes termos são definidos no contexto da conformidade API. Uma característica de suporte é um que pode ser usado por qualquer aplicação do PAPI Learner API. A característica é utilizada caso seja de leitura, escrita ou utilizada por uma 41

Normas existentes aplicação do PAPI Learner API. A característica é testada caso uma aplicação do PAPI Learner API inquirir acerca da existência da respectiva característica. A característica é acedida caso uma aplicação do PAPI Learner API tente ler ou escrever dados associados com a característica. A característica é investigada caso uma aplicação implicar testes de existência da característica por implicação de utilização da mesma com um ambiente seguro que não cause comportamentos indefinidos. 4.2.3.5 Conformidade de Protocolo Na conformidade de protocolo, um PAPI Learner Protocolo estritamente adequado deve ser estritamente ajustado a pelo menos uma das ligações PAPI Learner Protocolo. No caso de um PAPI Learner Protocolo adequado, deve ser ajustado a pelo menos uma das ligações PAPI Learner Protocolo. Definições de suporte, utilização, teste, acesso e investigação: Em referência à conformidade do PAPI Learner, os seguintes termos são definidos no contexto da conformidade do protocolo. Uma característica de suporte é um que pode ser usada por qualquer aplicação do PAPI Learner Protocolo. A característica é utilizada caso seja de leitura, escrita ou utilizada por uma aplicação do PAPI Learner Protocolo. A característica é testada caso uma aplicação do PAPI Learner Protocolo inquirir acerca da existência da respectiva característica. A característica é acedida caso uma aplicação do PAPI Learner Protocolo tente ler ou escrever dados associados com a característica. A característica é investigada caso uma aplicação PAPI Learner Protocolo implicar testes de existência da característica por implicação de utilização da característica com um ambiente seguro que não causa comportamentos indefinidos. 42

Normas existentes 4.2.3.6 Conformidade de aplicação de dados A conformidade de aplicação de dados é medida por como a aplicação de dados se comporta de acordo com esta norma. Existem dois tipos de conformidade de aplicação de dados: uma estritamente adequada e uma adequada. Para a aplicação de dados estritamente adequada, todas as características obrigatórias devem existir ou ser avaliadas e devem ajustar-se com esta norma. Características opcionais podem existir ou ser avaliadas e caso existam ou avaliadas devem ajustar-se com esta norma. Por fim, características estendidas não devem ser usadas directamente e não devem ser testadas para existência ou avaliação. Quanto à aplicação de dados adequada, todas as características obrigatórias devem existir ou ser avaliadas e devem ajustar-se com esta norma. Características opcionais podem existir ou ser avaliadas e caso existam ou sejam avaliadas devem ser ajustadas com esta norma. Características estendidas podem existir ou ser avaliadas, podem ser testadas para existência ou avaliação e o seu uso ou comportamento deve ser definida pela implementação. Relativamente à variedade de aplicação de dados existem três tipos de aplicações de dados estritamente adequada ou adequada: repositório de dados, leitura de dados e escrita de dados. Repositório de dados é uma aplicação de dados que armazena e recupera objectos de dados. Um repositório de dados estritamente adequado deve receber conjuntos de dados para subsequente recuperação. Deve usar interpretação de dados estritamente adequados para receber conjuntos de dados. Deve armazenar o conjunto de dados num armazenamento persistente para que as extensões de dados não devam persistir. Deve enviar, quando pedido, um conjunto de dados previamente armazenados. Deve usar uma geração de dados estritamente adequada para enviar o conjunto de dados e deve estritamente ajustar-se a pelo menos uma ligação de código PAPI Learner e a pelo menos uma ligação do PAPI Leaner API ou do PAPI Learner Protocolo. 43

Normas existentes Um repositório de dados adequados deve receber objectos de dados para subsequente recuperação. Deve usar uma adequada interpretação de dados para receber conjuntos de dados. Deve armazenar conjuntos de dados num armazenamento persistente para que extensões de dados devam persistir. Deve enviar, quando pedido, conjunto de dados previamente armazenados. Deve usar uma geração de dados adequada para enviar conjuntos de dados e ajustar-se a pelo menos uma ligação de código PAPI Learner e a pelo menos uma ligação PAPI Leaner API ou PAPI Learner Protocolo. Leitura de dados é uma aplicação de dados que opera como se isto consumisse dados e interpreta dados que resultam num conjunto de dados. Uma leitura de dados estritamente adequada deve interpretar dados que estritamente ajustem-se com esta norma e a pelo menos uma ligação desta norma. Uma leitura de dados adequada deve interpretar dados que ajustem-se com esta norma e a pelo uma ligação desta norma. Escrita de dados é uma aplicação de dados que opera como se isto gerasse dados de um conjunto de dados e produz dados. Uma escrita de dados estritamente adequada deve gerar dados que estritamente ajustem-se com esta norma e a pelo menos a uma ligação desta norma. Uma escrita de dados adequada deve gerar dados que ajustem-se com esta norma e a pelo menos uma ligação desta norma. 4.2.4 Funcionalidade A implementação PAPI Learner deve participar no intercâmbio de dados de informação relacionada com a aprendizagem dos alunos para uso nos sistemas tecnológicos de informação. A implementação PAPI Learner deve representar a informação do aluno ou deve comunicar a informação do aluno ao longo das aplicações de dados do PAPI Learner. Uma implementação PAPI Leaner participa no intercâmbio de dados com um mais dos seguintes papéis: codificação (conjunto de dados ou instância de dados), API, Protocolo ou aplicação de dados (repositório de dados, leitura de dados, escrita de dados). 44

Normas existentes As implementações do PAPI Leaner pode afectar a transferência de dados via: PAPI Leaner API PAPI Leaner Protocolo Métodos fora da norma PAPI Learner 4.2.5 Modelo conceptual Neste ponto será definido o modelo conceptual das implementações PAPI Learner adequadas. A norma PAPI Learner descreve a especificação e vigia da troca de dados, representação, interfaces, serviços e repositórios da informação humana que é conceptual, particionada de acordo com a utilização e administração das aplicações. 4.2.5.1 Tipos de Informação do Aluno Figura 4.1Relações entre a informação PAPI Learner(IEEE 1484.2.1/D8, 2001) A informação do aluno, também conhecido como perfil do aluno, é um subconjunto de informação geral acerca da tecnológica de aprendizagem. A informação do aluno inclui contactos, preferências, performance, pastas e 45

Normas existentes possibilita, ainda, outros tipos de informação. Esta norma descreve um subconjunto particular de todos os tipos possíveis de informação do aluno. É de notar que para cada um dos seis tipos de informação (Parte 21 26), esta norma descreve um subconjunto que é útil e pode ser implementado. Esta norma não descreve toda a informação possível do aluno, mas inclui a informação mínima necessária para satisfazer exigências de funcionalidade e a máxima portabilidade e a habilidade para estender esta informação. A seguir será feita uma breve descrição dos tipos de informação da norma PAPI Learner. Ao longo da norma PAPI Leaner, mnemónicas e cores são usadas para existir uma maior compreensão e visualização dos tipos de informação do PAPI Leaner. Os seis tipos de informação do PAPI Learner são: Informação pessoal do aluno (Parte 21) esta não é directamente relacionada com a medição e registo da performance do aluno e é relacionado principalmente à administração. É de notar que este tipo de informação é privada e segura. A letra de atalho é C, a mnemónica é Contacto e a cor é vermelho e rosa. Informação das relações do aluno (Parte 22) esta refere-se às relações dos alunos com outros utilizadores do sistema tecnológico de aprendizagem, tais como professores, procuradores e outros alunos. A letra de atalho é R, a mnemónica é Relações e a cor é violeta e violeta claro. Informação da segurança do aluno (Parte 23) esta refere-se às credenciais de segurança do aluno, tais como, as passwords, perguntas e respostas, chaves privadas, chaves públicas e biométricas. A letra de atalho é S, a mnemónica é Segurança e a cor é azul céu e azul céu claro. Informação das preferências do aluno (Parte 24) esta descreve as preferências que podem melhorar interacções homem/máquina. A letra de atalho é M, a mnemónica é Minhas configurações e a cor é azul escuro e azul claro. 46

Normas existentes Informação da performance do aluno (Parte 25) esta descreve a história do aluno, trabalho corrente ou objectivos futuros e o que é criado e utilizado pelos componentes tecnológicos de aprendizagem para prover experiências melhores e aperfeiçoadas. A letra de atalho é G, a mnemónica é Graus e a cor é verde escuro e verde claro. Informação das pastas do aluno (Parte 26) esta é uma colecção representativa o trabalho do aluno ou referências para estes e tem como significado ilustrar e justificar as suas habilidades e capacidades. A letra de atalho é W, a mnemónica é Trabalho - Works e a cor é amarelo torrado e amarelo. 4.2.5.2 Informação pública e privada Alguma informação pode ser avaliada ao público, alguma informação tem limites de acesso ao público, alguma informação pode ser privada e outras combinações podem ser possíveis. A informação PAPI Learner pode ser particionada, administrada e guardada em separado, por exemplo, a informação pessoal do aluno é privada e segura, enquanto que a informação das pastas é pública. O público, privado, semi-público, etc., a natureza da informação do aluno é escolhida pelo administrador, como por exemplo, a administração institucional ou pelos próprios alunos em repositórios pessoais, e os requerimentos para esta escolha encontram-se fora dos parâmetros desta norma. 4.2.5.3 Tipos de Informação vs. Repositórios de dados Um repositório de dados pode suportar um ou mais tipos de informações. Um conjunto de dados pode suportar um ou mais tipos de informação. Exemplo 1: Repositório de dados separados uma implementação adequada deve ter um repositório de dados por cada tipo de informação: um repositório de informação pessoal do aluno, um repositório de informação de relações do aluno, um repositório de informação de segurança do aluno, um repositório de informação das preferências do aluno, um repositório de informação da performance do aluno, um repositório de informação das pastas do aluno. Exemplo 2: Repositório de dados combinados uma implementação adequada deve ter um repositório para todos os tipos de informação do aluno. Neste 47

Normas existentes exemplo, o administrador de segurança deve permitir um acesso ilimitado aos campos de preferências do aluno, enquanto restringe o acesso ao campo pessoal do aluno. Assim a informação pessoal do aluno é privada e a informação das preferências do aluno é pública, e eles são acedidos pelo mesmo repositório. A aplicação ou o utilizador pode ser desconhecedor que o mesmo repositório de dados é acedido por cada tipo de informação. 4.2.5.4 Características comuns, tipos de informação e ligações Figura 4.2 Relações entre partes da norma e outros (IEEE 1484.2.1/D8, 2001) Conceptualmente, a norma PAPI Learner está organizada em três áreas: Características comuns (Parte 1 6) as implementações podem ajustarse com a Parte 1 (Core Features) e a Parte 6 (Data Element Registry). O Core Features inclui tipo de dados que são comuns por outras Partes da norma PAPI Learnier. O Data Element Registry contém informação acerca dos campos de dados, por exemplo, espaços de valor enumerados, valores permissíveis, etc., que podem ser actualizados frequentemente. O Data Element Registry pode ser avaliado online pela Internet. A Parte 5, Registration Authority Process, descreve como os comités mantêm o Data Element Registry. A Parte 2 (Rationale), a Parte 3 (Learner Information 48

Normas existentes Security) e a Parte 4 (Examples/Illustrations) são modelos informativos, isto é as implementações não reivindicam conformidade às Partes 2 4. Tipos de Informação (Parte 21 26) este é os tipos de informação do aluno, e descrito no ponto 5.2.5.1.. Ligações (codificação, API s, Protocolos) as normas PAPI são mapeadas a várias normas, especificações e relatórios técnicos. As implementações podem ser caracterizadas pelas escolhas da coluna A, coluna B e coluna C. Por exemplo, uma implementação conforma-se à Parte 1 e 6 (coluna A) e Parte 25 (Coluna B) usando ligações de regras baseadas em XML (Coluna C). 4.2.5.5 Modelo de Metadados Figura 4.3 O modelo de metadados (IEEE 1484.2.1/D8, 2001) Os metadados descrevem a informação acerca dos campos de dados. Porções significantes das Partes 1 6 e 21 26 do PAPI Learner contém formulários que é metadados. Os metadados podem ser estruturados em forma de tabela, por exemplo, metadados registry, ou organizados de outro modo. Os metadados podem ser armazenados e recuperados electronicamente, por exemplo, um registry de metadados electrónico, ou podem ser armazenado numa form que não disponha de processo automático. 49