MÉTODO PILATES- UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO PARA ALGIAS EM GESTANTES: RELATOS DE EXPERIÊNCIA

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Transcrição:

MÉTODO PILATES- UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO PARA ALGIAS EM GESTANTES: RELATOS DE EXPERIÊNCIA Nova Fisio, Revista Digital. Rio de Janeiro, Brasil, Ano 15, nº 87, Julho/Agosto de 2012. http://www.novafisio.com.br Método pilates- uma opção de tratamento para algias em gestantes: relatos de experiência PILATES METHOD AN OPTION FOR TREATMENT PAINS IN PREGNANT: EXPERIENCE REPORTS Por: DORNELLES, L. K.*, VAUCHER, D. S.**. * Acadêmica do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano UNIFRA, Santa Maria, RS, Brasil. e-mail: luiseledornelles@yahoo.com.br ** Professora orientadora e docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano UNIFRA, Santa Maria, RS, Brasil. e-mail: danivaucher@yahoo.com.br. Revisado por: Rodrigo Silva Perfeito (rodrigosper@yahoo.com.br) Nova Fisio, Revista Digital. Rio de Janeiro, Brasil, Ano 15, nº 87, Julho/Agosto de 2012. http://www.novafisio.com.br Resumo: Introdução: A gravidez se configura como um período de mudanças físicas, emocionais, existenciais, sexuais além de queixas álgicas e limitações das atividades. Objetivo: Analisar a eficácia do Método Pilates nas algias do período gestacional e sua interferência no emocional e sexualidade. Metodologia: A amostra foi composta por três (3) gestantes com algum quadro álgico. A coleta de dados fez-se a partir de uma ficha de avaliação com a anamnese, ficha de avaliação postural adaptada4, escala de graduação da dor (CR-10)14 e um questionário sobre aspectos emocionais e sexuais validado. Após avaliações realizaram-se dezessete (17) sessões de pilates, em dois encontros semanais com vinte e três (23) exercícios. Resultados: Na graduação de dor houve diminuição,

sendo que uma apresentou aumento do quadro álgico, e na última avaliação duas delas mantiveram-se com a mesma intensidade, enquanto a outra referiu diminuição progressiva. Quanto às regiões álgicas houve uma diminuição significativa, com duas delas mantendo-se na última avaliação com o mesmo número de regiões e uma apresentando um aumento das mesmas. As regiões álgicas evidenciadas foram com 100% do grupo apresentando lombalgia, 100% com dor em trapézio inferior, 66% dor na região da panturrilha e 33% em região dorsal. Observaram-se as alterações posturais comuns do período gestacional. Referentes aos aspectos emocionais todas relataram modificação da vida sexual, considerando tranquila a vida conjugal. Conclusão: Este estudo comprovou a eficácia do Método Pilates como minimizador dos desconfortos álgicos referidos na gestação, proporcionando uma melhor qualidade de vida, sem que interfira nas suas atividades diárias. Palavras-chave: algias, emocional, gestação, método pilates. Abstract: Introduction: Pregnancy is configured as a period of physical, emotional, existential, as well as sexual pain complaints and limitations of their activities. Objective: To assess the effectiveness of Pilates in the localized pains during pregnancy and its interference in the emotional and sexuality. Methodology: The sample was composed of three (3) women with a painful picture. Data collection was made from an evaluation form with a clinical history form adapted4 postural evaluation, rating scale of pain (CR-10)14 and a questionnaire on emotional and sexual validated. After evaluations were conducted seventeen (17) pilates sessions, two weekly meetings with twenty-three (23) exercises. Results: The degree of pain decreased and an increase of pain symptoms, and the last evaluation two of them remained with the same intensity, while the other indicated a progressive decrease. For regions algic significant reduction, with two of them remained in the last evaluation with the same number of regions and one showing an increase of the same. The regions were highlighted algic with 100% of the group with low back pain, 100% with pain in lower trapezius, 66% pain in the calf and 33% in urban areas dorsal. As algic were evident with 100% of the group with low back pain, 100% with pain in lower trapezius, 66% pain in the calf and 33% in the dorsal region. Observed postural changes common during pregnancy. On the emotional aspects all reported change in sexual life, considering quiet married life. Conclusion: This study confirmed the effectiveness of Pilates as minimizing the discomforts during pregnancy such pain conditions, providing a better quality of life, without interfering in their daily activities. Keywords: pains, emotional, pregnancy, pilates method. Introdução

A gravidez se configura como um período de várias mudanças físicas, emocionais, existenciais e também sexuais que, é vivenciado, pelas mulheres, de forma singular (MOREIRA, 2006). Pode-se considerar a gestação como uma fase de grande tensão, pois a expectativa gerada antes e durante esse período é enorme, tratando-se de um evento que apresenta implicações psicodinâmicas inclusive para familiares das gestantes (FLORES, 2007). Na descoberta da gravidez, a mulher pode vivenciar momentos de esplendidez por saber da espera de um bebê e experimentar uma realização mútua com seu parceiro, já que é o resultado da união de ambos. Porém, a ocorrência de instabilidade emocional também pode acontecer pelo fato de a mãe achar que não está preparada para ter um filho (TABORDA e DEUTCH, 2004), e entre outros fatores como sócio-econômicos afetivos e sentimentos sobre si e seu corpo. Além disso, alteração no desejo sexual pode ser vivenciada pelo casal, devido alterações e desconfortos enfrentados pela gestante combinados com o medo do parceiro em machucar o feto e/ou prejudicar a gestação (STEPHENSON e O CONNOR, 2004). Inúmeras mudanças hormonais e biomecânicas ocorrem durante a gestação no corpo da mulher e são necessárias para um perfeito crescimento e desenvolvimento fetal. O constante crescimento do útero é considerado uma das principais causas dessas mudanças na estática e na dinâmica do esqueleto da gestante (MANN et al., 2008). Diversas alterações o organismo materno enfrenta durante a gravidez, resultado da liberação hormonal que afeta diretamente a execução usual dos sistemas do corpo, e consequentemente a postura corporal. Essas alterações de postura tornam-se evidentes após o centro de gravidade deslocar-se anteriormente (BARACHO, 2007). Como resultado dessas mudanças e adaptações peculiares da gravidez, torna-se comum o aparecimento de algias, queixas por parte das futuras mães e até limitações das suas atividades diárias e profissionais. O exercício físico aplicado às gestantes é capaz de proporcionar bem-estar, diminuição da ansiedade, evita depressão puerperal e gestacional, diminuição da percepção de dores e desconfortos, consequência da liberação de neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer (ARTAL e ARTAL, 1999), além de desempenhar um papel importante na intervenção imediata na prevenção de disfunções (HALL e BRODY, 2007). O Método Pilates surge como opção de tratamento, já que busca um condicionamento físico e a integração do corpo e da mente, proporcionando um aumento das capacidades de força, controle, equilíbrio muscular e consciência corporal (CAMARÃO, 2004). Este estudo tem como temática a utilização do Método Pilates nas diversas algias consequentes das profundas adaptações anatômicas, fisiológicas e bioquímicas que ocorrem nas mulheres durante a gravidez (CUNNINGHAM et al., 2000). Portanto, descreve-se sobre a gestação, suas alterações e a influência do Método Pilates como intervenção fisioterapêutica na busca de uma melhor qualidade de vida durante e no decorrer desta etapa. Partindo do princípio que as atividades mais confortáveis e toleradas pela gravidez são as que oferecem baixo impacto e sem peso adicional, o Pilates se

adequa como método eficiente e ideal para realização no período gestacional (ACOG, 2002; ACOG, 2004). A técnica proporciona controle de movimentos, conhecimento do corpo e mensagens dadas por ele, amenização da ansiedade e a possibilidade de um final de gestação tranquila, sendo assim considerado um método completamente seguro e eficaz para a mãe e para o feto (PINZÓN, 2007). A Fisioterapia visa melhorar as condições físicas da mulher através das capacidades de desempenhar atividades direcionadas, bem como, com a prescrição de programas personalizados e especializados de acordo com suas necessidades. Diante do que foi exposto, o objetivo deste trabalho foi analisar a eficácia do Método Pilates nas algias decorrentes do período gestacional e sua interferência no emocional e na sexualidade. Metodologia O presente trabalho foi desenvolvido nas dependências do Sistema Integrado de Saúde (SIS) do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), na cidade de Santa Maria, RS. Quanto aos aspectos éticos foram consideradas as diretrizes para pesquisa com seres humanos para a proteção dos direitos dos envolvidos na mesma, apontados pela resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (1991) assim como, o deferimento da Comissão de Ética da Unifra, com o protocolo 189.2009.2. Primeiramente entrou-se em contato com a instituição sobre a viabilidade da mesma na execução do projeto, e contatos com médicos obstetras sobre o encaminhamento de gestantes para o estudo. Inicialmente a pesquisa contou com seis (6) gestantes, havendo desistência de três delas, logo, não puderam ser incluídas na análise final. A amostra de estudo então foi constituída por três (3) gestantes, estas que já se apresentavam com o primeiro trimestre gestacional completo e com liberação de seu médico responsável para a realização segura das atividades propostas. As gestantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias, permitindo sua participação e a posterior divulgação dos resultados da pesquisa. Para a seleção da amostra foi considerado o período gestacional, sendo que as mesmas deveriam estar com primeiro trimestre de gestação já completo, além da instalação e/ou exacerbação de alterações posturais e a presença de algum quadro álgico. Foram excluídas da pesquisa as que não apresentavam quadro de dor, que possuíam algum fator de risco para a gestação e as com idade gestacional avançada que inviabilizasse a conclusão do estudo. O instrumento para coleta de dados foi constituído de uma ficha de avaliação com dados pessoais, anamnese da gestante e uma ficha de avaliação postural adaptada para a avaliação de pacientes obstétricas (STEPHENSON e O CONNOR, 2004). A avaliação postural se fez através de observação direta, com o auxílio de um posturógrafo, sendo que as gestantes com prévio aviso compareceram com roupas leves e de fácil manuseio. Para a avaliação do quadro álgico foi utilizada a Escala (CR-10) de Borg para a mensuração da dor (SOUSA

e SILVA, 2005), a pontuação das regiões álgicas foi feita através de duas imagens no plano frontal com vista posterior e anterior, sendo que as mesmas deveriam grifar suas áreas dolorosas, e um questionário validado sobre sexualidade e aspectos emocionais. Após as avaliações, as gestantes foram submetidas às sessões de Pilates moderno em grupo com vinte e três (23) exercícios (CAMARÃO, 2004; CAMARÃO, 2005; TAO PILATES, 2005), com a utilização de bolas suíças e colchonetes. Estes foram pré-estabelecidos, visando à correção ou estabilização das alterações posturais, e assim amenizando o quadro de dor referido pelas gestantes, quadro este possivelmente consequente das adaptações posturais. Os mesmos foram executados em sua totalidade conforme situação aceitativa e momentânea das participantes. Agregados a esse programa de exercícios foram realizados exercícios perineais (GROSSE e SENGLER, 2002), com o objetivo preventivo. Os exercícios de pilates se mantiveram os mesmos durante todo o estudo, sendo que as modificações foram no que diz respeito às repetições, iniciando com cinco (5) e sete (7), respectivamente. A aplicação do projeto foi de dois (2) meses no período de setembro a outubro de 2009, com duas sessões semanais, no final do turno vespertino, com duração de quarenta (40) minutos totalizando dezessete (17) encontros. Nas sessões os exercícios eram demonstrados e durante a execução pelas gestantes eram aprimorados conforme a necessidade, sendo que no início de cada terapêutica havia a verificação da pressão arterial, para controle deste sinal vital. As gestantes foram avaliadas inicialmente e reavaliadas em mais dois momentos, que foram na metade e término das aplicações do método, totalizando três (3) avaliações. Os resultados compreenderam em uma abordagem quanti-qualitativa, que traduzem em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las (MENEZES e SILVA, 2001). Para caracterizar a amostra a análise foi realizada através de gráficos e por descrição de resultados. O questionário emocional e sexual foi analisado de forma qualitativa, pois essa abordagem mantém a forma literal dos dados (LAVILLE e DIONNE, 1996). Para preservação da identidade das participantes, como denominação das mesmas utilizou-se números arábicos: G1, G2, G3. O modo de análise e de interpretação foi: construção iterativa de uma explicação, onde o processo de interpretação pelo pesquisador é elaborar pouco a pouco uma explicação lógica do fenômeno ou da situação estudada (LAVILLE e DIONNE, 1996). Resultados e discussão O estudo foi realizado com três (3) gestantes: G1, G2 e G3, todas multíparas e com idades gestacionais 25º, 26º e 20º semana gestacional, respectivamente. As mesmas apresentaram-se com peso inicial 75 Kg, 73 Kg e 62 Kg, progredindo para 82 kg, 80 kg, 67 kg ao término do estudo, simultaneamente. Todas ativas e sem a realização de outra atividade física concomitante com o estudo. Investigaram-se os locais de dor e a sua intensidade, alterações posturais, aspectos relacionados à sua sexualidade, sentimentos pessoais desencadeados

pela gestação, entre outros. Ao analisar a graduação de dor, o gráfico 1 mostra que todas referiram queixa álgica, como foi solicitado pelo estudo, além disso, relataram sentirem as dores diariamente, principalmente ao final do dia com diminuição no repouso. As G1 e G2 iniciaram com graduação 6 e G3 graduação 4. No segundo momento avaliativo, duas das gestantes apresentaram diminuição do quadro álgico, com G2 e G3 relatando intensidade de dor 3, já a G1 apresentou intensificação da dor para 8. Na última etapa apenas G3 relatou diminuição da dor graduada em 1. G1 e G2 mantiveram a intensidade afirmada anteriormente, 8 e 3, respectivamente. Há afirmações que os níveis de dor são crescentes no decorrer da gestação (CECIN et al., 1992). No que diz respeito às regiões álgicas, como mostra o gráfico 2 a totalidade iniciou referindo diversas áreas dolorosas, corroborando com pesquisa realizada que 57, 3% da amostra de 266 gestantes referiram dor em mais de uma região, simultaneamente (MARTINS e SILVA, 2005). O gráfico demonstra que inicialmente G1 apontou 6 áreas álgicas, G2, 5 áreas e G3, 4 focos de dor, seguidas de diminuição do número de regiões, com G1 apontando uma diminuição significativa do número de locais álgicos para um (1), G2 referindo duas (2) e G3 uma (1) área. Na última avaliação G2 e G3 mantiveram o número de regiões dolorosas, duas (2) e uma (1) respectivamente, sendo que G1 apresentou um acréscimo das regiões para em número de três (3).

Em estudo realizado cerca de 50% a 80% das gestantes relatam dor na coluna vertebral em algum período da gravidez, sendo que os locais mais referidos são as regiões lombar e/ou pélvica. A região lombar referida por 80,8%, seguida da sacroilíaca com 49,1%, torácica 36,7% e cervical 5,6% da amostra analisada (MARTINS e SILVA, 2005). Outro estudo encontrou resultados próximos do anterior, onde se verificou a maioria com dor somente na região lombar, 86,5%, sendo que em 10,6% a dor na lombar foi associada à dor dorsal e 2,9% esteve associada à cervical (LAVILLE e DIONNE, 1996). No presente estudo, outras regiões dolorosas foram evidenciadas, indo de encontro aos locais mais analisados e estudados na literatura, com 100% do grupo apresentando lombalgia, 100% com dor em trapézio inferior, 66% dor na região da panturrilha e 33% em região dorsal (gráfico 3), entre outros locais apontados estava joelhos, região anterior das pernas e pés. Em relato, G1 descreveu já sentir dor lombar antes da gestação e a denomina devido à má postura sempre adotada.

É evidenciado que as dores aumentam principalmente se a mulher apresentava esta queixa antes de engravidar (MANN et al., 2008). Este mesmo autor considera que mais da metade das gestantes sofrem de dor lombar e/ ou pélvica durante algum período da gestação. No Brasil o risco relativo de gestantes em apresentar lombalgia é quase 14 vezes maior do que o de não grávidas (MARTINS e SILVA, 2005). A dor lombar mecânica ocorre no período gestacional, parto e puerpério, tendo como o aumento generalizado do peso corporal um dos grandes fatores influentes (FERREIRA e NAKANO, 2000). Já outros autores dizem que os prováveis motivos para a lombalgia, durante esse período estão ligados à ação do hormônio relaxina que provoca mudanças na mobilidade articular e ligamentar, tornando-as mais instável e suscetível a lesões e à dor (MANN et al., 2008). No que diz respeito às alterações posturais na totalidade da amostra analisada encontrou-se as seguintes alterações: inclinação e anteriorização de cabeça, protração de ombros, hiperlordose lombar, hipercifose torácica, escoliose estrutural leve, anteversão pélvica, joelhos recurvatum, valgismo de joelhos e tornozelos. O gráfico 4 enumera as disfunções mais evidenciadas, no primeiro momento avaliativo (A1), 66% da amostra acusou anteversão pélvica, sendo que nos outros dois momentos (A2 e A3) 100% da amostra apresentou a alteração. Na mesma (A1), 100% apresentaram valgismo de joelhos, anteriorização de cabeça e protração de ombros, mantendo-se em sua totalidade nas outras etapas analisadas, sendo que o primeiro acentuou-se no decorrer das avaliações. Enquanto 33% apresentaram hiperlordose lombar em (A1), 66% em (A2) e 100% em (A3).

As adaptações do sistema osteoarticular são determinadas pelo ganho de peso materno progressivo, associado ao aumento considerável do volume do abdomem e das mamas e a ação de hormônios placentários (DE CONTI et al., 2003). Na observação aos movimentos durante a execução das fases da marcha, verificou-se que inicialmente todas elas enquadraram-se nos padrões fisiológicos. Entretanto, nas avaliações posteriores houve alterações progressivas na execução dos movimentos durante as fases da mesma, sendo que uma das gestantes apresentou alterações mais acentuadas e importantes. Devido alterações posturais, são comuns desconfortos musculoesqueléticos na região do tronco e nos membros inferiores, que podem levar à posição imperfeita dos pés das gestantes, algias na coluna e nos membros inferiores, provocar mudanças na marcha e, até mesmo, impotência funcional para alguns movimentos (RIBAS e GUIRRO, 2007). Em estudo referente à análise da marcha encontrou-se grande oscilação ântero-posterior no grupo de gestantes de terceiro trimestre em relação ao grupo primeiro trimestre, sugerindo uma redução do equilíbrio nessa fase (RIBAS e GUIRRO, 2007). Alterações posturais que influenciam aspectos relacionados à marcha destas gestantes foram evidenciadas na totalidade da amostra, tais como: aumento da base de sustentação, aumento do ângulo de tales e acentuação das alterações posturais mais significativas como: anteriorização e inclinações da cabeça, protração de ombros, hiperlordose lombar e valgismo dos joelhos. No início do estudo, apenas uma delas relatou diminuição do equilíbrio dinâmico, porém ao final todas relataram algum déficit. Quanto ao aspecto emocional, todas começaram o trabalho relatando sentirem-se muito bem e felizes nesta fase, com uma delas referindo alteração de humor.

Muito Bem! (G1) Muito feliz e realizada, realizando mais um sonho! (G2) Bem, às vezes com leve alteração de humor! (G3) Quantos às AVD s afirmaram estarem dispostas para a realização das mesmas, sendo que uma relatou que realiza com maior cuidado. Posteriormente, as três gestantes relataram declínio na disposição, devido cansaço e sonolência, passando a perceberem-se cansadas, doloridas, e uma manteve-se relatando alteração no estado de humor. Nos aspectos sexuais e conjugais, duas delas referiram modificação da vida sexual durante a gestação, sendo que uma das gestantes atribuiu-a devido tamanho da barriga e dor após relação sexual na região interna das pernas, já a outra justificou pelas alterações hormonais. Algumas mulheres permanecem com a libido normal, sendo que outras referem uma diminuição na frequência das atividades sexuais no início e no final da gravidez em decorrência de desconfortos (FLORES, 2007). O crescimento da barriga, tenho um pouco de dor após relação sexual. (G1) Realmente não tenho a mínima vontade de manter relação sexual, além de o meu marido ter medo de machucar o bebê. (G2) Geralmente à noite a sonolência é bem intensa o que às vezes dificulta o interesse sexual. (G3) Nas avaliações posteriores, todas as gestantes relataram modificação da vida sexual, sendo que duas denominaram como consequência do cansaço, sono intenso e alteração do desejo sexual, e uma referiu preocupação de desencadeamento do rompimento precoce das membranas, além de duas informarem medo do pai em machucar o bebê durante o ato sexual. A relação conjugal foi referida durante todo o estudo como boa e tranquila. A barriga quando muito grande afeta a auto-estima da mulher, e as preocupações com o parto tomam toda a energia. O marido, por sua vez, tem medo de ferir o bebê ou de precipitar o parto com a relação e tende a não procurar a parceira (UNIFESP, 2009). De acordo com algumas pesquisas, a atividade sexual, durante a gravidez, costuma sofrer uma redução de 40% a 60%, em virtude de vários fatores. Portanto, não é sensato negar as contundentes alterações físicas que acontecem na mulher, tais como, o crescimento abdominal, a sensibilidade mamária, a maior lubrificação vaginal, entre outros. Todas essas são alterações orgânicas que as mulheres experimentam durante a gestação e que podem influir fortemente na vida sexual do casal. E não se trata de uma interferência por carência de afeto ou de sentimentos, mas por gerarem desconforto. Pouco mais da metade das grávidas mantêm relacionamento sexual duas a três vezes por semana até o início do terceiro trimestre, e mais da metade abstém-se três a seis semanas antes do parto (MATERNOFETAL, 2009). Tranquila. Nosso bebê foi planejado e está sendo aguardado com muita ansiedade. (G1)

Boa, como a gravidez foi planejada, estamos curtindo muito a chegada de mais um bebê. (G2) Muito boa, somos bastante companheiros, ele compreende bem as mudanças que a gestação vai proporcionando. (G3) Todas as participantes se mostraram atentas e dedicadas durante a prática dos exercícios de pilates, realizando com grande concentração, suavidade e leveza a execução dos exercícios. O Pilates proporciona uma maior interação mãe e feto e o aumento da segurança física e mental pré e pós-parto (PINZÓN, 2007). As participantes em sua totalidade afirmaram estarem satisfeitas com os resultados que o método proporcionou, pois suas queixas diminuíram comparando-as o início e final do estudo. O exercício reduz e previne as lombalgias, devido à orientação da postura correta da gestante frente à hiperlordose que comumente surge durante a gestação. Nestes casos, o exercício físico contribuirá para adaptação de nova postura física, refletindo-se em maior habilidade para a gestante durante a prática da atividade física e do trabalho diário (HARTAMANN e BUNG, 1999). Ainda não existem recomendações padronizadas de atividade física durante a gestação. No entanto, frente à ausência de complicações obstétricas, o American College of Obstetricians and Gynecologists, recomendou que a atividade física desenvolvida durante a gestação, tenha por características exercícios de intensidade regular e moderada. O programa deve ser voltado para o período gestacional em que se encontra a mulher, com as atividades centradas nas condições de saúde da gestante. Sendo assim, o Método Pilates oferece exercícios com técnicas ideais para serem aplicadas na fase da gestação (ACOG, 2002; ACOG, 2004). Em estudo com a aplicação do Pilates Postural para Gestantes (PPG) na prevenção de lombalgia, não houve intercorrência com as gestantes durante a prática do PPG, ele trouxe efeitos positivos na minimização dos agravos causados pela lombalgia na população estudada (MACHADO, 2006). Não se encontrou na literatura, qualquer tipo de padronização de atividade recomendada por órgãos especializados. Cada autor estabeleceu o tipo de atividade de interesse no estudo, sua duração, intensidade e frequência, dificultando assim a comparação dos resultados encontrados nos diferentes artigos. Todavia, tendo por base a revisão, conclui-se que quando indicada, a prática de atividade física regular, moderada, controlada e orientada pode produzir efeitos benéficos sobre a saúde da gestante e do feto (BATISTA et al., 2003). Considerações finais Considerando a gestação como um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher com ocorrência de inúmeros desequilíbrios físicos e mentais, faz-se necessário o surgimento de técnicas específicas e direcionadas para este público que visem reduzir esses desequilíbrios e desconfortos enfrentados na fase gestacional. Sendo assim, este estudo evidenciou o Método Pilates como minimizador dos desconfortos álgicos referidos na gestação, proporcionando as gestantes uma

gravidez com melhor qualidade de vida, sem que interfira diretamente nas suas atividades diárias. Consideram-se ainda insuficientes os trabalhos publicados e literatura com enfoque na prática da atividade física durante a gestação, bem como informações sobre sua indicação, especialmente utilizando-se o Método Pilates, dificultando o aprofundamento do tema. Por isso, necessita-se de mais estudos, com um número maior de amostra para comparação dos resultados. Referências bibliográficas ACOG (American Collage of Obstetricians and Gynecologists). Exercise during pregnancy and the postpartum period. Obstet. Gyneco. 2002; 99: 171 173. ACOG ( American Collage of Obstetricians and Gynecologists): Exercise during pregnancy and the postpartum period. Technical Bulleti. 2004; 189. ARTAL, M; ARTAL, R. Aspectos emocionais do exercício na gravidez. In: ARTAL, R; WISWELL, A.R; DRINKWATER, L.R.. O exercício na gravidez. São Paulo: Editora Manole; 1999. 2.ed. BARACHO, E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2007. 4. ed. BATISTA, D et. al. Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e crescimento fetal. Rev Bras Saude Mater Infant.; 2003 Abr-Jun; 3 (2). CAMARÃO, T. Pilates com bola no Brasil: corpo definido e bem-estar. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2005. CAMARÃO T. Pilates no Brasil: corpo e movimento. Rio de Janeiro: Editora Elsever, 2004. 3. ed. CECIN, H; BBICHUETTI, J; DAGUER, M; PUSTRELO, M. Lombalgia e gravidez. Rev Bras Reumatol.; 1992;32(2):45-50. CUNNINGHAM, et al. Willians Obstetrícia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000. 20. ed. DE CONTI, M; CALDERON, I; RUDGE, M. Desconfortos músculoesqueléticos da gestação: uma visão obstétrica e fisioterápica. Femina.;2003; 31(6): 531-5. FERREIRA, C; NAKANO, A. Lombalgia na gestação: etiologia, fatores de risco e prevenção. Femina.; 2000; 28(8): 435-8. FLORES, A. Sexualidade na gestação: mitos e tabus. [monografia] Revista Científica de Psicologia.; 2007 jul: (1).

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