O ENSINO DE ESPANHOL COMO LÍNGUA EXTRANGEIRA NAS ESCOLAS DE ENSINO MEDIO.



Documentos relacionados
A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

ENSINO FUNDAMENTAL. De acordo a LDB 9394/96 o Ensino Fundamental, juntamente com a Educação Infantil e o Ensino Médio, compõe a Educação básica.

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

Projeto recuperação paralela Escola Otávio

UTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARES EDUCACIONAIS PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS.

Se você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos

IESG - INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE GARÇA LTDA. Rua América, 281 Garça/SP CEP (14)

SUPERANDO TRAUMAS EM MATEMÁTICA

O estudante de Pedagogia deve gostar muito de ler e possuir boa capacidade de concentração porque receberá muitos textos teóricos para estudar.

Orientações para informação das turmas do Programa Mais Educação/Ensino Médio Inovador

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: UM BREVE ESTUDO

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE

INÉDITO! COM ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID

GESTÃO DO COOPERATIVISMO CRÉDITO PESSOAS RISCOS PLANEJAMENTO INFORMAÇÃO - FINANÇAS

PROPOSTA PEDAGOGICA CENETEC Educação Profissional. Índice Sistemático. Capitulo I Da apresentação Capitulo II

Ensino Superior vive aumento acelerado

MANUAL DO CURSO SUPERIOR TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL QP EM CONTACT CENTER

INSTITUIÇÕES E FUNDAÇÕES

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES

CONSIDERAÇÕES SOBRE USO DO SOFTWARE EDUCACIONAL FALANDO SOBRE... HISTÓRIA DO BRASIL EM AULA MINISTRADA EM LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

Faculdade de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra:

TREINAMENTO PARA A 1ª FASE DA PROVA DA OBMEP: A E.B.M. PROFESSORA CLOTILDE RAMOS CHAVES

PERSPECTIVAS CURRICULARES NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

Formação e Gestão em Processos Educativos. Josiane da Silveira dos Santos 1 Ricardo Luiz de Bittencourt 2

VESTIBULAR: Uma escolha profissional que interliga a família e a escola

UTILIZANDO PROGRAMAS EDUCACIONAIS

Duração: 8 meses Carga Horária: 360 horas. Os cursos de Pós-Graduação estão estruturados de acordo com as exigências da Resolução CNE/CES nº 01/2007.

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

4UNIVERSIDADE DO CORRETOR

2. METODOLOGIA DO TRABALHO DESENVOLVIDO NA PASTORAL DO MENOR E DO ADOLESCENTE

ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Profa. Me. Michele Costa

CURSINHO POPULAR OPORTUNIDADES E DESAFIOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DOCENTE

PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA

Profissionais de Alta Performance

Escola Superior de Ciências Sociais ESCS

RELATÓRIO DE TRABALHO DOCENTE OUTUBRO DE 2012 EREM JOAQUIM NABUCO

DIVULGAÇÃO DE CURSO. Projeto de Extensão PET Engenharia de Alimentos

AS RELAÇÕES DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO REGULAR INCLUSIVO

Especialização em Atendimento Educacional Especializado

Introdução. Conheça mais sobre educação a distância através do programa Mundo EAD. Apresentação:

Informações gerais Colégio Decisão

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

O ENSINO DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA EDUCAÇÃO DOS JOVENS E ADULTOS EM UMA ABORDAGEM CTS 1. Educação Matemática na Educação de Jovens e Adultos GT 11

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO BÁSICO: PROJETO AMBIENTE LIMPO

A Ponte entre a Escola e a Ciência Azul

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

O Indivíduo em Sociedade

Diretrizes: 1. Cumprir as metas do Compromisso Todos Pela Educação- TPE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

Leitura e Literatura


REFORÇO AO ENSINO DE FÍSICA PARA CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS DO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Multimídia

A INCLUSÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Débora Regina Tomazi FC UNESP- Bauru/SP Profa. Dra. Thaís Cristina Rodrigues Tezani.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

Curso de Especialização em EDUCAÇÃO DO CAMPO

A EXTENSÃO EM MATEMÁTICA: UMA PRÁTICA DESENVOLVIDA NA COMUNIDADE ESCOLAR. GT 05 Educação Matemática: tecnologias informáticas e educação à distância

O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PROGRAMA ESCOLA ZÉ PEÃO

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

O mundo lá fora oficinas de sensibilização para línguas estrangeiras

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E AS DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FORTALEZA

A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO BIOLÓGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

EXTENSÃO DE ESPANHOL: CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DOS ALUNOS, DA CIDADE DOS MENINOS

TEATRO COMO FERRAMENTA PARA ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESPANHOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 1

A ASTRONOMIA E A EDUCAÇÃO: UMA MEDIDA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO ESPECIAL: uma experiência de inclusão

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PIBID ESPANHOL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar

A GENÉTICA NAS PROVAS DO ENEM: DADOS PRELIMINARES

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

REFLEXÕES SOBRE A EFICIÊNCIA DO USO DE UM AMBIENTE VIRTUAL NO ENSINO DE PADRÕES E SEQUÊNCIAS: UMA EXPERIÊNCIA A PARTIR DO PIBID

TEORIA E PRÁTICA: AÇÕES DO PIBID/INGLÊS NA ESCOLA PÚBLICA. Palavras-chave: Ensino; Recomendações; Língua Estrangeira.

#10 PRODUZIR CONTEÚDO SUPER DICAS ATRATIVO DE PARA COMEÇAR A

TRABALHANDO A CULTURA ALAGOANA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID DE PEDAGOGIA

NÚCLEO DE APOIO DIDÁTICO E METODOLÓGICO (NADIME)

O DESAFIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PATOS, PARAÍBA: A PROFICIÊNCIA DOS ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE PATOS

Planejamento de Marketing

CURSO DE GRADUAÇÃO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O SR. ÁTILA LIRA (PSDB-PI) pronuncia o seguinte discurso: A profissão de Administrador no Brasil completou 40 anos no

REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES TUTORES PARA O ENSINO DE TEATRO À DISTÂNCIA

Transcrição:

O ENSINO DE ESPANHOL COMO LÍNGUA EXTRANGEIRA NAS ESCOLAS DE ENSINO MEDIO. Déborha Maria Bezerra Barreto Silva (UEPB) deborha_maria@hotmail.com Mayara Nascimento Lopes (UEPB) malopeslinda@hotmail.com Rickison Cristiano de Araújo Silva (UEPB) Rickison_cristiano@hotmail.com Sonály Silva Guedes ( UEPB) sonalyguedees@gmail.com INTRODUÇÃO A língua Espanhola, uma das cinco línguas mais falada no mundo e segundo idioma de comunicação internacional, vem conquistando seu espaço na atualidade e com isso cresce a demanda de brasileiros que pretendem aprender uma segunda língua, e o espanhol acaba se tornando a opção de muitos, já que estamos rodeados de países que falam o idioma e aprender uma língua estrangeira nos dias atuais é de extrema importância, pois vivemos em um mundo globalizado, uma era em que somos convidados a procurar estudar uma nova língua, seja por interesse de trabalho, acadêmico ou cultural, porém temos a necessidade de aprende-la, pois é algo fundamental. É neste sentido que surge o interesse de realizar uma pesquisa que trate da importância e do interesse de ter o ensino do espanhol nas escolas do nosso país, pois é uma forma de levar uma nova cultura para a sala de aula, proporcionar a aprendizagem de uma língua estrangeira, que é fundamental nos dias atuais e a expansão das demais culturas e elevar o ensino das escolas do Brasil. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, no qual partimos da Lei Nº 11.161, elaborada na intenção de inserir o ensino de espanhol nas escolas, buscamos leituras também da LDB, leituras em torno da própria língua espanhola, como a sua importância no âmbito em que vivemos, sendo ele social e escolar. Assim, nossa discussão se organiza em dois momentos. Num

primeiro, trata-se dos aspetos gerias de se estudar uma língua estrangeira, focando no espanhol, e no segundo momento temos a questão da implantação do espanhol nas escolas, com toda sua problemática. RESULTADOS E DISCUSSÃO 1. REFLEXÕES SOBRE LÍNGUA ESPANHOLA Desde os primórdios, sempre foi algo comum e fundamental estabelecer contato com outros povos, conhecer e se relacionar com eles, devido, sobretudo as necessidades comerciais, econômicas e militares. Ou seja, é indispensável o conhecimento de outro idioma para que a interação social se realize algo que faz parte da natureza humana. Com o passar dos anos, as relações econômicas e comerciais se multiplicaram, e a exigência de outro idioma crescia proporcionalmente, abrindo um vasto campo de oportunidades para aqueles que dominavam um segundo idioma e são estes, que estarão sempre à frente no mercado de trabalho. Quando se fala em Uma língua da dimensão da Espanhola em virtude de sua importância desperta o interesse de aqueles que não a conhecem (TAMARÓN, 1995), a procura e o interesse são maiores por carregar consigo o status de segunda língua mais falada e segundo idioma de comunicação internacional, além de ser mais vantajoso para os brasileiros, pelo fato de estarmos cercados por países que a tem como língua oficial e por estabelecermos inúmeros negócios com suas empresas. O espanhol oferece também o benefício cultural, pois apresenta um vasto acervo de elementos voltados para o cinema, arte, como literatura, pinturas, esculturas, histórias acerca da sociedade, personalidades de reconhecimento mundial,costumes, crenças e esporte. É neste sentido que se percebe a importância de inserir a Língua Espanhola na grade curricular do Ensino Médio das escolas brasileiras. Este processo de inserção passou por várias etapas, a primeira tentativa ocorreu em 1940, mas a inclusão não durou muito, a segunda tentativa foi em 1956, mas não chegou a sair do papel. Até 2001 todas as tentativas para tornar a Língua Espanhola parte do currículo do Ensino Médio não funcionaram. Diante de tantas investidas falhas a LDB (Lei

das Diretrizes e Bases) cancelou a obrigatoriedade do ensino da língua estrangeira, de forma que incluí-la fosse uma escolha do estado. 2. O ENSINO DE ESPANHOL COMO LÍNGUA EXTRANGEIRA NAS ESCOLAS DE ENSINO MEDIO. Em 2003 surge a lei em que o espanhol seria oferecido nas escolas, mas caberia ao aluno tê-la ou não como disciplina. Em 2005, a Lei nº. 11.161 torna a Língua Espanhola disciplina obrigatória do Ensino Médio de todas as instituições de ensino, com um prazo de cinco anos para ser efetivada. Según la ley de 2005, la enseñanza de la lengua española es de oferta obligatoria para la escuela y de matrícula facultativa para el alumno. El proceso de implementación en los currículos de nivel medio es gradual, debiendo estar concluido en un plazo de cinco años desde su sanción (esto es, 2010). (CANDEAS, 2001) Com as questões econômicas e a força que a língua espanhola obteve nestes últimos anos, iniciou-se um processo de aceitação tanto no âmbito escolar como em toda a sociedade de forma que a busca pela aprendizagem da língua espanhola partisse do próprio sujeito. Segundo Álvaro Martínez- Cachero Laseca(2009), o incremento do ensino da Língua Espanhola no Brasil deve-se, entre outros fatores, à grande demanda do espanhol nos últimos quinze anos, na educação e no MERCOSUL (Mercado Comum do Sul).Mesmo assim, o espanhol ainda não alcançou seu lugar de direito, isto é, ainda existe muita relutância em sua aceitação, em regularização da lei, na formação de profissionais e inclusive nos recursos em sala de aula e no tempo reservado para tal. Inicialmente, era oferecido apenas o curso de pedagogia, voltado para o processo de aprendizagem a partir do ensino primário, trazendo consigo programas de leitura, atividadese preparação do desenvolvimento infantil. Este, por sua vez, não se preocupava com a formação em línguas, sobretudo com língua estrangeira, é neste contexto que surge a Licenciatura em Letras, que trata agora da educação de idiomas no ensino médio. Contudo, a sociedade e sua valorização ao status, a diferença entre as classes sociais e ao poder, onde o domínio prevalece a quem tem mais dinheiro, dificultam o interesse do jovem no curso de Letras. A escolha da maioria dos jovens, parte, sobretudo da influencia da sociedade que diz que as melhores opções são medicina, direito e

algumas engenharias, onde cursos que estão ligados a formação de professores não são nada atrativos. Aqueles que optam pelas licenciaturas chegam a universidade e se deparam com um ambiente extremamente diferente daquilo que imaginavam, o curso em si deixa algo a desejar, além do mais, muitos desistem ao longo do caminho, seja por conseguir entrar em outro curso ou por diversos fatores de origem pessoal, isto sem esquecer na competência da aquisição da segunda língua que muitos não apresentam. Quando se formam, o mundo fora da universidade torna tudo mais difícil, fazendo com que desacreditem na profissão. O primeiro fator contribuinte para tal problema é a pouca carga horária, onde as aulas de língua espanhola estão reduzidas a 90 minutos, isto é, duas aulas, um dia por semana. Esta questão atrapalha bastante o trabalho do professor, pois aquilo que é ensinado naquelas duas aulas demora demais para ser reforçado e trabalhado com os alunos, atrasando os conteúdos o que dificulta o processo de aprendizagem. Neste cenário, problemas são encontrados pelo professor de espanhol: Em lugar de capacitar o aluno a falar, ler e escrever em um novo idioma, as aulas de Línguas Estrangeiras Modernas nas escolas de nível médio acabaram por assumir uma feição monótona e repetitiva que, muitas vezes, chega a desmotivar professores e alunos, ao mesmo tempo em que deixa de valorizar conteúdos relevantes á formação educacional dos estudantes (BRASIL, 1999) Assim, acaba causando a desmotivação tanto do aluno quanto do professor, pois uma aula expositiva sempre acaba desestimulando ainda mais o aluno fazendo com que não absorvam o necessário. Esta questão está diretamente ligada a falta de interesse por parte da direção da escola, que valorizam disciplinas como matemática ou língua portuguesa, enquanto que a língua espanhola é menosprezada, vista pelos demais como uma disciplina que não irá influenciar no passar de ano do aluno. La oferta de la lengua española por la red pública de enseñanza deberá ser hecha en el horario regular por medio de centros de enseñanza de lengua extranjera. De su parte, la red privada podrá adoptar diferentes estrategias que incluyan desde clases en el horario normal hasta cursos externos y centros de estudios de lengua moderna. (CANDEAS, 2001)

Existem outras questões a serem abordadas, mas estes são sem dúvida os dois principais problemas encontrados pelos professores de língua espanhola e tendo em vista esta situação, são visíveis as necessidades que as escolas e o ensino da língua estrangeira apresentam, tornando as reformas e melhorias possíveis de perceber e assim formar um plano de ação para tentar solucionar os problemas, como muitos professores juntamente com as escolas têm feito, utilizando estratégias como elementos lúdicos, a tecnologia e principalmente o trabalho advindo da relação entre professores e alunos. CONCLUSÃO Assim, é evidente que para atingirmos um bom resultado, o ensino da Língua Espanhola deve ser posta em prática, aceita e também estimável. Vale ressaltar que as nossas discussões neste trabalho, embora estejam em fase inicial, refletem o desejo e a vontade de que novos espaços se abram para o ensino desta língua maravilhosa. Assim é fundamental que tomemos atenção ao ensino desta língua estrangeira, em como os professores e os alunos se portam diante do ensino/aprendizagem da mesma. REFERENCIAS BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais, códigos e suas tecnologias. Língua estrangeira moderna. Brasília: MEC, 1999. pp 49-63. CANDEAS, Alessandro. La enseñanza del español en Brasil: Un compromiso de integración cultural. Disponivel em : <http://congresosdelalengua.es/cartagena/ponencias/seccion_3/37/candeas_alessandro.ht m> TAMARÓN, Marqués de. El peso de la lengua española en el mundo. Valladolid: Universidad de Valladolid, 1995. MARTÍNEZ-CACHERO LASECA, Álvaro. La enseñanza del español en el sistema educativo brasileño: situación y posibles actuaciones (ARI). Disponível em: <http://www.realinstitutoelcano.org/wps/portal/rielcano/contenido?wcm_glo BAL_CONTEXT=/elcano/elcano_es/zonas_es/ari140-2009>.