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8. PRESTAÇÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 8.1. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 8.1.1. REGRAS BÁSICAS DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição. Portanto, é um benefício temporário, pois o segurado pode, em certos casos, recuperar-se. EVENTO DETERMINANTE: Ser considerado incapaz permanentemente para o trabalho e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, observada a relação constante do Anexo I, do RPS, o qual segue abaixo: ANEXO I Relação das situações em que o aposentado por invalidez terá direito à majoração de 25%. 1 - Cegueira total. 2 - Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta. 3 - Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores. 4 - Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível. 5 - Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível. 6 - Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível. 7 - Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social. 8 - Doença que exija permanência contínua no leito. 9 - Incapacidade permanente para as atividades da vida diária. REQUISITOS PARA CONCESSÃO: A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. Isto visa evitar que ocorram fraudes contra a previdência. Pois, uma pessoa com doença incapacitante pré-existente poderia filiar-se ao sistema, com objetivo exclusivo de conseguir a aposentadoria por invalidez. A concessão de aposentadoria por invalidez, inclusive mediante transformação de auxílio-doença, está condicionada ao afastamento de todas as atividades. Desta forma, não há possibilidade de o segurado receber aposentadoria por invalidez e exercer qualquer outro tipo de atividade remunerada. Pois, o aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data do retorno. QUEM TEM DIREITO: Todos os segurados. CARÊNCIA: - 12 Contribuições Mensais; ou - Isenta de carência, nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e Ministério da Previdência Social. RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO: - 100% do Salário-de-Benefício. Acréscimo de 25% : Este acréscimo será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal e será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado. Esta é uma possibilidade em que o valor do benefício pode ultrapassar o limite máximo. Este acréscimo de 25%, cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte. Início do Benefício: Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida: I No caso do segurado empregado temos 2 regras: 1 a ) A contar do 16 o dia do afastamento da atividade. Isto, porque durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário. Verifica-se que esta situação ocorre à semelhança do auxílio-doença, em que os primeiros 15 dias de afastamento são pagos pela empresa. 2 a ) Se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias, o início será a partir da data da entrada do requerimento. II No caso dos demais segurados (segurado empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, especial ou facultativo), também haverá 2 regras: 1 a ) A contar da data do início da incapacidade. 2 a ) Se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias, o início será a partir da data da entrada do requerimento. Se o beneficiário estiver em gozo do auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez será devida a contar do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença. 8.1.2. REGRAS ESPECÍFICAS DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ Obrigações do Aposentado por Invalidez: Atualizada 08/06/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1

O segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. O aposentado por invalidez fica obrigado, sob pena de sustação do pagamento do benefício, a submeter-se a exames médico-periciais, a realizarem-se a cada 2 anos. Isto porque, pode ocorrer a recuperação da capacidade de trabalho deste beneficiário, como veremos a seguir. Recuperação da Capacidade de Trabalho: O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade deverá solicitar a realização de nova avaliação médico-pericial. E, se a perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social concluir pela recuperação da capacidade laborativa, a aposentadoria será cancelada, observado o disposto abaixo. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, serão observadas basicamente 2 regras: 1 a regra: Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela previdência social; ou b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados. O art. 475 da CLT 1 considera que o empregado aposentado por invalidez terá seu contrato de trabalho suspenso durante o prazo fixado pela previdência para a efetivação do benefício. Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho. E, sobre este assunto, o TST se pronunciou através do Enunciado n. 160, que cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após 5 anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei. 8.2. APOSENTADORIA POR IDADE 8.2.1. REGRAS BÁSICAS DA APOSENTADORIA POR IDADE. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. A aposentadoria por idade é um benefício permanente, de modo que, para o segurado é irreversível e irrenunciável 2. As idades serão reduzidas em 5 anos (vai para 60 anos homem e 55 anos mulher), no caso de trabalhadores rurais referidos na alínea "a" do inciso I, na alínea "j" do inciso V e nos incisos VI e VII do caput do art. 9º do RPS (quais sejam, aqueles trabalhadores rurais: empregados, contribuintes individuais prestadores de serviços, trabalhadores avulsos e segurados especiais) e garimpeiros que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar sem utilização de empregados. 2 a regra: Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto da 1 a regra (5 anos), ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) pelo seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; b) com redução de 50%, no período seguinte de seis meses; e c) com redução de 75%, também por igual período de seis meses, ao término do qual cessará definitivamente. O segurado que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer tempo, novo benefício, tendo este processamento normal. Se o segurado requerer qualquer benefício durante aquele período em que ele se recuperou, mas continua recebendo a aposentadoria por invalidez, esta somente será cessada, para a concessão do novo benefício, após o cumprimento do período de que tratam os item "b" da 1 a regra (após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez) e o item "a" da 2 a regra (durante seis meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade). 2 Atualizada 08/06/2010 EVENTO DETERMINANTE: Idade avançada 65 anos homem, 60 anos mulher. Com redução de 5 anos para o trabalhador rural (empregado, contribuinte individual prestador de serviço, trabalhador avulso e segurado especial) e garimpeiro (em economia familiar). REQUISITOS PARA CONCESSÃO: - 65 anos o homem, com redução para 60 anos o trabalhador rural (empregado, contribuinte individual prestador de serviço, trabalhador avulso e segurado especial) e o garimpeiro (em economia familiar) - 60 anos a mulher, com redução para 55 anos a trabalhadora rural e a garimpeira (em economia familiar) A comprovação do efetivo exercício de atividade rural será feita em relação aos meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua, durante período igual ao da carência exigida para a concessão do benefício. É importante lembrar que os professores não têm a redução de 5 anos na aposentadoria por idade, mas, terão somente, na aposentadoria por tempo de contribuição. 1 Consolidação das Leis do Trabalho Decreto-Lei 5.452/43. 2 Art. 181-B do RPS. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

QUEM TEM DIREITO: Todos os Segurados. CARÊNCIA: 180 Contribuições Mensais. RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO: 70% do salário-de-benefício, mais 1% deste por grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de 30%. A aplicação do fator previdenciário é facultativa, devendo o INSS, quando da concessão do benefício, proceder ao cálculo da renda mensal do benefício com ou sem o fator previdenciário, para que o segurado possa optar. INÍCIO DO BENEFÍCIO: A aposentadoria por idade será devida: I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico: a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após 90 dias da data de desligamento do emprego. II - para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. 8.2.2. REGRAS ESPECÍFICAS DA APOSENTADORIA POR IDADE EVENTO DETERMINANTE E REQUISITOS PARA CONCESSÃO: Tempo de contribuição. 35 anos para o homem e 30 anos para a mulher. Haverá redução de 5 anos, no caso do professor que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio. É importante notar que, considera-se função de magistério a atividade docente do professor exercida exclusivamente em sala de aula. QUEM TEM DIREITO: A princípio, todos os segurados. Com exceção de: - O segurado especial, quando não contribui facultativamente como contribuinte individual. - O contribuinte individual e o segurado facultativo que aderiram ao Plano Simplificado de Previdência Social, cuja contribuição é de 11% sobre o limite mínimo, conforme o art. 199-A do RPS. Entretanto, caso este segurado pretenda contar o tempo de contribuição correspondente, para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou de contagem recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal mediante o recolhimento de mais nove por cento, acrescido de juros. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado tenha cumprido a carência, quando este completar setenta anos de idade, se do sexo masculino, ou sessenta e cinco, se do sexo feminino, sendo compulsória, caso em que será garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria. A aposentadoria por idade poderá ser decorrente da transformação de aposentadoria por invalidez ou auxíliodoença, desde que requerida pelo segurado, observado o cumprimento da carência exigida na data de início do benefício a ser transformado. O aposentado, se estiver em atividade remunerada, será segurado obrigatório e deverá contribuir para o INSS. A renda mensal de benefício não aumentará pelas contribuições que forem feitas no decorrer do recebimento da aposentadoria. Mas há necessidade da contribuição de todos em atividade remunerada, inclusive dos aposentados ativos, pois nosso sistema é de repartição simples. 8.3. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 8.3.1. REGRAS BÁSICAS DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado após 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos, se mulher. Aposentadoria por tempo de contribuição é um benefício permanente, de modo que, para o segurado é irreversível e irrenunciável 3. 3 Art. 181-B do RPS. CARÊNCIA: 180 Contribuições Mensais. RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO 100% do Salário-de-Benefício com aplicação obrigatória do fator previdenciário. INÍCIO DO BENEFÍCIO A regra é a mesma da aposentadoria por idade. A aposentadoria por idade será devida: I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico: a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após 90 dias da data de desligamento do emprego. II - para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. 8.3.2. REGRAS ESPECÍFICAS DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Considera-se tempo de contribuição o tempo, contado de data a data, desde o início até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela previdência social, descontados os períodos legalmente estabelecidos como de suspensão de contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da atividade. No caso do contribuinte individual, cabe a este comprovar a interrupção ou o encerramento da atividade pela qual vinha contribuindo, sob pena de ser considerado em débito no período sem contribuição. Isto, porque o contribuinte individual pode prestar serviços a pessoas físicas que não informam, em GFIP, ao INSS esta prestação. Portanto, presume que o contribuinte individual estará em atividade e, conseqüentemente, obrigado a contribuir, se este não comprovar a interrupção ou o encerramento de seu trabalho. Atualizada 08/06/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3

No caso dos segurados contribuintes individuais que prestam serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; e pessoas físicas que exercem, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não, ou seja, os considerados autônomos, a comprovação da interrupção ou encerramento da atividade do contribuinte individual será feita, mediante declaração, ainda que extemporânea, e, para os demais, com base em distrato social, alteração contratual ou documento equivalente emitido por junta comercial, secretaria federal, estadual, distrital ou municipal ou por outros órgãos oficiais, ou outra forma admitida pelo INSS. 8.4. APOSENTADORIA ESPECIAL 8.4.1. REGRAS BÁSICAS DA APOSENTADORIA ESPECIAL A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. A aposentadoria especial é um benefício que tem por objetivo compensar o trabalho do segurado que presta serviços em condições prejudiciais à saúde, presumindose uma perda acelerada da integridade física, pela exposição a agentes nocivos. EVENTO DETERMINANTE: Exposição contínua e habitual a agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos, durante 15, 20 ou 25 anos. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO: A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo de 15, 20 ou 25 anos. O segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. QUEM TEM DIREITO: Empregado; Trabalhador Avulso; Contribuinte Individual quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção. CARÊNCIA: 180 Contribuições Mensais. RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO: 100% do Salário-de-Benefício. (não há aplicação do fator previdenciário) INÍCIO DO BENEFÍCIO: A regra é a mesma da aposentadoria por idade. A aposentadoria por idade será devida: I - ao segurado empregado: a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após 90 dias da data de desligamento do emprego. II - para os demais segurados (avulso e contribuinte individual cooperado de cooperativa de trabalho ou produção): a partir da data da entrada do requerimento. 8.3.2. REGRAS ESPECÍFICAS DA APOSENTADORIA ESPECIAL Tempo de Trabalho 4 Atualizada 08/06/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

Considera-se trabalho permanente, aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. Aplica-se, também, aos períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial. Assim, um empregado que trabalhe no escritório da empresa e que eventualmente se expõe a agente nocivo, não terá direito a aposentadoria especial. E, por outro lado, o empregado que trabalha permanentemente exposto aos agentes nocivos, em afastamento para gozo de benefício, em períodos de descanso e mesmo em período de férias, será contado para efeito da aposentadoria especial. Relação de Agentes Nocivos A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV do RPS. Perfil Profissiográfico Previdenciário A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário 4, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico previdenciário, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado, cópia autêntica deste documento, sob pena da multa. O INSS definirá os procedimentos para fins de concessão da aposentadoria especial, podendo, se necessário, inspecionar o local de trabalho do segurado para confirmar as informações contidas nos referidos documentos. A cooperativa de trabalho deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico previdenciário, com base nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho emitido pela empresa contratante, por seu intermédio, de cooperados para a prestação de serviços que os sujeitem a condições ambientais de trabalho que prejudiquem a saúde ou a integridade física, quando o serviço for prestado em estabelecimento da contratante. Também, a cooperativa de trabalho deverá fornecer, quando do desligamento do cooperado, cópia autêntica do atualizado perfil profissiográfico previdenciário. O mesmo se aplica à 4 Considera-se perfil profissiográfico previdenciário o documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social, que, entre outras informações, deve conter registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos. É o mapeamento das condições de trabalho e do ambiente de trabalho, descrevendo as diversas atividades do empregado no exercício de seu trabalho. empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreitada de mão-de-obra. Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho Do laudo técnico de condições ambientais do trabalho deverá constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia de proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos limites de tolerância, respeitado o estabelecido na legislação trabalhista. Suspensão da aposentadoria O beneficiário da aposentadoria especial que retornar ao exercício de atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço, ou categoria de segurado, terá sua aposentadoria suspensa, a partir da data do retorno à atividade. Conversão de Tempo de Trabalho a- Conversão de Tempo Especial para Especial Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme tabela abaixo, considerada a atividade preponderante: TEMPO A MULTIPLICADORES CONVERTER PARA 15 PARA 20 PARA 25 DE 15 ANOS - 1,33 1,67 DE 20 ANOS 0,75-1,25 DE 25 ANOS 0,60 0,80 - b- Conversão de Tempo Especial para Comum A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela: TEMPO MULTIPLICADORES A CONVERTER MULHER (PARA HOMEM (PARA 30) 35) DE 15 ANOS 2,00 2,33 DE 20 ANOS 1,50 1,75 DE 25 ANOS 1,20 1,40 A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço. As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período. c- Conversão de Tempo Comum para Especial Atualizada 08/06/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5

Esta de conversão de tempo comum para especial não está previsto na legislação previdenciária. Entretanto, seria injusto um trabalhador não poder levar à conta de sua aposentadoria seu tempo de contribuição comum. A solução, neste caso, é converter o tempo especial em comum, aposentando-se por idade ou tempo de contribuição. 8.5. AUXÍLIO-DOENÇA 8.5.1. REGRAS BÁSICAS DO AUXÍLIO-DOENÇA O auxílio-doença será devido ao segurado que, após cumprida, quando for o caso, a carência exigida, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. EVENTO DETERMINANTE Incapacidade temporária para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO Qualidade de Segurado. Incapacidade verificada em exame médico-pericial. Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. QUEM TEM DIREITO Todos os Segurados CARÊNCIA 12 contribuições mensais para auxílio-doença comum. Nenhuma carência para auxílio-doença acidentário. Será devido auxílio-doença, independentemente de carência, aos segurados obrigatório e facultativo, quando sofrerem acidente de qualquer natureza. RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO 91% do salário-de-benefício. INÍCIO DO BENEFÍCIO O auxílio-doença será devido: I - a contar do 16 o dia do afastamento da atividade para o segurado empregado; II - a contar da data do início da incapacidade, para os demais segurados; ou III - a contar da data de entrada do requerimento, quando requerido após o 30 o dia do afastamento da atividade, para todos os segurados. Quando o acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os quinze dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são contados a partir da data do afastamento. 8.5.2. REGRAS ESPECÍFICAS DO AUXÍLIO-DOENÇA 6 Atualizada 08/06/2010 - Segurado que exerce mais de uma atividade. O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela previdência social será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia médica ser conhecedora de todas as atividades que o mesmo estiver exercendo. Neste caso, o auxílio-doença será concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado, considerando-se para efeito de carência somente as contribuições relativas a essa atividade e, também, o valor do auxílio-doença poderá ser inferior ao salário Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

mínimo desde que somado às demais remunerações recebidas resultar valor superior a este. Se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o afastamento de todas. Constatada, durante o recebimento do auxílio-doença concedido nestes termos, a incapacidade do segurado para cada uma das demais atividades, o valor do benefício deverá ser revisto com base nos respectivos salários-de-contribuição. Quando o segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar definitivamente para uma delas, deverá o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, não cabendo sua transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade não se estender às demais atividades. Nesta situação, o segurado somente poderá transferir-se das demais atividades que exerce após o conhecimento da reavaliação médico-pericial. - Os primeiros quinze dias. Durante os primeiros quinze dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de doença, incumbe à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário. Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias de afastamento. Quando a incapacidade ultrapassar quinze dias consecutivos, o segurado será encaminhado à perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social. Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de 60 dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos 15 primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso. Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante 15 dias, retornando à atividade no 16 o dia, e se dela voltar a se afastar dentro de 60 dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio doença a partir da data do novo afastamento. Nesta hipótese, se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de 15 dias do afastamento, o segurado fará jus ao auxílio-doença a partir do dia seguinte ao que completar aquele período. caso se resultar seqüela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. - Reabilitação profissional. O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para exercício de outra atividade, não cessando o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez. - Licença O segurado empregado em gozo de auxílio-doença é considerado pela empresa como licenciado. A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o período de auxíliodoença a eventual diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença. - Processamento do benefício de ofício. A previdência social deve processar de ofício o benefício, quando tiver ciência da incapacidade do segurado sem que este tenha requerido auxílio-doença. - Obrigações do segurado. O segurado em gozo de auxílio-doença está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. - Cessação do auxílio-doença. O auxílio-doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, pela transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer natureza, neste Atualizada 08/06/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7

8.6. SALÁRIO-FAMÍLIA 8.6.1. REGRAS BÁSICAS DO SALÁRIO-FAMÍLIA O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado e ao trabalhador avulso que tenham saláriode-contribuição inferior ou igual a R$ 360,00 (o valor atual é de R$752,12), na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados. É o benefício pago aos segurados (empregados, trabalhadores avulsos e determinados aposentados) de baixa renda, para ajudar na manutenção dos dependentes. EVENTO DETERMINANTE Ser segurado (empregado, trabalhador avulso e determinados aposentados) de baixa renda (salário-decontribuição inferior ou igual a R$ 752,12) e, ter filho ou equiparado, menor de 14 anos ou inválido. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO Apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estes, menores de 14 anos ou inválidos. Apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade. Apresentação de comprovação semestral de freqüência à escola do filho ou equiparado, a partir dos sete anos de idade. A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser verificada em exame médico-pericial a cargo da previdência social. QUEM TEM DIREITO Segurado Empregado 5 e o Trabalhador Avulso. O aposentado por invalidez ou por idade. Os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do feminino. O salário-família não se acumula com Segurodesemprego. CARÊNCIA Não há carência. RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO 6 - R$ 25,66, para remuneração até R$ 500,40, e - R$ 18,08, para remuneração entre R$ 500,41 e R$ 752,12, por filho ou equiparado. INÍCIO DO BENEFÍCIO O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade, e de comprovação semestral de freqüência à escola do filho ou equiparado, a partir dos sete anos de idade. 8.6.2. REGRAS ESPECÍFICAS DO SALÁRIO-FAMÍLIA - Pagamento do Salário-Família O salário-família será pago mensalmente: I - ao empregado, pela empresa, com o respectivo salário, e ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, mediante convênio. As cotas do salário-família, pagas pela empresa, deverão ser deduzidas quando do recolhimento das contribuições sobre a folha de salário. Quando o salário do empregado não for mensal, o saláriofamília será pago juntamente com o último pagamento relativo ao mês. O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota. II - ao empregado e trabalhador avulso aposentados por invalidez ou em gozo de auxílio-doença, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, juntamente com o benefício; III - ao trabalhador rural aposentado por idade aos sessenta anos, se do sexo masculino, ou cinqüenta e cinco anos, se do sexo feminino, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, juntamente com a aposentadoria; e IV - aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos sessenta e cinco anos de idade, se do sexo masculino, ou sessenta anos, se do sexo feminino, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, juntamente com a aposentadoria. O que ocorre quando pai e mãe são segurados Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao saláriofamília. Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido. Cessação do Salário-Famíla O direito ao salário-família cessa automaticamente: I - por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; II - quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; III - pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou IV - pelo desemprego do segurado. Termo de responsabilidade e comunicação do segurado Para efeito de concessão e manutenção do saláriofamília, o segurado deve firmar termo de responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao Instituto Nacional do Seguro Social qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do não cumprimento, às sanções penais e trabalhistas. A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família, bem como a prática, pelo empregado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento, autoriza a empresa, o Instituto Nacional do Seguro Social, o sindicato ou órgão gestor de mão-deobra, conforme o caso, a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos ou, na falta delas, do próprio salário do empregado ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. A restituição de importância recebida indevidamente por beneficiário da previdência social, nos casos 5 O doméstico NÃO! 6 Estes valores são os atualizados e mudam anualmente, conforme é alterado o valor do salário-mínimo. 8 Atualizada 08/06/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

comprovados de dolo, fraude ou má-fé, deverá ser atualizada e feita de uma só vez ou mediante acordo de parcelamento, independentemente de outras penalidades legais. Atualizada 08/06/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 9