Unidade II. Unidade II
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- Norma de Miranda Dreer
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1 Unidade II Unidade II 7 BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Os benefícios previdenciários são prestações pagas, em dinheiro, aos trabalhadores ou aos seus dependentes. Alguns deles substituem a remuneração do trabalhador que ficou, por algum motivo, impedido de exercer sua atividade. Outros são oferecidos como complementação de rendimento do trabalho ou, mesmo, independentemente do exercício da atividade. Benefícios da previdência social Pagos aos segurados Pagos aos dependentes Aposentadoria por invalidez Pensão por morte Aposentadoria por idade Auxílio-reclusão Aposentadoria por tempo de contribuição Aposentadoria especial Salário-família Salário-maternidade Auxílio-doença Auxílio-acidente Aposentadoria por invalidez Uma vez cumprida a carência exigida, quando for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxíliodoença, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível 28
2 DIREITO SOCIAL de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa condição. 1 O segurado recebe a concessão de aposentadoria por invalidez após a verificação da sua condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social, podendo ainda, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe conferirá o direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão, conforme dispõe o art. 43, 2º do RPS. A aposentadoria por invalidez será devida ao segurado empregado ou empresário a contar do: dia imediato ao da concessão do auxílio-doença, quando o segurado estiver em gozo desse benefício; 2 16º dia de afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, segurado especial ou facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas ocorrerem mais de trinta dias. Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário integral ou, ao empresário, a remuneração. 29
3 Unidade II A concessão de aposentadoria por invalidez, inclusive mediante transformação de auxílio-doença concedido na forma do art. 73 e seus parágrafos do RPS, está condicionada ao afastamento de todas as atividades. 1 2 Aposentadoria por idade Conforme consta no sítio do Ministério da Previdência Social, tem direito à aposentadoria por idade, os trabalhadores urbanos do sexo masculino a partir dos 6 anos e do sexo feminino a partir dos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem solicitar aposentadoria por idade com cinco anos a menos: a partir dos 60 anos, homens, e a partir dos anos, mulheres. Para a solicitação do benefício os trabalhadores urbanos inscritos na Previdência Social a partir de 2 de julho de 1991 precisam comprovar 180 contribuições mensais. Já os trabalhadores rurais têm de provar, com documentos, 180 meses de trabalho no campo. Os segurados urbanos filiados até 24 de julho de 1991, devem comprovar o número de contribuições exigidas de acordo com o ano em que implementaram as condições para requerer o benefício, conforme tabela abaixo. Para os trabalhadores rurais, filiados até 24 de julho de 1991, será exigida a comprovação de trabalho no campo no mesmo número de meses constantes na tabela. Além disso, o segurado deverá estar exercendo a atividade rural na data de entrada do requerimento ou na data em que implementou todas as condições exigidas para o benefício, ou seja, idade mínima e carência. 30 O trabalhador rural (empregado e contribuinte individual), enquadrado como segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), pode requerer aposentadoria por idade, no valor de um salário-mínimo, até 31 de dezembro de, desde que comprove o efetivo exercício da atividade rural, ainda que de forma descontínua, em número de meses 30
4 DIREITO SOCIAL igual à carência exigida. Para o segurado especial não há limite de data. Segundo a Lei nº.666, de 8 de maio de 03, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão de aposentadoria por idade, desde que o trabalhador tenha cumprido o tempo mínimo de contribuição exigido, no ano em que completou a idade. Nesse caso, o valor do benefício será de um salário mínimo, se não houver contribuições depois de julho de Importante ressaltar que a aposentadoria por idade é irreversível e irrenunciável: depois que receber o primeiro pagamento ou sacar o PIS e/ou Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o segurado não poderá desistir do benefício. O trabalhador não precisa sair do emprego para requerer a aposentadoria. Tabela progressiva de carência para segurados inscritos até 24 de julho de 1991 Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos meses meses meses meses meses meses meses meses meses meses 01 1 meses meses meses 31
5 Unidade II meses meses meses meses meses meses 174 meses meses Fonte: Ministério da Previdência Social Aposentadoria por tempo de contribuição 1 A aposentadoria por tempo de contribuição é assegurada no regime geral de previdência social, podendo ser integral ou proporcional. Para ter direito à aposentadoria integral, o trabalhador homem deve comprovar pelo menos 3 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30 anos. Para requerer a aposentadoria proporcional, o trabalhador tem que combinar dois requisitos: tempo de contribuição e a idade mínima. Os homens podem requerer aposentadoria proporcional aos 3 anos de idade e 30 anos de contribuição (mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuição). As mulheres têm direito à aposentadoria proporcional aos 48 anos de idade e 2 de contribuição (mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 2 anos de contribuição). A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição, conforme estabelece a Lei nº.666, de 8 de maio de 03. O 32
6 DIREITO SOCIAL trabalhador terá, no entanto, que cumprir um prazo mínimo de contribuição à Previdência Social. Os inscritos a partir de 2 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuições mensais. Os filiados antes dessa data têm de seguir a tabela progressiva. Assim como a aposentadoria por idade, a aposentadoria por tempo de contribuição é irreversível e irrenunciável: a partir do primeiro pagamento, o segurado não pode desistir do benefício. O trabalhador não precisa sair do emprego para requerer a aposentadoria. Os tópicos abaixo (Aposentadoria especial e Salário-maternidade) foram extraídos do site do Ministério da Previdência Social 3. Aposentadoria especial 1 Benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a concessão do benefício (1, ou 2 anos). 2 A comprovação será feita em formulário do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), preenchido pela empresa com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCA), expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Para ter direito ao benefício, o trabalhador inscrito a partir de 2 de julho de 1991 deverá comprovar no mínimo 180 contribuições mensais. Os inscritos até essa data devem seguir a tabela progressiva. A perda da qualidade de segurado não será
7 Unidade II considerada para concessão de aposentadoria especial, segundo a Lei nº.666/03. O segurado que tiver exercido sucessivamente duas ou mais atividades em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar o prazo mínimo para aposentadoria especial, poderá somar os referidos períodos seguindo a seguinte tabela de conversão: Tempo a converter Multiplicadores Para 1 Para Para 2 de 1 anos 1,33 1,67 de anos 0,7 1,2 de 2 anos 0,60 0,80 A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela: Tempo a converter Multiplicadores Mulher (para 30) Homem (para 3) de 1 anos 2,00 2,33 de anos 1,0 1,7 de 2 anos 1, 1,40 Fonte: Ministério da Previdência Social 34
8 DIREITO SOCIAL Salário-família O salário-família é o benefício devido ao segurado empregado e ao trabalhador avulso de baixa renda, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, menores de 14 anos, ou inválidos de qualquer idade. Considera-se trabalhador de baixa renda o que recebe remuneração de até R$ 8,18. Esse valor é atualizado, em regra, anualmente. 1 2 O pagamento do salário-família em decorrência de filho ou equiparado inválido será feita após verificação em exame médico-pericial a cargo da Previdência Social. A cota do salário-família consiste em um valor fixo pago mensalmente ao segurado, por filho, que atenda às exigências legais. Existem duas faixas salariais para a concessão desse benefício. De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF nº 333, de 29 de junho de, o valor do salário-família será de R$ 27,64, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 39,03. Para o trabalhador que receber de R$ 39,04 até R$ 8,18, o valor do salário-família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ 19,48. A empresa deverá pagar o salário-família ao empregado juntamente com sua remuneração mensal. A mesma deverá compensar-se dos valores despendidos com o pagamento desse benefício na guia de recolhimento da contribuição previdenciária (GPS). 30 Importante ressaltar que, quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família, mesmo que trabalhem na mesma empresa. 3
9 Unidade II O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da Certidão de Nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de Atestado de Vacinação Obrigatória, até 6 anos de idade, e de comprovação semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, a partir dos 7 anos. Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar Termo de Responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao INSS qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, como o falecimento do filho. O direito ao salário-família cessa automaticamente: 1 por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; 2 pelo desemprego do segurado. Salário-maternidade As trabalhadoras que contribuem para a Previdência Social têm direito ao salário-maternidade durante os 1 dias em que ficarem afastadas do emprego por causa do parto. O benefício foi estendido também para as mães adotivas e, a partir de , para a segurada desempregada (empregada, trabalhadora avulsa e doméstica), cujas 36
10 DIREITO SOCIAL contribuições (contribuinte individual, facultativa) cessaram, e segurada especial, desde que mantida a qualidade de segurado. O salário-maternidade é concedido à segurada que adotar uma criança ou ganhar a guarda judicial para fins de adoção: se a criança tiver até um ano de idade, o saláriomaternidade será de 1 dias; se tiver de um ano a quatro anos de idade, o saláriomaternidade será de 60 dias; 1 se tiver de quatro anos a oito anos de idade, o saláriomaternidade será de 30 dias. Para a concessão do salário-maternidade não é exigido tempo mínimo de contribuição das trabalhadoras empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas, desde que comprovem sua filiação nesta condição, na data do afastamento ou na data do parto, para fins de salário-maternidade. A contribuinte facultativa e a individual têm que ter pelo menos dez contribuições para receber o benefício. A segurada especial receberá o salário-maternidade se comprovar no mínimo dez meses de trabalho rural. Se o nascimento for prematuro, a carência será reduzida no mesmo total de meses em que o parto foi antecipado. 2 Considera-se parto, o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana de gestação, inclusive natimorto. Nos abortos espontâneos ou previstos em lei (estupro ou risco de morte para a mãe), será pago o salário-maternidade por duas semanas. 37
11 Unidade II A trabalhadora que exerce atividades ou tem empregos simultâneos tem direito a um salário-maternidade para cada emprego/atividade, desde que contribua para a Previdência nas duas funções. 1 2 O salário-maternidade é devido a partir do oitavo mês de gestação (comprovado por atestado médico) ou da data do parto (comprovado pela Certidão de Nascimento). A partir de setembro de 03, o pagamento do saláriomaternidade das gestantes empregadas passará a ser feito diretamente pelas empresas, que serão ressarcidas pela Previdência Social. As mães adotivas, contribuintes individuais, facultativas e empregadas domésticas terão de pedir o benefício nas Agências da Previdência Social. Em casos comprovados por atestado médico, o período de repouso poderá ser prorrogado por duas semanas antes do parto e ao final dos 1 dias de licença. Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à empregada gestante, efetivando-se a compensação, de acordo com o disposto no art. 248, da Constituição Federal, à época do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço. A empresa deverá conservar durante (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes. Auxílio-doença 30 O auxílio-doença é o benefício devido ao segurado que ficar incapacitado para seu trabalho ou para a atividade habitual por mais de 1 dias consecutivos. Da mesma forma que a aposentadoria por invalidez, não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao RGPS 38
12 DIREITO SOCIAL já sendo portador de doença ou lesão invocada como causa da concessão do benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier, por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. 1 2 No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 1 dias são pagos pelo empregador, e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. No caso do contribuinte individual (empresário, profissionais liberais, trabalhadores por conta própria, entre outros), a Previdência paga todo o período da doença ou do acidente (desde que o trabalhador tenha requerido o benefício). Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social por, no mínimo, 12 meses. Esse prazo não será exigido em caso de acidente de nenhuma natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho). Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia médica da Previdência Social. O trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico periódico e participar do programa de reabilitação profissional prescrito e custeado pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso. O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez. 30 Auxílio-acidente Benefício pago ao trabalhador segurado, exceto o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua capacidade de trabalho. Tais sequelas, definitivas, devem implicar em: a) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam; b) redução da 39
13 Unidade II capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exercia na época do acidente; c) impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam na época do acidente, porém que permita o desempenho de outra, após o processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do INSS. O auxílio-acidente é concedido para segurados que recebiam o auxílio-doença. 1 Para concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo mínimo de contribuição, mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social. O auxílio-acidente, por ter caráter de indenização, pode ser acumulado com outros benefícios pagos pela Previdência Social exceto aposentadoria. No entanto, o benefício deixa de ser pago quando o trabalhador se aposenta. Pensão por morte A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: I- do óbito, quando requerida até 30 dias depois deste; II- do requerimento, quando requerida após 30 dias do óbito, ou; 2 III- da decisão judicial, no caso de morte presumida 4. 4 A pensão poderá ser concedida por morte presumida nos casos de desaparecimento do segurado em catástrofe, acidente ou desastre. Serão aceitos como prova do desaparecimento: Boletim de Ocorrência da Polícia, documento confirmando a presença do segurado no local do desastre, noticiário dos meios de comunicação e outros. Nesses casos, quem recebe a pensão por morte terá de apresentar, de seis em seis meses, documento sobre o andamento do processo de desaparecimento até que seja emitida a Certidão de Óbito. 40
14 DIREITO SOCIAL Para concessão de pensão por morte, não há tempo mínimo de contribuição, mas é necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o trabalhador tinha qualidade de segurado. Se o óbito ocorrer após a perda da qualidade de segurado, os dependentes terão direito à pensão desde que o trabalhador tenha cumprido, até o dia da morte, os requisitos para obtenção de aposentadoria, concedida pela Previdência Social. Auxílio-reclusão 1 2 Trata-se de uma prestação mensal que o INSS paga aos dependentes de baixa renda do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. Não há tempo mínimo de contribuição para que a família do segurado tenha direito ao benefício, mas o trabalhador precisa ter qualidade de segurado. A partir de 29 de junho de, será devido aos dependentes do segurado cujo saláriode-contribuição seja igual ou inferior a R$ 8,18 (oitocentos e dez reais e dezoito centavos), independente da quantidade de contratos e atividades exercidas. Após a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente. Esse documento pode ser a certidão de prisão preventiva, a certidão da sentença condenatória ou o atestado de recolhimento do segurado à prisão. 30 Para os segurados, com idade entre 16 e 18 anos, serão exigidos o despacho de internação e o atestado de efetivo recolhimento a órgão subordinado ao Juizado da Infância e da Juventude. 41
15 Unidade II O auxílio-reclusão deixará de ser pago: com a morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte; em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou extinção da pena; quando o dependente completar 21 anos ou for emancipado; com o fim da invalidez ou morte do dependente. 8 SERVIÇOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Além de benefícios, a Previdência Social disponibiliza serviços para os segurados e seus dependentes. Tais serviços buscam oferecer apoio aos segurados no exercício de sua atividade ou na relação com a Previdência Social e com a própria sociedade. 8.1 Serviço social 1 Tem a finalidade de prestar ao beneficiário orientação e apoio na solução de problemas de ordem pessoal e familiar e, também, à melhoria de seu relacionamento com a Previdência Social no que se refere à solução de problemas referentes a benefícios. O serviço social tem como objetivo esclarecer seus beneficiários quanto aos seus direitos sociais e o meio de exercê-los. Prioriza o atendimento aos segurados no que tange a benefício por incapacidade temporária, dando atenção especial aos aposentados e aos pensionistas. 42
16 DIREITO SOCIAL 8.2 Habilitação e reabilitação profissional Visa a oferecer aos beneficiários, parcial ou totalmente, incapacitados para o trabalho, em caráter obrigatório, independentemente de carência, e às pessoas portadoras de deficiência os meios indicados para o reingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem. Quando indispensáveis ao desenvolvimento do processo de reabilitação profissional, o INSS fornecerá aos segurados, inclusive aposentados, em caráter obrigatório, e aos seus dependentes, na medida das possibilidades do Instituto, prótese e órtese, seu reparo ou substituição, instrumento de auxílio para locomoção, equipamentos necessários à habilitação e à reabilitação profissional, transporte urbano e alimentação, assim como, na medida das possibilidades do Instituto, aos seus dependentes. Referências bibliográficas Ministério da Previdência Social. KERTZMAN, Ivan. Direito Previdenciário. São Paulo: Barros, Fischer & Associados, 0. OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 41. ed., São Paulo: Editora Atlas, 07. SANTOS, Marisa Ferreira dos. Direito Previdenciário. 4. ed., São Paulo: Editora Saraiva,
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