ABNT/CEE Informática em Saúde RUTE/SIG de Padrões

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Transcrição:

Normas e Padrões para Informática em Saúde e Telemedicina: ABNT/CEE Informática em Saúde RUTE/SIG de Padrões Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago - HU

Publicado por: Núcleo de Telessaúde/SC HU/UFSC Cyclops Lab. Processamento de Imagens e Computação Gráfica CTC & Cyclops Lab. de Telemedicina HU CEP 88040-900 - Campus Universitário CX.P. 476 Florianópolis / SC http://telessaude.sc.gov.br Pg. 1

INTRODUÇÃO Este documento visa contextualizar sobre a constituição e funcionamento da Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde (ABNT/CEE Informática em Saúde), bem como convidar novas instituições a fazerem parte dessa rede nacional. Nesse sentido, o documento que segue estrutura-se em seis tópicos: 1. Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde; 2. Resumo Histórico; 3. Special Interest Groups SIG / RUTE; 4. SIG de Padrões; 5. Funcionamento da SIG de Padrões; 6. Inclusão de Novas Instituições na SIG de Padrões. Ressalta-se que este documento e as atividades relatadas são frutos do esforço coletivo e voluntário de profissionais e das instituições membros da ABNT/CEE Informática em Saúde. COMISSÃO ESPECIAL DE ESTUDOS DE INFORMÁTICA EM SAÚDE A Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde (COMISSÃO) foi criada com o objetivo de estabelecer um conjunto de normas técnicas para informática em saúde e seus desdobramentos para a telemedicina. De maneira resumida, a COMISSÃO aborda a normalização no campo das tecnologias de informação e comunicação em saúde para adquirir compatibilidade e interação operacional entre sistemas independentes. Os métodos utilizados pela ABNT são semelhantes aos utilizados pela ISO. É requisito da ABNT que as normas desenvolvidas sejam internacionais, de maneira que, adicionalmente à convergência das iniciativas nacionais já existentes, haja a tendência de adoção das normas da ISO, no caso, a TC 215. Dessa forma, assim como ocorre com os Working Groups da ISO/TC 215, a COMISSÃO se organiza em nove Grupos de Trabalho (GT), que concentram processos de normalização de características semelhantes. http://telessaude.sc.gov.br Pg. 2

Organização dos WG (Working Groups) da ISO / TC 215 A adoção de normas internacionais neste caso, normas ISO/TC 215 obedece ao seguinte processo: 1. A COMISSÃO estuda as Normas ISO existentes e escolhe as de relevância para o País; 2. Cada GT traduz as Normas sob sua responsabilidade; 3. A tradução é submetida à consulta pública interna, por 30 dias; 4. Uma vez aprovada pela Reunião Plenária da COMISSÃO, a Norma é submetida à consulta pública nacional, por 30 dias; 5. Após avaliação da consulta pública, a Norma é publicada e passa a ser uma NBR/ISO. No caso de constituição e/ou adoção de normas de origem nacional, o processo ocorre de forma semelhante: a incorporação de padrões pela ABNT é realizada por consenso e é aprovada por um grupo reconhecido, com o objetivo de organizar atividades http://telessaude.sc.gov.br Pg. 3

em contextos específicos para o benefício de todos. É uma atividade voluntária e de representatividade pública, aberta a todos os setores sociais interessados, a partir de condição paritária. Com a participação de colaboradores empresariais, acadêmicos, governamentais e membros de organizações profissionais, a COMISSÃO chega a 30 normas internacionais em estudo, as quais estão disponíveis em: http://abnt.iso.org/livelink/livelink?func=ll&objid=4728629&objaction=browse&sort=name&vie wtype=1 RESUMO HISTÓRICO A necessidade de padronização da informação em saúde deve-se a vários fatores, como a diversidade de fontes e termos existem mais de 150.000 conceitos médicos; a multiplicidade de plataformas de software e hardware presentes nos sistemas, o que torna necessária uma linguagem comum (padrão) para que elas possam intercambiar informações; e a dificuldade de busca e de comunicação de informações. Ainda, faz-se necessário normalizar a informação para a organização e agilidade do conteúdo informativo em pontos importantes para a área da saúde, como a estatística, a epidemiologia, a prestação de contas (faturamento), a indexação de documentos e a pesquisa clínica. Um exemplo de sucesso na padronização da informação em saúde foi o avanço registrado com a definição e adoção do padrão DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine), o qual permitiu que equipamentos de imagens médicas de fabricantes diferentes pudessem interoperar, formando redes, locais ou remotas, de armazenamento e processamento dessas imagens médicas. Recentemente, em período anterior à disseminação desse padrão, as imagens eram geradas em diversos formatos, em sua maioria de conhecimento restrito aos fabricantes de cada marca de equipamento médico, obrigando os hospitais a despenderem considerável volume de recursos humanos e financeiros para operarem seus serviços de diagnóstico por imagem e, ainda assim, não era possível atingir integração plena no fluxo de dados dos exames. http://telessaude.sc.gov.br Pg. 4

Apesar dos flagrantes benefícios, ainda é baixo o percentual de padronização da atividade hospitalar, assim como dos seus fluxos de informação. Mesmo em hospitais e demais estabelecimentos associados à área da saúde dotados de sistemas de informações clínicas extensivos, os dados estão espalhados por numerosos sistemas que utilizam diferentes tecnologias e padrões de terminologia. Esta fragmentação ocorre ainda na fase de constituição dos padrões, quando as próprias organizações produtoras seguem linhas distintas durante a proposição de normas. Foi o que ocorreu com a Classificação Internacional de Saúde (CID), estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Fragmentação semelhante ocorreu aos padrões utilizados nos sistemas de videoconferências: H.32X, então estabelecidos pela União Internacional de Telecomunicações, ainda não consideram requisitos específicos para a área da saúde. Historicamente, o Brasil cursou uma trajetória semelhante ao contexto internacional, destacando-se o comitê de Padronização de Registros Clínicos (PRC), que aprovou, através de um processo aberto tal como se trabalha nas principais organizações de padronização do mundo, um conjunto mínimo de dados que um PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) deve conter. Além disso, foi elaborado a Document Type Definition (DTD) correspondente à estrutura de dados proposta pelo PRC para troca de dados via XML. O Ministério da Saúde, através do Cartão Nacional de Saúde, que visa identificar univocamente o cidadão brasileiro no Sistema Nacional de Saúde, lançou um conjunto de DTDs, com a padronização para troca de informações com os sistemas do Cartão Nacional de Saúde. Outro exemplo de padronização é o chamado Padrão ABRAMGE, utilizado para a troca de faturamento entre prestadores de serviços médicos e as operadoras de planos de saúde. Tal padrão foi desenvolvido e divulgado por instituições como a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (ABRAMGE), a Federação Brasileira de Hospitais (FBH), a Associação Brasileira dos Serviços de Assistências de Saúde Próprios de Empresas (ABRASPE), o Comitê de Integração de Entidades Fechadas de Assistência à Saúde (CIEFAS), a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (FENASEG) e a Confederação das Misericórdias do Brasil. http://telessaude.sc.gov.br Pg. 5

Mais recentemente, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) têm estabelecido normas para a Troca de Informação em Saúde Suplementar (TISS) a fim de registrar e intercambiar dados entre operadoras de planos privados de assistência à saúde e prestadores de serviços de saúde. Há também iniciativas de sociedades científicas, como a SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde) e organizações profissionais ou de classe, como o CFM (Conselho Federal de Medicina), que têm proposto padrões para a certificação de sistemas, com graus variados de aceitação. No sentido de atenuar o isolamento e fragmentação das normas e padrões, atualmente, há um movimento mundial de harmonização de padrões para a Informação em Saúde. A ISO, a CEN e o HL7 trabalham para criar métodos que possibilitem a união dos esforços dessas organizações, o que representará maior rapidez e abrangência na produção e atualização de padrões. O Brasil está em consonância com esse movimento. Ao final do ano de 2005, em decorrência da expansão da Rede Catarinense de Telemedicina e, portanto, crescente número de telediagnósticos intermunicipais e interestaduais em larga escala, o Grupo Cyclops, da Universidade Federal de Santa Catarina, submeteu a proposta de criação de uma Comissão Especial de Estudos sobre Informática em Saúde e Telemedicina junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Com a missão de constituir normas para informática em saúde e telemedicina, bem como oferecer um ambiente comum de convergência e harmonização para padrões já existentes, em 12 de setembro de 2006, foi criada a Comissão de Estudos Especiais de Informática em Saúde. Dentre os principais desafios da COMISSÃO estão a avaliação das normas nacionais e internacionais estrategicamente pertinentes e o próprio processo de adoção dos padrões, o qual se constitui da análise, tradução e adequação desses ao contexto brasileiro. Em um cenário mais amplo, a capacidade de convergência da COMISSÃO já apresenta desdobramentos significativos: no plano internacional, o Brasil tornou-se membro "P" (participant) da ISO TC 215. Por um lado, isso significa uma conquista para o Brasil, que http://telessaude.sc.gov.br Pg. 6

passa a ter a possibilidade de protagonizar a construção das futuras normas ISO TC 215; por outro, acrescenta à COMISSÃO mais um desafio operacional e de articulação políticotecnológica. No contexto nacional, a COMISSÃO é pioneira ao realizar as Reuniões Plenárias de maneira geograficamente distribuída, onde as bases estão distribuídas inicialmente em São Paulo (UNIFESP), Florianópolis (UFSC), Rio de Janeiro (DATASUS), Brasília (DATASUS), Belo Horizonte (UFMG) e Recife (UFPE). Essa conquista foi possível graças à parceria com a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) RNP/MCT, que confere aos trabalhos da COMISSÃO capilaridade e integração multissetorial por meio de uma rede colaborativa direcionada para tecnologias e processos de informática em saúde e telemedicina. Segue, abaixo, a demonstração ilustrada das bases que participam das Reuniões Plenárias. Mais informações sobre a SIG de Padrões para Telemedicina e Informática em Saúde estão disponíveis em: http://www.telemedicina.ufsc.br/padroes Dados atualizados: http://www.telemedicina.ufsc.br/padroes http://telessaude.sc.gov.br Pg. 7

SPECIAL INTEREST GROUPS SIG / RUTE Special Interest Groups (SIGs Grupos de Interesses Especiais) é a denominação para a constituição de redes de interesse específico dentro da RUTE que têm a propriedade de congregar profissionais que se encontram geograficamente distribuídos em atividades de ensino, pesquisa e assistência em saúde realizadas à distância. A partir da formação de uma SIG, é definida uma agenda de trabalho por videoconferências ou outra forma de interação remota para tratar de um assunto específico. Dessa forma, profissionais da saúde e da TIC de diferentes pontos do Brasil e do mundo podem estar em contato, discutindo questões pertinentes às suas áreas e trocando experiências, contribuindo para a integração e o avanço da telemedicina/ telessaúde. http://rute.rnp.br/documentos SIG DE PADRÕES O objetivo geral da criação da SIG de Padrões é apoiar as atividades da Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde nas áreas de telemedicina/telessaúde e informática em saúde, bem como dar suporte a iniciativas que se proponham a contribuir com a constituição de normas para as respectivas áreas. Objetivos específicos: Através da infra-estrutura física e de internet da RUTE, pretende-se ampliar a capacidade operacional de participação remota dos profissionais e instituições correlatos ao processo de normalização instituído pela ABNT/CEE Informática em Saúde. Dessa forma, instituições de todo o Brasil têm a possibilidade de participar das reuniões de trabalho dos GTs e das Reuniões Plenárias a partir de suas bases locais, sem a necessidade de se deslocarem a São Paulo ou a outros Estados; http://telessaude.sc.gov.br Pg. 8

Fomentar a interação e a articulação com o público alvo de forma a contribuir com a qualidade e futura adesão das normas elaboradas, bem como promover a constituição de redes de apoio para regulamentação, certificação e acreditação; Oferecer maior rapidez e abrangência na harmonização dos padrões já existentes e na geração de novas normas e padrões nacionais e internacionais; Promover a capacitação de profissionais quanto à construção de normas e sua utilização. FUNCIONAMENTO DA SIG DE PADRÕES A partir da infraestrutura física das bases remotas da RUTE e com o apoio da conectividade de alta velocidade da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) organização coordenadora da RUTE e responsável pela internet acadêmica no Brasil, a SIG de Padrões suporta a operacionalização de quatro categorias de atividades: Cursos Focais em Normas e Padrões funcionam como mecanismo de agregação de novos interessados, de disseminação do conceito e até mesmo de adesão às normas e aos padrões; Reuniões Setoriais são realizadas entre representantes de classe, membros do governo, da academia e de empresas, de forma presencial ou remota, a fim de contribuir com as orientações da ABNT a qual determina que haja representação equilibrada dos setores interessados; Reuniões Operacionais dos Grupos de Trabalho (GTs) têm a finalidade de constituir e encaminhar documentos. Também, essas reuniões visam permitir o ingresso de mais pontos geográficos (bases remotas); http://telessaude.sc.gov.br Pg. 9

Reuniões Plenárias são as reuniões principais, nas quais os representantes das instituições interessadas constituem e deliberam sobre o desenvolvimento e adoção de normas técnicas em Informática em Saúde e Telemedicina. Cronograma mensal das Reuniões Plenárias da ABNT/CEE IS 2008/09: http://abnt.iso.org/livelink/livelink/fetch/2000/2827/4728629/abnt_%2d_cee_%2d_is_%2 D_Agenda_de_Reuni%C3%B5es_e_Eventos.html?nodeid=7226280&vernum=0 INCLUSÃO DE NOVAS INSTITUIÇÕES NA SIG DE PADRÕES Conforme já mencionado anteriormente, o processo de obtenção de padrões da ABNT fundamenta-se em uma representação paritária da sociedade. Dessa forma, qualquer pessoa ou instituição interessada pode participar do processo de normalização a partir das sessões plenárias presenciais (em São Paulo) ou a partir das demais bases remotas conectadas por videoconferência com o apoio da RUTE/RNP. Atualmente, a SIG de Padrões testou e homologou esse processo com as localidades de SC, RJ, DF, MG e PE. Para o ingresso de novas localidades remotas na rede SIG de Padrões, é necessário que a instituição candidata atenda a critérios técnicos mínimos de infra-estrutura para participação remota. Estes critérios serão avaliados a partir de um processo de homologação: Largura de banda que permitam conexões IP de 512 Kbps ou superior, com qualidade (mínimo de pacotes perdidos e jitter); Taxa de quadros visuais: 20-30 fps; Qualidade de áudio/vídeo verificados a partir de simulação de sessão; Ambiente permanente de videoconferência com preparação acústica e iluminação adequada para esse tipo de reunião; http://telessaude.sc.gov.br Pg. 10

Presença de um técnico para os equipamentos o qual possa auxiliar na preparação e solução de possíveis problemas durante as sessões; Presença de um responsável pela atividade da SIG de padrões do local ou seu representante legal durante as reuniões. Além desses critérios técnicos mínimos para pedido de inclusão, serão ainda avaliados os resultados de conexão em dois momentos: 1. Teste para homologação técnica da instituição remota: será realizada uma simulação de serviço de videoconferência para avaliar as condições de conexão e qualidade de ambientação. Estando os seis critérios em condições minimamente satisfatórias, é confirmado o ingresso da instituição na rede da SIG de Padrões como uma localidade remota; 2. Teste de conexão prévio: de dois a três dias antes de cada Reunião Plenária da ABNT/CEE-IS, é realizado um teste de conexão com todas as instituições para assegurar as condições de serviço da videoconferência e, principalmente, da legibilidade do material multimídia a ser apresentado (apresentação de PowerPoint, por exemplo). Observa-se que essa é uma rotina padrão para qualquer serviço de interação remota por videoconferência. Uma vez aceita a nova base remota, sua permanência de participação estará condicionada ao encaminhamento da lista de presença. Em função de uma necessidade de registro documental das decisões tomadas em cada Plenária, a ABNT determina que exista uma lista de presença registrando as pessoas que participaram da reunião e suas respectivas assinaturas. Assim, obrigatoriamente, cada base remota terá que enviar a referida lista por e-mail e por correio para o escritório da ABNT, em São Paulo, e deverá dar entrada no protocolo da ABNT até cinco dias após a realização da Reunião Plenária. Caso essa obrigatoriedade não seja cumprida: a. A participação e os votos da instituição/base remota serão invalidados; b. A localidade remota deixará de fazer parte da SIG de Padrões. A operacionalização do processo de Homologação Técnica, testes e execução das sessões de videoconferência serão realizados pelo Núcleo de Telessaúde / RUTE da UFSC http://telessaude.sc.gov.br Pg. 11

e pelo Laboratório de Telemedicina do Departamento de Informática em Saúde da UNIFESP. Para participar, basta enviar uma solicitação por e-mail para o endereço: padrões@telemedicina.ufsc.br CONTATO Cleidson Cavalcante Coordenador da SIG de Padrões Telemedicina e Informática em Saúde Relator - ABNT/CEE-Informática em Saúde / Grupo de Trabalho 7: DISPOSITIVOS Vice-coordenador - Núcleo de Telessaúde /RUTE/Santa Catarina Gestor Estratégico de C&T& Inovação / Grupo Cyclops E-Mail: cleidson@telemedicina.ufsc.br / cleidsoncavalcante@gmail.com Tel.: 55 (48) 9131-4713 / 3721-9516 LAPIX INE CTC UFSC Campus Universitário - Bairro da Trindade Florianópolis/ SC - CEP 88040-900 Brasil http://www.telemedicina.ufsc.br/padroes http://telessaude.sc.gov.br http://telessaude.sc.gov.br Pg. 12