UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA Autorizada pelo Decreto Federal Nº 77.496 de 27/04/76 Reconhecida pela Portaria Ministerial Nº 874/86 de 19/12/86 PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO CURSO ENFERMAGEM ÁREA: Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso III SEMESTRE: 7º 45 PLANO DE ENSINO CÓDIGO COMPONENTE CURRICULAR PRÉ-REQUISITOS SAU 274 CARGA HORÁRIA 150 h T DEPARTAMENTO DE SAÚDE IDENTIFICAÇÃO Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso III Enfermagem na saúde do Adulto e Idoso II SAU 238 PROFESSOR (A) Aline Silva Gomes Xavier Joselice Almeida Góis Katia Santana Freitas P TOTAL 105 EMENTA Desenvolvimento de competências, visando à integralidade do cuidar no processo saúdedoença da pessoa adulta e idosa e seus familiares em unidades pré-hospitalares, hospitalares, nas situações emergenciais e no atendimento à pessoa em estado crítico, discutindo o papel do enfermeiro, bem como a inserção da unidade hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS). Conceitos, métodos e técnicas em Unidade de Emergências e Unidade de Terapia Intensiva (UTI); princípios e diretrizes que regulam os sistemas de Urgência e Emergência; Política Nacional de Atenção ao Cliente Crítico. OBJETIVOS OBJETIVOS Caracterizar as unidades de emergência, unidade de terapia intensiva, à atenção da pessoa adulta e idosa e seus familiares em situações crítico-emergenciais; Refletir sobre o papel do enfermeiro em unidades de emergência e de cuidados intensivos; Cuidar em situações de urgência e emergência, em unidade de atendimento pré-hospitalar e hospitalar; Refletir sobre os aspectos ético-humanísticos no exercício do cuidado da pessoa adulta e
idosa e seus familiares em situação crítica de saúde; Intervir com ações de saúde na promoção, prevenção, tratamento e reabilitação da pessoa, família e comunidade. Orientar o cliente adulto, idoso e família em situação de risco e agravos que afetam a sua saúde. Desenvolver um raciocínio crítico-criativo diante das intervenções emergenciais junto a pessoas em situações critico-emergenciais, considerando as bases ético-legais da profissão; Estimular o relacionamento interpessoal do estudante de enfermagem com o enfermeiro da unidade e equipe multiprofissional, usuário e família. Discutir a Política Nacional para Atenção ao paciente crítico e a Política Nacional de Atendimento às Urgências e Emergências. Conhecer a estrutura e o funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SAMU. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Competências: Ser capaz de: Identificar os riscos e agravos à saúde que mais incidem sobre a população adulta e idosa em situações crítico-emergenciais. Intervir com ações de saúde que visem a promoção, prevenção, tratamento e recuperação da pessoa adulta e idosa em situações critico-emergenciais; Desenvolver estratégias para o cuidado do adulto, idoso e família em situações críticoemergenciais; Avaliar e implementar o cuidado de enfermagem sistematizado à pessoa em estado crítico de saúde; Conhecer as premissas e operacionalização do cuidado pré-hospitalar; Participar e aplicar resultados de pesquisas em enfermagem afim de qualificar a prática profissional pautada em evidências empíricas. Habilidades: Ser capaz de: Planejar o cuidado à pessoa sob cuidados intensivos. Planejar o cuidado à pessoa em situações emergenciais. Prestar cuidado de enfermagem à pessoa: em parada cardio-respiratória; com arritmias; nas urgências e emergências hipertensivas; sob monitorização hemodinâmica não invasiva. Prestar cuidado de enfermagem na mobilização e transporte da pessoa em estado crítico; Prestar cuidado de enfermagem à pessoa politraumatizada, com trauma de tórax; com TCE/ TRM
e trauma de extremidades; e em estado crítico. Prestar cuidado de enfermagem à pessoa: com queimadura; com abdome agudo; sob ventilação mecânica; vítima de intoxicação exógena; com distúrbio ácido-básico e hidroeletrolítico e SDRA; Conhecer a política nacional de atendimento às urgências e emergências. Realizar tomada de decisão baseada em ações sistematizadas e fundamentadas em evidências científicas; Utilizar novas tecnologias com discernimento permitindo que o cuidado prestado seja qualificado e não se dissocie dos aspectos humanísticos do cuidado. METODOLOGIA As aulas teórico-práticas serão construídas considerando a linha crítica dos conteúdos, problematizando e contextualizando com a prática, refletindo criticamente sobre o cuidado de enfermagem à pessoa em situações críticoemergenciais. ESTRATÉGIAS DE ENSINO Leitura e discussão de textos. Aulas expositivas dialogadas. Seminários Situação problema. Trabalhos individuais e em grupos. Práticas supervisionadas em unidades hospitalares e no laboratório. Mostra de vídeo e filme. Estudo de caso. Simulação. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ATIVIDADES UNIDADE I Unidade de Emergência Perfil de morbimortalidade brasileira com ênfase na demanda dos serviços de emergência hospitalar e préhospitalar; Estrutura organizacional do serviço de emergência hospitalar e pré-hospitalar (Unidade de Emergência e Serviço de atendimento móvel de urgência - SAMU): finalidades, estrutura organizacional, funcional e de recursos humanos; O papel do enfermeiro e a equipe multidisciplinar do serviço de emergência hospitalar e pré-hospitalar Cuidado de enfermagem à pessoa em parada cárdiorespiratória (PCR) - SBV e SAV (pré-hospitalar e hospitalar); Cuidado de enfermagem à pessoa politraumatizada
(pré-hospitalar e hospitalar); (cinemática e biomecânica do trauma); Cuidado de enfermagem à pessoa com traumatismo crânio encefálico (TCE) Cuidado de enfermagem à pessoa com trauma toracoabdominal; Cuidado de Enfermagem à pessoa com trauma raquimedular (TRM) e trauma de extremidades; Cuidado de enfermagem na mobilização e transporte da pessoa em estado crítico; Cuidado de enfermagem a pessoas em situações de afogamentos, choque elétrico, convulsões e acidentes com animais peçonhentos. UNIDADE II Unidade de Cuidados intensivos Estrutura organizacional do serviço de terapia intensiva: aspectos históricos das unidades, finalidades, estrutura organizacional, funcional e de recursos humanos; Aspectos ético-legais relacionados a assistência em emergências e ao cuidado intensivo; Cuidado ao profissional de enfermagem, a pessoa hospitalizada e seus familiares em unidades de atendimento a pessoas em estado crítico-emergencial; Cuidado de enfermagem à pessoa gravemente enferma: avaliação, sistemas de classificação, risco e índices de gravidade; A carga de trabalho dos profissionais em unidades de cuidados intensivos; O cuidado de enfermagem a pessoa idosa em situação crítico-emergencial UNIDADE III Cuidados de enfermagem a pessoa gravemente enferma Cuidado de enfermagem a pessoa com alteração do nível de consciência e hipertensão intracraniana;
Cuidados de enfermagem à pessoa com arritmias; Cuidados de enfermagem à pessoa em crise hipertensiva; Cuidados de enfermagem à pessoa em edema agudo de pulmão; Cuidados de enfermagem á pessoa com síndrome coronariana; Cuidados de enfermagem à pessoa sob ventilação mecânica; Cuidados de enfermagem à pessoa em sepse e choque séptico; Cuidados de enfermagem à pessoa sob monitorização hemodinâmica invasiva; Cuidados de enfermagem à pessoa em uso de drogas vasoativas e sedativas; Cuidados de enfermagem à pessoa com queimadura; Cuidados de enfermagem à pessoa vítima de intoxicação exógena; Cuidados de enfermagem a pessoa com hemorragia digestiva; Cuidados de enfermagem a pessoa com intercorrências diabéticas; Cuidados de enfermagem à pessoa em Morte encefálica. PROCESSO DE AVALIAÇÃO A avaliação será processual e quali-quantitativa. O processo avaliativo da disciplina dar-se-á através da participação do discente no exercício das atividades programadas e técnicas aplicadas na estratégia metodológica. Para tal, serão aplicados exercícios de avaliação teórico-práticos, bem como sua participação nas atividades desenvolvidas, em seminários, atualizações temáticas entre outros. 4.1. Avaliação Qualitativa Reflexiva, investigativa, predominando as funções diagnósticas e formativa, auto-avaliativa, identificando nesse processo as dificuldades encontradas buscando a superação das mesmas, através do desenvolvimento das competências pelos discentes. 4.2. Avaliação Quantitativa
Utiliza-se a avaliação quantitativa, evoluindo o conteúdo teórico-prático construído ao longo das unidades, baseado em atividades teóricas e, prática hospitalar. RECURSOS DIDÁTICOS DISPONÍVEIS Data-show, computador, retro-projetor, projetor de slides, quadro branco, textos, artigos, livros, TV e vídeo. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BRASIL. Ministério da Saúde. Humaniza SUS: política nacional de humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instancias do SUS/ Ministério da Saúde, Secretaria executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 20 p. BRASIL. Portaria nº 1707, 4 de julho de 2005. Dispõe sobre a política nacional de atenção ao paciente crítico. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 8 jul. 2005. Seção 1, p. 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Acolhimento nas práticas de produção de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 44 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Humaniza SUS: visita aberta e direito a acompanhante / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 32 p. BRASIL. Portaria n.º 2048, de 5 de novembro de 2002. Dispõe sobre Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1 junho. 2001. Seção 1, p. 1. CINTRA, E.A.; NISHIDE, V.M.; NUNES, W.A. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. 2 ed. São Paulo: Atheneu. 2005. SMELTZER, Suzanne C.; BARE, B.G. BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem Médico- Cirurgica. 10ª ed. v. 1 e v.2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. PADILHA, K.G.; VATTIMO, M.F.F.; SILVA, S.C.; KIMURA, M. Enfermagem em UTI: cuidando do paciente crítico. São Paulo: Manole, 2010. VIANA, RAPP; WHITAKER, IY. Enfermagem em terapia intensiva: praticas e vivencias. Porto alegre: ARTMED, 2011. CALIL, A.M.; PARANHOS, W.Y. O enfermeiro e as situações de emergência. São Paulo: Atheneu. 2007. FREITAS, K.S. Necessidade de Familiares em Unidades de Terapia Intensiva: analise comparativa entre hospital público e privado. 2005. 101f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. MUSSI, F.C. Confortamos? lidamos com o humano sem conhecer o que de humano temos dentro de nós. Rev. Esc. Enf. USP, v.33, n.2, p.113-22, jun. 1999. MUSSI, F.C. Conforto e lógica hospitalar: análise a partir da evolução histórica do conceito conforto
na enfermagem. Acta Paul Enferm., v.18, n.1, p.72-81, 2005. MORTON, PATRICIA GONCE. Cuidados Críticos de Enfermagem: Uma Abordagem Holística. 8ºed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. HUDAK, C.; GALLO, B.M. Cuidados intensivos de enfermagem: uma abordagem holística. 6ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1997. GOLDMAN, L.; AUSIELLO D. Cecil: Tratado de Medicina interna. 22 a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. Volumes 1 e 2. SWEARINGEN, P. L. Manual de Enfermagem no Cuidado Crítico: intervenções em enfermagem e problemas colaborativos. 4ª ed.porto Alegre: Artmed, 2005. ROTELLAR, E. ABC das alterações do balanço hidroeletrolítico e do equilíbrio acido base. São Paulo: Atheneu, 2000. STARLING, S. V.; PIRES, M. T. B. Manual de urgências em pronto-socorro. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. MARTINS, Herlon Saraiva et al. Emergências clínicas: abordagem prática. 4. ed Barueri, SP: Manole, 2009. MCSWAIN, N. E. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado- PHTLS. 6ª ed. São Paulo: ELSEVIER, 2004. KNOBEL, E. LASELVA, C. R.; MOURA JR, D. F. Terapia intensiva: enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006. BAJAY, H. M. et al. Assistência ventilatória mecânica. São Paulo: E.P.U., 1991. BARROS, ALBA et al. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002. POSSO M.B.S. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 1999. FREITAS, E. V. et al.tratado de Geriatria e Gerontologia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. FISCHBACH, Frances Talaska. Manual de enfermagem: exames laboratoriais e diagnósticos. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. KRUSE, James A.. Manual dos princípios e práticas de terapia intensiva. São Paulo: ROCA, 1998. ZUÑIGA, Quênia Gonçalves Pinheiro. Ventilação Mecânica Básica: São Paulo: Atheneu, 2004. AMERICAN HEART ASSOCIATION. Aspectos mais relevantes das diretrizes 2010 da American Heart Association sobre ressuscitação cardiopulmonar e atendimento cardiovascular de emergência. 2010. Disponível em: http://www.hu.ufsc.br/uti/docs/guidelines%20aha%202010.pdf Acesso em 20 jul 2011. CARVALHO FILHO, E. T.; PAPALÉO NETTO, M. Geriatria: fundamentos, clínica e terapêutica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006 SCHELL, Hildy M.; PUNTILLO, Kathleen A. Segredos em enfermagem na terapia intensiva: respostas necessárias ao dia-a-dia nas unidades de terapia intensiva. Porto Alegre, RS: Artmed,
2005. 551 p. WALDOW, Vera Regina. Cuidar: expressão humanizadora da enfermagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. 190p. (Enfermagem ) ISBN 853263311-0 (broch.) SANTOS, Iraci dos; FIGUEIREDO, Nebia Maria Almeida de; DUARTE, Maria Jalma Rodrigues. Enfermagem assistencial no ambiente hospitalar: realidade, questões, soluções. São Paulo, SP: Atheneu, 2005. 542 p. BRÊTAS, Ana Cristina Passarella; GAMBA, Mônica Antar. Enfermagem e saúde do adulto. Barueri, SP: Manole, 2006 299 p. CASTRO GONZALEZ, Maria Margarita; TIMERMAN, Sergio; QUILICI, Ana Paula. Guia pratico para o ACLS. Barueri, SP: Manole, 2008 xx, 476 p. CHEREGATTI, Aline Laurenti; AMORIM, Carolina Padrão. As principais drogas utilizadas em UTI. 2. ed. São Paulo: Martinari, 2010. COUTO, Renato Camargos. Emergências médicas e terapia intensiva. Guanabara Koogan, 2005. GUIMARÃES, Hélio Pena. Tratado de medicina de urgência e emergência. Atheneu, 2010. HIGA, Elisa Mieko Suemitsu; ATALLAH, Álvaro Nagib (Coord). Guia de medicina urgência. 2. ed Barueri, SP: Manole, 2008. 884 p KNOBEL, Elias. Condutas no paciente grave - 2 volumes. Atheneu, 2006. PAW, Henry G. W.; PARK, Gilbert R. Manual de drogas em medicina intensiva: um guia de A a Z. Rio de Janeiro, RJ: Revinter, 2009. AEHLERT, B. ACLS - Emergências em Cardiologia - um Guia para Estudo. 3ª ed.- São Paulo: ELSEVIER, 2007. NÉBIA FIGUEIREDO et al. Tratado de Cuidados de Enfermagem Médico-Cirúrgico - 2 Vol. São Paulo: ROCA,2012. COMPLEMENTAR: - SITES INDICADOS: http://www.abennacional.org (banco de dados com teses e dissertações) http:// www.ecg.med.br http://www.sbpt.org.br (ventilação mecânica) http://www.unifesp.br/assoc/atx/dossie.htm (insuficiência renal)