Desenvolvimento de uma ferramenta de bate-papo com mecanismos de coordenação baseados na linguagem em ação Janne Y. Y. Oeiras (DI/UFPA) Fernanda M. P. Freire(Nied/Unicamp) Ricardo Luís Lachi (UEMS) Heloísa V. Rocha (IC/Nied/Unicamp)
Contexto do trabalho Design de ferramentas síncronas adequadas ao contexto de Educação a Distância via Web para possibilitar a colaboração entre os participantes de uma ação de aprendizagem. Realização de discussões síncronas em grupo via bate-papo Projeto TelEduc (Nied/IC/Unicamp)
O bate-papo tradicional Sentimento de desordem Envio de mensagens a qualquer momento Vários tópicos de conversa Fazer mentalmente as ligações entre tópicos Suporte à diferentes atividades encontros informais para socialização tomadas de decisões seminários virtuais plantões de dúvidas discussões sobre temas como?
Análise das tarefas encontros informais para socialização tomadas de decisões seminários virtuais plantões de dúvidas discussões sobre temas novos usos formais papéis diferenciados Web mesmo design outras funções Contexto educacional
Comportamento do usuário Interface dos programas Conversa aos moldes do que ocorre na Web: bate-papo Comportamento posto em prática durante uma sessão
Análise sob a ótica do processo de comunicação Encontros via bate-papo se dão por meio da linguagem em ação Linguagem pode ser compreendida como uma língua em uso
Linguagem em ação Tem influência do contexto (barzinho, escola, trabalho...) e das condições de produção que nele surgem (quem fala com quem, sobre o quê, quando; o que os interlocutores sabem sobre si e sobre o assunto) Ancorada em uma prática social (paquera, assistir palestra, participar de reuniões...) Cada condição contextual e social demanda usos diferenciados da linguagem ou gêneros de discurso (linguagem do cotidiano, palestra, documentos oficiais...)
Linguagem em ação Em cada prática social existe um conjunto tácito de regras de conduta que regulam o comportamento das pessoas, inclusive o lingüístico Tribunal de justiça Linguagem produzida segundo regras que regulam: O vocabulário (chamar o juiz de meritíssimo); O modo de organizar o que deve ser dito (argumentar um fato); Quando cada um deve falar (anunciado pelo juiz); Sobre o quê falar (assunto da audiência).
Atividades educacionais via bate-papo Cada atividade tem regras de participação próprias e papéis específicos Não é suficiente explicitar e divulgar as regras de conduta esperadas Critério eleito: controle de turno para possibilitar a produção de diferentes gêneros de discurso ) Redesign Considerar o novo contexto de utilização As atividades e suas regras de participação
Bate-papo coordenado Três papéis: coordenador (único), VIPs (opcional) e platéia; Listas de espera: VIPs e platéia; Critérios aplicados sobre as listas: quem falou há mais tempo, quem falou menos, quem está respondendo; Rodadas: intervalo de tempo que possui número finito de participações da platéia; Informações sobre o estado da sessão disponíveis para o coordenador.
A interface do coordenador Gerenciar a passagem da palavra Organizar Acompanhar temas a sessão
A interface de um participante VIP Papéis e critérios explicitados Assunto em pauta Alerta de tempo Palavra
Estudo de caso Sentimento de organização Regras explicitadas na interface Critérios explicitados na interface Papéis definidos na interface (divisão em listas) Passagem da palavra entre os papéis Rodadas delimitavam tópicos de discussão Mensagens mais focadas nos tópicos Número finito de participações -> menos conversas paralelas
Considerações finais Modelo coordenado: ferramenta flexível para suporte à diferentes atividades síncronas no contexto educacional Processo de design: aplicação em diferentes contextos análise da tarefa sob a ótica do processo de comunicação (exercício da linguagem) regras devem ser refletidas na interface de ferramentas de comunicação