AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS ATENDIDAS NA USF VIVER BEM DO MUNICIPIO DE JOÃO PESSOA-PB

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS ATENDIDAS NA USF VIVER BEM DO MUNICIPIO DE JOÃO PESSOA-PB Tainá Gomes Diniz; Caroline Severo de Assis; Suzy Souto de Oliveira Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba; tainagdiniz@gmail.com; carolsevero5@gmail.com; susy.souto@cienciasmedicas.com.br RESUMO: Os dois primeiros anos de vida da criança são caracterizados por crescimento acelerado e importantes aquisições no processo de desenvolvimento, representando um período crítico de vulnerabilidade aos agravos sociais, econômicos e ambientais. Para se avaliar o estado nutricional de uma criança é necessário conhecer seus dados antropométricos, tais como: peso e altura, podendo assim fazer a sua avaliação por três índices, tendo como pontos de corte percentil e desvio padrão (escore-z). Sendo assim, crianças mais jovens por si só já apresentam risco nutricional aumentado. O trabalho teve como objetivo geral avaliar o estado nutricional de crianças menores de dois anos atendidas na USF Viver Bem do município de João Pessoa/PB além de identificar a frequência de desnutrição entre essas crianças. A pesquisa foi de campo, retrospectiva, transversal, descritiva e de levantamento de dados, com abordagem quantitativa, visando avaliar o estado nutricional de crianças menores de dois anos do local já citado. Para o diagnóstico nutricional foi utilizado o peso para a idade, peso para a altura e a altura para a idade com o ponto de corte descrito em escore-z, recomendado pela OMS. Com o presente estudo pode-se concluir que a maioria das famílias das crianças que passavam para aferir o comprimento e o peso, tinha-se mais cuidado com as crianças menores de 0 a 6 meses. Podendo então diagnosticar o estado nutricional dessas crianças, a maioria apresentando peso adequado, e cumprimento adequado. Palavras chave: Avaliação Nutricional, Desnutrição, Estado Nutricional.

INTRODUÇÃO Os dois primeiros anos de vida da criança são caracterizados por crescimento acelerado e importantes aquisições no processo de desenvolvimento, representando um período crítico de vulnerabilidade aos agravos sociais, econômicos e ambientais. O estado nutricional é um importante indicador da saúde e pode ser usado como critério para realizar projetos que visem à proteção e à promoção da saúde. Para a sua avaliação, é possível utilizar diversos métodos: antropométrico, dietético, bioquímico e anamnese. O método antropométrico consiste em obter de medidas corporais (peso, comprimento, perímetros cefálico e torácico, dobras cutâneas, entre outras) para comparação posterior com curvas de referência recomendadas pelas organizações nacionais e internacionais com vistas ao acompanhamento do crescimento infantil. Entende-se que o padrão antropométrico ideal seria aquele obtido a partir de populações ou grupos étnicos cujos indivíduos tivessem usufruído a oportunidade de desenvolverem plenamente seu potencial de crescimento (SIGULEM, 2007).Mais recentemente, em 2006, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o novo padrão de crescimento infantil, construído com base em um estudo multicêntrico envolvendo seis países (Brasil, Gana, Estados Unidos da América, Índia, Noruega e Omã). A utilização desse padrão foi recomendada pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2007, sendo as curvas de crescimento incluídas na Caderneta de Saúde da Criança (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).O estado nutricional infantil pode sofrer forte influência de fatores externos como: idade e escolaridade maternas, acesso aos serviços de pré e pós-natal, frequência da utilização desses serviços, renda e estrutura familiares, condições de moradia, peso ao nascer, amamentação e alimentação. Ainda, crianças mais jovens por si só já apresentam risco nutricional aumentado (MODESTO, 2007).Para se avaliar o estado nutricional de uma criança é necessário conhecer seus dados antropométricos, tais como: peso e altura, podendo assim fazer a sua avaliação por três índices: peso pra idade, comprimento para a idade e peso para o comprimento e tendo como pontos de corte percentil e desvio padrão (escore-z).portanto este trabalho teve como objetivo geral avaliar o estado nutricional de crianças menores de dois anos atendidas na USF Viver Bem do município de João Pessoa/PB além de identificar a frequência de desnutrição entre essas crianças. METODOLOGIA

Delineamento do estudo: Trata-se de uma pesquisa de campo, retrospectiva, transversal, descritiva e de levantamento de dados, com abordagem quantitativa, visando avaliar o estado nutricional de crianças menores de dois anos atendidas na Unidade de Saúde da Família (USF) Viver Bem no município de João Pessoa- PB, a partir da análise de indicadores antropométricos. Local de estudos e amostras: O estudo foi realizado em USF localizado na rua. Maria Dias, s/n,bairro Treze de Maio, cidade de João Pessoa, Paraíba, frequentada por moradores desta região. A amostra foi composta por 35 crianças menores de 02 anos de ambos os gêneros que são usuários da USF. Coleta de dados: A coleta de dados foi realizada através da pesagem e aferição do comprimento das crianças. Para a avaliação antropométrica os participantes foram pesados com uma balança para menores de 2 anos, foram colocados deitados ou sentados com as perninhas para dentro e as avaliadoras mexendo no cursor maior e menor até a balança se estabilizar e assim se da o peso da criança. A altura foi feita com o infantometro, onde a criança era colocada deitada, a parte fixa colocada na cabecinha da criança e a parte movel no pezinho, as avaliadoras faziam uma pequena força no joelhinho para deixar a perninha reta e o pé no ângulo de 90º e a aferição foi feita na parte de dentro do infantometro. Foram utilizados o escore-z como ponto de corte para se obter o diagnóstico nutricional das crianças. Classificação nutricional: Para o diagnóstico nutricional foi utilizado o peso para a idade, peso para a altura e a altura para a idade com o ponto de corte descrito em escore-z, recomendado pela OMS (2006). Esta classificação encontram-se descritos, nos quadros 1 e 2 com pontos de corte diferenciados por faixa etária. Quadro 1 Fonte: OMS (2006) Quadro 2 Fonte: OMS (2006) Quadro 3 Fonte: OMS (2006) Critérios de inclusão: Foram incluídos nas pesquisas os dados de crianças menores de 02 anos que foram medidas no período de tempo

de final de outubro a meados de novembro de 2014. Critérios de exclusão: Foram excluídas da pesquisa menores que as mães não autorizaram a sua participação no estudo. Análise dos dados: Os dados foram processados e analisados a partir da construção de um banco de dados no Excel 2007. Os resultados foram apresentados através de média e frequência simples e demonstrados através de figuras. RESULTADOS E DISCUSSÃO As características do estado nutricional das crianças estudadas estão presentes nas figuras 1 a 6. Participaram do estudo crianças de ambos os sexos, sendo 19 (54%) do sexo feminino e 15 (46%) do sexo masculino.na publicação de Cuervo (2005) houve um predomínio de meninos entre as crianças avaliadas, entretanto, analisando-se o comportamento do estado nutricional em relação ao sexo, não se encontrou uma associação estatisticamente significativa entre essas variáveis, ainda que o percentual de meninas em risco seja maior. A amostra foi feita de crianças de até dois anos de idade, com a maioria, 18 crianças sendo de 0-6 meses, 7 crianças com 6-12 meses, 5 crianças de 12-18 meses e 4 crianças com 18-24 meses de idade.verificou-se no estudo de Curvo (2005) que o maior percentual de acompanhamento era entre as crianças com menos de 12 meses de idade. E em relação idade e risco nutricional apresentava 52,2% das crianças de 06 a 12 meses com risco nutricional. E as crianças de 12 a 24 meses, 70,8% apresentavam-se com risco. A maioria das crianças avaliadas encontrava-se nos 2 primeiros anos de vida. Provavelmente, nessa faixa etária, ocorra uma maior procura das mães pelos serviços de saúde em função da maior morbidade verificada nesse período e exista uma maior vigilância dos serviços de saúde, com programas priorizando ações básicas, como vacinação, controle da diarréia e doenças respiratórias, incentivo ao aleitamento materno e monitoramento do crescimento e

desenvolvimento (MINISTERIO DA SAÚDE, 2002). Foram avaliados seus pesos e a maioria da amostra (68%) possuiu peso médio entre 6-12 Kg, seguido com a porcentagem de 23% para peso menor que 6 Kg e 9% para pesos maiores que 12 Kg. Na figura 5 demonstra o diagnostico nutricional segundo peso para a idade, que a maioria, 32 crianças apresentavam-se com peso adequado, seguido de 1 criança com baixo peso e 1 criança com peso elevado para a idade. No trabalho de Carvalho (2008) constatou que 6,8% das crianças menores de um ano encontravam-se com peso para idade abaixo do percentil 10 e 14,5% acima do percentil 90. A diferença entre os estratos foi estatisticamente significativa (p = 0,01), sendo que a prevalência de crianças abaixo do percentil 10 foi cerca de duas vezes mais frequente no interior do que na Região Metropolitana do Recife (9,6% e 5,2%, (respectivamente). A prevalência de crianças acima do percentil 90, ao contrário, foi três vezes superior na Região Metropolitana do Recife. A figura 4 demonstra que a maioria das crianças apresentava comprimento no intervalo de 50 a 65 Cm, seguidos dos comprimentos subsequentes. Para a estatura para a idade a maioria das crianças se apresentara com a estatura adequada para a idade. E na mesma proporção houve crianças com baixa estatura e estatura elevado para a idade.

Conclusão Com o presente estudo pode-se concluir que a maioria das famílias das crianças que passavam para aferir o comprimento e o peso tinha-se mais cuidado com as crianças menores de 0 a 6 meses. Em relação ao sexo foi mais proveniente o sexo feminino. Os pesos mais encontrados (68%) foram no intervalo de 6-12 Kg. E comprimento médio de 50 a 65 Cm. Podendo então diagnosticar o estado nutricional dessas crianças, a maioria apresentando peso adequado, e cumprimento adequado. REFERENCIAS CARVALHO, M. F.; LIRA, P. I. C.; ROMANI, S. A. M.; SANTOS, I. S.; VERAS, A. A. C. A.; FILHO, M. B. Acompanhamento do crescimento em crianças menores de um ano: situação nos serviços de saúde em Pernambuco, Brasil. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro. v. 24, n. 3, p. 675-685, março, 2008. Básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Série Cadernos de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. CUERVO, M. R. R.; AERTS, D. R. G. C.; HALPERN, R. Vigilância do estado nutricional das crianças de um distrito de saúde no sul do Brasil. J Pediatr. v. 81, n. 4, p. 325-331, Rio de Janeiro, abril, 2005. MODESTO, S. P.; DEVINCENZI, M.U.; SIGULEM, D. M. Práticas alimentares e estado nutricional de crianças no segundo semestre de vida atendidas na rede pública de saúde. Rev Nutr, v. 20, n.4, p. 405 415, agosto, 2007. SIGULEM, D.M.; DEVINCENZI, M. U. Introdução, nomenclatura, classificação e metodologia de avaliação. In: Nóbrega FJ. Distúrbios da nutrição na infância 2 ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2007. BRASIL. Ministério da Saúde [homepage on the internet]. Caderneta de Saúde da Criança [cited 2008 Aug 15]. Available from: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ Caderneta%20Crianca%202007.pdf BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção