Relatório Nacional de Angola 2015

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Relatório Nacional de Angola 2015 Objectivos de Desenvolvimento do Milénio Com o apoio da Organização das Nações Unidas

Estrutura da Apresentação Declaração do Milénio; Relatórios de Progresso ODM Angola; Estruturação do Relatório ODM Angola 2015; Progressos alcançados nos ODM até 2015; Principais políticas e programas; Principais desafios; Principais recomendações; Probabilidade de alcance das metas dos ODM.

Angola assina a Declaração do Milénio no ano 2000 Contendo 8 objectivos: ODM1: Reduzir a pobreza extrema e a fome ODM2: Alcançar o ensino primário universal ODM3: Promover a igualdade de género e o empoderamento das mulheres ODM4: Reduzir a mortalidade infantil ODM5: Melhorar a saúde materna ODM6: Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças ODM7: Garantir a sustentabilidade ambiental ODM8: Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento 3

Relatório dos ODM - Angola Relatório de 2003 Relatório de 2005 Relatório de 2010

Relatório ODM Angola 2015 Estruturação do Relatório Introdução; Caracterização; Progressos alcançados nos ODM até 2015; Objectivos; Metas; Indicadores; Tendências; Políticas e programas; Desafios e recomendações. Bibliografia; Anexos.

36% 61% 68% 36% 34% Redução significativa da pobreza Objectivo 1: Erradicar a pobreza extrema e a fome População (%) com rendimento inferior a US$1/dia Prevalência da subnutrição em crianças menores de 5 anos 1990 1996 2001 2008 Meta 2015 Fonte: INE Angola comprometeu-se em reduzir para metade (34%) ate 2015, a incidência de pobreza do ano 2001. O Governo de Angola desenvolveu a sua Estratégia de Combate à Pobreza (ECP) para garantir que todos possam beneficiar do processo de reconstrução e desenvolvimento nacional 60 50 40 30 20 10 0 42% 15,6% 53% 29,2% 6% 8,2% Baixo peso Nanismo Marasmo Fonte: INE 1996 e MINSA 2007 1996 2007 A percentagem de pessoas sub-alimentadas passou de 63,3% em 1990-92 para 18% em 2012-14 (FAO, IFAD e PAM 2014).

Photo: www.gucci.com Progresso na taxa líquida de escolarização Objectivo 2: Alcançar o ensino primário universal 59,2% dos alunos completaram o ensino primário (MED). As disparidades entre as zonas rurais e urbanas ainda são visíveis, principalmente no acesso ao ensino de meninas e raparigas das zonas rurais. População alfabetizada com 15-24 anos de idade Grande expansão do ensino nos últimos 15 anos para o nº de alunos matriculados em todos os níveis de ensino, passando de 2,2 milhões de alunos em 2001 para 8 milhões em 2014 (MED). 96.2% 89.2% Urbana 75.5% Rural 45.5% Homens Mulheres Fonte: INE (QUIBB 2011).

Ainda há margem para progressos significativos Objectivo 3: Promover a igualdade de género e o empoderamento das mulheres e raparigas Índice de desigualdade de género (IDG): Ensino primário: IDG 0,98 (INE) Ensino secundário: IDG 0,92 (INE) Ensino superior: 0,76 (IES) A baixa presença de mulheres nos sectores não agrícolas é um indicador da existência de barreiras de género. Lei dos Partidos Políticos obriga todos os Partidos a observar a inclusão nos seus Estatutos do princípio da igualdade de género e representação por sexo não inferior a 30% Assentos Parlamentares (220 assentos) 2008 2012 2014/2015 Mulheres % Mulheres % Mulheres % 85 38,6 76 34,5 81 36,8 Fonte: MINFAMU 2014 Fonte: República de Angola e UE (Diagnóstico de Género Angola)

Segue a tendência mundial de redução da taxa de mortalidade Objectivo 4: Reduzir a mortalidade na infância Tendências da mortalidade < de 5 anos 350 300 250 200 150 100 50 0 292 274 250 194 167 1990 1996 2001 2008 2013 Meta 2015 Fonte: MINSA, INE (MICS 1996, MICS 2001, IBEP 2008-2009) e UNICEF 2015. Taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos reduziu 43% no período 1990-2013. 97 Principais acções implementadas: múltiplas campanhas de vacinação, controle do sarampo, distribuição de mosquiteiros, administração da Vitamina A e Albendazol e capacitação das equipas provinciais e municipais no manuseio das principais doenças infantis. Photo: www.jewanda-magazine.com

Fonte: INE (QUIBB 2011) Fonte: FNUAP, UNICEF, OMS e Banco Mundial Taxa de mortalidade materna reduziu 67% no período 1990-2013 Objectivo 5: Melhorar a saúde materna Tendência da taxa de mortalidade materna, 1990-2013 1500 1000 500 0 1400 1400 1100 750 460 350 1990 1995 2000 2005 2013 Meta 2015 Partos nas unidades de saúde 2011 80 74% 60 40 20 0 Area Urbana 25,2% Area Rural Area Urbana Area Rural A redução gradual da mortalidade materna em Angola tem sido imputada aos esforços do Governo em disponibilizar cuidados obstétricos e neonatais de urgência básicos e completos mais perto das populações, apesar de ainda insuficientes. Angola reforçou e expandiu o sistema de registo dos nascimentos inclusive nas maternidades 50,9% dos partos foram assistidos por pessoal qualificado (MINSA). Taxa de prevalência contraceptiva 2014: 10% (MINSA)

É necessário maior progresso para reduzir as doenças endémicas e infeciosas Objectivo 6: combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças A prevalência do VIH tem-se mantido em 2,4%, entretanto a Angola está entre os países da região subsaariana com a maior prevalência. Utilização de preservativo para reduzir significativamente a transmissão sexual do VIH é baixa. Disponibilização de preservativo 2004 2014 2.400.000 55.127.800 Fonte: MINSA Prevalência do VIH em estudos seroepidemiológicos realizados em Unidades de Pré-natal 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 2.74 2.76 3.11 3.18 2.4 1.68 3.67 3.49 2.08 1.94 2004 2005 2007 2009 2011 2013 Fonte: MINSA/INLS Urbana Rural

Taxas x 100.000 habitantes Malária é a doença mais frequente e constitui a primeira causa de morte Objectivo 6: combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças A taxa de incidência de Malária 2006-2010: aumentou de 126 para 190 por 1000 habitantes 2014: diminuiu para 130 por 1000 habitantes (PNCM 2014.) Os serviços de atendimento da TB ainda são insuficientes. Porém, passos importantes já foram dados. Taxa anual de Incidência de Tuberculose (novos casos) 300.00 Malária representa 21% 29% 33% 17% Fonte: MINSA 2014 (PNCM) Cuidados curativos Internamentos hospitalares Mortes perinatais Mortalidade materna 250.00 200.00 150.00 100.00 50.00 0.00 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Incidência TB 207.19 216.96 201.35 213.50 222.80 235.28 277.00 231.69 Fonte: MINSA 2014 (PNCT).

Angola tem mais de 40% da sua superfície coberta por florestas Objectivo 7: Garantir a Sustentabilidade Ambiental Retiradas de agua (%) por sector 50% 40% 30% 20% 10% 45% 38% 33% 34% 29% 21% Agricultura Domestico Indústria Photo: José Dias 0% Fonte: Banco Mundial. 2002 2013 O nível mínimo de água para a saúde humana e para o desenv. económico é de 1.000 m³ per capita/ano. Angola: captação anual superior aos 1.000 m³. As águas subterrâneas renováveis anualmente estão estimadas em 72 km³. Entre 2012 e 2013 o total de áreas protegidas aumentou 95%, passando aproximadamente 8 para 16 milhões de hectares (MINAMB). Em termos de áreas marítimas protegidas, o núm. é bastante pequeno, inferior a 1%.

Progresso no acesso a instalações de saneamento melhoradas Objectivo 7: Garantir a Sustentabilidade Ambiental Distribuição da população segundo a principal fonte de abastecimento de água para beber Água canalizada Chafariz ou fontanário Furo com bomba Poço protegido Poço não protegido Lagoa, rio ou riacho Tanque Camião cisterna Água da chuva ou Cacimba ou nascente Fonte: INE (QUIBB 2011) 1.8 8.9 2.3 2.8 2.2 2.2 0.7 3.1 5.1 2.3 0.6 6.1 0.1 1.5 9.5 19.1 26.1 29 29.3 Urbana Rural 0 10 20 30 40 50 47.6 Evolução da população que usa instalações de saneamento melhoradas 100 80 60 40 20 0 74.1 59 26 82.5 59.6 31.9 92.3 73.4 50.2 2001 2008 2011 Fonte: INE (IBEP 2008-2009 e QUIBB 2011 Total Urbana Rural Aumento na percentagem da população com acesso a instalações de saneamento melhoradas. A melhoria mais importante foi verificada no meio rural.

Graduação do País em 2018 (de PMA para PRM) Objectivo: Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento Ajuda Oficial ao Desenvolvimento US$ 1144 milhões US$ 288 milhões AOD destinada ao sector agrícola Fonte: OCDE 2004 2013 Fonte: OCDE Esta redução observada na AOD poderia estar relacionada com o incremento do PIB per capita, que supera o limite de ingresso de um País Menos Avançado (PMA).

Source: MTTI, Abril 2015 Fonte: MTTI, Abril 2015 Aumento do número de assinaturas celulares móveis e utilizadores de internet Objectivo 8: Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento Evolução do número de utilizadores internet (%) 2015 15.47 2010 5.16 2005 0.51 2000 0.11 De acordo com os dados oficiais, o número de utilizadores de internet é mais elevado nas zonas urbanas (7,2%) do que nas zonas rurais (0,1%) (INE). 0 5 10 15 20 Percentagem de assinaturas de celulares móveis 57,44% 0,16% Os investimentos de Angola na telefonia móvel nos últimos anos foram significativos. 2000 2015

Principais políticas e programas PND 2013-2017 Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza Programa Desenv. Agricultura Familiar Programa de Segurança Alimentar e Nutricional Estratégia Nacional de Criação de Emprego Plano de Acção Nacional Educação para Todos Estratégia Integrada para a Melhoria do Sistema de Educação Política Nacional Igualdade e Equidade de Género Programa Promoção da Igualdade de Género Política Nacional de Saúde Plano Estratégico e Roteiro Nacional para a Redução Acelerada da Mortalidade Materno- Infantil

Principais políticas e programas Política Nacional dos Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário Plano Nacional de Eliminação da Transmissão do VIH de Mãe para Filho Plano de Aceleração da Resposta ao VIH e SIDA até 2015 Programa Nacional de Controlo de Malária Programa Nacional de Controlo de Tuberculose Plano Estratégico de Expansão das Áreas de Conservação Programa Água para Todos Programa de Habitação Social Política de Rendimentos e Preços Programa de Diversificação da Economía Foto: UNICEF Potenciação da receita não-petrolífera e refinanciamento da carteira de endividamento

Principais desafios Pobreza: Redução das assimetrias verificadas entre o meio rural e urbano sobre a incidência da pobreza; Redução das desigualdades sociais e na distribuiçao do consumo; Criação de empregos produtivos. Educação: Redução da taxa de repetência e abandono escolar, que ainda é elevada; Longas distâncias percorridas pelos alunos entre a casa e a escola e vice-versa; Corpo docente sem a preparação adequada. Saúde: Financiamento do sector de saúde; Debilidade do subsistema de informação sanitária; Fortalecimento institucional; Conhecimento limitado das familias sobre boas práticas de saúde; Fraco envolvimento comunitário nos problemas da saúde reprodutiva; Necessidade de empoderamento das mulheres e comunidades; para a promoção e protecção da saúde; Baixo nível de cobertura das intervenções de controlo da Malária; Acesso ao tratamento do VIH/SIDA e Tuberculose. Género: Dificuldades de acesso e permanência das meninas e raparigas na escola; Estereótipos de género no currículo escolar; Desigualdade no acesso aos recursos económicos; Persistência de desigualdades nas esferas de tomada de decisão.

Principais desafios Sustentabilidade Ambiental: A crescente demanda de água para satisfazer as necessidades socioeconómicas; A fragilidade dos sistemas de abastecimento de água; Escassez de áreas protegidas, particularmente marinhas; Inventariação das espécies; Pressão excessiva sobre os serviços de abastecimento de água nas zonas urbanas; A recuperação do capital investido; Reforço da coordenação institucional. Parceria Mundial para o Desenvolvimento A graduação de Angola implicará uma substantiva redução dos fluxos de ajuda não reembolsável; Urgência de avançar na Estratégia de Graduação de Angola; Promoção das exportações; O possível aumento das taxas de juro e os défices orçamentais projetados, que poderão ter reflexo no aumento persistente da dívida pública; Exploração das potencialidades das TIC; Redução das assimetrias urbano-rural ao acesso às linhas telefónicas fixas e à internet; Necessidade de habitação para as camadas mais carenciadas.

Principais recomendações Elaborar a Estratégia de Graduação de Angola; Reforçar o sistema de informação; Reforçar a integração da abordagem baseada no género nas estratégias, programas, planos de acção; Dotar de meios técnicos, financeiros e humanos ás instituições provinciais e capacitação dos recursos humanos; Desenvolver a agricultura e promover micro e pequenas empresas; Expandir e diversificar a rede de formação profissional; Promover o empoderamento das mulheres; Aumentar o investimento na educação e implementar acções para a melhoria da qualidade do ensino; Reforçar o Programa de Alfabetização e Aceleração Escolar; Desenvolver acções de formação na área da educação sexual e reprodutiva nas escolas para diminuir a taxa de gravidez na adolescência; Assegurar a sustentabilidade financeira do sistema de saúde em todos os níveis; Photo: Nações Unidas

Principais recomendações Reforçar o sistema da saúde e os investimentos no sector saúde para melhoria da qualidade dos cuidados de saúde (insumos, medicamentos, produtos de saúde reprodutiva, vacinas, etc); Implementação de campanhas para reduzir a prevalência do VIH/SIDA, Malária e Tuberculose Mobilizar actores privados para o estabelecimento de plantações florestais, industriais e comerciais; Trabalhar na implementação do programa de reconversão da economia informal; Diversificar as exportações para reduzir a vulnerabilidade do país à volatilidade dos preços do petróleo; Melhorar a qualidade dos serviços das NTI, o acesso sustentável à agua potável e ao saneamento básico

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Photo: Unicef

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Objectivo 1: Erradicar a pobreza extrema e a fome Probabilidade de se alcançar Meta 1.A: Reduzir para metade, entre 1990 e 2015, a percentagem da população cujo rendimento é inferior a 1 dólar PPC por dia 1.1 Percentagem da população com rendimento inferior a 1 dólar PPC por dia 1.2 Índice do hiato de pobreza 1.3 Participação dos 20% mais pobres da população na renda ou no consumo nacional BAIXA Meta 1.B. Alcançar o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos 1.4 Taxa de crescimento do PIB por pessoa empregada 1.5 Razão entre emprego e população dos dois sexos 1.6 Percentagem de pessoas empregadas com renda inferior a 1 dólar PPC por dia N.D 1.7 Percentagem de trabalhadores por conta própria e que contribuem para a previdência social, em relação ao emprego total Meta 1.C: Reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população que sofre de fome 1.8 Prevalência de crianças menores de 5 anos com baixo peso para a idade 1.9 Percentagem da população que não atinge as necessidades energéticas ou calóricas na dieta N.D ALTA ALTA ALTA

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Objectivo 2: Alcançar o ensino primário universal Probabilidade de se alcançar Meta 2.A. Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo do ensino primário 2.1 Taxa líquida de escolarização no ensino primário 2.2 Percentagem de alunos que iniciam a 1ª classe e chegam à última classe do ensino primário 2.3 Taxa de Alfabetização dos 15-24 anos, mulheres e homens

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Objectivo 3: Promover a igualdade de género e o empoderamento das mulheres Probabilidade de se alcançar Meta 3.A: Eliminar as disparidades de género no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino o mais tardar até 2015 3.1 Relação rapazes/raparigas no ensino básico, médio e superior 3.2 Percentagem de mulheres assalariadas no sector não-agrícola 3.3 Percentagem de mulheres exercendo mandatos na Assembleia nacional

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Objectivo 4: Reduzir a mortalidade na infância Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Meta 4.A: Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças menores de 5 anos, entre 1990 e 2015 Probabilidade de se alcançar BAIXA BAIXA 4.1 Taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos BAIXA 4.2 Taxa de mortalidade infantil BAIXA 4.3 Percentagem de crianças com 1 ano de idade vacinadas contra o sarampo ALTA

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Objectivo 5: Melhorar a saúde materna Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Meta 5.A: Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna Probabilidade de se alcançar BAIXA 5.1 Taxa de mortalidade materna MEDIA 5.2 Percentagem de partos assistidos por profissional de saúde qualificado BAIXA Meta 5.B: Alcançar, até 2015, o acesso universal à saúde reprodutiva BAIXA 5.3 Percentagem de mulheres de 15 a 49 anos que usam métodos contraceptivos BAIXA 5.4 Taxa de nascimentos entre adolescentes BAIXA 5.5 Cobertura de atendimento pré-natal com pelo menos quatro consultas 5.6 Necessidades de planeamento familiar não atendidas BAIXA

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Objectivo 6: Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças Meta 6.A: Deter e começar a reduzir, até 2015, a propagação do VIH/SIDA Probabilidade de se alcançar BAIXA BAIXA 6.1 Prevalência do VIH entre a população com idade entre 15-24 anos BAIXA 6.2 Uso de preservativos na última relação sexual de alto risco BAIXA 6.3 Percentagem da população com idade entre 15-24 anos com conhecimento correcto e abrangente sobre VIH/SIDA 6.4 Razão de frequência escolar de órfãos e não órfãos com idades entre 10-14 anos BAIXA Meta 6.B: Alcançar, até 2010, o acesso universal ao tratamento do VIH/SIDA para todas as pessoas que precisam dele BAIXA 6.5 Percentagem da população com infecção avançada por VIH com acesso a medicamentos anti-retrovirais BAIXA Meta 6.C: Até 2015, deter e começar a reduzir a incidência da malária e de outras doenças graves 6.6 Incidência e mortalidade associadas à malária 6.7 Percentagem de crianças menores de 5 anos que dormem sob mosquiteiros impregnados com insecticida 6.8 Percentagem de crianças menores de 5 anos com febre que são tratadas com medicamentos anti - malária apropriados 6.9 Incidência, prevalência e mortalidade associadas à tuberculose BAIXA 6.10 Percentagem de casos de tuberculose detectados e curados sob observação directa e tratamento de curta duração BAIXA

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Objectivo 7: Garantir a Sustentabilidade Ambiental Probabilidade de se alcançar Meta 7.A: Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais 7.1 Percentagem de área terrestre coberta por florestas BAIXA 7.2 Emissões de CO2e total, per capita e por cada $1 (PPP) 7.3 Consumo de substâncias que empobrecem a camada de ozono ALTA 7.4 Percentagem de unidades populacionais de peixes dentro dos limites biológicos de segurança BAIXA 7.5 Percentagem de recursos totais de água utilizada Meta 7.B: Reduzir a perda de biodiversidade e alcançar, até 2010, uma redução significativa 7.6 Percentagem de áreas protegidas, terrestres e marinhas 7.7 Percentagem de espécies ameaçadas de extinção BAIXA Meta 7.C: Reduzir para metade, até 2015, a percentagem da população sem acesso sustentável à água potável e ao saneamento básico 7.8 Percentagem da população que utiliza uma fonte de água potável melhorada BAIXA 7.9 Percentagem da população com acesso à instalações de saneamento melhoradas Meta 7.D: Até 2020, ter alcançado uma melhoria significativa nas vidas de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros precários/degradados 7.10 Percentagem da população urbana que vive em bairros precários/degradados BAIXA BAIXA

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Objectivo 8: Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento (É importante destacar que o alcance desta Meta não é apenas da responsabilidade de Angola, mas também da comunidade de doadores e dos países desenvolvidos) Meta 8.A: Continuar a desenvolver um sistema comercial e financeiro aberto, baseado em regras, previsível e não discriminatório Inclui o compromisso de alcançar uma boa gestão dos assuntos públicos, o desenvolvimento e a redução da pobreza, nos planos nacional e internacional. Meta 8.B: Responder às necessidades especiais dos países menos desenvolvidos Inclui: Acesso livre de tarifas e quotas para as exportações dos menos desenvolvidos; programa de alivio da divida reforçada dos países pobres altamente endividados e cancelamento da divida bilateral oficial; e Ajuda Oficial para ao Desenvolvimento (AOD) mais generosa aos países menos avançados Probabilidade de se alcançar 8.1 Ajuda oficial ao desenvolvimento bilateral líquida, total para os países menos desenvolvidos, em percentagem do rendimento nacional bruto dos doadores da OCDE / CAD 8.2 Percentagem de ajuda oficial ao desenvolvimento bilateral total dos doadores OCDE/CAD alocada para serviços sociais básicos (educação básica, cuidados primários de saúde, nutrição, água potável e saneamento) 8.3 Proporção de ajuda oficial ao desenvolvimento bilateral de doadores da OCDE/CAD 8.6 Proporção do total das importações dos países desenvolvidos (por valor e excluindo armas) provenientes de países em desenvolvimento e países menos desenvolvidos, isentos de direitos 8.7 As tarifas médias impostas pelos países desenvolvidos sobre os produtos agrícolas, têxteis e vestuário de países em desenvolvimento 8.8 Estimativa de apoio agrícola a países da OCDE como uma percentagem do seu produto interno bruto 8.9 Proporção de ajuda oficial ao desenvolvimento fornecida para ajudar a construir a capacidade comercial N.D

Probabilidade de alcance das metas dos ODM Objectivos do Desenvolvimento do Milénio Probabilidade de se alcançar Meta 8.D: Tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento, mediante medidas nacionais e internacionais, a fim de tornar a sua dívida sustentável a longo prazo. ALTA 8.12 Serviço da dívida total em percentagem de exportação de bens e serviços ALTA Meta 8.E: Em cooperação com as empresas farmacêuticas, assegurar o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis nos países em desenvolvimento 8.13 Percentagem da população com acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis em uma base sustentável Meta 8.F: Em cooperação com o sector privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, especialmente da informação e comunicação 8.14 Linhas telefónicas fixas por 100 habitantes 8.15 Assinaturas de celulares móveis por 100 habitantes ALTA 8.16 Utilizadores de internet por 100 habitantes

Informação mais detalhada disponível no: Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2015 Angola MUITO OBRIGADO