News EDIÇÃO ESPECIAL DEPOIMENTO EXCLUSIVO. (Presidente do COB e do Comitê Rio 2016) Pág. 9



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Transcrição:

News A revista do Grupo LET Recursos Humanos N 0 18 Novembro / Dezembro 2009 Ano 3 www.grupolet.com RH e RIO 2016 Nós vencemos... e agora gestores de pessoas? Erico Magalhães (TV Globo), Leyla Nascimento (Capacitare) e Valeria Leal (Sheraton Rio) falam sobre os grandes desafios a serem cumpridos em sete anos Pág. 6 ENTREVISTA Ricardo Waddington (Diretor de Núcleo da Rede Globo) O valor do artista na interatividade com o público Pág. 3 PRESENTE DE NATAL! Você que trabalha em RH pode ganhar um curso de mergulho recreativo gratuito! Veja como na pág.13 EDIÇÃO ESPECIAL Rio 2016 Parabéns! DEPOIMENTO EXCLUSIVO Carlos Arthur Nuzman Ele é o cara! (Presidente do COB e do Comitê Rio 2016) Pág. 9

institucional entrevista Editorial Papo com o leitor Dicas NewsLet - Livros ENTREVISTA especial Parabéns Rio 2016 e contem conosco! Caros leitores, Esta edição homenageia Carlos Arthur Nuzman, Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, um homem cujo trabalho incansável, cujo talento indiscutível na construção e articulação de projetos e ideais trouxe ao Rio de Janeiro (e, por conseqüência, ao Brasil), o direito e a honra em sediar o maior espetáculo do planeta: os Jogos Olímpicos. Nuzman, como se diz, é o cara. Mas ele não é da moda ; ao contrário, desde a década de 70 sempre esteve lutando pelo sucesso do esporte verde e amarelo. À NEWSLET que também publicou entrevista dele na edição nº3 (Jun/Jul 2007) - concede um depoimento especialíssimo em que nos revela como será conduzido, do sonho à realidade, a construção do projeto de toda uma vida: fazer do Rio 2016 os melhores Jogos Olímpicos de toda a história, não apenas para os 14 dias de competição, mas para a cidade e as suas pessoas que aproveitarão o seu legado. Pensando no intenso trabalho dos próximos sete anos também entrevistamos gestores de pessoas a fim de investigar como será (ou deverá ser) o trabalho de capacitação de profissionais que estarão atuando durante os Jogos Rio 2016. Erico Magalhães (TV Globo), Leyla Nascimento (Instituto Capacitare), Edson Vilarin e Valeria Leal (Sheraton Rio) são as nossas fontes prá lá de quentes. No entorno desta edição, mas com grande relevo, entrevistamos Ricardo Waddington, um dos grandes diretores de Núcleo da Rede Globo, que fala sobre o aumento da interatividade na TV e seus efeitos; tema a ser estudado por gestores para abordar nas empresas. E não poderíamos esquecer-nos de mostrar aos leitores que o Grupo LET não é somente Rio, mas cada vez mais Brasil! Por isso, abordamos aqui a inauguração de nossa filial Juiz de Fora (MG). Esperamos trazer ao mercado de Minas Gerais grandes profissionais e oportunidades em Recursos Humanos. E se você está workaholic demais com tudo isso, sugerimos um mergulho recreativo. Veja como fazer na PG 12. Fazer literalmente, já que abrimos um concurso para que você de RH comprove os benefícios. Mas não acabou. Folheie e descubra muito mais novidades! Um feliz Natal, boas festas e boa leitura! Joaquim Lauria Diretor Executivo do Grupo LET Educação Corporativa e Aprendizagem: As Práticas Pedagógicas na Era do Conhecimento, de Eleonora Jorge Ricardo - Qualitymark Editora Expediente Grupo LET Recursos Humanos Membro Oficial Matriz Centro Empresarial Barra Shopping - Av. das Américas 4.200, Bloco 09, salas 302-A, 309-A Rio de Janeiro RJ tel: (21) 3416-9190 - CEP 22640-102 / Site: http://www.grupolet.com Escritório São Paulo - Rua James Watt 84, 2º andar - Brooklin Cep: 04576-050 - São Paulo (SP) Brasil - Tel: (11) 5506-4299 / 5505-2509 / 5506-0639 Escritório Curitiba - Avenida Winston Churchill 2.370 sala 406, 4º andar - Pinheirinho - Cep: 81150-0050 - Curitiba (PR) Brasil - Tel: (41) 3268-1007 Escritório Juiz de Fora (MG) Rua Fernando Lobo 102, sala 804, Ed. Europa Central Tower, Centro Juiz de Fora (MG) Brasil Tel: (32) 8843-9855 Capa: Wander Roberto / Rio 2016 Entender os processos de capacitação no ambiente empresarial é hoje mais do que desafio: trata-se de competência exigida. Não se raciocina mais em função de produtores, mas sim em controladores da informação. E a informação mais valiosa é o conhecimento. Nesta linha, a autora traz uma série de exercícios pedagógicos e pensamentos de grandes educadores que conjugados podem levar o leitor provavelmente à educação da sensibilidade, conforme sua proposta. Sustentabilidade nos Negócios, de Isa Magalhães - Qualitymark Editora Esta obra reforça com exemplos práticos porque nós hoje só podemos sustentar nossos negócios através da obtenção de relações saudáveis que, por sua vez, só podem ser sustentadas por valores universais. Entre eles estão o respeito ao próximo, a solidariedade, a simplicidade e outros essenciais à boa convivência humana. Em tempos de profundas mudanças sociais e ambientais, falar sobre os valores que influenciam a vida de maneira sustentável é relevante. A Coragem de Confiar O Medo é o Seu Pior Inimigo, de Roberto Shinyashiki - Editora Gente A maioria das pessoas trabalha só para buscar metas e ascensão financeira. Shinyashiki, um apaixonado pelo ser humano, defende que para o profissional ser completo precisa se redirecionar, estruturando sua vida em cinco virtudes, entre elas a credibilidade e generosidade. Credibilidade para inspirar confiança e segurança e generosidade para dividir e ensinar sempre. O autor diz que a espiritualidade é um caminho ao poder interior e propõe a adoção do Programa de Ativação do Poder Interior. O objetivo é autoanálise e ação de modo que se obtenha o máximo de poder interior e de satisfação com a vida. Diretor Executivo: Joaquim Lauria Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria Revista News Publicação bimestral Novembro / Dezembro 2009 Ano 3 Nº 18 Tiragem 1.500 exemplares Jornalista responsável (redação e edição): Alexandre Peconick (Comunicação Grupo LET) - Mtb 17.889 / e-mail para comunicacao@grupolet.com Diagramação e Arte: Murilo Lins (murilolins@terra.com.br) Oportunidades: Cadastre seu currículo diretamente em nossas vagas clicando www.grupolet.com/ vagas/candidato e boa sorte! Impressão: Walprint Gráfica e Editora Ltda. Endereço: Rua Frei Jaboatão 295, Bonsucesso Rio de Janeiro RJ E-mail: walprint@walprint.com.br Tel: (21) 2209-1717 Ricardo Waddington Rede Globo O valor do artista para gerir pessoas na TV Se Milton Nascimento canta que todo artista tem que ir aonde o povo está, Ricardo Capille Waddington, um dos principais diretores do núcleo artístico da Rede Globo, confirma nesta entrevista que o artista atende demandas populares, cria produtos com base em ideias e faz da tecnologia um canal para se comunicar com o seu público. A grande escola deste carioca foi a Rede Globo onde está há 27 anos completa 50 dia 22 deste dezembro. Aos 21 ingressou na emissora como Auxiliar de Produção, fez todo o passo a passo na área de criação, na qual teve grandes inspirações, como o saudoso Paulo Ubiratan. Acho difícil ter escola para TV; aqui você aprende no fazer; o homem de TV, sobretudo o que lidera, precisa ter cultura ampla, ler muitos livros e jornais, considera Waddington. Falando de interatividade, talento e informação, este virtuose que dirigiu novelas como Olho no Olho (1993), Coração de Estudante (2002), Mulheres Apaixonadas (2003), A Favorita (2008), entre muitas outras, prova nesta entrevista que sua forte personalidade não é só da boca para fora. NEWSLET Você se considera workaholic ou um cara que trabalha na medida certa? Ricardo Waddington Existe o tempo em que o ser humano deve se dedicar integralmente ao trabalho e o tempo em que pode dedicar parte de seu tempo a si. Estou neste segunda etapa. Preciso me reciclar para continuar a trazer coisas novas. E a TV é um local onde se trabalha muitas horas por dia. NEWSLET O Ricardo Waddington está no auge de sua produção? Ricardo Waddington Quando se trabalha em TV temos que estar sempre no auge, porque no momento em que você não estiver chegará alguém no auge para tomar o seu lugar. A TV é movida a paixão, não há outro jeito de se trabalhar aqui. NEWSLET - Estamos percebendo a programação mais interativa e provocativa, qual seria a motivação? Foto: TV Globo / Bob Paulino Ricardo Waddington Não tenho a menor ideia. Não sei se hoje há uma linguagem mais provocativa do que havia nos anos 80. O que penso é que as novas tecnologias facilitam um diálogo com o público, agilizam, esclarecem esse diálogo, nos permite falar e ouvir ao mesmo tempo. Talvez há alguns anos receber o outro lado fosse mais difícil. A TV meio que vai correndo atrás de um comportamento. Certamente se há hoje uma interatividade maior é porque o publico demanda isso, não a TV que impõe. NEWSLET - O que a TV ganha ao aproximar sua linguagem à da Internet? Ricardo Waddington Rapaz, TV e Internet são bem diferentes. Até entendo que TV e Internet estejam travando um diálogo, mas ainda são bem diferentes. O sonho da Internet é o de virar uma TV aberta. A Internet vai ser uma grande distribuidora de conteúdo, com o acesso mais fácil. Mas acho que a TV digital vai dar um salto muito grande nesse sentido de 2 Novembro / Dezembro 2009 Novembro / Dezembro 2009 3

Entrevista SERVIÇOS LET / R&S e entregas interatividade, da pessoa poder conversar com o veículo TV. NEWSLET No programa Amor e Sexo, o formato de interagir com o público foi o diferencial? Ricardo Waddington Não. Isso é conteúdo, não é interatividade. O que foi um passo adiante em Amor e Sexo, muito timidamente, foi a forma de como se falar em sexo. Ele trouxe à uma TV aberta um assunto que normalmente é tratado com enfoque mais formal. As pessoas ainda recebem o tema sexo de uma forma muito diferente porque, afinal, há várias culturas em uma mesma cultura. NEWSLET - Inovadora ou não, você acha que a interatividade na TV ajuda a formar opinião ou a educar pessoas? Ricardo Waddington Não acredito que a TV tenha o poder de formar alguém. Não me sinto com esta missão. Quem forma as pessoas é a sala de aula, a família. TV contribui para aumentar o nível de informação que a pessoa tem. E isso o Amor e Sexo traz, até com um lema Educar, quando for possível, informar sempre e desinformar jamais. Qualquer coisa dita de uma forma engraçada, mas preconceituosa, que pudesse soar como desinformação, a gente não deixava ir ao ar. NEWSLET Mas quem informa não educa? NEWSLET Mas você não concorda que a interatividade é um nível diferente de informação? Ricardo Waddington O que concordo é que as novas tecnologias permitem que essa interatividade seja mais direta, mais constante, mais trans- Se informo, estou facilitando um caminho rumo à Educação, mas não estou educando; não me sinto com esta missão. Ricardo Waddington parente, mais ágil e democrática, no sentido de que nós temos novas ferramentas para escutar as pessoas. NEWSLET E em quê no seu trabalho de direção se assemelha à Gestão de (ou com) Pessoas? Ricardo Waddington Meu trabalho é Gestão de Pessoas desde o momento em que piso aqui até a hora em que saio. Coloco atores, diretores, câmeras e equipe de produção no mesmo time, cada um com suas características. Ás vezes há um câmera man mais vaidoso do que o ator e um ator mais sensível do que o diretor. Na verdade, o tipo de liderança que exerço a TV não difere muito daquele que ocorre em uma grande fábrica. Tudo parte de uma ideia. E sempre há um grupo de pessoas pensando em como passar essa ideia. Foto: TV Globo / Bob Paulino Ricardo Waddington Preciso de uma ideia. Sabe qual é o problema? É que vocês não são artistas. Somos movidos por uma ideia que não dá para formalizar. O artista é um ser humano em permanente interatividade com as pessoas, porque é ele quem media. Não é a tecnologia, não é a corporação. O artista pode se apropriar de diversas tecnologias para contar melhor a sua história. Quando a TV Globo chega a diz, vamos dispor de milhões para colocar esse programa ou novela no ar ela está acreditando em uma ideia. NEWSLET O interessante dessa interação do artista com o público é que a ideia seja compreendida e vivenciada? Ricardo Waddington Sim. Nós que trabalhamos em uma empresa de grande público temos obrigação de dar certo e isso passa pela comunicação eficiente com as pessoas. Temos que nos fazer compreender e, mais do que isso, dialogar. E pode ser com uma novela também, que tem tanta interatividade, quanto eu chegar com um microfone para alguém. Um sujeito sentado assistindo à novela e se emocionando está dialogando conosco. NEWSLET Nesse sentido do termo interatividade, que amplitude um profissional deve ter em TV? Otimista para 2010, Hellen Martins, Coordenadora de RH, alerta, no entanto, para a necessidade do mercado buscar entender a realidade dos profissionais Salas e auditórios lotados, Analistas de RH e de DP ocupadas (os) em entrevistas ou ao telefone em agendamentos e atendimentos, em dias de sol ou chuva, próximos a feriados ou não. Este foi o retrato do Grupo LET em 2009. Houve aumento expressivo do número de vagas operacionais e temporárias. Empresas que lidam com eventos, atendimentos temporários, além ou as da área comercial e de vendas foram as maiores solicitantes, enquanto diminuiu (em relação a 2008) a procura por cargos de nível gerencial e executivo. Acredito que isso tenha acontecido ainda devido ao efeito da crise, por Vagner dos Santos Jezebel Luís Hellen Martins contribui para a melhoria continua do Grupo LET Extenso volume de vagas em 2009 outro lado, a partir do segundo semestre cresceu a procura por profissionais da própria área de RH nas empresas, o que é um bom indicativo para demandas futuras em várias áreas, entende Hellen Martins, Coordenadora de RH da matriz do Grupo LET. Considerando as exigências de especialização que o mercado pede mesmo para vagas operacionais, Hellen conta que muitos dos candidatos que passaram por processos seletivos no Grupo LET têm demonstrado esforço no sentido de turbinar seus currículos com cursos extras. Contudo, o nível de exigência das empresas que elaboram o perfil das vagas está mais veloz do que a capacitação de cada candidato. Penso que as empresas deveriam olhar mais para a realidade das pessoas e não apenas o contrário, como tem acontecido, isso facilitaria o casamento entre profissionais e mercado, aponta Hellen. Tal discrepância, na opinião da Coordenadora de RH, torna mais necessária a melhoria contínua do trabalho de uma consultoria de Recursos Humanos, responsável por captar, selecionar e entregar esses profissionais às empresas. Ainda assim, Hellen confia que 2010 será um ano de aumenta sensível no número de vagas para profissionais de nível médio e também superior. Células sob duas rodas Eles rodam, cada um, uma média de dupla de motoboys. Com simpatia e Ricardo Waddington A interatividade 150 km por dia de serviço, ou seja, eficácia atendem aos clientes, parceiros Ricardo Waddington Não. Se informo as pessoas estou facilitando um caminho rumo à educação, mas não estou educando. Sou facilitador, jamais educador. Você é o que é hoje não porque a TV o educou, mas pelo que o seu pai e sua mãe te disseram. Sua cidadania e o seu olhar crítico não podem ter sido direcionados pela TV, mas pela sala de aula. NEWSLET Você planeja criações? do veículo TV se dá muito na escuta, na análise do entorno. Orson Welles diz que a técnica de aprender a filmar você aprende em um final de semana, agora um homem-diretor talvez um ser humano passe a vida inteira sem conseguir ser porque é preciso ser permeável. Tem que se permitir. Convido você a fazer TV, vai se apaixonar por isso. a quilometragem mensal chega aos 6.600 km, quase 17 vezes a distância entre Rio e São Paulo. Fazem entregas das mais diversas, documentos importantes, serviço bancário, de cartório, entre muitos outros. Sob duas rodas, Jezebel Luís da Silva e Vagner dos Santos Pinto correspondem plenamente ao alto grau de responsabilidade que o Grupo LET deposita na e unidades do Grupo LET em todo o Rio de Janeiro, Grande Rio e cidades próximas como Niterói, São Gonçalo. Como diz Joaquim Lauria, os motoqueiros são as células da empresa. Temos um retorno bem positivo dos clientes sobre a qualidade do nosso trabalho, o que nos motiva para melhorarmos sempre, afirma Jezebel. Que nossas células continuem rodando! 4 Novembro / Dezembro 2009 Novembro / Dezembro 2009 5

ATUALIDADE - JOGOS OLímpicos e rh ATUALIDADE - JOGOS OLímpicos e rh Rio Ganhamos! E agora RH?! Foto: Site Sxc.hu Foto: Site RIO 2016 Leyla Nascimento Foto: Divulgação Onde está a chave do suces- Foto: Site RIO 2016 Após árdua disputa com o destino selado a 2 de outubro pelo Comitê Olímpico Internacional em Copenhague (Dinamarca), a cidade do Rio de Janeiro sobrepujou Madrid, Chicago e Tóquio, ganhando o direito, a honra, mas, sobretudo, a responsabilidade em sediar o maior espetáculo esportivo da terra: os Jogos Olímpicos. Mas até 2016 há outra disputa em questão: será que vamos vencer o desafio de realizar um megaevento (visto, vivido e analisado por bilhões de pessoas) sem atropelos, recebendo e tratando com humanidade e fidalguia pessoas do mundo inteiro e deixando um legado humano e estrutural para a cidade maravilhosa? Temos pouco mais de seis anos para isso. Será este tempo suficiente? Para responder enfoques desta pergunta buscamos beber na fonte de conhecimento dos gestores de pessoas. Afinal, se uma empresa não se faz sem pessoas, em um megaevento esta premissa é mais do que explícita. Muito mais do que prestar serviço o RH deve se posicionar como uma liderança comprometida aproveitando os Jogos como plataforma para elevar o nível de qualidade dos profissionais e ampliar a troca de experiências entre os gestores. Esta é a opinião de Érico Eduardo Magalhães, Diretor da Central Globo de Pesquisa e Recursos Humanos. Érico enfatiza que os Jogos Rio 2016 trarão desafios em diferentes áreas do mercado e em proporção inédita em termos de evento esportivo. Ele explica que para atender atletas, delegações e público, serão necessários avanços em telecomunicações, transporte, hospedagem, meio ambiente, segurança, entre outros e que tudo isso exigirá do gestor de pessoas antever, o quanto antes, quais serão as expertises necessárias para estes profissionais que atuarão em 2016 e como a área de RH deverá se estruturar para Novas estruturas, novas relações. A alta tecnologia e extensão das estruturas que serão construídas para os Jogos Olímpicos colocarão desafios antes impensáveis para os gestores de pessoas. Trabalho não vai faltar. Érico Magalhães Divulgação TV Globo Disciplina e Treinamento Duas lições importantes que serão deixadas pelos Jogos Rio 2016 isso. Teremos de um lado gestores liderando reflexões sobre novas formas e políticas de contratação, ambientação, desenvolvimento, relacionamento e remuneração e do outro lado, equipes capacitadas a trabalhar com visão estratégica em um projeto de enorme complexidade como é uma Olimpíada, prevê Érico, que em sua adolescência foi jogador de basquete e é até hoje um aficionado por esportes. Com uma visão apaixonada, mas profissional ao mesmo tempo, Érico lembra que o valor educativo e social dos Jogos Rio 2016 reforçará junto à sociedade o conceito de que Esporte + Educação = Desenvolvimento Humano. Olimpíada é o momento ideal para valorizar convivência social, as diversidades e a transmissão de valores e o RH deve ter uma contribuição importante neste ponto ao criar e conduzir estratégias de mobilização, conscientização e comunicação, destaca o Diretor da TV Globo que sempre vê Educação em seu sentido mais amplo que inclui a escolar, física, artística, técnica, entre outras. Educação alia-se ao mercado. Que o diga Leyla Nascimento, Diretora do Instituto Capacitare e que em janeiro assumirá a Presidência da Diretoria Executiva da ABRH Nacional. Devemos aproveitar este momento e preparar pessoas para atuar em profissões que ficaram desaquecidas, argumenta Leyla que já propõe uma estratégia interessante: A ABRH como parceira do COB mobilizaria organizações e profissionais de RH para contribuir com o fornecimento de profissionais e voluntários para a realização dos jogos. Disponibilizar os bancos de currículos das empresas associadas para que sejam recrutados os melhores profissionais, das mais diferentes áreas de modo a atender as demandas já se mostrou ao longo de outras experiências, uma ação vitoriosa, analisa a Diretora do Capacitare. Sobre as lições que os Jogos Rio 2016 podem deixar aos gestores, Leyla apontou de imediato a capacidade de se disciplinar para manter o foco em treinamento, item fundamental na rotina da Gestão de Pessoas. Abandonamos um pouco nas organizações os treinamentos para alinhamento das performances dos colaboradores; os Jogos demonstram como profissionais alcançam seus pontos altos após cumprir uma forte rotina de treinamentos, exemplifica. 6 Novembro / Dezembro 2009 Novembro / Dezembro 2009 7

ATUALIDADE - JOGOS OLímpicos e rh PERSONAGEm capa Foto: Divulgação Foto: Wander Roberto / RIO 2016 Edson Vilarim e Valeria Leal confirmam que os Jogos Rio 2016 proporcionarão up grade fantástico ao segmento hoteleiro Aline Rocha Bernardo Profissional Potencial Um desses profissionais que pode se destacar em 2016 é Aline Rocha Bernardo, 18 anos, hoje jovem aprendiz do Sheraton Rio como Front Office (Recepcionista). Há seis meses nesta função, ela apresenta bom domínio no inglês um incentivo que vem desde o berço - e esbanja simpatia. Acredito que a educação e a simpatia são as principais formas de você agradar ao hóspede porque assim ele se sente em casa; é dessa forma que me vejo em 2016, quero muito estar trabalhando aqui e estarei preparadíssima para receber o mundo inteiro nas dependências do hotel, garante Aline, que trabalha 20 horas por semana e faz curso de Hotelaria no SENAC financiado pelo Sheraton Rio. Ciente que precisa desenvolver mais sua fluência no inglês e até aprender outros idiomas, classifica estas como suas prioridades atuais. E admite estar muito motivada para aprender por meio da convivência com outras culturas. Estou em família e isso me motiva muito a fazer o Sheraton se destacar em 2016, finaliza. Abordando o setor hoteleiro, fundamental para o sucesso dos Jogos Rio 2016, Valéria Leal, Diretora de RH do Sheraton Rio, diz que a maior dificuldade que temos hoje é a de conseguirmos profissionais treinados e que tenham domínio da língua estrangeira. Ao lado de Edson Vilarim, Coordenador de RH, Valeria conta que hoje o foco nesse tipo de treinamento vai para os cargos mais operacionais, como serventes, arrumadores, entre outros. Para 2016 e bem antes disso há uma previsão do aumento do número de pessoas com alta capacitação. Teremos que treinar mais pessoas, mais rápido e precisaremos de pessoas mais qualificadas para treinar; estamos começando a formar esse pessoal agora, passo a passo, inclusive aproveitando os menores aprendizes, como a front office Aline Rocha Bernardo, cargo tal (ver quadro nesta matéria), revela Edson Vilarim. A equipe de RH do Sheraton Rio é unânime em apostar que os Jogos Rio 2016 trarão grande aprendizado no como fazer sob pressão. De forma inteligente será reforçado o argumento da honra de sermos cariocas e brasileiros para mexer com o ego do associado (funcionário) e comprometê-lo com o trabalho. Valéria e Edson garantem estarem cientes da alta responsabilidade que terão, mas estão motivados com o desafio de lidar com a diversidade cultural de mais de 200 países. A convivência com pessoas de todas as nacionalidades irá gerar um aprendizado cultural ímpar; nós de RH teremos que aprender um pouco a lidar com esses profissionais para ensiná-los a como reagir à cultura do outro; por isso certamente teremos que realizar muitas palestras aos associados sobre temas culturais, planeja Valeria que revela já estar recebendo e-mails e ligações de profissionais de rede hoteleira dos EUA, Portugal, Europa e África oferecendo sua força de trabalho. E a vinda dessas pessoas será fundamental para o aprendizado dos brasileiros em segmentos como a Culinária, por exemplo, informa Edson. Mas aproveitar os Jogos pelos Jogos é ainda muito pouco. Érico Magalhães (TV Globo) sugere ao RH que invista no chamado legado intangível da Rio 2016, ou seja, que estimule a discussão sobre as novas oportunidades e relações de trabalhos que surgirão (e ficarão) após os Jogos. Carlos Arthur Nuzman Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro O Brasil se sentiu grande no dia 2 de outubro, mas ninguém comemorou mais do que ele. Mesmo que, humildemente, Carlos Arthur Nuzman atribua a vitória a um grande resultado de equipe como faz um autêntico Gestor de Pessoas aos 67 anos ele alcançou uma meta pela qual sonhou a vida inteira. Mas o Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), do Comitê Rio Os Jogos Rio 2016 abrem nova e promissora fronteira 2016 e Membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) não vai parar de sonhar e realizar. Ainda bem! Atleta nato - também praticou natação e tênis - Nuzman disputou os Jogos Olímpicos jogando vôlei (Tóquio 1964) e como dirigente ajudou a elevar o vôlei brasileiro a um patamar definitivo de maior potência mundial. Quem o conhece garante: é um cara digno, leal, determinado, vencedor e positivamente ambicioso. Enfim, um exemplo para as gerações X, Y, W e qual mais letra do alfabeto vier por aí. Aliás, Barack Obama, por favor, nos perdoe, mas o Nuzman é o cara! Nesta entrevista ele conta como e porquê chegou a hora do Brasil mostrar que não é apenas o país do futebol, do vôlei ou mesmo dos esportes, mas também o país das pessoas que sabem receber, trabalhar e fazer um grande evento. 8 Novembro / Dezembro 2009 Novembro / Dezembro 2009 9

PERSONAGEns capa PERSONAGEns capa NEWSLET Que fatores pesaram decisivamente para que o Rio de Janeiro derrotasse Madrid, Tóquio e Chicago na escolha da sede dos Jogos de 2016? Carlos Nuzman Além de uma sólida proposta, tivemos a união dos três níveis de governo; o fato de os Jogos nunca terem sido realizados na América do Sul; do povo brasileiro ser conhecido por sua forma de celebrar o esporte e a percepção do COI do poder de transformação que estes Jogos significarão para o Rio, Brasil e América do Sul. Para o movimento olímpico, essa decisão significou abrir uma nova e promissora fronteira. NEWSLET Os Jogos Rio 2016 materializam o sonho de toda a sua vida? Carlos Nuzman Trazer os Jogos Olímpicos para o Brasil realmente era um sonho. Esse trabalho começou há dez anos, quando a cidade se candidatou aos Jogos Pan-americanos. Centenas de pessoas trabalharam com afinco para que esse sonho se tornasse real. Essa realização não é apenas minha. É dos governos, atletas, empresários e povo brasileiro. NEWSLET Quais serão os maiores desafios a fim de que possamos realizar um evento que não fique apenas no âmbito esportivo? Carlos Nuzman O projeto dos Jogos Rio 2016 tem como base quatro pilares: realizar um evento de excelência técnica, transformar a cidade e o país, agregar valor ao Movimento Olímpico e proporcionar uma experiência de vida única para todos os envolvidos. Os Jogos Rio 2016 serão um catalisador do progresso esportivo e social para comunidades do Brasil e de todo o mundo. Esporte, cultura e educação estarão integrados com as atividades da cidade. Foto: Wander Roberto / RIO 2016 NEWSLET Que estratégias o Comitê Rio 2016 irá utilizar para envolver as pessoas no sentido de contribuir para o crescimento de cada um? Carlos Nuzman Parte do sucesso dos Jogos Pan-americanos Rio 2007 se deveu à equipe talentosa e competente que organizou e trabalhou durante o evento. O objetivo é manter esse nível na organização dos Jogos Rio 2016. Por isso, a seleção de pessoas será feita com muito critério, para garantir a qualidade de um trabalho O presidente Lula, o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e o Ministro Orlando Silva estão totalmente comprometidos para garantir a infraestrutura necessária aos Jogos Rio 2016. Também está na foto (primeiro à direita), Carlos Roberto Osório (COB). Para que tudo funcione, é preciso que cada um desenvolva ao máximo seu potencial de coordenação e de trabalho em equipe Nuzman tão importante. Talento aliado à motivação, o tempo todo, serão as tônicas da equipe e o trabalho em equipe será sempre valorizado. NEWSLET Como os Jogos Rio 2016 contribuirão para melhorar a Educação e a capacitação de profissionais? Carlos Nuzman Os Jogos vão gerar empregos em inúmeras áreas, como hotelaria, turismo, serviços, transporte e informática. Em Barcelona, Sydney e Pequim, a realização dos Jogos Olímpicos representou uma grande força transformadora, permitindo incrementar o trabalho social, a modernização do sistema de transportes e a aceleração de programas voltados para o meio ambiente. Os Jogos Olímpicos abrirão grande janela de oportunidades em diversas áreas. A presença de ídolos e o clima de festa serão inspiração para que muitos jovens se dediquem a atividades esportivas e programas sociais. Um dos pontos desenvolvidos no Dossiê de Candidatura é o legado dos Jogos Rio 2016 para o esporte, citando a distribuição de bolsas para atletas, o projeto do Centro Olímpico de Treinamento, as novas instalações e a formação de técnicos e oficiais. Além disso, os Jogos Rio 2016 estarão integrados com a sociedade através de programas de criação de empregos, de educação, programas de voluntários, ações de formação e de reeducação profissional. NEWSLET O sr. espera envolver a área de Recursos Humanos no trabalho com as pessoas que irão estar envolvidas com o evento? Carlos Nuzman A área de Recursos Humanos terá um papel muito importante no Comitê Rio 2016. É sempre importante motivar os funcionários e mostrar como o trabalho de cada um é fundamental para o andamento do processo. Atividades ligadas às modalidades esportivas, palestras e eventos de integração são exemplos de ações realizadas durante os Jogos Pan-americanos Rio 2007 e no dia-a-dia do Comitê Olímpico Brasileiro, que podem ser reproduzidas durante o período de organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. NEWSLET Quais serão os próximos passos para que possamos não apenas sediar, mas fazer bonito dentro de casa e mostrar ao mundo que sabemos aproveitar nossos talentos em massa? Carlos Nuzman Até o fim deste ano (2009), o COB e as Confederações Brasileiras Olímpicas deverão concluir um planejamento de treinamento e preparação dos atletas e equipes com chances de resultados nos Jogos Rio 2016. O objetivo é alavancar o desenvolvimento do esporte olímpico brasileiro a partir dessa grande oportunidade que teremos de receber o maior evento esportivo do planeta. NEWSLET Que competências as pessoas que trabalharão nos Jogos Olímpicos irão adquirir não apenas para a vida profissional, mas também para a pessoal? Carlos Nuzman São necessárias qualidades de um verdadeiro atleta: disciplina, motivação e dedicação; além de alto grau de conhecimento e pro atividade. Por outro lado, os profissionais que tiverem a chance de trabalhar nos Jogos Olímpicos Rio 2016 terão uma experiência única, movida pela paixão e a vibração que só o esporte pode proporcionar. Para que tudo funcione, é preciso que cada um desenvolva ao máximo seu potencial de coordenação e de trabalho em equipe. O contato com pessoas de todas as partes do mundo atletas, dirigentes, jornalistas, turistas, entre outros com certeza vai enriquecer o currículo de profissionais oriundos de qualquer área do mercado. NEWSLET Depois de levantar o vôlei, se eleger Presidente do COB, trazer o Pan e os Jogos Olímpicos para o Rio, qual será o seu próximo passo? Carlos Nuzman Preparar o Rio de Janeiro para realizar Jogos Olímpicos inesquecíveis! Teremos muito trabalho pela frente, mas será uma etapa recompensadora. Esta meta, ao lado da continuidade do desenvolvimento do esporte brasileiro, são meus focos principais no momento. 10 Novembro / Dezembro 2009 Novembro / Dezembro 2009 11

saúde saúde Foto: Luís Fernando Souza / Projeto Mergulhar pela de neoprene (borracha impermeável roupa de mergulho). Um curso de mergulho sai por R$ 780, incluindo os quatro mergulhos embarcados no mar a logística de transporte e hospedagem correm por conta do aluno. Os cursos para empresas também podem ser ministrados em grupos. Uma descrição do perfil profissional e pessoal de cada aluno, feita pelo gestor da empresa, ajuda o instrutor a montar o curso e o mergulho ideal para aquela equipe. Há casos de pessoas que nunca haviam sequer entrado no mar e que hoje são mergulhadores recreativos e profissionais mais completos tendo no mergulho um instrumento de qualidade de vida. Estágio em outro universo Fotos: Alexandre Peconick Mergulhe e quebre paradig- Um mergulho no mar com máscara, cilindro do ar e todo o equipamento necessário à permanência embaixo d água pode ser uma excelente ferramenta para aprimorar a gestão de pessoas. Delírio?! Nada disso. Os primeiros pontos positivos que o mergulho traz ao organismo são psicológicos: realização pessoal e superação de limites e paradigmas. No fundo do mar abrimos novas janelas que nos ensinam a reconhecer limites e superar os medos; em um mergulho é nítido visualizar isso, pois não estamos em nosso habitat, até mesmo pegar no fundo da areia gera uma ansiedade natural para quem está acostumado ao escritório, descreve Luís Fernando Souza Leal, sócio-diretor do Projeto Mergulhar e mergulhador há 17 anos, sendo seis deles como instrutor de mergulho. Segundo Luís Fernando - que leva empresários, profissionais e gestores para mergulhos recreativos em paraísos ecológicos como Arraial do Cabo, Angra dos Reis, Cabo Frio, Fernando de Noronha, entre outros 12 Novembro / Dezembro 2009 além do contemplativo, que estimula a criatividade, há no mergulho o claro desenvolvimento da consciência do trabalho em equipe. No mar você precisa de alguém ao seu lado para te auxiliar e também para que você o auxilie, essa necessidade de se preocupar com o outro é latente, ressalta o mergulhador. Sem contar o aspecto da saúde - melhoria do sistema respiratório e cardiovascular - o mergulho aprimora sensivelmente o nível de flexibilidade, jogo de cintura para lidar com situações de risco e reflexos. Na atividade do mergulho você precisa ter respostas muito rápidas do que tem que fazer; as atitudes têm que ser rápidas e certas, justifica Luís Fernando. Há dois tipos de mergulho recreativo: o batismo e o curso de mergulho. O batismo é um mergulho no mar sem um curso prévio geralmente em enseada, com a correnteza mais tranqüila e profundidade máxima de oito metros. A pessoa assina um termo de compromisso e recebe um briefing para ter noção de como respirar embaixo d água com o equipamento. Já Emoções Todas as etapas do mergulho atuam com força no aspecto emocional o curso de mergulho open water (mar aberto para iniciantes) tem carga de 30 horas, divididas em teoria, prática e adaptação ao equipamento em piscina e quatro mergulhos embarcados no mar. Quem passa com louvor em todas as etapas e mais uma prova de conhecimentos conquista um certificado de mergulho com reconhecimento de organismo internacional certificador. Antes de ter contato com esse novo universo, o aluno recebe noções, por exemplo, sobre Fisiologia do Mergulho, Física e Gerenciamento de Estresse. Já na embarcação, antes de mergulhar, o instrutor trabalha o lado emocional da pessoa, ou seja, como lidar com cada situação, como reagir com o que irá ver e com o que terá que fazer no fundo do mar. Consciência ambiental, sensação de vitória, capacidade de planejar melhor e mais conhecimento na área de segurança são outros dos ganhos que o mergulho traz relatos, segundo Luís Fernando, pelos próprios profissionais que toparam a experiência de trocar a roupa social Ao invés do telefone tocando nervosamente... o silêncio da água! Vinte e sete minutos embaixo d água foi um elixir para Thalita Fabres, Estagiária de RH do Grupo LET, acostumada a atender inúmeros telefonemas, responder e-mails, triar currículos e entrevistar candidatos diariamente por seis horas. Antes de mergulhar em outro universo, ela recebeu orientações do instrutor Luís Fernando Souza sobre como respirar embaixo d água, entre outras. E ainda sob o efeito do mergulho, colhemos seu depoimento: Estou completamente relaxada e ao respirar embaixo d água essa sensação aumenta. Lá embaixo só escuto meus pensamentos. Ampliei minha sensação de espaço e tempo; pouco tempo vira eternidade e a piscina cresce aos meus olhos. Como é bom ficar pelo menos um pouco sem ouvir o telefone tocar. Não escutar nada e apenas me comunicar por sinais é sensacional. Não ouço a voz das pessoas, de carro, de aparelhos, de nada e meu estímulo visual fica mais aguçado, ou seja, vejo as cores mais intensas. Fiquei muito estimulada a sair daqui e ir direto para o mar até por ter vencido o desafio de aprender a respirar embaixo d água. Thalita Fabres CONCURSO MERGULHE para vencer! O Projeto Mergulhar (informações em www.projetomergulhar.com.br) e a revista NEWSLET (do Grupo LET) oferecem a um de seus leitores que seja profissional da área de RH, ou Gente e Gestão, ou Gestão de Pessoas um curso de mergulho recreativo, com direito a quatro mergulhos marítimos a serem realizados em final de semana do mês de fevereiro 2010 em Arraial do Cabo (RJ). Preencha corretamente este cupom, envie para o endereço da redação de NEWSLET e concorra! N o m e : Empresa: Função ou cargo: Tel. p contato: ( ) E-mail p contato: Veja no verso o regulamento do concurso, a data do sorteio e o endereço para envio do cupom. Novembro / Dezembro 2009 13

mercado Da esquerda para a direita, Jeanne Sarchis e Clarice Vassali Foto: Site sxc Fotos: Alinor Miranda PARCEIROS LET FESTA DA ABRH- RJ Da esquerda para a direita Marina Quental, Leyla Nascimento e Celeida Gadelha (Vice-Presidente Eleita do Conselho Deliberativo da ABRH Nacional) Joaquim Lauria (à direita), ao lado do casal de amigos Heloisa Machado (TV Globo) e Tjerk Franken Juiz de Fora Um atraente desafio para o Grupo A sede do Grupo LET em Juiz de Fora (MG) localiza-se em área nobre da cidade. Foto: Zezinho Cidade que se destaca no ranking de desenvolvimento humano da Organização das Nações Unidas (ONU), Juiz de Fora (MG), entretanto, apresentava-se como um mercado órfão no atendimento em relação aos seus serviços de Recursos Humanos. Por isso mesmo, visando agregar valores humanos à economia da Zona da Mata (Juiz de Fora, Barbacena, Cataguazes, Ubá, Leopoldina, Muriaé, Santos Dumont, entre outras cidades), no último dia 20 de outubro o Grupo LET Recursos Humanos inaugurou sua filial Juiz de Fora, no Edifício Europa Central Tower (endereço no Expediente - pág.2), coração da cidade, bem ao lado da Catedral Metropolitana. É o primeiro passo Acesse www.grupolet.com e leia com atenção todo o regulamento do concurso, incluindo a data do sorteio. desta consultoria no mercado de Minas Gerais. Há um grande potencial de desenvolvimento das áreas e serviços de RH em Juiz de Fora e vamos trabalhar focados neste objetivo, confirma Jeanne Sarchis, profissional que será a responsável pelo RH local. Psicóloga com Pós em Gestão de RH e MBA em Gestão Empresarial, Jeanne tem nove anos de experiência atuando como consulta de RH e irá trabalhar ao lado de Clarice Vassali, também psicóloga. Ambas serão gerenciadas pelo Comercial, José Renato Alverca. À inauguração estiveram presentes Alessandra Dantas da Mota, Assistente Executiva do Grupo LET e Elaine Macedo, Gestora das franquias do Boticário em Juiz de Fora. Recorte este cupom e o envie para Comunicação GRUPO LET Av. das Américas 4.200, 14 Novembro bloco / 9, Dezembro sala 309-A, 2009 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ, CEP: 22640-102. Em um raio de cerca de 200km serão oferecidos às organizações locais os mesmos serviços qualitativos que o Grupo LET já presta aos seus clientes no Rio de Janeiro (estado), São Paulo e Curitiba (PR). A 184km do Rio de Janeiro e com cerca de 500 mil habitantes, Juiz de Fora possui intensa vida cultural e uma população bastante jovem. A cidade conta com um PIB per capita de R$ 6,2 mil e uma das mais altas expectativas de vida do Brasil. Localizada entre os maiores mercados consumidores do País, é dotada de toda a infra-estrutura exigida para modernos empreendimentos. Na próxima edição você conhecerá empresas locais que se destacam no cuidado com suas pessoas. Um belíssimo e saboroso jantar regado ao melhor champanhe francês sob o visual das ondas do Atlântico e o requinte do Hotel Sheraton Rio foram panos de fundo perfeitos para receber os melhores do ano pela ABRH-RJ no Prêmio Gestão com Pessoas Luiz Carlos Campos 2009 no último dia 27 de novembro. Marina Quental, Gerente de RH da Shell, foi eleita Melhor Profissional do Ano; a Ampla ficou o com prêmio de Melhor Grande ou Média Empresa; o Restaurante Fellini a Melhor Pequena ou Micro Empresa e a Prefeitura de Quissamã (RJ) faturou o de Melhor Organização do Setor Público, categoria estreante da noite. Líderes e diretoras das principais organizações do Estado do Rio - inclusive Augusto Ribeiro, Secretário Municipal do Trabalho e Emprego fizeram justíssima homenagearam à Leyla Nascimento, Presidente Executiva da ABRH- RJ cuja gestão se encerra neste mês. Joaquim Lauria acompanhado de sua esposa Eliângela Lauria - Kryssiam Lauria e outros profissionais do Grupo LET também marcaram sua presença na festa que homenageou o Ano da França no Brasil. Grupo LET marcando presença na festa da esquerda para a direita Hellen Martins, Joaquim Lauria, Eliângela Lauria, Kryssiam Lauria e sua namorada Patricia, Alessandra Dantas e Flavia Viegas À francesa... Leyla Nascimento recebe homenagem especial de Nelson Savioli (à esquerda), Fabio Ribeiro (próximo Presidente da ABRH-RJ ao centro) e Augusto Ribeiro Novembro / Dezembro 2009 15