UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA ENGENHARIA DE AQUICULTURA

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Transcrição:

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA ENGENHARIA DE AQUICULTURA RAIANE PONTES DE GOES PISCIPONIA: RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA EM CRIAÇÃO DE TILÁPIA NILÓTICA (OREOCHROMIS NILOTICUS) ASSOCIADA À PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS NATAL / RN Junho - 2016

2 RAIANE PONTES DE GOES PISCIPONIA: RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA EM CRIAÇÃO DE TILÁPIA NILÓTICA (OREOCHROMIS NILOTICUS) ASSOCIADA À PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS Monografia apresentada ao Departamento de Oceanografia e Limnologia do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do Bacharelado em Engenharia de Aquicultura. Orientador: Prof. Dr. Deusimar Freire Brasil NATAL / RN Junho 2016

3 RAIANE PONTES DE GOES PISCIPONIA: RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA EM CRIAÇÃO DE TILÁPIA NILÓTICA (OREOCHROMIS NILOTICUS) ASSOCIADA À PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS Monografia apresentada ao Departamento de Oceanografia e Limnologia do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do Bacharelado em Engenharia de Aquicultura. Monografia aprovada:13/06/16 BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Deusimar Freire Brasil Departamento de Oceanografia e Limnologia Prof. Msc. Alexandre Magno Departamento de Oceanografia e Limnologia Prof. Dra. Mônica Rocha de Oliveira Departamento de Oceanografia e Limnologia NATAL / RN Junho 2016

4 AGRADECIMENTOS Agradeço ao Divino criador Deus por estar presente nos momentos difíceis no desenvolvimento deste trabalho. Agradeço à minha família, especialmente aos meus pais, Joana Darc e Raimundo, por terem apoiado ao longo do curso. Ao Professor Deusimar Freire Brasil, meu orientador, pela oportunidade oferecida no trabalho de conclusão do curso. Aos meus colegas que me acompanharam durante o experimento: Dalmo, Heloise, Renato Souza, Aos meus amigos que me auxiliaram na confecção deste trabalho: Ademir, Professor Alexandre Magno, pela atenção e conselhos no melhoramento da ortografia. Ao técnico administrativo Marcelo Maia pelo abastecimento das rações no assentamento Modelo 1.

5 Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros. Augusto Cury

6 RESUMO Este estudo teve como objetivo implantar e acompanhar um ciclo produtivo de um sistema de pisciponia no assentamento de reforma agrária Modelo 1, no município de João Câmara / RN, o qual constou da integração da criação do peixe tilápia nilótica (Oreochromis niloticus), criado em pequenos tanques escavados revestido com geomembrana pead, associado com a produção de hortaliças cultivadas em filtros rizosféricos localizados anexos à este tanque e confeccionados em caixas d água com capacidade de 500 litros. Ao rigor, o sistema produtivo constou de um cultivo com recirculação da água, que circula entre o tanque dos peixes e o biofiltro com as hortaliças, tendo como finalidade a retirada de substâncias em solução que trazem prejuízos fisiológicos aos peixes, mas que são nutrientes para as hortaliças. Neste estudo, foi realizado um povoamento de 300 alevinões de tilápia nilótica em um tanque com dimensões de 5 m de comprimento, 3 m de largura e 0,8 m de profundidade. Os peixes foram alimentados com ração balanceada extrusada com 32% de Proteína Bruta. No início do estudo o peso médio dos peixes foi 91,3 g e após 80 dias atingiram o peso médio de 197,2 g. A produção de hortaliças observada constou de manjericão, mastruz, nira e hortelã. O estudo possibilitou a conclusão que o sistema tem potencialidade produtiva, mas deve deve ser objeto de melhor avaliação dos indicadores produtivos. Palavras-chave: Pisciponia, Oreochromis niloticus, Hortaliças, tilápia.

7 ABSTRACT This study aimed to install and monitor fish farming productive cycle in association with vegetable culture in rhizosphere filter as an integrated aquaculture system in Modelo 1 which is an agricultural community, located in João Camara District, in Rio Grande do Norte State, Brazil. Nilotic tilapia fish (Oreochromis niloticus) was cultivated in a small excavated tank covered with geomembrane. Vegetable culture was held on a water container with 500 liters of capacity which was placed aside the tank. Water recirculation minimizes the water need by reusing it and it is fundamental for integrated aquaculture production. In this study, the water waste from fish tanks which can be harmful for fish physiology was pumped into vegetable tanks, aiming to remove harmful substances while benefiting on growing vegetables and saving water waste. 300 tilapia juveniles were stocked in a tank (4 m length x 3 m width x 0.8 m depth dimension), which were fed with artificial feeding containing a total of 32% of protein content. In the beginning, the fish mean weight was 91.3 g and 80 days later, it was reached a mean weight of 197.2 g. The vegetable cultivated during this study were basil, Mexican tea, nira and mint. This study allowed the conclusion that integrated aquaculture system has a high productive potential, however, it may be necessary further evaluation with productive indicators. Key-words: Vegetable; integrated fish farming; Oreochromis niloticus;

8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 9 1.1 Aquicultura no Brasil 9 1.2 Tilápia Nilótica 10 1.3 Pisciponia 11 1.4 Seleção da Espécie de Plantas 14 2 OBJETIVO 14 2.1 Objetivo Geral 14 2.2 Objetivos Específicos 15 3 MATERIAIS E MÉTODOS 15 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 17 4.1 Ganho de peso dos alevinões 17 4.2 Adapatação dos vegetais 18 4.3 Parâmetros Limnológicos físico químicos 20 5 CONCLUSÃO 21 REFERÊNCIAS 22 APÊNDICES 25

9 1. INTRODUÇÃO A aquicultura tem aumentado exponencialmente nos últimos 50 anos, passando de uma produção com menos de 1 milhão de toneladas no início em 1950 para 51,7 milhões de toneladas em 2006. Destaca-se que o Brasil é o quarto país com maior taxa de crescimento anual na atividade citada (FAO, 2009). Nesse contexto, o Brasil tem grande potencialidade devido aos seus reservatórios de água, clima favorável, terras e mão de obra disponíveis e ainda devido à demanda ao mercado interno. Além disso, na publicação Fish to 2030, a FAO estima que em 2030 a aquicultura será responsável por mais de 60% da produção mundial de pescado para consumo humano. Assim, vemos claramente que a tendência dos últimos anos deve continuar nas próximas décadas, com a aquicultura sendo a maior responsável por atender a crescente demanda de pescado em nível mundial. 1.1 Aquicultura no Brasil Segundo os dados oficiais do Ministério da Pesca e Aquicultura, a produção brasileira de pescado em 2013 foi de 1.241.807 toneladas; sendo que, destas, 765.287 toneladas foram de origem da pesca (61,6%) e 476.512 toneladas de origem da aquicultura (38,4%). Na Tabela 1 é apresentada a produção brasileira de pescado via aquicultura em 2013 (MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA, 2015). A região Nordeste possui maior produção com 140.748 toneladas de pescado; seguida pela região Sul, com 107.448 toneladas. O terceiro lugar é ocupado pela região Centro-Oeste, com 105.010 toneladas e o quarto lugar pela região Norte, com 73.009 toneladas. Em quinto e último lugar temos a região Sudeste, com 50.297 toneladas. No Brasil, das 476.512 toneladas de pescado produzidas pela aquicultura em 2013, a aquicultura continental foi responsável por 392.492 toneladas (82,36%), e a aquicultura marinha, por 84.020 toneladas (17,63%). O aumento desordenado da aquicultura traz consigo o aumento nos impactos ambientais. Para que seja possível conciliar o aumento da produção com um cultivo sustentável, é necessário que se faça uso de tecnologias sustentáveis de produção. Dentre estas, encontra-se a recirculação em

10 pisciponia. Através de sistemas de cultivo com uso de recirculação de água é possível produzir organismos aquáticos com liberação mínima de efluentes e utilizando-se apenas a reposição da quantidade de água que se perde por evaporação, que corresponde a 5% do volume total por dia (CREPALDI et al., 2006). Tabela 1. Produção de pescado de acordo com as regiões do Brasil. REGIÃO PRODUÇÃO (T) NORDESTE 140.748 SUL 107.448 CENTRO OESTE 105.010 NORTE 73.009 SUDESTE 50.297 TOTAL 476.512 Fonte: MPA, 2013. 1.2 A Tilápia Nilótica A tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1758) é nativa de países africanos, e é a espécie de peixe mais cultivada no mundo. Possui rápido crescimento, grande rusticidade, fácil manejo, alto índice de rendimento e carne de ótima qualidade (GALLI; TORLONI, 1999). O cultivo de tilápias em cativeiro remonta à Idade Antiga. Há registros históricos de cultivo destes peixes em tanques para posterior consumo pelos egípcios dois mil anos antes de Cristo. No entanto, o crescimento da atividade intensificou-se somente no século XX. A China, que possui tradição milenar em aquicultura, é atualmente o maior produtor de tilápia cultivada do mundo, havendo um incremento na explotação desta atividade a partir da década de 1970. Atualmente no Brasil, a tilapicultura é a atividade mais consolidada na piscicultura brasileira, apresentando um crescimento sólido há mais de 10 anos (Figura 1).

11 Figura 1. Produção de tilápias no Brasil Fonte: até 2007, IBAMA (2008); DE 2008 à 2010, MPA; de 2010 a 2013, estimativa Sussel, F.R. O Brasil poderá se classificar entre os maiores produtores mundiais de tilápia cultivada. Para absorver uma fatia do mercado internacional, é preciso que a tilápia brasileira tenha preço e qualidade competitivos, comparado aos países asiáticos e latino americanos (KUBITZA, 2000). 1.3 Pisciponia A Pisciponia (pisces = peixes; ponia = corpo d água) é o resultado da integração entre dois sistemas produtivos: a piscicultura e a hidroponia. Este modelo conta com a aplicação de conceitos e técnicas comuns a estes sistemas. Através desta interligação, é possível num sistema fechado gerar dois produtos finais, sendo estes os vegetais e os peixes. Ao rigor, este sistema é possível através da interação entre peixes, plantas e bactérias, no qual os nutrientes necessários ao crescimento dos vegetais são fornecidos nas excretas e outros resíduos metabólicos dos peixes, ao mesmo tempo em que os microorganismos nitrificantes os transformam em produtos absorvíveis às plantas.

12 Ao término deste ciclo, a água que volta ao tanque de criação dos peixes é uma água limpa de impurezas sólidas e com baixa concentração de excretas nitrogenados. Assim, o ambiente mostra-se equilibrado, com condições similares às que a natureza proporciona, porém sob o controle, o manejo de responsabilidade do produtor. A crescente população mundial associada ao aumento da demanda por água impõe enorme pressão sobre os setores envolvidos na produção de alimentos. Apesar de a literatura acadêmica brasileira ser escassa sobre a aquaponia, há literatura abundante no exterior sobre o assunto, com destaque para países como Austrália, Estados Unidos, Israel e México. Observa-se que os países citados têm sérias dificuldades com a oferta de água, o que os obriga a buscar alternativas viáveis para a produção de alimentos com o máximo aproveitamento de água. A prática de produção de alimentos, em especial hortaliças, na própria residência, doravante referida como agricultura urbana, é muito comum por todo o mundo, e tem sido bastante incentivada por contribuir com a sustentabilidade ao diminuir a pressão de demanda sobre o setor produtivo de alguns produtos (AQUINO, 2005). O volume de água necessário para abastecer um sistema de aquaponia é baixo, se comparado aos sistemas tradicionais de carcinicultura e aquicultura que necessitam de renovação constante de água. Uma vez abastecido e em funcionamento, um sistema de aquaponia pode ficar por muitos meses sem a necessidade de troca de água, sendo necessária somente a reposição da água evaporada e evapotranspirada (DIVER, 2006). A aquaponia é uma modalidade de cultivo de alimentos que envolve a integração entre a aquicultura e a hidroponia em sistemas de recirculação de água e nutrientes. Quando acontece com peixes se chama pisciponia, apresenta-se como alternativa real para a produção de alimentos de maneira menos impactante ao meio ambiente, por suas características de sustentabilidade (DIVER, 2006). O desenvolvimento da hidroponia foi trabalhado pelo Dr. William Gericke da Universidade da Califórnia em 1929. Sais químicos dissolvidas na água constituem a fonte de nutrientes neste sistema. A maioria das operações de hidroponia é realizada em instalações de ambiente controlado, tais como

13 estufas, as quais foram desenvolvidas após a Segunda Guerra Mundial com uma abordagem industrial intensiva sobre cultivos alimentares. Para aumentar o rendimento da produção de culturas é comum o uso de estufas e métodos e manejos agrícolas de ambiente controlado. Algumas das principais práticas são a hidroponia e a aquaponia (HENRY-SILVA; CAMARGO 2008; HUNDLEY, 2013) com o aproveitamento de efluentes em outras finalidades, como irrigação de plantações ou cultivos aquáticos como podemos citar a piscicultura. Na criação de peixes em sistemas semi-intensivos, os nutrientes acumulados na água em grandes quantidades necessitam ser eliminados do sistema, em razão da toxicidade destes subprodutos para os organismos cultivados, possibilitando o reaproveitamento da água no cultivo. Este processo de eliminação dos resíduos pode ser realizado pelos vegetais cultivados em hidroponia, uma vez que os nutrientes acumulados na água são absorvidos por eles. (RAKOCY J. E.; LOSORDO, T. M.; MASSER, M., 2006). 1.4 Seleção da Espécie de Plantas Espécies e variedades vegetais adaptadas a hidroponia são sempre recomendadas para a aquaponia, uma vez que a maioria delas toleram altos teores de água em suas raízes e significativas variações nos teores de nutrientes dissolvidos na solução nutritiva, sem apresentar sintomas de deficiência nutricional e mostram crescimento ótimo entre os ph de 5,8 e 6,2 (RAKOCY, J. 2007). A seleção das espécies de plantas a serem cultivadas em sistemas de aquaponia comercial deve ter como base primária o mercado. Com base nas necessidades do mercado é possível desenhar o sistema de aquaponia para produzir praticamente qualquer vegetal de pequeno e médio porte. O desenho dos sistemas deve observar e relacionar as necessidades e as limitações das plantas escolhidas com o espaço, nutrição, aeração, hidratação, temperatura, radiação solar, dentre outros fatores. Alguns vegetais se adaptam bem a esse cultivo como alface, manjericão (Ocimum basilicum), agrião, repolho (Brassica oleracea var), rúcula (Eruca sativa), morango (Fragaria vesca), pimenta (Capsicum spp), tomate (Solanum lycopersicum) e pepino (Cucumis sativus). (BRAZ FILHO, 2010;

14 PANTANALLA,2010; TYSON,2007; JONES, 2002; RAKOCY, 2007; GARCIA- ULLOA, 2005 ). 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Implantar e avaliar um processo produtivo de pisciponia em área característica de agricultura familiar, quantificando o ganho de peso do peixe tilápia nilótica, Oreochromis niloticus, e estimativa do potencial produtivo de hortaliças no ambiente de filtro rizosférico. 2.2 Objetivos Específicos Implantar um sistema de pisciponia a partir de tanque escavado e filtro rizosférico. Avaliar o ganho de peso dos peixes produzidos durante um ciclo de cultivo de 80 dias. Qualificar a potencialidade produtiva de hortaliças no filtro rizosférico. Monitorar as variáveis limnológicas da água do tanque de criação dos peixes. Estimar a potencialidade de geração de renda para os piscicultores e contribuição do sistema produtivo para a segurança alimentar e nutricional de uma família.

15 3. MATERIAIS E MÉTODOS O sistema de Pisciponia foi implantado no assentamento de reforma agrária Modelo 1, localizado no município de Joao Câmara / RN, numa área coletiva de produção agropecuária. A duração do ciclo de produção foi de 80 dias, sendo iniciado em 05 de março e finalizado em 25 de maio de 2016. A condução da produção foi realizada em parceria com os agricultores/ piscicultores deste assentamento, os quais são responsáveis por um módulo produtivo do Pólo de Tilapicultura do Mato Grande. O sistema de pisciponia constou da integração da criação do peixe tilápia nilótica (Oreochromis niloticus), estocados em um tanque escavado revestido com geomembrana de polietileno de alta densidade (PEAD), associado com a produção de hortaliças cultivadas em filtros rizosféricos localizados anexos à este tanque e confeccionados em duas caixas d água com capacidade de 500 litros. Ao rigor, o sistema produtivo constou de uma criação do peixe tilápia com recirculação da água, sendo esta entre o tanque dos peixes e os dois biofiltros nas caixas d água onde foram plantadas as hortaliças. Nesse sistema de recirculação, a água do tanque do peixe que fica eutrofizada devido aos resíduos de ração, digestivos e metabólicos, passa pelos biofiltros e as substâncias orgânicas são mineralizadas, tornando os nutrientes disponíveis às hortaliças. Nesse processo, a água retorna ao tanque dos peixes com menor teor de substâncias em solução que trazem prejuízos fisiológicos aos peixes, mas que são nutrientes para as hortaliças. Neste estudo, foi realizado um povoamento de 300 alevinões de tilápia nilótica em um tanque, construído abaixo do nível do solo, com dimensões de 5 m de comprimento, 3 m de largura e 0,8 m de profundidade. O tanque foi povoado com 300 alevinões de tilápia nilótica e após a estocagem, os peixes passaram a receber ração todos os dias; três vezes no período da manhã (7, 9 e 11 horas) e três vezes no período da tarde (13, 15 e 17 horas). A ração utilizada foi extrusada, com 32% de Proteína Bruta e granulometria de 1,7 mm. As biometrias foram realizadas a partir de de uma amostragem de 30 peixes para calcular a biomassa dos mesmos e fazer os ajustes de

16 arraçoamento. Para tanto, foram calculados os pesos médios, os quais eram multiplicados pelo numero de peixes estocados para se obter a biomassa total. As análises das variáveis físicas e químicas da água do tanque dos peixes foram feitas através de um Kit técnico, tendo sido analisados os níveis de oxigênio dissolvido, nitrito, amônia e ph.

Gramas 17 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Ganho de peso dos Peixes O peso médio dos alevinões depois de aproximadamente 10 dias povoados no tanque escavado foi de 91,3 g. No final do experimento o peso médio foi de 197,2 g, obtendo um crescimento significativo. Gráfico 1 Peso médio dos peixes. Peso Médio 250 200 150 91,3 100 50 0 146,2 153,97 197,2 Datas Fonte: Autoria própria Os alevinões de tilápia não tiveram um crescimento uniforme ao longo do cultivo, sendo necessário calcular o desvio padrão para cada biometria realizada.

Gramas 18 Gráfico 2 Desvio Padrão das biometrias realizadas Desvio Padrão 45 40 35 30 2519,36 20 15 10 5 0 22,75 36,11 38,4 Datas Fonte: Autoria própria 4.2 Adaptação dos Vegetais Foram testadas 9 espécies de vegetais nas 2 caixas d água de 500 L durante o cultivo. Algumas, no entanto, não resistiram à insolação. As plantas que se mostraram resistentes ao clima quente foram: manjericão, nirá, mastruz e hortelã. Porém, os vegetais tomate cereja, couve, pimenta de cheiro, menta e pimentão não se adaptaram ao clima da região e as condições impostas durante o cultivo. Provavelmente a altura da borda do equipamento, definida em parceria com os agricultores, aproximadamente 40 cm, tornou-se obstáculo para a ventilação da superfície do solo de cultivo, o que determinou a morte de algumas plantas menos resistentes. Tabela 1. Valores das Biomassas totais calculado de acordo com o peso médio e o total de peixes. Biomassa Total 1 (05/03/16) Biomassa Total 2 (16/04/16) Biomassa Total 3 (07/05/16) Biomassa Total 4 (25/05/16) 27,41 Kg 43,86 kg 46,19 Kg 59,16 Kg Fonte: Autoria própria Para cada biometria também foram calculados a biomassa total, que é o peso médio multiplicado pelo total de peixes presente no viveiro. A estimativa de biomassa total seria de 60 kg ao final do experimento.

Kg 19 Grafico 3 - Biomassa total dos alevinões Biomassa Total 70 60 50 40 30 20 10 0 59,16 43,86 46,19 27,41 (05/03/16) (16/04/16) (07/05/16) (25/05/16) Datas Fonte: Autoria própria 4.3 Parâmetros Limnológicos físico químicos Tabela 2 - Valores médios limnológicas verificados no tanque de recirculação de agua associada a hortaliças. Datas ph ( C) CaCo3 O.D. NH3 NO2 12/03 8,0 28,5 370 9,0 mg/l 0,5-07/05 8,0 28,0 Sup.200 mg 8,0mg/L 0,6 0,164 Fonte: Autoria própia A concentrações de oxigênio dissolvido foram de 8 e 9 mg/lˉ1. Estas concentrações com variação acima da mínima (1,0 mg/l) necessária para manter o crescimento ótimo da tilápia (KUBITZA, 2000) afirmando desta forma um crescimento satisfatório nesse estudo. O ph se manteve na faixa de 8,0 e pode ser considerado estável para ótimo crescimento dos alevinos de tilápias. Quando os valores de ph ficam abaixo de 4,5 e acima de 10,5 a mortalidade é considerado como significativa. As tilápias são peixes tropicais que apresentam conforto térmico entre 27 e 32ºC. Temperaturas acima de 32ºC e abaixo de 27ºC reduzem o apetite e o crescimento, e abaixo de 18ºC o sistema imunológico é reduzido. Temperaturas na faixa de 8 a 14ºC geralmente são letais, dependendo de espécie, linhagem e condição corporal dos peixes e do ambiente (OSTRENSKI E BOEGER,1998). A amônia teve uma pequena variação entre 0,5 a 0,6 mg/l -1 o que é considerado normal pois é causada pela própria excreção nitrogenada dos

20 peixes e da decomposição do material orgânico na água. Portanto todos os índices da qualidade da água se mantiveram estáveis durante o ciclo. (Tabela 2) Para viveiros de piscicultura são desejáveis valores de alcalinidade acima de 20mg/l, sendo que valores entre 200-300mg/l são os mais indicados (BOYD,1997) 5. CONCLUSÃO

21 Os resultados obtidos durante o experimento na pisciponia recirculação de água em criação de tilápia nilótica (Oreochromis niloticus) associada à produção de hortaliças, no município de João Câmara indica que a atividade teve um crescimento esperado, ao mesmo tempo apresentando valores ideiais nos parâmetros limnológicos e uma consideração com uma baixa mortalidade de peixes. Os alevinões foram estocados em um tanque escavado revestido com geomembrana obtendo uma maior taxa de crescimento durante o cultivo. Seria previsto uma produção de 9 espécies de plantas nas 2 caixas d água de 500 L durante o cultivo, mas devido a insolação e as bordas das caixas d água em torno de 40 cm, as plantas que se adaptaram ao clima quente foram: manjericão, nirá, mastruz e hortelã. REFERÊNCIAS

22 AQUINO, A. M. et.al. Agroecologia, princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Brasília: Embrapa, 2005. 517 p. BRAZ FILHO, M. S. P. Qualidade na produção de peixes em sistemas de recirculação de água. 2010. 41 p. Monografia (Graduação em qualidade nas empresas)- Centro Universitário Nove de Julho, São Paulo-SP. 2010. BOYD, E. C.; EGNA, S. H. Dynamics of Pond Aquaculture, [S.l.]: Edit. Crc press, 1997. 472 p. CREPALDI, D. V. et.al. Sistemas de produção na piscicultura. Revista Brasileira Reprodução Animal, Belo Horizonte, v.30, p. 86-99, jul. 2006 DIVER, S. Aquaponics- Integration of hidroponics with aquaculture. National Sustainable Agriculture Information Service. [S.l.], p. 28, 2006. FAO. Departamento de Pesca Y Acuicultura de la FAO. El estado mundial de la pesca y aquicultura. Roma, 2009. 196 p. GARCIA-ULLOA, M.; LEÓN, C.; HERNANDES, F. Evaluación de un sistema experimental de acuaponia. Revista Avances em investigación agropecuária, [S.l.], n.1, p. 1-5, 2005. GALLI, L. F.; TORLONI, C. E. C. Criação de Peixes. São Paulo: Liv. Edit. Nobel, 1999. 119 p. HENRY-SILVA, G. G.; CAMARGO, A. F. M. Impacto das atividades de aquicultura e sistemas de tratamento de efluentes com macrófitas aquáticas - relato de caso. Boletim do Instituo de Pesca, [S.l.], v. 34, n.1, p.163-173, 2008. HUNDLEY, C. G. Aquaponia, uma experiência com tilápia (oreochromis niloticus), manjericão (ocimum basilicum) e manjerona (origanum majorana) em sistemas de recirculação de água e nutrientes. 2013. 53 p.

23 Monografia (Graduação em Agronomia)- Uiniversidade de Brasília, Brasília, 2013. JONES, S. Evolution of aquaponics. Aquaponics J, v. 6, p. 14-17. Wiscousin, EUA. 2002. KUBITZA, F. 1 Tilápia: tecnologia e planejamento na produção comercial., [S.l.],, 285 p. 2000. Faltando as páginas! MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA. Plano de desenvolvimento da aquicultura brasileira. Brasília, 2015. 61 p. OSTRENSKI, A.; BOERGER, W. Piscicultura: fundamentos e técnicas de manejo. Guaíba-RS: Agropecuária Ltda, 1998. 211 p. PANTANALLA, E. et al. Aquaponics vs.hydroponics: Production and Quality of Lettuce Crop. In: INTERNATIONAL HORTICULTURAL CONGRESS ON SCIENCE AND HORTICULTURE FOR PEOPLE, 28., 2010, [S.l.], Resumos... [S.l.]: International Symposium, 2010, p.887-893. RAKOCY, J. E.; LOSORDO, T. M.; MASSER, M. P. Recirculating aquaculture tank production systems: aquaponics-integrating fish and plant culture. Southern Regional Aquaculture Center. [S.l.], n. 454, p. 1-16, 2006. RAKOCY, J. Ten Guidelines for Aquaponic Systems. Aquaponics Journal, [S.l.], v.46, p.14-17, 2007. TYSON, R. V.; SIMONNE, E. H.; DANIELLE, D. Treadwell reconciling ph for ammonia biofiltration and yielding a recirculating aquaponic system with perlite biofilters. Hortscience, [S.l.], v.43, n.3, p.719-724, 2008.

APÊNDICES 24

25 Apêndice A - Ração utilizada na alimentação dos peixes Fonte: Autoria própria Apêndice B - Tanque-filtro com a produção de hortaliças. Mastruz Menta Pimentão Fonte: Autoria Própria

26 Apêndice C Tanque filtro com a produção de hortaliças Nira Manjericão Hortelã Couve Pimenta de cheiro Fonte: Autoria Apêndice D - Variáveis físicas e químicas da água do tanque do peixe. Fonte: Autoria própria

27 Apêndice E - Variáveis físicas e químicas da água do tanque do peixe Fonte: Autoria própria Apêndice F - Pesagem dos peixes na terceira biometria. Fonte: Autoria Própria