DESENVOLVIMENTO DA PISCICULTURA EM TANQUES-REDE Bahia Pesca

Transcrição

1 DESENVOLVIMENTO DA PISCICULTURA EM TANQUES-REDE Bahia Pesca

2 DEMANDA DO GOVERNO DO ESTADO Elaborar um PROGRAMA com o objetivo de otimizar o uso dos recursos hídricos existentes no semi-árido.

3 CONSTATAÇÃO Existência de reservatórios de grande porte Necessidade de usos múltiplos dos reservatórios Público alvo formado por pequenos produtores de baixa renda organizados em associações

4 ÁREA DOS PRINCIPAIS RESERVATÓRIOS BARRAGEM DE SOBRADINHO COMPLEXO DE BARRAGENS DE PAULO AFONSO Itaparica Moxotó P.A.IV Xingó BARRAGEM DE PEDRA DO CAVALO BARRAGEM DE PEDRAS ha ha ha ha ha ha ha ha

5 CENÁRIO REGIONAL POSITIVO Abundante recursos hídricos Vontade política em diversificar a produção Eqüidistância dos centros consumidores Proximidade de rodovias Mercado existente para consumo de peixes de água doce

6 CENÁRIO REGIONAL NEGATIVO Inexistência de comercialização com fabricantes de ração para peixes Produção de alevinos insuficiente para atender a demanda Inexistência de mão-de-obra capacitada Inexistência de acessos às margens do Reservatório de Xingó/Paulo Afonso Inexistência de organizações formais de produtores

7 Diante dos cenários existentes foi elaborado o Programa de Desenvolvimento de Grandes Barragens com recursos do Banco Mundial. Este Programa é composto por vários projetos de forma a criar uma cadeia produtiva da piscicultura na região. O município escolhido para início dos trabalhos foi Paulo Afonso.

8 UNIDADE DE ALEVINAGEM FÁBRICA DE RAÇÃO UNIDADE DE BENEFICIAMENTO TANQUE-REDE Todos geridos por associações de pequenos produtores rurais

9 PARA IMPLANTAR OS PROJETOS FOI NECESSÁRIO... Levantar informações sobre experiências anteriores com tanques-rede (Itaipu/CEPTA, Schimitou, Beveridge) para se formar um pacote tecnológico de cultivo em tanques-rede Formar 2 equipes: 1 para trabalhar as questões técnicas e outra, as questões sociais. (atualmente apenas uma equipe trabalha todos os segmentos)

10 TRABALHOS REALIZADOS Questões Sociais Público alvo pequeno produtor sem acesso as linhas de crédito. Formação de associações Treinamento para prestação de contas dos recursos recebidos e acompanhamento contábil Fortalecimento das interrelações dos grupos através de reuniões sistemáticas.

11 TRABALHOS REALIZADOS Questões Técnicas Técnicas de manejo Aprimoramento das estruturas de cultivo Linhagem melhorada geneticamente Profissionalização dos produtores Financiamento - Recursos Próprios Controle da Produção Perfil mais empresarial

12 CULTIVOS IMPLANTADOS PAULO AFONSO

13 DADOS DE CULTIVO 1,2 mil tanques-rede instalados produtividade Kg/m 3 /ciclo peso de comercialização gramas média de ciclos de cultivo/ano - 2 Atualmente 101 produtores rurais distribuídos em 05 associações cultivam peixes em tanque-rede nos reservatórios de Xingó e Moxotó, produzindo anualmente 1,5 mil toneladas. A renda mensal média é de R$ 400,00

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15 VOLUME DE GAIOLA INICIALMENTE 4 m 3 ATUALMENTE 4 a 6 m 3 MATERIAL DE TELA INICIALMENTE Fio de alumínio ou aço inox ou arame galvanizado revestido com PVC ATUALMENTE Arame galvanizado revestido com PVC

16 COMEDOURO INICIALMENTE Retangular ou cilíndrico com diâmetro de 90 cm ATUALMENTE Cilíndrico com diâmetro de 120 cm VARIEDADES DE TILÁPIAS INICIALMENTE Híbridos vermelhos (red jamaica, rede koina) e tilápia nilótica ATUALMENTE Tilápia nilótica linhagem chitralada

17 DENSIDADE DE CULTIVO INICIALMENTE ATUALMENTE 60 kg m kg m 3 CONVERSÃO ALIMENTAR INICIALMENTE ATUALMENTE Acima de 2,0:1 Média de 1,6:1 TEMPO DE CULTIVO NA ENGORDA / PESO MÉDIO INICIALMENTE ATUALMENTE 120 dias / 450 gramas 130 dias / 750 gramas

18 MALHA EM ENGORDA INICIALMENTE ATUALMENTE 15 a 25 mm 17 a 19 mm LUCRATIVIDADE INICIALMENTE ATUALMENTE _ 15 A 25%

19 RESULTADOS

20 ALEVINOS Melhoramento Genético Importação da Tilápia Nilótica Variedade Chitralada. As associações locais de piscicultores têm acesso a vários produtores de alevinos que levam seu produto ao local. Uma associação produz alevinos e manda para outros Estados.

21 RAÇÃO O aumento da demanda ocasionou uma disputa entre as empresas produtoras de ração pelo mercado regional. A ração fabricada pelos produtores não conseguiu competir em qualidade e preço com as demais.

22 UNIDADE DE PROCESSAMENTO A distância da Unidade de Beneficiamento para os cultivos realizados em tanques-rede dificultou a logística de transporte. Atualmente o mercado está voltado ao fornecimento de peixe inteiro para os Estados vizinhos;

23 MÃO-DE-OBRA Disciplina obrigatória de piscicultura nas escolas públicas municipais Implantação do curso de Engenharia de Pesca, integrando a pesquisa à cadeia produtiva e formando mão-de-obra especializada.

24 PESQUISAS REALIZADAS Experimentos realizados geraram monografias e trabalhos apresentados em Congressos: Densidades ideais de estocagem de tilápias em tanques-rede. Efeitos da taxa de arraçoamento sobre o desempenho dos peixes cultivados Avaliação da produtividade em tanques-rede de 6 m 3 de volume útil

25 INVESTIMENTOS PRIVADOS Principalmente do grupo MPE/AAT, com ênfase na área de produção de peixes em raceways, fábrica de ração, unidade de processamento e produção de alevinos.

26 Todas estas ações levam a consolidação do PÓLO DE PISCICULTURA

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28 CONSTATAÇÃO As condições ambientais no Complexo das Barragens de Paulo Afonso favorecem o cultivo em tanques-rede. O manejo e o gerenciamento dos cultivos em tanques-rede foi mais facilmente assimilado pelos produtores do que os cultivos tradicionais em viveiros.

29 CONSTATAÇÃO A participação efetiva do poder público municipal é fundamental. Projetos assistencialistas são ainda necessários mas implantados de forma isolada não fomentam a atividade nem consolidam um pólo. No máximo chamam a atenção para as potencialidades atraindo investidores.

30 NOVOS PROJETOS

31 Barragem de Xingó tanques-rede Barragem de Moxotó tanques-rede Barragem de Itaparica 960 tanques-rede Barragem de Sobradinho tanques-rede Atendendo a 384 produtores com incremento de mais de toneladas por ano. As licenças ambientais solicitadas desde 2001 ainda não foram liberadas.

32 EVOLUÇÃO

33 DESAFIO 1 : Trabalhar com público com uma cultura assistencialista e transformá-lo em empresário. DESAFIO 2 : Dar continuidade a implantação dos projetos já que as licenças ambientais não estavam sendo liberadas para os projetos produtivos.

34 O MODELO IMPLANTADO EM PAULO AFONSO SOFREU MODIFICAÇÕES... ONTEM, FORAM MÓDULOS PRODUTIVOS COM RECURSOS DO BID PARA CAPACITAÇÃO HOJE, SÃO MÓDULOS DE CAPACITAÇÃO COM RECURSOS DO FUNDO DE POBREZA PARA AVALIAR AS REAIS POTENCIALIDADES DOS PEQUENOS PRODUTORES

35 MODELO DA CAPACITAÇÃO Módulo produtivo (12 tr) para 5 famílias durante dois ciclos de produção Capacitação em serviço Oficinas de gestão da produção e de custos

36 PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE TILÁPIAS NO ESTUÁRIO

37 PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE TILÁPIAS NO RESERVATÓRIO DE SOBRADINHO Sobradinho Casa Nova Sento Sé Sento-Sé

38 VANTAGENS DA METODOLOGIA Remuneração dos produtores em serviço mantendo altos níveis de motivação. Seleção dos produtores com perfil para a atividade. Diminuição do risco das instituições financeiras. Adequada às populações com baixa escolaridade.

39 INVESTIMENTOS Investimentos individuais previstos para associações com 20 módulos produtivos

40 ÁGUA DOCE MÓDULO DE PRODUÇÃO - 12 Tanques-rede de 4m 3 ESPÉCIE - Tilápia Nilótica Chitralada VALOR / MÓDULO DISCRIMINAÇÃO VALOR (R$) Investimentos ,90 Custo fixo por ciclo 1.752,04 Custo variável por ciclo ,60 TOTAL ,54

41 INDICADORES ECONÔMICOS Financiamento PRONAF - D juros de 4,00 % a. a. DISCRIMINAÇÃO VALOR Produção anual (kg) Custo / kg de peixe (R$) 2,27 Valor de venda / kg (R$) 2,80 Receita bruta anual (R$) ,00 Receita líquida anual (R$) 6.403,75 Valor amortização financiamento (R$) 3.145,67 Receita líquida final anual (R$) 3.258,08 Receita líquida mensal (R$) 271,51 Ponto de equilíbrio (%) 39,52 Lucratividade (%) 19,06 Retorno do capital investido (ano) 1,98

42 ESTUÁRIO MÓDULO DE PRODUÇÃO - 12 Tanques-rede de 4m 3 ESPÉCIE - Tilápia Nilótica Chitralada VALOR / MÓDULO DISCRIMINAÇÃO VALOR (R$) Investimentos ,04 Custo fixo por ciclo 2.073,25 Custo variável por ciclo ,08 TOTAL ,37

43 INDICADORES ECONÔMICOS Financiamento PRONAF - D juros de 4,00 % a. a. DISCRIMINAÇÃO VALOR Produção anual (kg) Custo / kg de peixe (R$) 2,78 Valor de venda / kg (R$) 3,50 Receita bruta anual (R$) ,00 Receita líquida anual (R$) 6.871,11 Valor amortização financiamento (R$) 3.447,11 Receita líquida final anual (R$) 3.424,00 Receita líquida mensal (R$) 285,33 Ponto de equilíbrio (%) 41,59 Lucratividade (%) 20,45 Retorno do capital investido (ano) 2,27

44 COMO COMPETIR SENDO PEQUENO/MÉDIO PRODUTOR? ATRAVÉS DE ORGANIZAÇÕES FORMAIS

45 É PRECISO TRABALHAR COM: PRODUTIVIDADE Acabou a ilusão das margens gordas. QUALIDADE Acabou a ilusão da competição interna. A competição é global CUSTOS Acabou a ilusão de que os custos definem os preços. O mercado define.

46 A capacidade técnica e gerencial; A visão do negócio; O profissionalismo; O comprometimento com a atividade São fundamentais e devem fazer parte da estratégia de qualquer Programa

47 OBRIGADO Max Magalhães Stern (71)

48 PROJETO PAULO AFONSO TANQUES-REDE