Câmara de Comércio Exterior Secretaria Executiva LAURA NOBRE VELOSO Assessora Especial Acordos de Promoção e Proteção Recíproca de Investimentos (APPIs) Manaus 30/08/2006
Conceito: São acordos que visam assegurar ao investidor transparência, segurança jurídica, garantia de igualdade de tratamento e constituem um dos elementos avaliados na decisão de investir em um determinado país.
A Tônica dos Tratados: Garantir aos investidores dos países signatários tratamento não-discriminatório, pagamento de indenização, em caso de expropriação, e mecanismo de solução de controvérsia fora do quadro judiciário do Estado.
Breves Considerações Históricas O 1 Acordo Bilateral Específico para Proteger Investimentos Externos (MIGA) 1959 Alemanha Federal e Paquistão
Número de APPIs (1959-1999) 1999) Fonte: UNCTAD Database BIT s
Número de APPIs (1990-2004) 2500 2000 1500 1000 500 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Fonte: Unctad, World Investment Report 2005
Ranking dos países de maior número de APPIs (2004)
Número total de APPIs por países (1990-2004)
Por um lado: Acordos Internacionais de Investimento Interesse na captação de IED; Acordos Conferem: Transparência, estabilidade e equidade no tratamento do investimento estrangeiro; Segurança jurídica. Fatores para atração de IED:
Acordos Internacionais de Investimento Por outro lado: Interesse na manutenção de flexibilidade para buscar objetivos de desenvolvimento ( policy space ); Acordos implicam: Fatores para atração de IED: Compromissos do Estado quanto a formas de solução de controvérsias, restrição quanto à capacidade de o Estado regular remessa de capital etc.
Estabilidade econômica; Solidez das instituições políticas; Dimensão do mercado doméstico e disponibilidade dos fatores produtivos; Infra-estrutura e carga tributária; Segurança jurídica: Estabelecimento de marcos regulatórios; Judiciário eficiente. Fatores para atração de IED:
Atração de IED pelo Brasil (1990-2004) 35 30 25 Bilhões de US$ 20 15 10 5 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Fonte: Unctad, World Investment Report 2005
Acordos Internacionais de Investimentos Acordos assinados pelo Brasil: Bilaterais: 14 APPIs (suspensos); Regionais Mercosul: Intrabloco Protocolo de Colônia; Extrabloco Protocolo de Buenos Aires;
Acordos Bilaterais de Investimentos - APPIs Histórico dos APPIs assinados pelo Brasil Entre 1994 e 1999, foram firmados 14 APPIs bilaterais: Alemanha, Chile, França, Portugal, Reino Unido, Suíça, Venezuela, República da Coréia, Cuba, Dinamarca, Países Baixos, Bélgica-Luxemburgo, Itália e Finlândia; No âmbito do Mercosul foram firmados os Protocolos de Colônia, que trata de investimentos entre os países membros, e de Buenos Aires, que trata dos investimentos entre o Mercosul e terceiros países; Destes, seis foram submetidos ao Congresso Nacional (Alemanha, Chile, França, Portugal, Reino Unido e Suíça), mas o processo de ratificação não foi concluído; Em março de 2002, foi criado GT Interministerial para discutir medidas a serem tomadas frente às resistências do Congresso em aprovar os APPIs. O Grupo concluiu pela conveniência de retirá-los do Congresso, o que foi feito em dezembro de 2002.
Acordos Bilaterais de Investimentos - APPIs Cláusulas Centrais dos Acordos 1) Definição de Investimento; 2) Tratamento Nacional e Nação Mais Favorecida; 3) Indenização por Desapropriação; 4) Livre Transferência de Recursos; 5) Solução de Controvérsias Investidor Estado * Todas as cláusulas acima tem relação entre si e afetam diretamente a capacidade do Estado de regular o mercado interno e implementar políticas.
Acordos Bilaterais de Investimentos - APPIs Situação Atual Junho/2002 Relatório do Grupo Interministerial sobre Acordos de Promoção e Proteção de Investimentos com a participação do MF, MDIC, MRE e BACEN concluindo pela retirada dos APPIs do Congresso Nacional e indicando um eventual reexame da matéria no Executivo; Abril/2004 CAMEX decide criar GT para reiniciar discussão sobre os APPIs. Fevereiro/2005 Relatório final do GT entregue aos membros da CAMEX. Agosto/2005 - Conselho de Ministros determina ao GT Interministerial que apresente proposta com um novo modelo de APPI, que poderia vir a ser utilizado pelo Brasil. Novembro/2005 Relatório contendo proposta do Grupo de Trabalho Interministerial foi entregue ao Conselho de Ministros da CAMEX e está sob sua análise.
Câmara de Comércio Exterior / CAMEX Endereço: Esplanada dos Ministérios Bloco J, 7º andar, sala 700 Brasília - DF CEP: 70053-900 Telefones: (0XX61) 3425-7050 / 2109-7090 Fax: (0XX61) 3425-7049 E-mail: camex@desenvolvimento.gov.br